Para debater a crise no setor agro, o jornalista Luís Nassif e a bancada do programa – composta desta vez pelo economista João Furtado e o jornalista econômico Sergio Leo – entrevistam o economista agrícola Jean Marc, e o economista Luís Alberto de Paiva, especialista em reestruturação financeira de empresas. Conheça um pouco mais dos convidados abaixo.
O tema em debate traz luz aos grandes volumes de recuperações judiciais que devem ocorrer a partir de agora, devido à colheita da safra agrícola.
- Jean Marc é economista agrícola, ambientalista e um dos fundadores do Movimento pela Agricultura Ecológica. Também foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) entre 1969 e 1971.
- Luís Alberto de Paiva é economista, especialista em reestruturação financeira de empresas, diretor da Corporate Consulting e membro do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças.
Assista a partir das 17h:
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Jean Marc, um dos 70.
Há um livro que li, tempos atrás, da Ed. Consequência, GEOGRAFIA DA CRISE NO AGRONEGÓCIO SUCROENERGÉTICO Land grabbing e Flex Crops na financeirização recente do campo brasileiro, organizado pelo Cássio Arruda Boechat, que desvenda boa parte desse problema.
Como em todos os demais setores do capitalismo, as finanças vão soterrando as antigas sócio reproduções, substituindo pelas que são caras às lógicas dos fundos e seus algoritmos.
O livro desvenda, com vários textos, de vários autores, como a “antecipação” de recursos, que compra os resultados, ao mesmo tempo que aposta contra e a favor deles (resultados) destroem qualquer chance de gestão ou política estratégica no setor, no caso do estudo, o setor sucroalcooleiro, mas que pode se expandir, como análise, para todo o campo, principalmente nas commodities.
O efeito é conhecido.
As rendas públicas são sugadas, em volume que pode ser ilustrado como um filete de água em um ralo de 1 km de raio.
As formas de financiamento (plano safra) e securitização não bastam.
As renúncias fiscais também não.
É essa a tragédia que se anuncia.