Governo Bolsonaro aposta em Damares para se aproximar dos católicos

Ministra passa a ser interlocutora do governo junto à CNBB e se reúne com bispos; entidade católica é comandada por ala progressista da Igreja, que atuou contra a ditadura militar

Pastora protestante, Damares conseguiu aval do governo Bolsonaro para se aproximar de cúpula católica. Foto: Reprodução

Jornal GGN – A ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) tem o aval do presidente Jair Bolsonaro e será a interlocutora do governo junto à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Damares tenta uma aproximação com os religiosos e desfazer o histórico de atritos entre a CNBB e Bolsonaro. Esses conflitos remontam à campanha eleitoral, quando o então candidato à presidência pelo PSL apareceu em vídeo dizendo que a entidade era “a parte podre da Igreja Católica”. Lembrando que a CNBB é comandada pela ala progressista do clero, que inclusive atuou contra a ditadura militar.

“Ai da política se não fosse a Igreja”, disse a ministra ao sair do encontro com a cúpula da CNBB, ocorrido na última quarta-feira. Na ocasião, a ministra fez acenos de parceria em ações sociais para crianças, jovens e idosos e afirmou aos bispos que há católicos entre seus principais assessores.

Pastora de uma denominação protestante, Damares fez uma reverência à importância da Igreja num país de maioria católica, mesmo com o crescimento dos evangélicos, aliados preferenciais do presidente.

Redação

16 Comentários

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    1. A Igreja Católica, embora hoje enfraquecida politicamente, NUNCA posicionou-se institucionalmente contra o PT e os governos petistas. Não se deve confundir a postura da ala conservadora com a posição da maioria, que inclusive elegeu um presidente da CNBB recentemente, identificado com o Papa Francisco. Outro detalhe a se registrar: segundo dados do perfil eleitoral das últimas eleições, Haddad teria vencido entre os que se confessaram católicos, embora por pequena margem.

  1. Da reunião voltou com a certeza da conversão da CNBB para a a sua crença. O pé de goiaba foi o argumento definitivo.
    Papa Francisco lhe entregará as chaves de São Pedro.
    Piedosamente e humildemente a igreja não se distancia de ninguém.

  2. Se de fato a pauta da aproximação foi aceno de parceria em ações sociai$$$$$$ está medindo a igreja católica com o metro do bispo macedo e a teologia da prosperidade.
    Papa Francisco de outra dimensão a tal ponto de ser chamado “comunista”, com os ensinamentos do Cristo navega em áreas menos pedestre e certamente não lhe entregará as chaves de São Pedro.
    Piedosamente e humildemente a igreja não se distancia de ninguém, mas para o dialogo são necessárias piedade, humildade e um tico de cultura humanística para argumentar com os mais de dois mil anos desta Instituição.

  3. Esse texto repercutindo uma entrevista da Damares ao jornal “O Estado de S. Paulo” é “informação plantada”… Vejamos. Ela disse – na entrevista – que visitou a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), mas não com representante do governo Bolsonaro… certamente tal visita foi apenas “protocolar”, pois os “canais” de comunicação da CNBB não repercutiu a tal reunião, se não fez é porque a mesma não tem relevância pastoral.
    É sabido que setores (minoritários e ruidosos) da “direita católica” apoiaram ostensivamente a campanha eleitoral do Bolsonaro. Importante frisar que tais grupos não estão inseridos na dinâmica da ação evangelizadora da Igreja. Com efeito, a entrevista ao “Estadão” é direcionada para esse “público católico”; entretanto, não haverá efeitos práticos quanto à ação pastoral e social da Igreja Católica no Brasil.
    Para os jornalistas que desconhecem a “vida” eclesial da Igreja Católica é importante que tenham em conta que a “relação” da Igreja Católica com o governo Bolsonaro será apenas por meio de tratativas institucionais. À luz das “diretrizes para a evangelização” da CNBB, certamente não haverá “parcerias pastorais” com as “politicas de governo” do Bolsonaro, que não sejam, estritamente, aquelas adstritas às políticas de Estado – na perspectiva do interesse social do povo brasileiro.
    Quanto a eventual aproximação do governo de cariz neopentecostal do Bolsonaro com a CNBB isso está fora de cogitação. A interlocução (ecumenismo) da Igreja Católica com outras denominações cristãs se dá no âmbito do CONIC – Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, do qual não participa nenhuma denominação neopentecostal.
    Por fim, “terraplanista” que é, a Damares disse uma inverdade: “A Igreja tem a Pastoral da Juventude que faz um trabalho espetacular e nós estamos construindo uma política nova para a juventude no Brasil”. Tal afirmação não condiz com a realidade.

    1. Acrescentando.
      Se a damares efetivamente busca uma “conciliação” ou mesmo “um diálogo” com a igreja católica, estará, em nome da sua ambição política, cometendo a maior violência contra a sua fé contra a si mesma.
      Não há preceito mais bem guardado para o protestante de qualquer denominação do que aquele que vê a igreja católica como indigna de respeito e o papa como a própria besta do apocalipse.

  4. Que os dois lados deixem as suas verdades em casa………………………….
    porque do que mais precisamos mesmo no momento é de uma Igreja de Verdade, única, mãe, e não das verdades de qualquer igreja………………………….
    que venham os pensadores da fé ativa e real, e que estendam suas mãos ao próximo, aos necessitados, aos odiados, aos separados…………………………….do amor e da paz do Senhor Jesus

    hoje despertei meio estranho, unido…………………será que foi pelo desfile da Mangueira, peregrino? talvez!
    em certa altura dos elos a flutuar, me senti livre e protegido de repreensão, ódio, violência e condenação

  5. O católico praticante é tão reacionário ou mais do que os evangélicos. Não eram estes ultimos que foram às ruas em 64, com rosários nas mãos, dar sustentação ao golpe militar. O tempo passou e os crentes vieram como uma versão piorada daquela massa catolica que chutou o Jango para fora. Depois, viraram as costas para os seus irmãos que sofreram barbaramente nas mãos da ditadura, assim como viraram antes para escravidão. Há obstáculos demais entre o homem e a conquista dos seus direitos fundamentais, e as religiões são parte desse triste contexto.

    1. Padre Brown que não é Brown, nem padre. Sugiro que estude um pouco – só um pouco – a historia social e e política do Brasil pós golpe militar-civil de 1964. O efeito de eventuais leituras, seria poupar os leitores do GGN de teus palpites desprovidos de factualidade.

    2. Padre Brown que não é Brown, nem padre. Sugiro que estude um pouco – só um pouco – a historia social e e política do Brasil pós golpe militar-civil de 1964. O efeito de eventuais leituras, seria poupar os leitores do GGN de teus palpites desprovidos de factualidade.A sugestão de leituras podem começar com a obra literária do autor de Padre Brown.

  6. Para que o homem precisa se abrigar debaixo de uma religião? Só pra ratificar o fato de ele é animal estúpido que não tem vocação para viver naturalmente em paz no planeta com sua propria espécie e os outros animais. Que outro paraíso ele busca, se não está satisfeito com esse ?

  7. Ela que abra os olhos é com os evangélicos que estão se dando conta dos líderes que possuem.
    Os evangélicos não são todos Bolsonaros, muitos estão é estarrecidos com a atuação
    dos bispos.

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