Jornal GGN – O sistema elétrico brasileiro começou a ser alvo de diversas especulações, principalmente após o apagão que afetou o Amapá por 22 dias e o recente pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, que mandou a população apagar a luz e tomar banhos mais curtos para economizar.
Além disso, os esforços para redução de subsídios e encargos sequer fizeram efeito, os reservatórios das hidrelétricas que abastecem a rede estão com volume abaixo do esperado e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) acionou a bandeira vermelha no patamar mais alto, o que vai gerar um custo extra de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para o consumidor.
Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Rodrigo Limp, garantiu que o país não corre risco de colapso, e que o ocorrido o Amapá foi um problema técnico pontual – tanto que, para ele, o sistema energético do país é capaz de impedir apagões semelhantes, mesmo com uma eventual retomada econômica.
Também se faz necessário resolver os penduricalhos que encarecem a tarifa – impostos e encargos correspondem a quase metade da fatura, o que acaba comprometendo o orçamento principalmente dos mais carentes, além do chamado subsídio à Geração Distribuída (GD), que sequer aparece dentro da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético, que engloba os principais encargos do setor e é rateada entre todos os consumidores do país).
Atualmente, os reservatórios do Sul e do Sudeste estão em condições críticas, o que tornou o Nordeste exportador de energia – atualmente, o sistema de abastecimento do Sudeste/Centro-Oeste está com 17,7% da sua capacidade máxima de armazenamento, inferior ao do ano passado, quando terminaram novembro com 18,9%, mas acima dos 15,8% vistos em 2014.
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