Judiciário interfere na eleição com operação contra governador de Alagoas, diz Grupo Prerrogativas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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O governador foi afastado faltando 20 dias para o 2º turno das eleições, disputando contra Rodrigo Cunha

O governador de Alagoas, Paulo Dantas

O Grupo Prerrogativas emitiu uma nota pública repudiando a operação da Polícia Federal que afastou na terça-feira (11) o governador e candidato à reeleição pelo Alagoas, Paulo Dantas (MDB), apoiado por Lula e aliado do senador Renan Calheiros na região.

O governador foi afastado faltando 20 dias para o segundo turno das eleições, na corrida contra Rodrigo Cunha (União Brasil), a partir de fatos que teriam acontecido entre 2017 e 2019.

Na visão do Prerrô, o Poder Judiciário interfere nas eleições com a operação permeada por abusos de autoridade. “Essa injustificável e violenta decisão judicial repete os recentes abusos ao direito que o País conseguiu ultrapassar com tanta luta e dificuldade, o que demonstra que ainda temos a atuação do Poder Judiciário influenciando questões políticas. É preciso estar atento, pois os abusos do Poder Judiciário, continuam entre nós.”

Em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif, da TVGGN, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) o afastamento envolve disputa política com o presidente da Câmara, Arthur Lira, que teria aparelhado setores da Polícia Federal e está usando a máquina pública para alavancar o candidato bolsonarista. O grupo político de Lira, segundo Renan, teria “levado uma surra” no primeiro turno das eleições de 2022 no Alagoas. Um pedido de habeas corpus será apresentado à Suprema Corte, disse Renan. Assista aqui.

Leia a nota do Prerrogativas abaixo:

O Grupo Prerrogativas, formado por Professoras e Professores, intelectuais, Economistas e por Advogadas e Advogados que lutam incansavelmente pelo estado democrático de direito, vem a público repudiar a violenta decisão que determinou busca e apreensão e o afastamento de um Governador, candidato à reeleição, no final do período eleitoral em 2° Turno por alegada ocorrência de “rachadinha” no ano de 2019 quando o mesmo exercia o mandato de Deputado Estadual no Estado de Alagoas.

Qual a urgência de uma decisão tão desproporcional como essa neste momento eleitoral?

Essa injustificável e violenta decisão judicial repete os recentes abusos ao direito que o País conseguiu ultrapassar com tanta luta e dificuldade, o que demonstra que ainda temos a atuação do Poder Judiciário influenciando questões políticas. É preciso estar atento, pois os abusos do Poder Judiciário, continuam entre nós.

A interferência do judiciário em uma acirrada eleição em 2022, semanas antes do sufrágio, com fundamento em fatos ocorridos no ano de 2019, influenciando no seu resultado, é inadmissível e inaceitável.

É preciso estar vigilante para que o equilíbrio entre os poderes, conquistado a custas de tanto sofrimento pelo povo brasileiro, não seja colocado em risco por decisões que, para dizer o mínimo, não avaliam as graves consequências que acarretam.

O povo brasileiro deseja escolher os seus representantes políticos sem a interferência do judiciário.

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