O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a contradição da elite brasileira ao defender cortes nos gastos sociais enquanto se beneficia de grandes incentivos fiscais.
“O que me deixa preocupado é que as mesmas pessoas que falam que é preciso parar de gastar são os ricos que se apoderam de uma parte do orçamento do país,” afirmou o presidente à Rádio CBN, em corte que voltou a viralizar nas redes sociais.
Para Lula, a desigualdade no uso do orçamento favorece os setores mais ricos da sociedade e sobrecarrega, de forma injusta, as camadas de baixa renda.
Isenções e desonerações desproporcionais
Durante a entrevista, Lula ilustrou a discrepância entre os valores direcionados a grupos ricos, como os mais de R$ 500 bilhões em benefícios fiscais direcionados para grandes setores econômicos, enquanto os cortes discutidos no orçamento variam entre R$ 10 e R$ 15 bilhões.
O setor agrícola, por exemplo, possui isenções de R$ 60 bilhões, e o setor de combustíveis, R$ 32 bilhões. “Você vai tentar jogar isso em cima de quem? Do aposentado? Da dona de casa? Da empregada doméstica?” indagou o presidente.
Indústria e o Trabalhador
O presidente também questionou a eficácia das isenções concedidas à indústria nacional, que recentemente foi beneficiada com uma desoneração de 17%.
“Qual é a estabilidade que eles garantem? Qual é o aumento de salário que eles garantem? Nenhum!” criticou.
Ao enfatizar a necessidade de uma reforma no sistema de benefícios fiscais, o presidente deixou claro que sua gestão buscará reduzir essas desigualdades e garantir uma distribuição mais justa dos recursos públicos.
A crítica surge em meio aos debates sobre o orçamento do próximo ano e a crescente pressão do mercado por cortes em áreas sociais, ao passo que setores mais ricos têm desconsiderado taxar dividendos ou grandes fortunas.
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Procurem ao Lula quem é o Presidente do Brasil .
Acho que tergiversa , aguardando o G-20 , adiando o
anuncio do ” pacotaço” , para depois.
Medo de ser vítima de vaias na entrada e saída do Evento .
A decisão já está tomada , e foi expedida por quem manda
de fato , os Bancos !!!
O problema para o Brasil é que o capitalismo não se desenvolveu por aqui. Não reproduziu riqueza para transformar a sociedade. Capitalismo de gueto, incapaz de dar evolução a todo o conjunto da sociedade. Não se trata do conceder ou não os incentivos fiscais, mas daquilo que veio em contrapartida, o benefício trazido ao conjunto, às partes da sociedade. Do ponto de vista da capacidade de criar desenvolvimento, muito pouco. São, de acordo com os valores citados, mais de 500 bilhões de reais que anualmente é renunciado. Mas isso traz o quê. Que retorno é dado ao capitalismo que é realizado no País. Investimentos, tanto os públicos quanto os privados, não ocorrem na proporção da subsistência do País. Um esforço colossal para cortar recursos do orçamento em áreas que já não atendem o que delas seria desejável, “economizando” 15 BI de reais. Tudo isso pra continuar com crescimento minguado e que não leva a lugar nenhum.