Não se mede incêndio pelo número de bombeiros, diz Lotufo sobre ocupação de leitos na pandemia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Lotufo criticou em entrevista exclusiva a Luis Nassif, na TV GGN, o uso da ocupação de leitos de UTI como principal métrica para flexibilizar a quarentena

Reprodução/GloboNews

Jornal GGN – O epidemiologista Paulo Lotufo criticou em entrevista exclusiva a Luis Nassif, na TV GGN, o uso da ocupação de leitos de UTI como principal métrica para flexibilizar a quarentena contra coronavírus em alguns estados. Segundo o médico, é um risco dimensionar uma epidemia usando esse indicador como régua. Lançando mão de uma metáfora, ele disse que não se mede o tamanho de um incêndio a partir do número de bombeiros disponíveis para apagar o fogo que se alastra sem controle.

Para Lotufo, o plano de flexibilização da quarentena no Estado de São Paulo teve um “arcabouço bom”, mas na execução “começam as pressões”. Ele avaliou que a queda nos indicadores no estado tem sido puxada pelo desempenho da capital, o município de São Paulo, mas de maneira geral, as medidas adotadas para mitigar os danos do coronavírus surtiram efeito positivo, demonstrando que a decisão do Supremo Tribunal Federal em garantir a autonomia de prefeitos e governadores foi acertada.

Lotufo também comentou na entrevista sobre os aprendizados médicos ao longo da pandemia, estudos em andamento a respeito da imunidade coletiva, o colapso no sistema de saúde em regiões como Manaus e o prejuízo causado pela falta de coordenação federal. Acompanhe a entrevista:

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. São Paulo tem mais mortos do que toda a China, segundo os números oficiosos de ambos…. está a quatro meses no mesmo patamar de casos e mortes, nunca teve um distanciamento satisfatório, pessoas se empilham no transporte público, se trombam nas muvuca das feiras, e acham que é um caso de sucesso? O governador botox e seu menino de recados que atende por prefeito não diferem do coiso e sua turma alucinada….

  2. Em MG, o governador gestor cheio de expertise em pandemias, em maio dizia que estava a “situação sob controle”, porque as UTIs estavam vazias. No primeiro semestre, fechou como o Estado que menos realizou testes para o coronavírus no país: 170 por 100.000 habitantes, índice cinco vezes menor que a média nacional (845). Em São Paulo, o Estado mais populoso, são feitos 1.300 testes para cada 100.000 habitantes. Por falta de material para diagnóstico, 73% das quase 3.000 mortes por SRAG acabaram registradas com “causa indefinida”. A baixa testagem é fruto de uma estratégia do Governo mineiro, liderado por Romeu Zema (Novo). O governador chegou a afirmar em pronunciamento que “o que salvam vidas são UTIs, não testes”. Agora a população recebe a fatura do vai-e-vem, abre-e-fecha e o bolsonarista do velhíssimo Novo, mais um negacionista, vai ajudando o vírus a ir vencendo onde falta gestão, bom senso e humanismo.

    https://brasil.elpais.com/brasil/2020-07-14/com-poucos-testes-e-leitos-de-uti-no-interior-minas-paga-o-preco-por-subestimar-pandemia.html

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