Mathias Alencastro: Campanha de Biden é a receita certa contra o populismo autoritário

"Democratas confirmam que a única receita que funciona contra o populismo é a união de forças e a disciplina das lideranças", escreveu o colunista

Jornal GGN – Mathias Alencastro, doutor em ciência política pela Universidade de Oxford, escreveu em artigo na Folha de S. Paulo desta segunda (12) que a campanha de Joe Biden nos Estados Unidos está dando “show de sangue frio e disciplina”, mostrando que a “única receita que funciona contra o populismo é a união de forças e a disciplina das lideranças.”

Biden abriu vantagem de mais de 9 pontos sobre Donald Trump e, na visão do analista, isso se deve à estratégia de campanha por trás do Partido Democrata, que é exemplar. “Trump dá a impressão de estar sendo devorado pelo caos que ele próprio engendrou, mas é o sucesso da candidatura de Joe Biden que está por trás da sua desgraça”, avaliou.

De um lado, Biden conta com lideranças como Barack Obama, que “trabalham para mobilizar as comunidades latinas e afro-americanas em eventos virtuais compactos e reservados.” De outros, as disputas internas no Partido Democrata, entre “centristas e esquerdistas”, foi suspensa. Biden “bateu no peito” e anunciou que “ele é o partido” e os “sonhos da esquerda” ligada a Bernie Sanders ficaram em segundo plano.

Enquanto isso, Trump está isolado e sua ameaça de judicializar ou não reconhecer eventual derrota nas eleições de 2020 não tem respaldo do Judiciário e do Exército.

Para Alencastro, se “Trump não afastar a melancolia da sua campanha, a era populista não terá passado de uma parêntese.”

Redação

4 Comentários

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  1. Mathias Alencastro não honra seu sobrenome com análises como essa. Ao GGN, não é necessário o argumento de autoridade na abertura do texto. Ao contrário do manifestado, Biden está na frente das pesquisas, apesar de ser Biden. Mais importante que isso, a mobilização que a campanha de Sanders tem continuado a fazer pode levar ao crescimento dos grupos políticos que fazem oposição a Obama-Clinton. Ao usar o termo “populista” para caracterizar Trump, Alencastro mostra suas tradições tucanas de terceira via. O uso deste termo é uma das palavras-chave ou termo de disparo, usado por midialistas como ele, para equiparar a esquerda (qualquer) ao trumpismo/bolsonarismo.

  2. Cherchill, Roosevelt e Stalin souberam compreender que, num determinado momento, o inimigo prioritário eram os tiranos: o nazista Hitler, o fascista Mussolini e o imperador Hirohito.
    Aqui no Brasil temos um fascista ignorante DESTRUINDO o Brasil e os democratas estão preocupados com a pesquisa de intenção de votos para prefeito.
    Estamos TODOS fudidos, porque a cruel realidade não discrimina, não tem compaixão e já começou a cobrar a fatura. Quem faz regularmente as compras no supermercado sabe do que estou falando.

  3. Alguem chamou Biden de imperialista humanitario, o que nao deixa de ser imperialista. Obama era “amigo” do cara (o Lula) mas nao esquivou-se de espionar a Petrobras e tomar o pre-sal. Mudança seria Sanders.

  4. A campanha norte-americana está resumida entre o péssimo e o horrível, logo qualquer artigo sobre os candidatos se revelam perfeitamente sem noção.

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