Justiça encerra perseguição da Lava Jato contra Zanin e outras vítimas da operação “Esquema S”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Sentença reconhece tentativa da Lava Jato de criminalizar a advocacia. Zanin cobra ação de CNMP contra procuradores

O advogado Cristiano Zanin, um dos defensores do ex-presidente Lula na Lava Jato. Foto: Ricardo Stuckert

A Justiça do Rio de Janeiro encerrou na terça-feira (5) a perseguição da Lava Jato contra o defensor de Lula, Cristiano Zanin, e outros advogados que trabalharam em um litígio envolvendo a Fecomercio. A sentença foi proferida pelo juiz Marcelo Rubioli, da 1ª Vara Especializada do Rio de Janeiro, que reconheceu na Lava Jato uma tentativa de “criminalizar” a advocacia.

O ataque aos advogados aconteceu no âmbito da operação Esquema S, classificada por Cristiano Zanin como a “mais violenta” das ações da Lava Jato contra seus críticos. Zanin foi acusado de receber dinheiro da Fercomercio maneira irregular. O caso teria ocorrido há mais de uma década.

O então juiz da Lava Jato no Rio, Marcelo Bretas, determinou medidas cautelares “invasivas para promoverem a chamada ‘pescaria probatória’ (fishing expedition) contra alvos pré-determinados”, lembrou Zanin.

Na sentença, o juiz anotou que a investigação conduzida por Bretas “têm o nítido intuito de criminalizar o exercício da advocacia” contra “bancas de renome nacional, com notória atividade em tribunais de justiça, federais e cortes superiores”.

Para Zanin, a sentença “resgata a dignidade da advocacia” e a “credibilidade da Justiça”. Em nota, o advogado de Lula afirmou que os agentes da Lava Jato agiram como “ímprobos e delirantes” na perseguição.

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal já havia reconhecido a incompetência de Marcelo Bretas para cuidar do caso. Com a decisão, as medidas cautelares determinadas por Bretas foram canceladas.

Zanin também apontou que a sentença é um convite à imprensa a “refletir sobre inúmeras publicações que referendaram afirmações mentirosas de procuradores da República da extinta Lava Jato e do sr. Marcelo Bretas para tentar retirar a credibilidade e demonizar advogados”. Ao invés de fiscalizar o exercício do poder, a imprensa “tornou-se cúmplice do arbítrio”, disparou Zanin.

Na visão do advogado, ainda falta o Conselho Nacional do Ministério Público analisar as representações feitas em 2020 contra os procuradores da Lava Jato, por terem apresentado “hipóteses acusatórias desonestas e estapafúrdias” contra os advogados.

Leia também:

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2 – O jogo virou: Lula processa ex-integrantes da Lava Jato

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. Quem soube de um comércio/indústria de muitos q faliu levanta a mão ou fala eu ?Resposta:Eeeeeu(somos milhões de rua) Observação:Mas vai melhorar é só o Guedes aplicar mais ainda o Neoliberalismo e umas reformas q cresceremos uns 999 nonatrilhões(por milésimos)se não fosse a corrupção do Lula já teríamos chegado lá faz tempo !!!

  2. Se o Dr. Zanin não tivesse recursos para bem se defender, certamente o desfecho seria pior.
    Mas quem vai cobrir o custo desta ação e das tantas outras que estavam imprestáveis por todo o tipo de vícios e arbitrariedades?O juiz? Procuradores?A mídia? Quem?Ah.. boa idéia…

  3. O Itaú perdeu um Pix de 20 bi segundo Bolso,saiu caro a fatura do golpe,e o Habib’s?E o seu Zé do botequim?Culpa do Lula,mas o Guedezao vai resolver é só fazer umas reformas e buuuum a economia decola !!!!

  4. Achei a solução para o Brasil Guedes,vender Petrobrás, Eletrobrás e correios e fazer o Pix pra nóis povão q a roda da economia gira !

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