Jornal GGN – O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse nesta segunda (21), durante audiência no Supremo Tribunal Federal, que a destruição da Amazônia é uma invenção de “nações, entidades e personalidades estrangeiras” que mentem para derrubar o governo Bolsonaro.
Heleno ainda disse que as queimadas pela Amazônia e Pantanal são, de fato, um “assunto é altamente polêmico”, mas que não há comprovação de que o incêndio decorra de inação do governo. “Na verdade, elas têm a ver com fenômenos naturais, cuja ação humana é incapaz de impedir”, afirmou.
Para Heleno, as críticas sobre o meio ambiente partem de “poucos brasileiros que se alinharam a propostas de deslustrar o Brasil porque até hoje não admitiram a alternância de poder.”
Falando também das denúncias sobre o descaso com povos indígenas, Heleno comentou: “Não podemos admitir e incentivar que nações, entidades e personalidades estrangeiras, sem passado que lhes dê autoridade moral para nos criticar, tenham sucesso em seu objetivo principal, obviamente oculto mas evidente, que é prejudicar o brasil e derrubar o governo Bolsonaro”.
O general responde ao Supremo dentro de uma ação movida por PT, PSOL e Rede, que questionam a omissão do governo Bolsonaro e a má gestão do Fundo do Clima.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que Bolsonaro só passou a dar atenção ao Fundo após a apresentação da ação, que está sob relatoria de Luis Roberto Barroso. O deputado informou que, em 2020, Bolsonaro destinou orçamento equivalente a apenas 67% do ano anterior ao fundo.
Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, seguiu a linha de Heleno e negou que o Brasil viva um retrocesso ambiental. Ele pediu que a ação no STF seja encerrada por falta de objeto.