Lula provavelmente terá uma vitória histórica nesta eleição, diz presidente do Vox Populi

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Para Marcos Coimbra, do Vox Populi, apenas uma "extravagância institucional" poderia ameaçar o favoritismo que Lula ostenta nas pesquisas

Os grandes meios de comunicação no Brasil deveriam parar de forçar uma “terceira via”, como se a eleição presidencial de 2022 estivesse “em aberto”. Para o povo, não está. As pesquisas eleitorais até aqui indicam que o apoio a Jair Bolsonaro e Lula está consolidado. O ex-presidente petista lidera as intenções de voto e apresenta chances de vencer a batalha contra o extremista de direita já no primeiro turno. Para Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, Lula “provavelmente terminará esta eleição com a maior vitória eleitoral da história política brasileira”. A única coisa que hipoteticamente poderia atrapalhar a vitória do petista, na visão de Coimbra, é se acontecer alguma “extravagância institucional”.

“Acho que Lula terá uma vitória maiúscula. Já é o maior favorito que tivemos em todas as eleições. Nunca tivemos um candidato no início de junho com o tamanho que Lula tem hoje, nem mesmo Fernando Henrique [Cardoso, que já venceu uma eleição no primeiro turno]. Lula provavelmente terminará esta eleição com a maior vitória eleitoral da história política brasileira. Vamos parar de cultivar a imagem de que a eleição está em aberto porque, para o povo, não está”, disse Coimbra, lembrando que as pesquisas indicam que a certeza de voto em Lula ou Bolsonaro está consolidada, enquanto os eleitores de Ciro Gomes e outros candidatos admitem que podem mudar de opinião.

Coimbra conversou com o jornalista Luis Nassif, na TVGGN [inscreva-se gratuitamente no canal clicando aqui] na noite de segunda-feira, 30 de maio. Para o sociólogo, não há muitos fatores que possam atrapalhar a vitória de Lula no atual cenário.

Após anos de massacre midiático e de lawfare na Lava Jato, Lula já não é alvo de nenhuma ação penal que possa impedir sua candidatura. Ainda na visão de Coimbra, tampouco há ingredientes suficientes para formar uma tempestade perfeita que possa levar a um golpe contra os resultados das urnas.

GOLPE CONTRA AS ELEIÇÕES

“Não acredito em golpe. Golpes bem sucedidos, mesmo no Brasil, exigiram um conjunto de circunstâncias que não temos agora. A começar por um Exército respondendo a um apelo da sociedade. (…) Sinceramente, não tem muita coisa, dentro, naturalmente, das regras do jogo da democracia [que possa atrapalhar o favoritismo de Lula”, avaliou.

“No momento em que a grande maioria das pessoas prefere um candidato, costuma acontecer o que é previsível: o favorito da maioria ganha. Não tem mistério. Mistério tem quando começam a acontecer extravagâncias institucionais: milico mandando tweet para o Supremo; imprensa fingindo que [o candidato] não pode falar, então não entrevista. Irregularidades podem acontecer. Hoje, parece que é a única coisa que pode se colocar entre Lula e a vitória no primeiro turno.”

O FATOR CIRO GOMES

Na análise de Coimbra, ainda é cedo para saber se Lula pode ganhar no primeiro ou segundo turno. Para ele, a transferência de votos de Ciro Gomes para Lula pode dar um impulso, mas não que a pequena parte do eleitorado que caminha com o pedetista seja determinante para o processo eleitoral como um todo. “Ciro Gomes, hoje, é apenas uma pequena parte do eleitorado que não tem a menor capacidade, a tomar pelas pesquisas, de influenciar o resultado final.”

Assista a entrevista completa abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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