O Índice de Preços ao Produtor (IPP) antecipa o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), a inflação oficial. Mede os preços pagos pelas empresas. Havendo espaço – isto é, demanda – os custos são transferidos para os preços, gerando inflação. Não havendo demanda, ou se comprimem as margens das empresas, ou não se consegue vender, ampliando a crise.
Confira o nosso Raio X do IPP, para entender a encrenca armada por Paulo Guedes, quando deixou soltas a desvalorização cambial e a contaminação dos preços internos pela dolarização desses preços.
No mês de junho – cujos dados foram divulgados agora – o aumento do IPP foi de 1,31% para a Indústria em Geral, de expressivos 8,71% para as Indústrias Extrativas e de 0,76% para a Indústria de Transformação. No caso da Indústria de Transformação, dos 24 setores analisados houve alta em 18.
No acumulado de 12 meses, essas altas se tornam mais expressivas: 33,73% na Indústria Geral, 99,13% nas Indústrias Extrativas e 30,5% nas Indústrias de Transformação. As maiores altas foram de produtos diretamente afetados pela dolarização – coque, metalurgia e produtos químicos.
A preocupação maior é a continuidade da alta. Em geral, quando ocorrem choques de preços, depois do primeiro impacto o nível se estabiliza, ainda que em patamares mais elevados.
Analisando-se o quadro “Maiores altas em junho de 2021” percebe-se que as pressões continuam. Em apenas um mês houve alta de 9,33% em produtos químicos, 6,43% em laticínios, 5,62% em eletrodomésticos e 4,82% na moagem de café.
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