O xadrez da defesa da democracia

Dizíamos três dias atrás (http://migre.me/tqjU9):

Não vai ter golpe por uma razão: a opinião pública entendeu que a tentativa de impeachment de Dilma Rousseff é golpe. Simples assim.

Tudo começou com a cena retratada no post “O xadrez do fim da síndrome de Pilatos do STF” (http://migre.me/tqjZB). Os fatos políticos estão se passando com tal velocidade que, em poucos dias, o quadro traçado ficou nítido.

Vamos a uma pequena rememoração até chegarmos ao xadrez de hoje.

Os tempos da notícia

Esses tempos de redes sociais, de estilhaçamento do mercado formal de opinião, de profusão de opinionismo, vivem pregando peças em todos os lados.

A operação foi montada pensando na opinião pública como um todo homogêneo. Bastaria a Lava Jato fornecer o noticiário e a imprensa massacrar a opinião pública com noticiário diuturno sobre corrupção, para se estabelecer a unanimidade.

É muito mais fácil propagar slogans do que desenvolver contra-argumentos mais complexos. Ser contra a corrupção, quem há de? Explicar o mal-uso das bandeiras, a exploração política do tema, exige mais do que 140 toques.

Desde o início havia a intenção de apanhar Lula e inviabilizar o PT. Mas o Alto Comando montou uma estratégia habilidosa de ir comendo pelas bordas, apanhando os peixes grandes corruptores para, através de sua delação, atingir o objetivo finalístico: Lula e o PT.

No início, poucos perceberam a estratégia. E era relativamente fácil rebater os alertas: bastava taxa-los de “petistas” para o argumento ser desqualificado.

À medida em que a operação foi afunilando, a estratégia foi ficando cada vez mais exposta.

Aí, os bravos operadores da Lava Jato incorreram em um erro comum nas coberturas jornalísticas catárticas – tema que explorei bastante em meu livro “O jornalismo dos anos 90”.

O leitor é amarrado pela cobertura escandalosa. Há uma demanda crescente por notícias de impacto crescente. Para saciar a fome do leão, o mancheteiro tem que criar sempre uma notícia de impacto maior que a anterior. E acaba virando o fio.

Esse fenômeno ficou nítido na cobertura do impeachment de Collor, na Escola Base, no modelo escatológico de colunistas da Veja – descrito na série que escrevi sobre “O caso de Veja” (http://migre.me/tqbF8). E ainda havia a necessidade de casar o ritmo das investigações com o rito do impeachment.

]A partir dai, rompeu-se a blindagem jurídica e escancarou-se a estratégia da Lava Jato e do Alto Comando.

Uma coisa era conseguir uma palavra de ordem pró-Dilma contra a Lava Jato. O discurso tornava-se restrito. Quando se constatou a ameaça às instituições, a defesa da democracia tornou-se uma bandeira maior. E o que se observou foi o nascimento de uma solidariedade nacional que promete ser tão bonita quanto a campanha pelas diretas.

Os grupos de opinião

Assimilar todas as informações foi um processo coletivo lento.

Mais houve agentes facilitadores, como o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e suas constantes entrevistas partidarizadas.

O edifício do impeachment ficou, então, suspenso em bases extremamente frágeis:

1.    Uma operação policial cada vez mais ostensivamente seletiva.

2.    Uma conspiração conduzida pelo batalhão dos homens probos, Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Serra e Gilmar Mendes.

3.    Comando golpista difuso, com cada qual querendo tirar sua casquinha da fragilidade política do governo.

No final do ano, quando sentiu que o impeachment estava enfraquecendo, a Lava Jato passou a se valer de qualquer bala de festim para reacende-la. Conseguiu criar um clima tenebroso no país, estimulando passeatas, caça a camisas vermelhas e outras manifestações típicas da psicologia de massa do fascismo. E, aí, expôs-se de vez à opinião pública mais especializada, o meio jurídico, acadêmico, nas próprias redações.

O nível de informação nacional estava no ponto certo quando o Ministro Teori Zavascki furou o balão, pela primeira vez enquadrando Sérgio Moro. Foi como dar um cutucão em um equilibrista que caminha sobre uma corda bamba, ou completar a experiência do barco sobre as ondas, que serviu de base para a teoria do caos. O edifício começou a vir abaixo.

Agora, tem-se o seguinte quadro:

Supremo Tribunal Federal

No julgamento da liminar da AGU (Advocacia Geral da União), embora não fosse julgamento de mérito, houve unanimidade na condenação dos esbirros da Lava Jato. No final de semana, o enorme dossiê preparado pelos advogados de Paulo Okamoto – mostrando arbitrariedades de Sérgio Moro desde o início da operação – traz as primeiras ameaças concretas de anulação da operação.

Aliás, nas próprias admoestações à Lava Jato, Teori alertou para os riscos dos abusos abrirem espaço para a anulação.

De qualquer modo, o STF precisa devolver à presidente Dilma as prerrogativas açambarcadas por Gilmar Mendes, quando impediu a posse de Lula. E Gilmar não permite dúvidas: sempre será contra o governo e a favor dos seus, em qualquer hipótese.

PGR e Lava Jato

Janot já definiu o alvo – Lula – e o trabalho da Lava Jato é juntar o máximo possível de evidências para instruir uma futura denúncia. A Operação Carbono é uma continuação da saga do tríplex, do sítio de Atibaia.

Como observou Jânio de Freitas em sua coluna de hoje na Folha (http://migre.me/tq7zg), graças à palestra do procurador Carlos Fernando na Amcham, a convicção de que a Lava Jato se tornou uma operação político-judiciário “deixou de ser coisa de petista”.

A Lava Jato não abriu mão de seus objetivos políticos:

1.    O envio de denúncias contra cinco políticos do PP, no momento em que o governo Dilma tenta remontar sua base de apoio com o partido, preservando as lideranças da oposição.

2.    A caçada implacável a qualquer negócio envolvendo os filhos de Lula, tratando de jogar qualquer informação nos jornais, em uma evidente ofensiva persecutória. 

3.    Ressuscitando o caso Celso Daniel – o prefeito de Santo André morto em um assalto e Silvio Pereira, o ex-dirigente do PT que recebia propinas de empreiteiras, episódio exaustivamente explorado no julgamento do “mensalão”.

A ginástica para incluir o nome de Gilberto Carvalho é pura retaliação, devido às constantes críticas formuladas por ele, comprovando que a Lava Jato há tempos perdeu a noção de limites e deixou se contaminar pela raiva.

Fez mais: a condução coercitiva do jornalista Breno Altman, tendo como único objetivo a intimidação (http://migre.me/tplGP). Aliás, o relato de Altman, sobre o interrogatório pela Polícia Federal, será um bom subsídio para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) aquilatar o grau de arbítrio da Lava Jato.

Não apenas devido ao factoide do caso Celso Daniel.

Hoje a Folha traz a tonitruante denúncia de que a Andrade Gutierrez pagou uma podóloga para tratar de seus executivos e permitiu que ela tratasse também dos pés de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ao custo de R$ 250,00 (http://migre.me/tq8FM).

É uma denúncia detalhadíssima, que resultou em uma sindicância que apurou que, além da podóloga, foram encontradas “castanhas, nozes, frutas cristalizadas, chocolates suíços e frutas exóticas”.

Os casos Celso Daniel e o da podóloga comprovam que a Lava Jato gastou seu estoque de fogos de artifício.

Alguns dias atrás, a Nota Oficial da PGR – criticando o excesso de protagonismo e o messianismo de alguns – foi uma tentativa pública de enquadrar a Lava Jato. Aparentemente, o PGR Rodrigo Janot percebeu que deixou o saci escapar da garrafa e não será fácil engarrafa-lo de novo.

Mídia

Há um clima de desconforto generalizado nas redações com o anti-jornalismo praticado pela mídia.

Observa-se isso nas matérias e entrevistas, cada vez mais questionando a Lava Jato por seu aspecto seletivo.

Hoje, a UOL trouxe uma matéria jornalística de peso denunciando as arbitrariedades de Moro. Mais do que um acerto comercial, reflete os conflitos internos que estão dominando o ambiente das redações, obrigando os jornais a respiros de jornalismo para não desmotivar totalmente a tropa.

A perda de rumo da mídia se traduz no próprio comportamento em relação ao impeachment.

Estadão e Folha desembarcaram, o Estadão abrindo espaço para um inacreditável artigo propondo o estado de sítio e a intervenção militar (http://migre.me/tqquf) e a Folha com um editorial amalucado e prepotente, no qual reconhece a falta de razões jurídicas para o impeachment, mas exige a renúncia da Dilma. Em que mundo vive esse pessoal? Recuaram para 1992.

Principal parceira do golpe, as Organizações Globo têm ampliado imprudentemente seu estoque de manipulações.

De um lado, com a estratégia do “impeachment não é golpe”, na qual entrevista juristas sobre o sentido genérico do impeachment – que, por previsto na Constituição, obviamente não é golpe -, fugindo da análise do atual processo de impeachment sem motivação.

Do outro, escondendo o quanto pode as críticas do Supremo ao juiz Sérgio Moro e à condução da Lava Jato.

Conclusões finais

As tendências que se delineiam daqui para frente:

1.    Esvaziamento gradativo do impeachment com Michel Temer.

2.    Atuação proativa do Supremo coibindo definitivamente os exageros da Lava Jato.

3.    Tentativa de levar o impeachment para o campo do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ampliando ainda mais o coro do “não-vai-ter-golpeee”.

4.    Impossibilidade de o governo Dilma tocar o barco político sem um grande acordo político.

É esse o impasse: não tiram Dilma, mas Dilma não governa sozinha.

A refundação do governo não poderá se dar exclusivamente na redefinição dos cargos da fisiologia para partidos menores. Terá que chegar aos centros de poder efetivo, para permitir ao país superar a borrasca que vem pela frente.

Luis Nassif

108 Comentários

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  1. Mas um texto cirúrgico do

    Mas um texto cirúrgico do Nassif. E o Janot??? Provou que o pau que bate em Chico jamais irá bater em Francisco!!! 

    Isso que se tornou o “Ministério Público Brasileiro”..triste fim do que um dia foi uma “Instituição”.

  2. Tem um detalhe aí,

    menos importante para o momento (quente) do que para a história, que é o fim do Lula.

    Com efeito, nesse processo todo tenho duas convicções:

    1) Estamos andando para trás como sociedade e assim continuaremos não importa o desfecho do imbróglio do momento. A tendência é piorar;

    2) Lula está acabado como alternativa eleitoral viável. Seguirá importante como líder político e popular, mas eleitoralmente não tem futuro algum. 

    Já não tem hoje por causa do fracasso do governo Dilma, visto universalmente como continuação do seu. Mas será pior: concordo plenamente com a opinião de que a cereja do bolo da Lava-Jato será a denúnica de Lula por Janot. Tudo indica que ela vai se dar no melhor estilo Mensalão – é o chefe da “organização criminosa” e será condenado pelos “benefícios políticos’ e pessoais que o esquema trouxe para si e para o seu governo.

    Domínio do fato? Não sei. Mas a condenação do Lula, resultado da delação do Delcídio, Atibaia/Palestras e “benefícios políticos”, me parece inexorável.

    Poderia ter alguma fé no Supremo, mas infelizmente não tenho. Esses senhores togados que estão aí não vão peitar e, como aconteceu com o Dirceu, e nesse caso pior ainda, vão embarcar na mais monstruosa injustiça política já cometida por qualquer dos nossos tribunais em qualquer tempo da nossa história.

    Barroso fez sua estréia no tribunal afirmando que o Mensalão havia sido um ponto fora da curva. A decisão de permitir a prisão por condenação em segunda instância nos mostra bem em que pé ele está hoje, apenas dois anos e meio depois.

    Será de chorar e de doer. Não apenas pela bela história do Lula, mas especialmente se ele conseguir ressuscitar o governo depois do impiti e renascer na opinião do povo. Só não se pense que seus inimigos vão perdoa-lo. Eles não perdoam jamais. Mesmo que se passe uma década a condenação será buscada de todas as formas. A não ser por um milagre – e milagres são possíveis – Lula está no fim.

    Mas antes disso, que ainda está relativamente longe no espectro – se o governo sobreviver e Lula virar ministro essa denúncia provavelmente virá no último mês do mandato de Janot, em 2017 -, há ainda outra coisa que Janot pode fazer para contribuir com o golpe aqui e agora: abrir inquérito contra Dilma baseado na gravação do Moro.

    Quarta-feira o Supremo deve decidir se a gravação vale como prova. Essa decisão será mais importante que a permissão para Lula finalmente ser ministro, que me parece certa (embora nada hoje seja certo!). Se for validada, não vai demorar uma semana para Janot entrar com pedido de inquérito junto ao tribunal.

    Se não for, Janot põe a viola no saco para economizar para a denunica do Lula. Janot é de fato o capitão do golpe. Mas já provou inúmeras vezes que não gosta de aparecer, nem com gestos espetaculosos nem com retóricas. Essa parte ele deixa para os meninos de Curitiba, que, não se enganem, são um com ele.

     

    1. Fé. Infundada?

      Ainda tenho um pouco mais de fé no STF do que você. Espero que não seja infundada. Penso que a formação atual é mais qualificada – tanto tecnicamente quanto do ponto de vista de relativa imparcialidade (Barroso, Teori e Fachim – a desconsiderar o bizarro voto no rito do impeachment). Nao que seja já o que o Brasil merece – longe disso ainda, infelizmente. Além dos novos ministros penso que podemos contar com um Marco Aurélio mais parecido com seu histórico, garantista. No mensalão ele ainda estava um pouco mordido pela birra com Lula e o PT (“Lula é um safo”…). Penso que hoje esse arranhão cicatrizou e, pelos últimos pronunciamentos, ele parece ter clareza do que está em jogo.

  3. Não julgo certo, incluir o

    Não julgo certo, incluir o Temer no impeachment, a não ser por INTIMIDAR O IMPETO GOLPISTA DO PRÓPRIO TEMER.

    O triplex do LULA cresceu mais do que poderiam IMAGINAR…

    Passou com mais força pelo triplex dos marinhos e foi devidamente ABAFADO PELA LAVA-JATO, mas novamente  ironia do destino, está ai o PANAMA PAPPERS…

    O PANAMA PAPPERS só será significativo se conseguir INFORMAÇÕES através de fontes INTERNACIONAIS, pois no Brasil a lista esta em poder do UOL, Estadão e Rede TV, ou seja do PIG…

    A união da Lava-jato com o Mensalão ficará somente nas aparências, pois QUALQUER APROFUNDAMENTO baterá na Satiagraha e seus poderosos…

  4. Editoriais Esdrúxulos e o Grande Entrave – JANOT

     

    Sobre os artigos esdrúxulos no Estadão e o editorial do Otavinho na Folha, reproduzo comentário que fiz mais cedo nas redes sociais:

    “Essa foto foi um flagrante ontem na redação da Folha de SP.
    -constatação após giro na timeline do twitter: maior sequela do enterro do golpe será orgulho (ainda mais) ferido da imprensa familiar e seus colunistas.
    -não fazem nem acontecem mais…
    -editorial de Otavinho reconhecendo que não há base para impeachment mas exigindo ‘renúncia já’ dá peninha…
    -cinema bom é sempre ótima pedida para escapar da realidade adversa por algumas horas.
    -mas se recomenda que as Glorias Swansons da imprensa familiar não vejam “Crepúsculo dos Deuses” antes de ajustar antidepressivo com psiquiatra”.

    Vamos medicar logo os editorialistas e colunistas para deixar a fala: “Mr. Demille, Mr. Demille… I’m ready for my closeup” apenas para a interpretação trágica de Gloria Swanson.

    Não perceberam eles ou resistem a aceitar que o calendário passou. Não estamos mais nos anos 90. A mídia familiar, reverbera, acentua, exacerba, mas não define a pauta.

    Minha preocupação com o “dia de amanhã” reside exatamente na constatação da parte final da coluna do Nassif. Não com a mídia, fora os brios feridos. Caso o impeachment seja enterrado de vez, ficamos com uma “pata manca” (na expressão americana) governando. Conta com quorum no Congresso para barrar o impeachment – secundado por uma retaguarda institucional dos legalistas do STF e social do movimento “não vai ter golpe”. Mas não tem maioria para aprovar leis (como orçamento), que dirá emendas à Constituição (reformas) ou bloquear “CPIs fogo fátuo” da oposição. Ou seja, ambiente bastante hostil que, em não mudando, mantém o governo no córner mais 2 anos e pouco. O país aguenta?

    Sejamos justos com Dilma em nossa crítica. Sim, ela não faz um bom governo desde meados do primeiro mandato. A questão é que ela já não governa desde o início das eleições de 2014. Pior que um mau governo é um não-governo. Como bem notou o Min. Marco Aurélio em seu tom sempre irônico, há uma tentativa de negar à presidente a governabilidade. “Por quê?” pergunta ironicamente o ministro.

    Esse impedimento vem do casamento entre o golpismo de parte do PSDB/PMDB, com o medo de boa parte do Congresso da continuidade da Lavajato e com a claríssima agenda da “Força Tarefa” de esvaziar qualquer iniciativa do Executivo para tentar retomar algum protagonismo. Bem sabemos como: administrando no varejo o vazamento seletivo do estoque de documentos e delações de que dispõe. Já lá se vão 2 anos nessa dinâmica. 2 anos não com um governo ruim, mas com um não-governo. Agora eles atacam de Celso Daniel… (e eu suspiro de cansaço)

    O relançamento do governo Dilma não depende apenas de a presidente aceitar suas limitações e abrir-se para quem possa ajudá-la (no governo e na sociedade). Passa também:

    1) pela supressão da esperança por parte dos parlamentares implicados nas investigações de que possam escapar mediante conspiratas e acordões por cima. O desespero é péssimo conselheiro. Melhor a resignação frente ao inevitável; e

    2) por de alguma forma a “Força Tarefa” deixar de antagonizar as ações administrativas (ou meras tentativas!) do governo federal.

    Penso que condição inicial para esses dois fatores é político-jurídica: os dois grupos tem de estar certos de que Dilma não cai. Isso saberemos já em alguns dias ou semanas. As várias partes terão de entender-se e agir neste cenário – com Dilma titular da presidência. Indultos presidenciais e “abracadabras” institucionais (trocar PGR, aumentar número de ministros no STF, irtervenção pesada na PF…) somem como miragens no deserto conforme murcha a viabilidade do projeto Temer.

    Outra condição compete exclusivamente ao PGR, Rodrigo Janot: Basta. Chega de jogo dúbio, rapaz!

    Ainda custo a acreditar que todos os passos da força tarefa ocorram de acordo com seus desígnios. Parece-me mais que, como um realista político, tenta ficar no meio do caminho para não se queimar em definitivo com nenhum dos lados em contenda nem com a(s) opinião(ões) pública(s). Pensava ter sido a carta aos procuradores o sinal para o fim da dubiedade. Que nada! Pois na semana passada não nos sai Janot com a originalíssima sugestão “ministro sim, foro não”? Ou com o cronometradíssimo ataque ao PP?

    Frente ao enterro ou não do impeachment, Janot terá que sair da zona de conforto e se assumir. Quer como avalista da governabilidade inibindo movimentações e cronogramas políticos da “Força Tarefa”, quer aderindo de vez a essa Força como generalíssimo e partindo para o pau. Abertamente dessa vez. Espero que a saída seja a primeira. Combina mais com sua biografia até aqui. Mas se for a segunda, mesmo que doa e traga um período de exacerbação quase insuportável das instabilidades, será melhor do que a dinâmica atual. Melhor uma guerra quente de curta duração do que essa guerra fria durante todo o mandato de Dilma.

    Para o bem e para o mal, sem Janot e STF à mesa não há acordo pela governabilidade sustentável.

  5. “4. Impossibilidade de o

    “4. Impossibilidade de o governo tocar o barco político sem um grande acordo político.” 

    Olha… acho que não é só governo, não. É país, é país todinho, estamos à beira de ficar impossível tocar todo o nosso país-barco.

     

    Tá, eu sei que a palavra “acordão” já ganhou um tom pra lá de pejorativo, mas pelo andor nacional acredito que um tal seja de necessário a invevitável. Claro, nada de persistir nessa mania de seletividade aí também, né?

    Acontece que o “desembarque” da Folha e do Estadão (as propostas esdrúxulas são apenas subterfúgios ao mea-culpa, nada mais) está sendo acompanhado por sinalizações de rearranjos políticos e constitucionais (vide REDE/Marina, Paulo Paim…) que apontam não só para o imediato pós-impedimento ou não-impedimento, mas como ampla preparação de terreno civilizado/civilizatório até 2018 (e depois).

    Longe de mim levantar a bola do parlamentarismo, que agora seria mais um expediente golpista (já que sem o tal “poder originário” como fundamento, por exemplo), mas uma mini-constituinte exclusiva para fazer uma profunda reforma política (eleitoral, partidária, etc.), admito, me coçou ou dedos.

  6. Documentário sobre as manipulações recentes da Globo

    Ainda não pensaram fazer um documentário sobre as manipulações feitas pela TV e jornal Globo, dentre os outros meios? Não há nenhuma iniciativa para isso? Vejon que caberia um material de mão cheia a respeito, destrinchando o mito de neutralidade que se propaga na coletividade. Deve-se mostrar também os efeitos psicossociais que disso advém.

    Penso que desde as manifestações de 2013 até o presente momento há muito material a oferecer. Ou dá pra começar nas eleições de 2010 e o caso da bolinha de papel.

     

    ——CELSO DANIEL

     

    Como não acompanho as notícias políticas por muitos anos, me falta base para compreender como o caso Celso Daniel é abordado pela mídia e quais são as manipulações que dela se faz. Alguém indicaria alguns artigos, por favor?

     

    Obrigado

  7. O post está excelente e é

    O post está excelente e é impressionante como o Nassif conseguiu com razoável antecência “ler” o movimento de xadrez da operação do golpe, inclusive com detalhes.

    Porém, entendo que tem algo muito estranho acontecendo com a Lava Jato.

    Praticamente de uma hora para outra, críticas que eram feitas por juristas de renome começaram a “pegar” e serem repercutidas na “grande” (grande, só no tamanho) imprensa.

    A maior delas a reportagem hoje no Uol que mostra excessos e erros da Lava Jato (Algumas básicas e capazes de gerar anulação do processo desde o início, por exemplo, sempre pensei que como uma operação desse tamanho ocorre em Coritiba, que não é sede da Petrobrás, não é sede de nenhuma das grandes empresas investigadas, não foi o local do cometimento dos crimes e isso não é devidamente questionado nas instancias superiores)

    Nassif coloca que uma das razões para isso foi a decisão de Zavaski seguida pelo colegiado do STF e também um certo “respiro” de verdadeiro jornalismo.

    Tenho minhas dúvidas. Moro vem estrapolando todos os limites do exercício da magistratura faz algum tempo e pouco ou nada tinha sido feito.

    O que me parece é que há uma certa operação de descarte da “grande” mídia do Juiz do Paraná que tão bem serviu aos interesses da Casa Grande.

    A razão eu não sei. Mas penso em algumas hipóteses:

    1.Será que popularidade de Moro junto aos incautos começou a incomodar esse pessoal que tinha os velhos nomes do PSDB na mão para a próxima eleição?

    2. A operação chegou de fato em algum dado de peso capaz de implodir a globo (algo muito mais forte que as offshores dos Marinhos)?

    3. Ou será que depois de gastarem todos os cartuchos, se viu que o impeachment de Dilma não é mais viável e está se tentando um retorno com o medo da extinção das verbas publicitárias governamentais?

    Aguardemos cenas dos próximos capítulos…

  8. O post está excelente e é

    O post está excelente e é impressionante como o Nassif conseguiu com razoável antecência “ler” o movimento de xadrez da operação do golpe, inclusive com detalhes.

    Porém, entendo que tem algo muito estranho acontecendo com a Lava Jato.

    Praticamente de uma hora para outra, críticas que eram feitas por juristas de renome começaram a “pegar” e serem repercutidas na “grande” (grande, só no tamanho) imprensa.

    A maior delas a reportagem hoje no Uol que mostra excessos e erros da Lava Jato (Algumas básicas e capazes de gerar anulação do processo desde o início, por exemplo, sempre pensei que como uma operação desse tamanho ocorre em Coritiba, que não é sede da Petrobrás, não é sede de nenhuma das grandes empresas investigadas, não foi o local do cometimento dos crimes e isso não é devidamente questionado nas instancias superiores)

    Nassif coloca que uma das razões para isso foi a decisão de Zavaski seguida pelo colegiado do STF e também um certo “respiro” de verdadeiro jornalismo.

    Tenho minhas dúvidas. Moro vem estrapolando todos os limites do exercício da magistratura faz algum tempo e pouco ou nada tinha sido feito.

    O que me parece é que há uma certa operação de descarte da “grande” mídia do Juiz do Paraná que tão bem serviu aos interesses da Casa Grande.

    A razão eu não sei. Mas penso em algumas hipóteses:

    1.Será que popularidade de Moro junto aos incautos começou a incomodar esse pessoal que tinha os velhos nomes do PSDB na mão para a próxima eleição?

    2. A operação chegou de fato em algum dado de peso capaz de implodir a globo (algo muito mais forte que as offshores dos Marinhos)?

    3. Ou será que depois de gastarem todos os cartuchos, se viu que o impeachment de Dilma não é mais viável e está se tentando um retorno com o medo da extinção das verbas publicitárias governamentais?

    Aguardemos cenas dos próximos capítulos…

  9. O Deputado Marcelo Aro (PHS)

    O Deputado Marcelo Aro (PHS) de MG  indicou o Eduardo Cunha para cidadão honorário de BH. Ele é a favor do golpe. Entre no Face do deputado e pergunte a ele: Voce é contra corrupção ? O que acha de Eduardo Cunha? Certamente ele vai te bloquear e vai excluir o seu comentário , como tem feito com muitos que relacionam o nome dele ao  de Eduardo Cunha. Ainda assim vamos denunciar o Marcelo Aro e fazer uma rede.

     

    http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/01/22/interna_politica,610613/eduardo-cunha-vem-a-bh-para-homenagem-e-articular-presidencia-da-camar.shtml

  10. excelente artigo…..
    sem

    excelente artigo…..

    sem repactuação política, haverá certamente conflitos.

    é preciso evitar as borrascas, mas

    tb é necessáreio resisitr ao golpe….

  11. Nassif, meu comentário não

    Nassif, meu comentário não está entrando porque meu nome de usuária não é reconhecido[fica contornado em vermelho como se faltasse no campo]. Dá pra dar um jeito?

  12. Óbvio:viriam prá cima.Esqueça a decência.É money !

    Atuação proativa do Supremo coibindo definitivamente os exageros da Lava Jato? Esqueça ! Cravaram, e num momento crucial, a Panamá Papers para pressionar à todos[políticos, empresários de todos os seguimentos[os marinhos devem estar dormindo mal] etc,e, principalmente, o próprio STF porque o primeiro nome brasileiro vazado é justamente de um ex-ministro da corte, o joaquimBarbosaa, que, por acaso, foi o que presidiu o “mensalão” contra o PT. É claro que pode haver mais alguma excelência nessa lista, por que não? Não duvidaria disso. É pressão na veia. O dinheiro corrompe e no BR “enricar” de forma estranha nunca deu em nada. Os avisos, cada vez mais explícitos, tem endereço certo e esta lista parece ser um último alerta. Aliás, a tal lista partiu dos eua através do ICIJ  – Consórcio Internacional de jornalismo Investigativo, com sede em Washington, que, por acaso, tem como um dos financiadores uma figurinha muito conhecida entre os brasileiros: GeorgeeSoros, esse mesmo que tem ArmíniooFragaa, apelidado de o “destruidor de países”, como seu braço direito e que, por acaso, também seria o homem forte[ministro da fazenda] num governo de aécio-furnass em 2014. Só para lembrar, esse fraga, que também é cidadão norteamericano, já foi presidente do nosso BC e sua primeira medida foi elevar os juros para 45%(!). Em 2014 ele defendia privatização dos bancos públicos e achava que o salário mínimo estava muito alto, além de outras desgraças que ele faria com aécio-porto no governo.  

    O aviso é claro: Se não derrubarem a Dilma e prenderem o Lula vai sobrar prá todo mundo, então acredito que a coisa vai se dar mesmo no “salve-se quem tiver juízo”, e o Br que se phoda..

    Quem comanda mesmo esse troço da lava jato é um pool externo de gente poderosa financeiramente e intimamente ligada[unha e carne] aos interesses yankees[banqueiros, investidores de vários ramos – petróleo, empreiteiras, mineração, energia etc], enfim, a nata ligada aos interesses da política externa de washington, uma política de Estado voltada a dominar todos os cenários e manter a sua supramcia mundial. A lava jato é geopolítica na veia, que nasceu, se criou e atua patrocinando os interesses externos da geopolítica norte americana. Janot é o representante ou chefe brasileiro para fazer cumprir os objetivos aqui[enquadrando a coisa às leis brasileiras] tendo como soldadinhos o moro e o seu pessoal, o diretor da pf e a globo. Nesse balaio entram os colaboradores fiesp e seus pares de outros estados, a oab, pessoas com certa projeção pública: juristas conhecidos, ex ministros, jornalistas e seus blogs etc. Financiados para servir à causa: pequenas lideranças jovens,irrigadas com dindin[externo/interno], para botar o bloco de idiotas nas ruas. As “Sininhos” de hoje são os moleques dos movimentos construidos artificialmente que tem à frente o babaquinha do kataguiri(mbl), o bruta montes do revoltados online, o movimento vem prá rua, o ‘endireita brasil” e outros tantos. Os imbecis que vemos aí..

    2 Pontos claros para mim: 1) Mesmo que Dilma não fosse reeleita iriam, depois, prá cima do Lula para destruir a sua liderança política para aniquilar qualquer possibilidade da volta de um governo progressista[só o lula conseguiria unanimidade da esquerda, mas não chegaria a acontecer uma prisão, disso tenho certeza. Só aconteceria um enorme desgaste]; 2) O divisor de águas que explica toda a atual desgraça, que é derrubar o governo e a imperativa prisão do Lula, foi a guerra travada. longe da opinião pública, que era travada junto ao tse antes da eleição de 2014[a CMind travou essa guerra,literalmente]. Quem acompanhou mais de perto sabe do que eu estou falando e das consequencias que fatamente viriam. Se vc não sabe ou não entendeu, ainda, a gravidade do que ocorreu naquela época e do que fatalmente isso desencadearia, então vc precisa se inteirar porque isso explica muita coisa sobre essa busca desenfreada para derrubar Dilma, e aqui mesmo no GGN teve publicações explicitando isso[link 1 – Leiam atentamente que vcs entenderão porque chegamos aqui, nessa encruzilhada anunciada, desde o resultado da guerra travada com o tse, apesar do nosso sucesso em prol da democracia]. Dilma e quem é ligado ao poder sabia que a vingança e o revide viriam como fogo ardente para derrubar o governo, afinal, o candidato de washington era o aécio e essa gente poderosa que eu citei acima não ia aceitar ser contrariada depois de todos as “acordos” feitos previamente. As forças se arregimentaram e Dilma sabia das consequencias. Por que, então, demorou tanto para agir e levar a sério isso? “Eles” sempre agem do mesmo jeito utilizando o mesmo modus operandi. No passado pessoas que afrontavam o poder dessa gente explodiam em acidentes. Hoje a coisa vem através de “primaveras”…Dilma é burra ou o quê? Iam prá cima dela e dos Brics[link 2] em questão de tempo e Dilma sabia que não era a candidata eleita desses poderosos, então tinha que ter aberto os olhos para estar preparada para o revide – era o golpe, claro. Ao ler o link1 vsc vão entender do que eu estou falando e vai clarear tudo, e o raciocínio será completo com a leitura do link2. 

    Link 1 – não vou deixar os links do próprio GGN, que são vários, porque a fonte/o autor original dos posts publicados pelo Nassif atualizou o caso em seu próprio site com novas e preciosas informações de autor, está completíssimo, então achei melhor deixar o link dele. Acessando o link vcs encontrarão no texto, destacado em cor azul, o acesso para muito mais informação para facilitar o entendimento e entender a complexidade da coisa, então não deixem de aproveitar isso, enquanto podemos e temos à disposição, pois são informações preciosas que valem cada minuto de leitura. http://cic.unb.br/~rezende/trabs/desculpas.html

    http://cic.unb.br/~rezende/trabs/desculpas.html 

     

    Link 2 – http://www.viomundo.com.br/denuncias/pepe-escobar-brasil-russia-e-china-sob-ataque-simultaneo.html

  13. Somente o Sapo Barbudo salva

    O verdadeiro dilema é que a essa altura não há nenhuma figura pública que consiga operar um acordo nacional que não seja esse metalurgicozinho retirante de 9 dedos na mão. Esse ignorante de fala errada, cachaceiro, chefe da quadrilha petralha! Esse é o dilema da Globo, da Fiesp, do aparato juridico policial, dos segmentos repletos de preconceitos sociais de nosso país. Difícil para essa gente estudada descobrir-se desnuda de suas certezas e admitir que precisa daquele orador de lingua presa, esse sapo a ser engolido com todos os pelos de sua barba. Lula, com todo e qualquer defeito que possa ter, é simbolicamente a grande dádiva que os brasileiros progressistas receberam das tecituras do Destino. Prender esse gigante? A essa altura até mesmo Janot, a eminência parda da operação Vaza a Jato, pergunta-se se será viável ou mesmo desejável. E tome a fazer conta e tecer cenários. Os próximos capítulos virão dos dados a serem vazados pelos Panamá Papers, bala de prata guardada pelo império que na primeira investida só soltou nomes relacionados aos interesses geopolíticos americanos. A ver.

  14. Tudo bem, bastante

    Tudo bem, bastante elucidativo para comprensão do que se passa no momento atual na política de nosso país.A meu ver a abordagem fica prejudicada, porque não considerou as repercussões certamente positivas para o Governo Dilma a quase certeza de que o Supremo Tribunal Federal irá permitir a nomeção de Lula para Ministro da Casa Civil, porque inexistem óbices legais capazes de impedir este ato da Presidente,  Claro que o ex-Presidente não é nenhum mágico, mas certamente serão melhorados os comportamentos de diversos atores políticos e econômicos com sua participação no Governo. Assim, certamente as conclusões sobre o futuro do Governo Dilma não estão muito aderentes ao que possa acontecer.

  15. Interferência externa
    Nassif, outro ponto que interfere nesse xadrez super complexo é a interferência externa na política interna a fomentar o Golpe.

    O escândalo de ontem foi a liberação dos milhões de papéis secretos da Mossack Fonseca. Bastaram algumas horas de exposição à web para se revelar um imenso traque. Muitos BRICs, nenhum americano, alemão ou australiano. Deram o Joaquim Barbosa de bandeja, só porque é um bagrinho inútil. Na lista não tem nenhum Marinho, nenhum Frias, nenhum Saad, nenhum Mesquita. Nenhum traficante. Nenhum mega contrabandista. Nenhum tubarão.

    Mas tem muita colaboração com PGR e Moro, em mais uma tentativa de desestabilizar o governo Dilma.

    1. Panamá papers talvez explique o
      Suposto desembarque da Folha e do Estadão. Ambos fazem parte do pool de investigação do Panamá papers. Descobriram algo que não queriam?

      1. Faz sentido, pode ser. Tudo pode ser

        Outra narrativa possível: G. Soros é um dos financiadores deste leaks. Talvez isso explique a presença de A. Fraga naquele diamantino almoço com Gilmar Mendes, Serra e um 4º elemento em Brasília. Todos ali tinham motivo para conspirar pela derrubada do governo Dilma. Podiam estar ali pra isso, ou não. Talvez estivessem planejando o seminário do IDP em Lisboa, sei lá. Mas sempre me perguntei: O que Fraga estava fazendo ali? Que interesses estava representando? Estava ali como pessoa física ou jurídica?

  16. O Ministro Lula hoje representa as mudaças socias e econômicas

    O primeiro fator é com a internet hoje a capacidade formação da opinião pública da maior parte da grande mídia está muito reduzida, já que a internet proporciona um amplo espaço para o contraditório, praticamente acabou o monopólio da informação.

    O segundo fator é que o Ministro Lula representa muito mais que o PT e a Presidenta Dilma, as transformações econômicas e sociais ocorridas nos últimos anos.

    O terceiro fator é que a oposição PSDB, não conseguiu construir um discurso alternativo de governo, o que não permitiu liderar as manifestações contra o Governo da Presidenta Dilma.

    Além disso não há mais um marco na divisão política internacional como havia em 1964, e o PT não representa um risco para o capitalismo, nem para a propriedade privada, nem de  uma socialização dos meios de produção.

  17. Como se poderia resolver a

    Como se poderia resolver a “questão Janot”? Quanto à lava jato, não derrubou o governo, mas causou sérios danos à economia e grandes empresas. Uma parte da missão parece que foi cumprida.

    “Acordo” não parece possível. A direita golpista, sobretudo psdb e mídia, deixaram isto claro desde o momento em que foi anunciada a derrota de seu candidato. “Acordo” com marinhos, serras, aécios, fhc, frias, civitas, etc e elementos comprometidos em a recolocar o Brasil submisso aos interesses dos EUA, o que inclui enfraquecer BRICS e Mercosul? “Acordo” significa voltar aos tempos da redemocratização quando os mesmo grupos e pessoas que apoiaram e integraram a ditadura não foram punidos e aí estão de novo, tentando outro golpe.  Não levo fé. Se eles não forem enuqadrados, se não houver punição de novo, eles tentarão outro golpe futuramente.

  18. O artigo é fabuloso por
    O artigo é fabuloso por abarcar cada um dos movimentos das peças do xadrez nesete insano jogo que paralisou o Brasil e põe em risco as instituições e a própria democracia.

    O item 3. É para lá, TSE, que a oposição moverá o jogo. Será a desmoralização de Gilmar Mendes que entrará de cara lavada no jogo e irá se expor definitivamente.

    Gostaria de acrescentar que a entrada de Lula trará o que alguns chamam de “paz ou credibilidade ao governo” e eu chamo de apaziguar a Câmara dos Deputados.

    Com a derrota do impeachment a grande imprensa se verá ibrugada a recuar dis ataques destrutivos ao governo, consequentemente ao país. A FIESP voltará a pedir isenções e se acalmará.

    O Brasil reconhecerá que grande parte de seus problemas está na crise internacional e, mesmo assim, saneados a cruse política nossos índices irão melhorar.

    Desmontado o golpe o Brasil ficará definitivamente reconhecido como uma democracia que avança sem riscos de retrocesso.

    1. Torço por essa sua versão se tornar realidade, Assis

      Lula, que mesmo cansado está há anos-luz na frente de qualquer estrategista do Golpe, brasileiro ou americano, já captou que a saída dessa imensa crise política é a conciliação.

      Disse isso no discurso ao povo no último dia 18/03 (“Lulinha Paz e Amor voltou”), na entrevista com os correspondentes estrangeiros, no discurso de ontem no Nordeste. Ele viu o espaço vazio e ocupou. É isso que políticos e estadistas fazem, quando são bons.

      Só a conciliação política de classes, ainda que provisória e desde que num patamar acima do que foi feito na Constituinte de 88, vai fazer o país sair da crise com um ganho democrático. Não vejo outro, além de Lula, para dar início a esse processo.

  19. Realmente o lado de lá

    Realmente o lado de lá aloprou de vez. Os primeiros sinais foram na condução  de Lula para depor, agora tá escancarado 

  20. Vocês têm mais um problema,

    Vocês têm mais um problema, que é a prova cabal de que a sua justiça é inexistente. Segundo a sua própria constituição o juíz Moro deveria estar preso ou no mínimo afastado da função (o crime dos grampos ilegais), mas apesar disso ele não apenas continua no cargo como continua cometendo crimes e abusos. Isso deixa a porta livre para toda sorte de abusos e afasta do país qualquer negócio de médio a longo prazo que precise de segurança jurídica para atuar.

  21. Vida longa a Luis Nassif

    Isso mesmo, vida longa para nos continuar informando, impedindo que nos tornemos analfabetos políticos!

    Desculpe se, depois de ler vários comentários de peso, colocarei questões “singelas”: Alguém pode me informar se o cargo de PGR de Janot tem mandato ou ele pode ser demitido pela Presidente da República? Se for demissível, o que Dona Dilma está esperando? seria dar um tiro no pé? 

    1. Tem mandato. São dois anos,

      Tem mandato. São dois anos, podendo ser reconduzido uma vez por igual período. Janot está na sua recondução.

  22. Não tem presidente?
    Muito bom, Nassif.

    Mas sinto uma omissão grande neste seu xadrez de hoje. Você não tem nenhum comentário a fazer sobre a atuação da própria presidenta neste momento? Continua achando que ela é simplesmente inepta? Estaremos ainda, a seu ver, num governo inteiramente sem cabeça?

    A mim me parece pouco razoável analisar tão amplamente uma situação política dessa complexidade sem nenhuma palavra sobre o presidente da república propriamente dito. Não te entendo neste ponto, Nassif.

  23. Onde andam os jornalistas

    Onde andam os jornalistas decentes desse país? Por que não se rebelam contra os seus patrões e lutam por um jornalismo imparcial, apartidário? Na hora que um fizer isso abre-se a porteira e a mídia golpista será desmoralizada. Jornalista não é massa de manobra.

  24. ponto de ruptura

    não há retorno. não sairemos desta crise em direção ao passado. nada será como antes. o Brasil não será o mesmo. a sociedade não será a mesma. cada um de nós não será o mesmo. atingimos o ponto de ruptura.

    nem um setor dominante rachado, nem o governo, muito menos os operadores da Lava Jato e a oposição golpista tem solução para uma crise que avançou longe demais. 2018 é um ano inalcançável e a governabilidade de curto prazo é volátil.

    todos os tentarão reeditar algum pacto de governabilidade urdido  nos conchavos de gabinete, extenuando-se em postergações, hesitações, meias-medidas, apaziguamentos, conciliações, recuos e capitulações voluntárias.

    o editorial da Folha e a matéria do UOL sobre o vício de origem da Lava Jato são claros: fora Dilma, fora Temer, fora Cunha, fora Lava Jato e, o mais importante, fora a CLT, fora a Previdência Social, fora o pré Sal, fora o patrimônio público.

    querem novas eleições, por um candidato que execute o programa derrotado nas urnas em 2014: “seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo a fim de que ele investisse alguém da legitimidade requerida para promover reformas estruturais e tirar o país da estagnação.”

    o xadrez da defesa da Democracia exige que os golpistas sejam colocados no lugar que merecem: no xadrez.

    “Por exemplo, se você vai hoje em uma empresa nos Estados Unidos, aqui a gente tem uma hora de almoço, normalmente não precisa de uma hora do almoço, porque o cara não almoça em uma hora. Você vai nos Estados Unidos você vê o cara almoçando com a mão esquerda e operando… comendo o sanduíche com a mão esquerda e operando a máquina com a direita, e tem 15 minutos para o almoço, entendeu? E eu acho que se o empregado se sente confortável em poder, eventualmente, diminuir esse tempo, porque a lei obriga que tenha que ter esse tempo?”

    Benjamin Steinbruch, 29/09/2014

    “Democracia para esses democratas não é o regime da liberdade de reunião para o povo: o que eles querem é uma democracia de povo emudecido, amordaçado nos seus anseios e sufocado nas suas reinvindicações. A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma, ou seja, aquela que melhor atende aos interesses dos grupos a que eles servem ou representam. A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício.”

    Jango, Comício da Central, 13/03/1964

    .

  25. O post é excelente, mas o

    O post é excelente, mas o Nassif continua colocando a mão leve sobre o Janot.

    O Janot é golpista e prevaricador, e não quer controlar aloprado nenhum dp mpf, muito pelo contrário, se puder ele mesmo taca fogo.Denunciou os deputados do PP tão logo a bancada abriu negociação do governo, como você mesmo disse no post.

    Janot e golpista e não quer controlar aloprado nenhum.

    1. Pois é Gilson, então o que

      Pois é Gilson, então o que você pensa que Janot almeja, você imagina que ele pretende ser levado ao Planalto por aclamação ou é um simples preposto e deseja ter Aécio (em vista das várias não ações contra) como ‘figura central’ para poder exercer o poder sem ser vitrine? Qual a sua intuição? Um abraço …

    2. Este é bandido.
      O Senador

      Este é bandido.

      O Senador Collor de Mello fez várias denúncias gravíssimaes contra este senhor da tribuna do senado.

      E o que o Já NOT fez? Ordenou uma operação midiática com desfile de carros de luxo e tudo para calar o senador com recado claro: se não calar a boca, te prendo.

      Este Já NOt não em condições de continuar a ocupar o cargo de PGR. tem de ser impeachado.

    3. Observação perfeita, Gilson.

      Observação perfeita, Gilson. Fica a dica para o Nassif rever essa condescendência com o o janot(a). O PGR tem muito poder; sòzinho é muito difícil Nassif conseguir desnudá-lo e expor-lhe as entranhas sombrias e mal-cheirosas à luz solar. É por isso que sugiro freqüentemente aos jornalistas e blogs independentes que trabalhem de forma associada. Só assim o alto comando conspirador e golpista pode ser completamente desmascarado, desnudado e devassado, trazendo ao conhecimento dos cidadãos brasileiros toda a trama golpista, capitaneada localmente pelo MPF e sua maior autoridade, o PGR. O alto comando, de verdade, sabemos que fica no exterior, mais especificamente nos EUA.

      1. Caros Gilson AS e João Paiva,

        Caros Gilson AS e João Paiva, Nassif não pega leve com o Janot!

        Senão ele nem teria denunciado as PERIPÉCIAS dele aqui na net para MILHARES de pessoas!

        Teria ficado quietim (mineirice) aqui no seu “canto” e ATÉ ELOGIARIA seu conterrâneo!!

        PÔXA PARECE Q VCS NÃO ACOMPANHAM O BLOG AQUI, o Nassif dá a cara para bater direto!!!

        Obs:Nassif depois manda a procuração para eu assinar como seu advogado(se for tá lascado!!)

         

  26. “Principal parceira do golpe,

    “Principal parceira do golpe, as Organizações Globo têm ampliado imprudentemente seu estoque de manipulações.”

    Os Marinho da Globo são os chefes do golpe. Simples: querem retomar o controle total que seu pai, Roberto Marinho, teve até mesmo durante a chamada “Ditadura Militar”(*)

    Lula foi eleito em 2002 por conta de vários fatores então em jogo, dentre os quais, o momento de sucessão na família Marinho, cujo patriarca, Roberto Marinho, faleceria em 6 de agosto de 2003, oito meses depois de Lula tomar posse, aos 99 anos. E, naturalmente, certo tremor no comando central. Desde então, observa-se a permanência do distanciamento d”Os Donos do Poder” de fato no Brasil em relação ao Governo Federal, até que em 6 de junho de 2005 a Folha de São Paulo é chamada à causa – como fora a Veja em 1992  – e começa a tentativa de desconstrução de Lula e do PT com a história do “mensalão”. O “mensalão” parece ter sido uma invenção meramente nacional; mas, a tentativa de apear o PT da vida pública não deu certo no todo, e, como é proprio da direita brasileira, desde os tempos coloniais, em 2014 apareceu a Lava Jato que traz todos os ingredientes da participação do Departamento de Estado americano como o foi em 1822, com a banca inglesa; em 1889, com o nascente imperialismo americano, em 1964, e como o foi recentemente no Paraguai, já que aqui se mata dois coelhos de uma só cajadada: aniquila o protagonismo internacional de empresas brasileiras, concorrentes diretas da empresas americanas, e, mais uma vez, destrói o PT.

    Indubitavelmente o Sistema Globo é o braço institucional mais forte do Departamento de Estado americano para o Brasil. Talvez por isso Zé Dirceu tenha declinado de possível enfrentamento, dentro da linha do “governo possível”. Estrepou-se.

    Vivemos na Marinholândia: o principado dos Marinho.

    (*) Só pra lembrar, em 1983 Roberto Marinho, através de seu Sistema Globo e com breve ajuda dos amigos parceiros (não são concorrentes) da mídia grande restante no Brasil, HUMILHOU O DITADOR MILITAR, presidente João Baptista Figueiredo através de sua vingança pessoal contra o então ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, no chamado “Escândalo das jóias”, que até virou hit na canção dos roqueiros RPM, Alvorada Voraz. Foi quase como o bispo Ambrósio de Milão humilhando o IMPERADOR ROMANO, Teodósio, o Grande, em plena Milão do ano de 388.

  27. Bom dia,
     O conhecimento e a

    Bom dia,

     O conhecimento e a opinão consistente só com estudo e muita análise. Suas matérias são ótimas, mas como vivemos cercados por muitas notícias e a maioria de péssima qualidade então existe a facilidade da manipulação. A justiça e polícia federal devem rever o seu papel nesta operação lava jato e nas outras que foram arquivadas para não mostrar outro lada da moeda. Temos que lutarmos cada vez mais pela democrácia e defender as conquistas sociais. As ruas são o lugar democrático desse governo que soube resgatar a estima de classe e uní-las. Quem é contra ao governo, precisa saber que a casa grande não dá mais.

  28. Temos que esclarecer o povo

    Só um povo esclarecido pode evitar o golpe

    Qualquer análise da atual situação econômica do BRASIL nunca pode deixar de ressaltar que em junho de 2013 a economia Dilma/PT ia a todo vapor, juros baixos, pleno emprego, todo mundo viajando para os mais variados lugares, inclusive, Europa. Com as classes “B”, “C” e “D” exercendo pela primeira vez o direito de consumir, nunca antes visto na história econômica e social do BRASIL.

    Mas, em menos de 3 anos, a turma de preto, unida a poderosos grupos empresariais, interno e externo, focaram unicamente na estratégica Petrobras a pretexto de caça à corruptos. Nesse estranho direcionamento, acionaram a grande mídia “livre” objetivando derrubar o grande entusiasmo do povo, dos empresários, dos investidores internos e externos, que existia até junho de 2013, esfriando drasticamente  a economia.

    Precisamos saber quem estaria custeando os bilhões para a caríssima grande mídia “livre” manter permanentemente seletivas notícias ruins, desde 2013, em seguidas avalanches de denúncias, factoides, mentiras e calúnias, bem calhorda. Ou será que prometeram pagar com a bilionária grana das privatizações? Pela gigantesca operação, nunca vista, envolvendo elementos do Congresso, Justiça, Ministério Público, AGU, OAB, entidades empresarias, e outras mais, o prêmio dever ser muito grande, gigantesco, do nível de amplas privatizações. Só pode.

    Não é mais possível deixar os inimigos do BRASIL continuarem aproveitando das liberdades democráticas, irresponsavelmente, para prosseguirem no gigantesco bombardeio midiático destroçando nossa economia, impunemente, bem a vista de todos. Nenhuma democracia do mundo pode resistir à tamanha devastação midiática, de factoides e mentiras.

    Passa da hora do Governo exercer sua obrigação da defesa de nossas riquezas, mostrando ao povo os reais nefastos objetivos por detrás de tudo que vem ocorrendo, da gravidade do projeto entreguista a caminho que nos levará a uma grande convulsão econômica e social com milhares de demitidos e de falências por todos os lados, criando as condições para uma sangrenta guerra civil dado a fome e o desespero que tomarão conta de nosso desavisado povo. O mundo capitalista continua com sérios problemas econômicos e financeiros desde final de 2007, precisando como nunca das riquezas alheia a preços de bananas e, privatizações FHC/PSDB não podem mais ser mais toleradas.

    Em 1949 a China situava-se no zero absoluto, com a sífilis em mais de 40% da população e a fome matando aos milhares. Em menos de 60 anos tornaram a 2ª potência mundial. Em breve, serão a primeira. Essa inédita e incrível façanha é por conta de seu diferenciado modelo econômico. Também, por manter tolerância zero com traidores da pátria e ladrões. Fuzilam sem dó nem piedade.

    Aqui no BRASIL, resta ao Governo reunir forças para sair imediatamente em defesa de nossas riquezas, por meio de ciclos de debates em cadeia nacional pela TV, em horário nobre, com gente de grande competência e reputação, mostrando ao povo as consequências econômicas e sociais decorrentes de novas privatizações, notadamente, da importantíssima Petrobras e das siderais riquezas de petróleo e gás existente no Pré Sal, descobertas pela Petrobras.

    É urgente o povo tomar consciência sobre a gravidade da ameaça pairando sobre suas riquezas acumuladas e construídas ao longo de muitas décadas, de muito trabalho e sacrifícios, correndo grande risco de perder tudo, em poucos minutos em entreguistas leilões de privatizações. Se as explicações forem bem claras, falando a verdade, mudaria a cabeça do povão da noite para o dia. Inviabilizaria qualquer golpe. Para tanto, haja coragem e patriotismo. Não há mais tempo a perder.

     

     

  29. crítica ao artigo

    Uma grande caso de corrupção generalizada com todos os partidos envolvidos e o Nassif querendo por a culpa na polícia federal e no Ministério Publico! As denúnicas não foram realizadas pela oposição não; e sim por gente do próprio partido! Não tem nenhuma lógica…

    1. Nassif denuncia o uso partidarizado das investigações

      Nassif denuncia o uso partidarizado das investigações. Isso contempla tanto a perseguição a inocentes quanto a proteção a culpados que sejam dos partidos amigos.

      Ao atacar o NAssif quem está defendendo a corrupção é você.

      Você fala em “corrupção generalizada com todos os partidos envolvidos” mas depois diz “As denúnicas não foram realizadas pela oposição não; e sim por gente do próprio partido”, ou seja, está alegando um combate apartidário à corrupção, mas defende a oposição e centra sua acusação em um único partido.

      O que você está fazendo é criar uma desculpa para um ataque partidário, exatamente a mesma atitude dos conspiradores da LAva a Jato. Só que no seu caso é apenas má-fé, no caso deles, que usam o cargo de forma partidarizada, é crime.

      Pare você de defender os corruptos dos partidos de oposição, protegidos e blindados pelos conspiradores. Denunciar o partidarismo que se esconde atrás de um falso combate à corrupção é combater a corrupção muito mais do que os golpistas fazem.

      Esse discursinho pseudomoralista que você está fazendo só convence os que querem ser convencidos. Quem usa um mínimo de bom sendo percebe claramente a manobra para proteger os corruptos da oposição.

      1.   Clap clap clap clap
         

          Clap clap clap clap

          Colega, MAIS UMA VEZ um comentário seu me lava a alma a jato. É assim que temos que tratar com esses tratantes: batendo forte, na hora, e expondo sem dó o absurdo do “raciocínio” deles.

  30. Pois é. Eu estava toda

    Pois é. Eu estava toda otimista com as manifestações de 31 de março. Aí, li no Tijolaço o artigo, postado abaixo, do sociólogo Nilson Lage. Então é tempo de luta, que os golpistas, com os americanos manobrando por trás, não vão abrir mão do golpe. Tem a ver com o Brics e com o quintal deles. E eles são o império.

    E esses brasileiros que se vendem vão para a lata do lixo da história. Mas seus descendentes não terão problema com dinheiro. Assim como os descendentes do General Amaury Kruel não devem ter tido. Já, já, vamos encontrar os moros da república do paraná em offshores tal qual Joaquim Barbosa foi encontrado ontem. Mas aí já não virá ao caso.

    A Noite Antes da Noite de 1964

    A noite de 31 de março de 1964 foi comprida na redação de Última Hora na Rua Sotero dos Reis, Praça da Bandeira, Rio de Janeiro.

    Sabíamos, desde a tarde, que soldados do Exército e policiais militares de Minas Gerais vinham de Juiz de Fora em um levante armado, sob o comando do General Olímpio Mourão Filho, antigo militante integralista que, mais tarde, diria de si próprio: “Sou uma vaca fardada”.

    Mesmo com alguns reforços que recebeu, não era grande coisa, segundo oficiais da Aeronáutica que sobrevoaram a coluna . A adesão de tropas do II Exército, comandadas por um traidor, General Amauri Kruel (que documentadamente recebeu uma mala de dinheiro como propina do Presidente da Federação das Indústrias de São Paulo), seria fator decisivo para a efetivação do golpe de Estado.

    A única coisa que conhecja desse Olímpio Mourão era um artigo que assinou, como tenente-coronel de Artilharia, em um número da revista “Cultura & Política”, do DIP, editado para celebrar a “unidade nacional” quando da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Na mesma edição, saiu um texto de Graciliano Ramos, escrito por imposição da disciplina interna do Partido Comunista; ele deixa claro isso em “Memórias do Cárcere”.

    Despachamos para Resende, onde se esperava o confronto dos golpistas com unidades do I Exército, um jipe sem a marca do jornal levando o repórter Pinheiro Júnior. Ele mais tarde contaria outro lance que levou à confraternização entre legalistas e rebelados: estes, que controlavam a Academia Militar de Agulhas Negras (oficiais dissidentes costumam ser lotados na Diretoria de Ensino do Exército), armaram os cadetes e os puseram na linha de frente.

    Como poderiam os legalistas atirar em “nossos meninos”?

    Alta madrugada, começando a clarear, saí do jornal com notícias e proclamações parecidas com as que leio, hoje, na mídia alternativa: greve geral decretada, confiança na “jovem democracia brasileira”, no “esquema militar do presidente”, nas Ligas Camponesas de Francisco Julião, nos ideais do Concílio Vaticano II, no “não passarão”.

    Quando acordei, depois do meio-dia, a Rádio Nacional mantinha o mesmo tom, mas reparei que, afora gravações, quem falava eram empregados da própria emissora. Lembro-me da voz do médico e radialista Paulo Roberto, criador de um programa muito inteligente, “Nada além de dois minutos”.

    Pelo andar da carruagem, percebi que os que não passariam haviam passado. Isso se confirmou quando uma voz se anunciou no alto-falante: “Sou um major do Exército…”

    Entrei no automóvel – um Gordini -, dirigi até o jornal, ajudei a transportar alguns arquivos para o carro de fuga, cruzei, na passagem sob a linha férrea, com a malta de vagabundos armados que iria empastelar a Última Hora (vi a cara do animador de auditório César de Alencar), percorri lentamente os bairros em festa da Zona Sul e os subúrbios calados e vazios dos bairros de trabalhadores em que nasci e fui criado – longe da praia, muito mais perto da verdade.

  31. Nassif, excelente

    Nassif, excelente análise.

    Tomara mesmo que o impedimento tenha virado e Dilma consiga se manter, será péssimo para o Páis, inclusive para a sua visão externa, ter um Presidente retirado antes das eleições.

    O grande problema, a meu ver, com essa hipótese de Dilma continuar é que ela precisa começar a Governar, coisa que até o momento ela não fez.

    E sinceramente, uma coisa é defendermos a legalidade, outra, é defendermos o Governo Dilma, coisa que não dá para fazer.

    De forma que ela terá que dar total autonomia ao Lula, ele que terá que Governar, para o País ter alguma chance de continuar andandno até 2018.

    Caso contrário, se continuarmos com Dilma, o Governo simplesmente continuará sitiado, sem governar até o final do mandato.

    1. Sejamos Justos na Critica

      Sejamos justos. Como disse em comentário, Dilma não governa la se vão bem 2 anos. Toda vez que tenta uma iniciativa pra sair do córner, a Força Tarefa solta do seu estoque algum vazamento/delação ou toma alguma iniciativa processual de impacto. Furam o balão de Dilma antes que ele encha e possa voar.

      O ponto chave para a retomada do governo – de qualquer governo – é por um ponto final na agenda e cronograma políticos da Lavajato.

    2. Visão distorcida

      E dar total autonomia para um ministro governar não é golpe? Colocar alguém para tomar as principais decisões no lugar do Presidente, alguém não eleito pelo povo vai conduzir o país, e não é golpe?

  32. O XADREZ DA DEFESA DA DEMOCRACIA

    Eu vivi a ditadura. Não era militar. Não era jornalista. Não era politico. Era trabalhador. Foi a melhor época pra mim.

    Voces falam em perda da democracia. Os militares não querem o poder. A não ser que percamos a democracia para um sistema venezuelano. É isso Nassif .

    Como voce mesmo disse: Não vão tirar Dilma mas não vão faciliatr a vida de Dilma. Se o Lula é bom mesmo, vamos dar uma oportunidade para ver as ideias dele. Ele pode ter carta branca de Dilma mas não terá carta branca do povo , nem do congresso.

    Tudo tem seu tempo. O tempo de Lula e do PT já se passou.

    Tirar Dilma e colocar Temer nem pensar. Tirar Dilma e colocar Aécio nem pensar. É melhor deixar Dilma onde ela está.

    Agora nada de reforma para sacrificar ainda mais o trabalhador desempregado.

    Lula fala uma coisa certa. Mas só na teoria: – Não se sai da crise recuando. Frase linda. Vamos ver na prática. Lula é suicida.

    Não sou petista, sou brasileiro. Acho até que deveriam dar uma oportunidade a Lula pra ver o que ele tem na cartola.

    Ele é esperto. Já pensa em chamar Meireles. Mas o Meireles foi bom naquele tempo. Hoje ele se queima.

  33. Renúncia

    Sem dúvida, o cenário mais favorável ao resgate da credibilidade e estabilização política e econômica do Brasil seria a renúncia dessa mulher, que ainda ousa autodenominar-se Presidente. Mas tal decisão exige coragem, senso de auto-crítica, humildade, desprendimento e grandeza de espírito, virtudes que nunca lhe foram características.

    1. Renúncia

      Não entendo o que o sr. Marcelo Muniz quis dizer com “mulher, que ainda ousa autodenominar-se Presidente”. A Dillma não foi eleita pelo povo? Se foi, já houve processo para tirá-la de lá?? Aguardamos explicações…

    2.   KKKKKKKK!!! Meu querido,

        KKKKKKKK!!! Meu querido, obrigado!!

        Seu comentário cínico e choroso apenas me faz constatar uma coisa: o impeachment está escorrendo pelos dedos da direita, e covarde como ela é, já chega a apelar para o “bom senso” da mandatária.

        Coragem é enfrentar a corja que você apoia, rufiões seculares de um país inteiro. Que tomem vergonha e se deem no mínimo ao trabalho de propor um plano de governo, caso contrário estarão fadados a enganar apenas os apalermados, facilmente manipuláveis e que imaginam “derrotar a corrupção” batendo panelas, do mesmo jeito que nossos antepassados medievais “espantavam” eclipses.

  34. Contribuições para o debate

    Importantíssimas essas análises de conjuntura realizadas pelo Nassif. Jogam muita luz na obscura cobertura realizada pela grande mídia, servindo de contraponto à grande quantidade de informação com a qual somos bombardeados diariamente. Felizmente, temos jornalistas blogueiros competentíssimos, que prestam um grande serviço à nossa democracia!

  35. Curupira

    Nassif, o PGR não deixou o saci escapar da garrafa. Ele é o próprio curupira que tirou a rolha e engana a todos acerca de para onde está a andar.

  36. Quando isso começou

    NAda me tirada cabeça que esse golpe começou quando Haddad ganhou de Serra a prefeitura de SP, numa derrota que deixou a direita estarrecida. Conheço parte dessa gente, e asseguro que ali se criaram os grupos para destruir o PT e a esquerda, custasse o que custasse, pois a cidadela Paulista , berço e quartel general da oligarquia brasileira, estava em risco.

  37. Quando isso começou

    NAda me tirada cabeça que esse golpe começou quando Haddad ganhou de Serra a prefeitura de SP, numa derrota que deixou a direita estarrecida. Conheço parte dessa gente, e asseguro que ali se criaram os grupos para destruir o PT e a esquerda, custasse o que custasse, pois a cidadela Paulista , berço e quartel general da oligarquia brasileira, estava em risco.

  38. A correção que pode tornar ótima esta boa análise

    Nassif e leitores,

    As análises que temos tido a oportunidade de ler aqui no blog, sobre esse jogo de xadrez que envolve várias instituições e personagens (MPF, PF, juízes, STF, PIG, oposição política, conspiração midiático-policial-judicial sob ordens de alto comando internacional, etc.) são esclarecedoras e têm um papel inestimável para formação de cidadãos conscientes e patriotas. Não fossem os blogs independentes e progressistas, não fosse a internet, o golpe já teria se consumado. Ao lado de Jânio de Freitas, Luís Nassif tem-se mostrado um dos mais argutos e antenados jornalistas, capaz de antever lances da trama política, econômica, judicial, policial e Pigal; e das possíveis jogadas futuras dos golpistas.

    Leio com atenção os artigos. E por isso percebo alguns lapsos e equívocos que para a grande maioria dos leitores parecem passar despercebidos. Destaco um parágrafo que parece conter um desses lapsos. Fica sugestão para que seja corrigido.

    “É muito mais fácil propagar slogans do que desenvolver contra-argumentos mais complexos. Ser contra a corrupção, quem há de? Explicar o mal-uso das bandeiras, a exploração política do tema, exige mais do que 140 toques”

    No meu entendimento, onde escreveu “contra”, o autor quis escrever “a favor”.

  39. Livrar-se dos Antolhos

    Prezados… Gostaria de reproduzir abaixo mais um artigo do Prof. Benayon, que reflete bem o momento que etamos vivendo, onde o povo v6e as coisas através de viseiras…

    1. Grande parte do povo brasileiro precisa livrar-se dos antolhos que o fazem enxergar somente o que lhes mostra a televisão e as revistas de “opinião” da grande mídia. Há também a visão monocular, que priva do sentido de profundidade.

    2. Falo dos instrumentos limitantes da visão política, econômica e estratégica: a secular doutrinação ideológica e a massiva desinformação, por parte da mídia movida a dinheiro e dos que a retroalimentam.

    3. Não desminto a responsabilidade da atual chefe do Executivo, nem a do ex-presidente Lula, em alguns dos fatos que têm sido difundidos e magnificados pelos mentores do processo de desestabilização daquela e de desmoralização deste.

    4. Entretanto, não se deve ignorar que esse processo é patrocinado e teleguiado do exterior, e que seu objetivo está longe de ser o bem do País. Muito pelo contrário.

    5. Ele ganha corpo, desde o mensalão, julgado no STF em 2012, e as manifestações de 2013, para as quais foram divulgados os abusos nas despesas superfaturadas e desnecessárias da construção de estádios e realização de obras para a Copa do Mundo de 2014.

    6. Há corrupção em tudo isso, como também nas relações das empresas de engenharia com a Petrobrás. Mas isso ocorreu, em dimensões até maiores, em administrações do PSDB e outras, sem que fosse deblaterado pela mesma mídia que vergasta os petistas. Mais grave, ainda: sem que sofra repressão do Ministério Público, da Polícia Federal ou do Judiciário.

     

    7. Exemplos de conduta condenável são as propinas de FHC para obter o apoio de deputados à emenda da reeleição, o mensalão mineiro do ex-governador Azeredo, o escandaloso superfaturamento de obras praticado por administrações do PSDB em São Paulo, como no anel rodoviário e no metrô. Não menos gritantes, os negócios escusos com a Petrobrás durante o governe FHC, o mais deletério que o País já teve.

    8. Também as calamitosas negociatas do BANESTADO, em que foram desviados U$ 150 bilhões ao exterior, nos anos 90, viabilizadas por regulamentação das contas CC5, pelo próprio Banco Central.

    9. Veja-se a acusação das procuradoras Valquíria Nunes e Raquel Branquinho, ajuizada em dezembro de 2003: (http://www.oficinainforma.com.br/textos/acaocivil.rtf) em que pedem a condenação por crime de improbidade administrativa de Gustavo Loyola, Gustavo Franco, Ricardo Sérgio de Oliveira e mais 12 ex-dirigentes do Banco Central e de mais cinco bancos.

    10. Que dizer das privatizações lesivas ao patrimônio público (dezenas de trilhões de dólares), cujas ilegalidades as fizeram ser impugnadas por decisões judiciais, cassadas em liminares injustificáveis, até hoje pendentes de julgamento?

    11. Passando a coisas recentes, por que Eduardo Cunha permanece presidente da Câmara, embora acusado, com provas, de delitos gravíssimos, pelo procurador-geral da República? 

    12. Por que a grande mídia noticia tão pouco e distorce o que acontece na Operação Zelotes, a qual envolve sonegação de impostos de R$ 600 bilhões? Será porque estão envolvidos Cunha e outros figurões, além de grande empresa midiática e concentradores econômicos?

    13. Em suma, por que tão espantosa e inexplicável diferença de tratamento por parte da grande mídia, do MP, da PF e de instâncias judiciárias ? 

    14. A resposta parece ser que o regime tem regra constitucional não-escrita, que dá liberdade de saquear e imunidade penal aos que prejudicam o interesse nacional.

    15. Outra regra diz: será perseguido aquele que, mesmo fazendo enormes concessões contrárias ao País, o favoreça em algum aspecto. Daí provém o assédio sobre Lula. Não adianta jogar carne às feras: o apetite delas não diminui: muito pelo contrário.

    16. O império, mesmo quando já obtém mais de 90% do que deseja, quer 100%. Além disso, não admite qualquer governante ou partido que se pretenda manter, por decênios, à frente do Executivo. Até Collor, que entregou tudo, foi deposto, porque almejava perpetuar-se, mercê de dinheiro e da compra de uma rede nacional de TV.

    17. Em artigo de 15.03.2016 – A Lavajato quer tirar Brasil do BRICS e CELAC – Beto Almeida observa que os governos petistas retomaram políticas valiosas para a economia e a defesa nacionais, que remontam a medidas do presidente Geisel (1974-1978): apoio às empresas de engenharia nacionais, que – graças ao poder de compra de Petrobrás – desenvolveram capacidade competitiva em obras no exterior.

    18. Recorde-se Henry Kissinger: “Não podemos tolerar o surgimento de um novo Japão no Hemisfério Ocidental.” O império assegurou seu objetivo, desde agosto de 1954, fazendo o Brasil entregar, com subsídios, às empresas transnacionais o grosso dos mercados da indústria, iniciando a desnacionalização da economia brasileira.

    19. Atualmente, com a Lavajato, o império anglo-americano faz demolir as empresas nacionais que sobreviveram à inviabilização, pela política econômica, de atividades de elevado valor agregado.

  40. Da Redação
    O jornalista e

    Da Redação

    O jornalista e economista J. Carlos de Assis vem denunciando que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, dirigida por Paulo Skaf, está montando um caixa para financiar deputados que votem pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    Skaf é do PMDB. Ele compareceu ao ato de desembarque do partido do governo Dilma. A Fiesp dá guarida a um acampamento montado diante da sede da entidade, na avenida Paulista, em São Paulo.

    Um telão que cobre todo o edifício-sede da entidade pediu “Renúncia Já” a Dilma, em verde e amarelo, no dia em que o juiz Sérgio Moro vazou ilegalmente gravações telefônicas do ex-presidente Lula, uma delas com Dilma.

    Skaf publicou extensos anúncios nos principais jornais brasileiros pregando o impeachment, para coincidir com o desembarque do PMDB do governo. Teria gasto ao menos R$ 5 milhões.

    Em sua campanha contra a volta da CPMF, a Fiesp plagiou um pato holandês e passou a colocar o “personagem” para participar de eventos pró-impeachment. Os patos de plástico de Skaf têm sido atacados por militantes que se opõem ao golpe. O vídeo abaixo circula nas redes sociais. É o registro de um ataque ao pato montado pela Fiesp diante dos apartamentos de parlamentares em Brasília.

    No golpe de 64, a Fiesp foi denunciada como partícipe de uma ação decisiva: pagamentos em dólares ao então general Amauri Kruel, que comandava o II Exército em São Paulo, para que abandonasse o então presidente João Goulart e apoiasse a quartelada (veja a reportagem aqui).

    Durante a ditadura militar, a entidade empresarial promoveu em sua sede encontros entre agentes da repressão e chefes de segurança de empresas associadas para padronizar a investigação de operários e candidatos a estágio,conforme noticiou o Viomundo.

    Segundo o economista J. Carlos de Assis, para o golpe de 2016 o caixa da Fiesp tem R$ 500 milhões.

    Leia as denúncias que ele faz:

    Caixa 2 montado pela Fiesp para comprar impeachment vai virar o caixão de Skaf

    por J. Carlos de Assis*, no site de Roberto Amaral

    A Fiesp montou um caixa 2 de, por enquanto, R$ 500 milhões para comprar o impeachment de Dilma. R$ 300 milhões virão dos recursos públicos que administra em nome do Sesi e do Senai; R$ 100 milhões serão “doados” pelo parceiro de Skaf no golpismo a partir do mesmo fundo publico, o presidente da Federação das Indústrias do Rio, Eduardo Eugênio; R$ 50 milhões serão aportados pela Federação do Paraná e outro tanto pela Federação do Rio Grande do Sul, todos irmanados pelo impeachment.

    Esses industriais golpistas decidiram apostar tudo na derrubada da Presidenta, não importam as consequências. A solução da crise, conforme havia antecipado Veja em nome de todos eles e de uma parte substancial das classes dominantes, é o Vice-presidente Temer.

    Mergulhando na conspiração até o pescoço, Temer promete rever a iniciativa de Dilma de contingenciar 30% dos recursos do Sesi/Senai (ou dos 4 S) e promover uma reforma trabalhista regressiva contra direitos consagrados na Constituição, que estará a cargo de Moreira Franco.

    O esquema Skaf/Temer só tem um problema. Como canalizar R$ 500 milhões para os bolsos de parlamentares favoráveis ao impeachment sem o risco de, agora ou no futuro, o dinheiro ser rastreado pela Justiça?

    Sim, porque a Justiça não será entregue permanentemente nas mãos de promotores e juízes partidários dos golpistas. Em algum momento aparecerão em seu meio homens honrados que vão buscar na vida pública e privada de parlamentares os indícios de enriquecimento ilícito. Como diz Luís Nassif, acabou a era do dinheiro escondido.

    Alguns, obviamente, correrão o risco. Ademais, a decisão do impeachment se aproxima como velocidade anti-natural.

    O mais importante nessa questão é que os órgãos controladores da probidade administrativa, a partir do Ministério da Justiça, tomem uma providência para ver de onde sai o dinheiro golpista da Fiesp.

    Só um idiota acreditaria que sai dos bolsos dos empresários ou mesmo de suas empresas. Eles são generosos, sim. Mas são generosos com dinheiro alheio. Nesse caso, com o dinheiro dos 4S.

    Eu conheço isso muito bem. Fui assessor da presidência da CNI, nos anos 80, e já então se podia perceber a pajelança com dinheiro público que era a gestão do Sesi e do Senai de muitos dirigentes de federações, notadamente de São Paulo, que por seu poder econômico gozava de ampla autonomia.

    Isso só deve estar piorado. Gente como Skaf não passa de abutres em torno do dinheiro público quando se trata de dinheiro que controlam, a despeito da retórica anti-imposto e anti-setor público que professam com a maior cara dee pau.

    Insista-se que recursos do Sistema S são, inequivocamente, públicos. Correspondem a recolhimentos obrigatórios sobre a folha salarial das empresas destinados ao ensino profissional e a atividades sociais dos trabalhadores.

    Federações industriais, como Fiesp e Firjan, para simular seu assalto a esse caixa público, criaram Centros industriais vinculados às federações, por onde flui o dinheiro supostamente livre, mediante manobras contábeis. É muito fácil desmascarar isso. Qualquer órgão controlador público pode fazer uma devassa na circulação desses recursos e desmascarar seu uso indevido.

    Defendo o direito da Fiesp propor o impeachment. Mas que seja com o dinheiro dos empresários e não dos trabalhadores. Sesi e Senai, quando foram criados há mais de seis décadas, certamente eram melhor geridas por empresários porque, nessa época, trabalhadores não tinham grande experiência de gestão.

    Agora a situação é outra. Sesi e Senai devem ser entregues à gestão dos trabalhadores, inclusive como forma de evitar o uso político dos dinheiro pelas entidades empresariais, suscetíveis de maracutaias. Com isso o grande caixa da Fiesp, para comprar o impeachment, pode virar o caixão de Skaf!

    P.S. Encontrei-me ontem no aeroporto de Brasília com o deputado Wadyh Damous, ex-presidente da OAB do Rio, com a deputada Jandira Feghali e com o senador Lindeberg Farias. Os três deram-me a boa notícia de que estará sendo movida na próxima semana ação popular contra a Fiesp e seu presidente, tendo em vista desvio de dinheiro público na campanha do impeachment, aqui denunciada.

    *Jornalista, economista, doutor pela Coppe/UFRJ.

    *****

    Aliança pelo Brasil

    Enfim, um empresário realmente revolucionário

    por J. Carlos de Assis*, no GNN

    Depois de quase um século camuflada em razão das conquistas sociais objetivas dos trabalhadores, lentas mas progressivas, a luta de classes ressurgiu no Brasil sob o comando glorioso de Paulo Skaf, que não esconde seu propósito macabro de destruir os direitos trabalhistas no país em nome da produtividade do capital. Tendo tomado de assalto os caixas do Senai e do Sesi, ele tem uma formidável fonte de financiamento para atacar o Governo, defender o impeachment e ditar para o Congresso uma das agendas mais reacionárias da história da República, comparável e confundida com as agendas do senador Renan Calheiros e a de Temer.

    Se implementada, a agenda da Fiesp incendiaria o país com a ressurgência da luta de classes dos tempos da Questão Social do início do século XX, quando a busca de direitos por parte dos trabalhadores levou a uma onda de quebradeiras e incêndios de empresas em São Paulo. Na ocasião foi o velho patriarca Matarazzo que, do alto da sua experiência italiana, esfriou os ânimos dos empresários mais inquietos que queriam responder às greves de trabalhadores com lockt outs.. Hoje, no limitar de uma crise social de proporções gigantescas, não temos Matarazzo, ou Roberto Simonsen, pacificadores. Temos Skaf, o revolucionário.

    Os líderes trabalhistas autênticos com os quais tenho conversado, graças à Fiesp passaram a interpretar as propostas de impeachment como um aspecto renascido da luta de classes. O que essa classe empresarial representada pela Fiesp quer — na verdade, em seus arroubos retóricos, exige — é a demolição de direitos trabalhistas, previdenciários e assistenciais.

    Tudo aquilo que, desde Getúlio, e incluindo até mesmo o período militar, foi conquistado, consolidando-se na Constituição, tem que ser demolido, segundo a Fiesp. E o atalho para essa demolição é o impeachment de Dilma, a qual, a despeito dos paradoxos como a proposta de reforma previdenciária, se mantém nos trilhos da democracia social.

    Com dinheiro público, extremamente mal vigiado pelos órgãos controladores da República, Paulo Skaf, o chefe revolucionário do patronato — felizmente, o presidente Robson e outros três presidentes de federações da indústria ainda conservam a lucidez e não seguiram sua trilha golpista –, comanda na Fiesp um bando de vendilhões da pátria, entre as quais o entreguista encarregado da área internacional, embaixador Barbosa, sabujo articulador dos interesses americanos no Brasil pelas folhas sujas do Globo.

    Com uma equipe de fantoches, onde se incluem assessores vigaristas que vendem a alma por dinheiro, Skaf tem seu pequeno reino do qual, com a alavancagem do Sesi, pretende chegar ao governo do Estado de São Paulo, que por enquanto o povo lhe negou sabiamente.

    O que se deve investigar, com maior relevância que a Lava Jato, são as articulações financeiras da Fiesp com o sistema Globo e o resto da grande imprensa A televisão sorve com sofreguidão recursos oriundos do Senai e sobretudo do Sesi, como se fosse um direito adquirido seu. E não apenas a TV aberta.

    Lá está a TV Futura, criada pela Globo para cuidar do seu próprio futuro, sendo financiada à larga pelo Sesi. A Ação Global é outra propriedade da Globo financiado pelo sistema S. Aliás, o que espanta é que o mesmo esquema prevalece no Senac e Sesc, embora a velha raposa que toma conta desse galinheiro, Oliveira Santos, seja mais discreto e não tenha a pretensão de comandar uma revolução de classe no Brasil.

    Entretanto, se Skaf quer guerra, ele a terá. Quando estava no poder, o presidente venezuelano Hugo Chávez foi virtualmente deposto por um golpe chefiado pelo principal dirigente empresarial do país, associado à principal televisão privada. Até fisicamente parecido com Skaf.

    Os militares reagiram e liquidaram com o golpe. Aqui não vai ter luta física, como não teve na Venezuela. Não precisa. Skaf não comanda tropas. Comanda dinheiro público. Contudo, mesmo em grandes volumes, e fartamente distribuído pelos jornalões, como se viu na terça-feira, não dá para comprar mais de 200 milhões de brasileiros!

    *J. Carlos de Assis, Jornalista e economista, doutor pela Coppe/UFRJ.

    1. Hediondos crimes

      Pelo tudo que já sabemos, caso a Comissão da Verdade tivesse conseguido ir mais adiante, provavelmente, encontraria muito empresário envolvidos em crimes hediondos dos tempos da ditadura militar. Duvida?

  41. O Xadrez da defesa da Democracia

    Muto bem Nassif.

    A trama está bem explicada.

    Só há um caminho: Tirar logo o ilustríssimo presidente da Câmara e pô-lo na cadeia.

    Faz-se um um governo de coalizão. Bandidagem do PSDB e PMDB ficam fora.

    E põe o país para rodar.

    1. OPINIÃO PESSOAL

      As leis, no Brasil, não são cumpridas… são COMPRIDAS! De maneira a agradar as conveniências das oligarquias… Bons tempos quando tínhamos 2 partidos no Brasil: o PT  e o resto. Agora só temos O RESTO

  42. De fato, o meu maior medo

    De fato, o meu maior medo agora é que a banca (que é quem de fato manda nos Estados Unidos) auxilie seus cachorrinhos da fateira daqui a dar o golpe, e, mais à frente, resolva nos leiloar aos chineses, num acerto entre cavalheiros imperiais pra ver quem fica com o quê. E, eu acredito piamente que esse dia vai chegar, e a banca nos Estados Unidos nos “doará” à China – muito mais necessitada da província alimentar – em troca de não se meter a ajudar a Rússia e também liberar o velho Oriente Média.

    O mundo dividido entre o capitalismo terminal e o nazismo, até que venha a nova Idade Média e o fim da civilização ocidental.

    1. o maior medo

      Concordo com a análise (quase profética) do Sr. J.A. Bispo! Agora, se aquilo realmente acontecer, vamos reclamar com quem? Com o bispo?

  43. 3 fios de meada para serem desenrolados:

     – O Caso Concorde, distribuído ao juiz Sérgio Moro desde dezembro de 2012 pela ministra relatora Rosa Weber e que pega o Senador do PSDB Cássio Cunha lima. Não é o mais escandaloso, mas é um descaramento o Moro ficar protegendo a “Oposição”.

       – A Lista de Furnas, que o Janot não quer investigar e que a justícia federal havia remetido para a Polícia Civil do Rio de Janeiro em 2013. Só agora indiciaram o Roberto Jeferson e outros 6: os cariocas dizem que é 1 “processo muito grande”! Pega Aécio, Serra e Alckimin! O Janot já recebeu 2 vezes documentos das mãos do Deputado Estadual mineiro Rogério Correia em 2014 e 2015 envolvendo Aécio na Lista de Furnas e corrupção na CEMIG. Janot mandou arquivar denúncia do Yussef na Lava jato sobre Aécio em Furnas, desconhecendo “denúncia feita em 25 de janeiro de 2012  pela promotora da Lista de Furnas. A promotora é a procuradora Andréa Bayão Pereira, atualmente … no Ministério Público Federal, em Brasília. Ou seja, trabalha com Janot”. (in.: https://jornalggn.com.br/noticia/se-janot-nao-investigar-aecio-mpf-pode-fechar-a-porta-diz-deputado-mineiro)

        – O Escândalo do Banestado, que destaca atuação abafa do Procurador Carlos Fernando e o 1º acordo de delação Moro-Yussef. Foi apurado à época (1992 a 2002) um desvio de U$ 124 bilhões, que no câmbio de hoje daria quase meio trilhão de reais.” (in.: http://blogs.odiario.com/messiasmendes/2015/11/18/a-operacao-macuco-escandalo-banestado-e-a-falsa-indignacao-de-uma-pa-de-gente-hipocrita/)

  44. Se quando tudo estava bem Dilma não dava conta…

    Que dirá agora… com o que promete ser o ministério de mais baixo nível da história. É o poder pelo poder, simplesmente, não há absolutamente nada que ela possa fazer pelo bem do país, nem mesmo se fosse essa a prioridade dela. Mas todos sabemos que a única prioridade é ficar no cargo a qualquer custo, mesmo que isso arruine economicamente 200 milhões de brasileiros. A esquerda partidária se resumiu à defesa incondicional dessa farsa. A esquerda brasileira não se resume a isso, mas infelizmente a esmagadora maioria dela se tornou defensora do que de mais retrógrado temos.

  45. COMENTÁRIO

    Meu caro Luiz Nassif, você disse tudo e mais algumas coisas, realmente estamos sob o DOMÍNIO da Mídia, o próprio Supremo a teme, Janot já se vendeu há um bom tempo. obrigado em nome de nós ,o povo Brasileiro, por você mostrar esta verdade, contundente e doentia. Nós, tendo a razão e o povo de nosso lado iremos vencer esta queda de braços, que não passa da luta da LEGALIDADE  contra os CORRUPTOS que tentam se proteger abafando os nossos Direitos. Mas ainda assim existem aqueles que chamamos de MASSA DE MANOBRA que se deixam dominar pelo GLOBO, FOLHA, ESTADÃO, VEJA, , mas o nosso SUPREMO há de ACORDAR e colocar as peças em seus devidos lugares, este ódio doentio disseminado pela GLOBO não é da natureza do POVO BRASILEIRO.

  46. Dilma não caí. Já fez os

    Dilma não caí. Já fez os acordos necessários para se manter. Há ações claras do governo nesse sentido e o desespero de Moro mostra que ele entendeu o que está ocorrendo e que deve ser de algum modo afastado do centro disso tudo devido ao excesso de protagonismo. Quais são as ações do governo que mostram isso:

    i) A sanção da Lei anti-terrorismo no dia 18 de março de 2016. Enquanto as ruas das cidades se enchiam de milhões de manifestantes contra o golpe, Dilma cuidava de sancionar a lei que pode (e deve) criminalizar as ações dos movimentos sociais em todo o país, mostrando aos donos reais do poder (internos e externos) que está disposta a inclusive criminalizar sua base política  e social para realizar os projetos que estes grupos exigem. É um ato fortemente simbólico, talvez o mais simbólico desde a entrada de Lula no ministério para salvar o governo do naufrágio, naquele momento certo.  

    ii)  O envio do projeto de reforma fiscal para trâmite no Congresso em regime de urgência constitucional. Trata-se do projeto de lei complemental PLD-257/26 (inteiro teor) que impõe uma nova renegociação da dívida dos estados para com a União, impondo a estes um forte arrocho fiscal associado a uma enorme piora na prestação de serviços públicos à população, tuod para apenas garantir o pagamento da dívida. Não há, na exposição de motivos apresentada, qualquer consideração a respeito das consequencias sociais das ações impostas por essa verdadeira intervenção modelo Troika nos estados da federação.  Modelo Troika, pois as ações elencadas, tanto no cap. I (DO PLANO DE AUXÍLIO AOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL) quanto no cap. II (DAS MEDIDAS DE REFORÇO À RESPONSABILIDADE FISCAL) remetem ao que foi imposto a Portugal, Espanha e Grécia pela Troika europeia.

    iii) Este cap. II, em especial, é a cereja do bolo venenoso. Ele institui o “Regime Especial de Contingenciamento”, que abre, inclusive, a possibilidade de demissão de servidores via programas de demissão voluntária, ao lado de um enorme controle nos mecanismos nos gastos de pessoal. O principal item de despesa do orçamento público (encargos da dívida) permanece intocado, não sendo nem mesmo possível sua auditoria.

     

     

  47. Dilma ficando no governo NÃO

    Dilma ficando no governo NÃO ESTAREI SATISFEITO,enquanto o Janot não

    denunciar o AÉCIO e quero investigações a FHC também ,sobre sua fazenda o

    apartamentão comprado baratísssimo em HIGIENÓPOLIS(pechincha) e uma tal de empresa

    AGROPECUÁRIA em (pasmén) Osasco e UFAA!! Melhor parar, por enquanto só esses mesmos!!!!

    1. Uai, Caetano, você é um dos

      Uai, Caetano, você é um dos nossos conservadores de estimação, porque civilizado, Vou ver com o pessoal.

  48. FINANCIAMENTO DO GOLPÍSMO

    Vários observadores da cena global têm alertado para os indícios de financiamentos ilegítimos e ilegais de atividades políticas voltadas para a desestabilização de nações cujos governos não sejam alinhados com os interesses do capitalismo predatório.

    Existem denúncias que apontam não apenas investimentos suspeitos e obscuros em empresas e organizações relacionadas com produção de conteúdo e mídia. Há também denúncias da multiplicação de atividades de militância política de natureza fascistóide, ligadas à divulgação de calúnias difamatórias, à promoção de intolerância política e à apologia da discriminação social, religiosa e de gênero.

    Acresce que algumas das denúncias de atividades ilícitas de cunho fascistóide acima referidas apontam fortes indícios de que muitas atividades políticas ilegítimas têm sido patrocinadas com recursos públicos, que possuem importantíssimas destinações sociais específicas (sistema S), e estão a ser criminosa e impunemente desviados para fins contrários aos direitos sociais.

  49. Feitiço do Tempo (O dia da marmota)

    Feitiço do Tempo (O dia da marmota)

    A situação chegou no limite, parece não haver mais saída, o governo está por um fio, acuado, subjugado, artilharia pesada de todos os lados. A República de Curitiba dispara, semanalmente, seus obuses contra Brasília e São Paulo. Daí a militância veste suas camisas vermelhas e corajosamente vai às ruas, abraçada às centrais sindicais, aos desprezados movimentos sociais, entidades estudantis, estudantes secundaristas, e o mais importante, jovens, muitos jovens. Intelectuais e juristas mantém-se em permanente vigília cívica, realizando atos e desagravos. Artistas, escritores ocupam o cenário ruidosamente, as ruas se enchem de defensores da democracia e do Estado de Direito. Golpe, não!.

    É realizado o centésimo ato de apoio às instituições no Palácio do Planalto. Representantes dos movimentos sociais invadem o palácio ruidosamente, faixas e cartazes de apoio ao governo, a Presidenta Dilma abraça o Fernando Morais, tira fotos com a Letícia Sabatella e a Elisa Lucinda fazendo coraçãozinho ‘casmão’, clima de euforia, o Não vai ter Golpe e A verdade é dura, a globo apoiou a ditadura reverbera pelos mármores palacianos. O movimento pela Legalidade é tamanho e a repercussão é de tal modo avassaladora, que o que parecia impossível acontece, a maré começa a refluir, e com a ajudinha do General Inverno, as águas, que estavam na altura do pescoço, começam a recuar.

    No Jornal GGN, Luís Nassif escreve o décimo oitavo artigo em tom otimista-cauteloso dizendo que a Presidente ganhou mais uma chance de refundar seu governo, a vigésima quinta desde 27.10.2014, e que agora a bola está outra vez com ela, precisa, finalmente, começar a governar, um Aragão só não faz verão, precisa de mais uma meia dúzia de Aragões, no mínimo.  Mas faltava combinar com os russos, ou no caso, com a búlgara escarlate, como diz o professor Hariovaldo de Almeida Prado, o mestre Hari.

    Passado o perigo, tudo volta como dantes no quartel de Abrantes, o imobilismo reassume seu posto. O fosso entre o Governo e a Sociedade, movimentos sociais se alarga mais uma vez, e a situação volta a ficar insustentável, a crise chega no seu ponto mais dramático, parece não haver mais volta, o governo está novamente por um fio. Frias, Mesquitas e Marinhos, em desespero, fundem suas empresas jornalísticas e lançam um único jornal, em formato tablóide, de nome O Golpe. Questão de sinergia, alegam os empresários. O mesmo acontece com a Veja, Época e IstoÉ, que copiam a idéia dos jornais e fundem suas revistas em uma só, chamada Fora PT! Impressas em papel jornal.

    Daí a militância veste as camisas vermelhas e volta para as ruas…

    Estamos presos no Feitiço do Tempo, o dia da marmota não acaba.

    PS.: Falando sério. O professor Janine, aquele que seria mais um Aragão no governo, publicou no Facebook sua proposta, com a qual concordo inteiramente, sem exceção. Não se trata, evidentemente, DA proposta, mas UMA das possíveis propostas, altamente viável. A menos que queiramos um interminável Dia da marmota. Ei-la:

    Renato Janine Ribeiro – Ontem às 12:15 · 

    Minha opinião sobre a melhor saída para o Brasil seria Lula ministro, na verdade super-ministro. É a única liderança capaz, hoje, de convencer os movimentos sociais, os pobres organizados ou não e a esquerda em geral da necessidade de medidas econômicas que não serão fáceis. (Imaginem o PMDB tentando fazer esse convencimento. Ou o PSDB etc etc). E ele conta, ainda, com uma receptividade nos empresários que ninguém mais, à esquerda, tem. 

    Qualquer outra solução – seja o impeachment/cassação, seja a derrota do impeachment/cassação – ficará, quando muito, pela metade. Haverá saídas que entusiasmem a esquerda, mas contarão com o descrédito dos investidores, e aí bye bye. Ou saídas que alegrem a direita, mas aí é favor precificar o descontentamento social e tudo o mais (os empresários me entenderão melhor do que alguns economistas, que jamais calculam o custo e impacto do descontentamento social). 
    O momento de nomear Lula foi ruim? Foi, sim. Deu a muitos a impressão de que visava a blindá-lo contra o juiz. Por isso mesmo, publiquei aqui que desde agosto de 2015 seu nome era cogitado para o governo, na posição de destaque que teria de ser a sua. Qualquer jornalista bem informado saberia disso, mas nenhum publicou isso com a devida relevância. Contudo, de lá para cá, bem en passant, foi-se confirmando o que eu disse. Sempre en passant.
    Mas não vejo solução melhor. 

    Obs.- Sou muito tolerante com a divergência, mas alerto: qualquer afirmação desrespeitosa ou ofensiva, aqui, será deletada e o autor bloqueado. Não confundam tolerância com tolice. Agora, argumentações são sempre aceitas.

  50. Xadrez da Democracia

                         Nassif uma coisa deve ficar bem clara para os Ministros da Suprema Corte e do Conselho Nacional de Justiça:

                        Coibir os exageros deste juizeco que passa por cima até mesmo de seus superiores. Dou um exemplo:

                        Já imaginaram se Dilma ou qualquer simples militante do PT ou de qualquer Partido de Esquerda grampreasse um Ministro do Supremo: Em questão de horas, minutos, já não somente estaria sendo admoestado, como iriam exigir o Impeachment da Presidente.  

                       É preciso que os Senhores do Supremo, Conselho de Magistratura e Conselho Nacional de Justiça peçam não a aposentadoria deste Juiz do Paraná, mas sua expulsão e Condenação Penal por ato Grave à Nação! 

                      Nassif bata nesta tecla, pois é em Moro que a Mídia traidora e os Interesses de Além-Mar tem seus interesses representados como Garoto de Recados, não falei em Agentes, porque hoje sabemos que são vários, basta recordar o Snowden e o Assange do Wikileaks que já alertavam da espionagem em cima da Dilma e da nossa Petrobras ser a empresa mais vigiada do mundo pelo NSA.

                    Os Juízes do Supremo devem fazê-lo o quanto antes, não esqueçamos que a Mídia e os admiradores de Super-Heróis de Cartowns ainda o reverenciam.  O Paulo Amorim já nos alertou que o Juizeco anda sempre com Seguranças, até mesmo para ir ao Banheiro, não esqueçamos do NISMANN da Argentina, a ÁGUIA quando não o necessita mais:

                                                                                     O DEVORA!

                                                                                                                            P R E C I S A     D E S E N H A R     M A I S     ?

  51. Próxima Investida dos LAVA JATEIROS

    O ritmo do golpe, realmente diminuiu, entretanto, a sanha dos LAVA JATEIROS em inviabilizar Lula e o PT, não vai parar por aí. Tendo prendido todos os grandes empreiteiros, forçando-os a delatara, não encontraram absolutamente nada que ligasse Lula ao recebimento de propinas. Os LAVA JATEIROS não pararão por aí. Uma vez que o viez de investigação propinas para o governo federal, passarão a outro viés: dineheiro do governo federal para organizações sociais. A condução coercitiva de um dos líderes do MTST é uma pista do que virá da repúplica de Curitiba. Vão explorar ao máximo, contando com o apoio incondicional da mídia, o factóide de que os governos do PT financiam ilegalmente os movimentos sociais. Logo logo veremos líderes do MST nas masmorras de Curitiba, e os LAVA JATEIROS não pararão neles, os “bloguqieos sujos”, serão as próximas vítimas. Tudo isso, para pegar o Lula.

  52. Nassif
    O grande problema que

    Nassif

    O grande problema que existe no campo democratico, por mais pessoas que consiga por nas ruas e nas redes, persiste.

    Dentro das instituições MPF, PF e Receita Federal, a verdade é que continuamos a levar de goleada, e assim, como será possível para um golpe? 

    Eu não consigo acreditar que não consigam juntar nem que seja UM agente da PF, UM da Receita e UM do MP responsáveis, que queiram investigar e passar um pente fino, denunciando a FIESP (torrando dinheiro publico em campanha politica), Organizações Globo (e suas offshores e sonegação escandalosa), Aécios, Joaquim Barbosas e assemelhados.

    Os deputados/governo nao entram com representações ou açoes populares? Não conseguem juntar tres pessoas nestas instituições que investiguem e denunciem o outro lado?

    Se não conseguem, acho que fica impossível parar o golpe e o extermínio do campo popular.

  53. ponto de ruptura (2)

    meu Deus do céu! o PMDB de Temer e Cunha é a nossa alternativa de poder. a política morreu, porque nós temos um sistema político que não tem um mínimo de legitimidade democrática, ele deu uma centralidade imensa ao dinheiro e à necessidade de financiamento e se tornou um espaço de corrupção generalizada. é um sistema em que o eleitor não tem de quem cobrar e o eleito não tem a quem prestar contas, não pode funcionar.

    Luís Roberto Barroso, Ministro do STF, 31/03/2016

    o longevo centrão que mantém  o imobilismo brasileiro em movimento. tudo sempre se movendo para que nada nunca se modifique. resta alguma dúvida de que já não será possível restaurar uma governabilidade baseada no curto prazo e sustentada pelo fisiologismo?

    estamos na maior crise de nossa História. e temos a maior chance de nossa História.

    mais uma vez um grande vazamento de documentos internacionais (como aquele ocorrido em 2013, através de Snowden, e o Swiss Leaks, em 2015) revelam que os grandes corruptos são exatamente os golpistas.

    este Congresso não possui legitimidade alguma para votar um processo de impeachment.

    1.  a Lava Jato precisa subir ao STF. as investigações precisam ir até as últimas conseqüências, sem qualquer seletividade, principalmente no que tange às doações de campanha feitas pelos banqueiros. os corruptores precisam ser responsabilizados e punidos;

    2.  os setores do Legislativo, do Judiciário, MPF, PF e da mídia envolvidos com o golpe precisam ser responsabilizados e punidos;

    3. os operadores da distribuição do financiamento do golpe precisam ser responsabilizados e punidos;

    4. os formuladores e patrocinadores do golpe precisam ser identificados, responsabilizados e punidos;

    5. o atual Congresso precisa ser dissolvido e nova eleições convocadas, admitindo a participação de candidaturas independentes de partido e compromisso com uma Reforma Política que inclua o referendo revogatório;

    há um outro Brasil se erguendo poderosamente. a articulação da sociedade civil e a retomada do protagonismo dos movimentos sociais são a ponta de lança deste outro Brasil, que surge dos escombros do atual cerco à Democracia. enquanto as instituições se desintegram, uma imensa,  heterogênea e descentralizada resistência se opõe ao cerco. o embrião de um novo Brasil fundado num pacto social emanado das bases.

    não há retorno. façamos como os heróis russos da II Guerra Mundial. após romperem o cerco a Stalingrado, assumiram a iniciativa e desencadearam uma irresistível contra-ofensiva até alcançar Berlim e o bunker nazista.

     

  54. Que se faça a vontade da

    Que se faça a vontade da folha. Afinal que rei ou rainha é ela??? É claro que não se governa com o baixo clero mas talvez com ele se possa superar o i piche e depois com Lula já ministro há de se fazer um acordo que com o skaf e temer desmoralizados tudo será mais fácil.

    1. governo sem norte

      Vai nessa padilha. Nem lula, nem dilma. 

      O stf pensa em questionar tal dupla do barucho.

      E, aprenda algo. Sem arrogancia. Modestia combina com simpatia. E mais,

      Nao contar com o ovo antes do parto daquela galinha…

       

  55. Se eu fosse petista estaria torcendo pelo impeachment
    Dilma não fará nada nos próximos anos e comandará o pior ministério da história do país, depois de leiloá-lo a quem queira vender votos contra o impeachment. Além disso, como o próprio PT sabota qualquer ajuste, acabará optando por soluções como a do Márcio Pochmann: torrar as reservas internacionais ao invés de corrigir as distorções orçamentárias do estado brasileiro. Ou seja, como bom partido reacionário, o PT irá preferir deixar tudo como está, nem que o preço disso seja nos jogar no colo do FMI. Ao final desse processo, e com a deterioração econômica, o PT terá acabado como partido e o restante da esquerda estará completamente desmoralizada. Já no caso de um impeachment, a bomba econômica ficaria para um governo minimamente mais responsável tentar desarmar. E o PT poderia manter o discurso de perseguido politicamente, para manter sua massa de manobra na ilusão de inimigos externos imaginários. Apesar dessa obviedade, a opção do partido e militância parece ser a de afundar o partido junto com o resto do país.  P.S.: como o Nassif comentou abaixo que o blog tem conservadores de estimação, espero não estar incluído nesse grupo, rsrsrs. Considero que o capitalismo resultará no comunismo – ou melhor, no anarquismo – por suas próprias contradições: a tecnologia deve criar os meios de produção necessários para tanto. O que é desprezível na ideologia comunista é a transição socialista, claro, essa sim uma trapaça autoritária de quinta…. além da manipulação ideológica descarada que partidos como o PT fazem de maneira sistemática. Impressiona como conseguem ver sutilezas retórias quase inefáveis na linguagem midiática, mas não enxergam as suas próprias manipulações grosseiras. É um processo de auto-alienação incrível.

    1. Se eu fosse tucano estaria refletindo sobre as vaias na paulista

      Então você esteve fora do Brasil nos últimos 5 anos enquanto o inerte e incompetente Cardozo era ministro da justiça???

      Ajuste não está dando certo em nenhum lugar do mundo, quem insiste não melhorou a situação econômica. O Macri cortou isso, aquilo, tarifou… tudo que determina os Cabeças de Planilha e a situação argentina está muito pior

      Melhor que parte das reservas seja investida no Brasil do que financiar o Obama e o tesouro americana. O FMI está P da vida com o avanço dos BRICS e sua nova arquitetura financista global.

      1. Filipe

        Nos últimos 5 anos? Bem, em 2013 eu fui em 5 manifestações de grande porte, lá na linha de frente. Já em 2015 e 2016 não vi NENHUMA manifestação que prestasse para poder ir. Quer casos de ajuste fiscal que deram certo? Ingleterra e Espanha são exemplos. No mais, o grande ponto é questionar quais foram os países que mais afundaram com a crise. Não é coincidência, são todos eles países gastadores e irresponsáveis fiscalmente, como a Grécia. Já a Alemanha reuniu esquerda, direita, sindicatos e empresas nos anos 2000 e propôs um pacto para zerar o déficit público. É no período das bonanças que as reformas devem ser feitas, mas, sabe como é, o PT é um partido reacionário e nunca quis mudar nada na estrutura tosca do estado brasileiro. Na verdade, o Palocci propôs um plano similar em 2005, mas os desenvolvimentistas, como Dilma, Mercadante e Mantega, bombardearam o projeto. Veja a diferença: a Alemanha é hoje líder inconteste da Europa, enquanto o Brasil cada vez mais uma república das bananas. 7 a 1 para a Alemanha.

      2. Filipe 2

        Sobre as vaias na paulista, veja que grande diferença. Quem está contra o governo também não tolera corrupção e picaretagem em outros partidos. As vaias na paulista mostram bem uma diferença enorme entre os que defendem o governo e quem é contra. Nunca vi ninguém se indignar contra uma possível investigação de FHC, Cunha, Temer, Aécio, Maluf, Barbalho, etc. O único partido que já vi levar a população à rua na defesa de corruptos é o PT. Haja alienação ideológica.

        1. Nunca viu ninguém se indignar

          Nunca viu ninguém se indignar contra investigações de FHC, Cunha, Temer, Aécio, etc???

          Nem eu!!! 

          E sabe por que? Porque NÃO EXISTEM!!! Quando existem, são enroladas até prescreverem! Quando não prescrevem, são simplesmente canceladas por algum “erro técnico” por parte dos investigadores! Quando viram processo, ação jurídica, seja lá o que for, são engavetadas, chicaneadas até a exaustão e levando-as à prescrição!

          E olha só! Eu fui pra rua defender a DEMOCRACIA e não o governo!

          Quem defende corrupto é quem sai às ruas para interditar um partido no governo, com a desculpa da corrupção, se esquecendo, convenientemente, de todos os outros corruptos MUITO piores do que qualquer pedalinho possa testemunhar!

          E não vem dizer que quer todos os corruptos na cadeia, pois até a torcida do flamengo já sabe que só o PT é perseguido pela Justiça enquanto engaveta TUDO da oposição!!! E por mais que o tempo passe não se vê uma única faixinha, nas manifestações coxinhas, pedindo a destituição de TODOS os corruptos! Pelo contrário, já vi até uma que dizia::: “Somos milhões de Cunhas”!!!

          Estes sim. são os verdadeiros defensores de corruptos!!!

    2. Diria ainda….

      Se eu fosse a oposição, desistia do processo de impeachment, e  deixava o PT e a Presidenta Dilma, acabar com o país e  terminar o mandato, para vencê-los nas eleições de 2018.

       

    3. Ainda bem que você não é Petista.

      Espero que o PT não cometa o mesmo erro, de FHC em 2002.

      O Governo do PT não vai torrar as Reservas Cambiais.

      Quem Torrou as Reservas cambias, inclusive empréstimos do Clube de Paris e do FMI foi o Governo FHC do PSDB, e caso  PMDB assumir junto com o PSDB, muito provavelmente é isto que eles vão fazer de novo.

      Além de é claro de reduzir o valor real do salário mínimo e reduzir significativamente as políticas sociais.

      O PT está 13 anos no poder, justamente pela aposta do PSDB em “Lula, o Breve”, feita em 2002, ao deixar uma Herança Maldita, com a  esperança de o PT não conseguir concluir o Governo.

      Mas o PT além quitar a dívida com FMI, reduzir significativamente a fome, realizou um enorme programa de distribuição de renda e fortaleceu o mercado interno.

      Agora, depois de barrar o atual tentativa de golpe no Câmara dos deputados, com Lula como Ministro veremos a continuidade do processo de distribuição de renda de uma forma mais  vigorosa,  como “Nunca antes na história deste país”:

      1. Fique atendo ao programa econômico do PT então Roberto

        A proposta do Márcio Pochmann, e a do PT, é exatamente torrar as reservas internacionais. Repito o que já disse em outro lugar: se não fossem as barbeiragens grotescas da esquerda em economia, não haveria espaço para a direita na América Latina.

        1. Não é nada disso, confira a entrevista(Brasil de Fato).

          —Lula tem defendido que poderíamos repatriar parte dos 385 bilhões de dólares das reservas cambiais depositadas nos Estados Unidos e fazer aplicações na construção de moradia popular para ativar a construção civil, no saneamento da Petrobras, que tem diversas obras contratadas, paradas. E em obras de infraestrutura social das grandes cidades. Você acha viável essas medidas, a curto prazo?

          Está é, junto com outras modalidades de política econômica, possível de ser adotada. Mas como dizia – com propriedade – Celso Furtado, o Brasil segue sendo um País das grandes oportunidades, porém perdidas.

          Diante da gravíssima recessão a qual o Brasil se encontra, a peça fundamental de saída é a ampliação do nível da renda nacional, seja pelo crédito, seja pelo gasto público, seja pelo ingresso de recursos externos. Do contrário, a contração seguirá solta, uma vez que pela prevalência da lógica da austeridade fiscal, o setor público funciona com o mesmo procedimento de uma família, encolhendo gastos e desestimulando o nível de atividade.

          Desde a década de 1930 que se sabe que o Estado deve arrecadar mais do que gasta na fase de auge da economia e o contrário na crise.—-

          “Brasil não deveria abster-se de tomar decisões ousadas”, afirma economista

          Marcio Pochmann, professor da Unicamp, critica medidas de austeridade como saída para a crise.

          Brasil de Fato—28/01/2016—Da Redação
          —————-Crédito: Heinrich Aikawa/Instituto Lula    

          Professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcio Pochmann, intelectual próximo aos governos petistas, defende que as saídas de curto prazo, baseadas na austeridade, não tendem a surtir efeitos benéficos ao país.

          Em entrevista ao Brasil de Fato, o economista análise a conjuntura mundial e apresenta suas hipóteses para a superação da crise econômica: “alguns países que conseguem responsavelmente ousar política e economicamente saem, em geral, muito melhor do que entraram na crise de dimensão global, enquanto outros se acomodam e assumem o caminho da decadência prolongada”.

          Confira a entrevista:

          Basil de Fato – Qual é o cenário que você visualiza da situação da crise econômica internacional?

          Marcio Pochmann – Quase oito anos após o seu começo, a crise capitalista de dimensão global segue sem saída à vista. Ao que parece, avizinha-se uma quarta onda de sua manifestação, após a primeira ocorrida nos anos de 2008 e 2009 a partir dos EUA, a segunda verificada como centro a Europa entre os anos de 2011 e 2012 e a terceira em vários países como a Rússia, Brasil e China desde 2014.

          A recente elevação na taxa de juros nos EUA tende a acelerar os problemas nos mercados especulativos, com fortes oscilações nas bolsas de valores e os mercados financeiros em várias partes do mundo. A queda nos preços das commodities, por sua vez, problematiza ainda mais a situação das economias cujo dinamismo econômico depende do comércio externo.

          Nestas circunstâncias, conforme experiência histórica, alguns países que conseguem responsavelmente ousar política e economicamente saem, em geral, muito melhor do que entraram na crise de dimensão global, enquanto outros se acomodam e assumem o caminho da decadência prolongada.

          E quais suas consequências para economia brasileira, já que recentemente os grandes capitalistas do mundo anunciaram, em Davos, a quarta revolução industrial, e que ela trará como consequência o desemprego de mais de 60 milhões de trabalhadores operários industriais?

          O tema revolução tecnológica tem sido recorrentemente apresentado como a superação dos problemas do capitalismo. Acontece que, diferentemente das revoluções tecnológicas anteriores, a atual não tem significado a implementação de novos complexos modernos que se agregam a estrutura produtiva dada.

          Pelo contrário, o que se tem verificado mesmo é a internalização do progresso técnico nos setores econômicos já existentes, o que contribui muito mais para a conformação de grandes monopólios econômicos que racionalizam o sistema produtivo pelas cadeias globais de valor do que o esperado salto nos ganhos de produtividade.

          A perspectiva da estagnação secular parece se confirmar cada vez mais que se analisa o comportamento do capitalismo, sobretudo nas nações ricas.

          Frente a isso, o Brasil não deveria abster-se de tomar decisões ousadas, ainda que difíceis, pois a conseqüência de perseguir os caminhos de menor resistência tende a ser a conhecida semi-estagnação da renda por habitante, conforme observado nos últimos 35 anos.

          A economia brasileira está em crise, em situação, tecnicamente, de recessão. E os economistas ainda fazem previsões de uma queda do PIB para esse ano, e quiçá mais nos outros anos. Quais seriam as medidas necessárias por parte da politica econômica, para tentar reverter o quadro e ajudar a economia brasileira voltar a crescer – e, pelo menos, proteger o emprego?

          A economia brasileira segue prisioneira do ‘curtoprazismo’. Não há no horizonte sequer um programa de orientação ao desenvolvimento para os próximos anos. A política de austeridade fiscal se transformou no fim em si mesmo. Não é mais o “cachorro que abana o rabo, mas o contrário, ou seja, sem crescimento da economia, qualquer ajuste de tipo fiscal exigirá custos crescentes tanto em termos de retrocesso no setor produtivo como de sofrimento do conjunto da classe trabalhadora.

          Do ponto de vista da esquerda, o Brasil precisa de um programa econômico de transição, que aponte para a retomada do crescimento a partir do abandono gradual da política econômica do Plano Real. Isso porque há um esgotamento inequívoco do tripé macroeconômico de juros flutuantes, metas de inflação e superávit primário. Desta cartola não sairá mais coelho.

          Lula tem defendido que poderíamos repatriar parte dos 385 bilhões de dólares das reservas cambiais depositadas nos Estados Unidos e fazer aplicações na construção de moradia popular para ativar a construção civil, no saneamento da Petrobras, que tem diversas obras contratadas, paradas. E em obras de infraestrutura social das grandes cidades. Você acha viável essas medidas, a curto prazo?

          Está é, junto com outras modalidades de política econômica, possível de ser adotada. Mas como dizia – com propriedade – Celso Furtado, o Brasil segue sendo um País das grandes oportunidades, porém perdidas.

          Diante da gravíssima recessão a qual o Brasil se encontra, a peça fundamental de saída é a ampliação do nível da renda nacional, seja pelo crédito, seja pelo gasto público, seja pelo ingresso de recursos externos. Do contrário, a contração seguirá solta, uma vez que pela prevalência da lógica da austeridade fiscal, o setor público funciona com o mesmo procedimento de uma família, encolhendo gastos e desestimulando o nível de atividade.

          Desde a década de 1930 que se sabe que o Estado deve arrecadar mais do que gasta na fase de auge da economia e o contrário na crise.

          Por que você afirma que esta crise econômica pela qual o Brasil passa poderá se tornar a maior desde a década de 30?

          Desde a grande Depressão de 1929 que o Brasil passou por duas recessões significativas. A primeira nos anos de 1981 e 1983, com leve recuperação em 1982, visou gerar grandes excedentes comerciais para pagar o serviço da dívida externa através da substituição do dinamismo interno pelo do mercado externo. Uma frustração geral.

          A segunda recessão que transcorreu nos anos de 1990 e 1992, com breve recuperação em 1991, focou a inserção da economia brasileira na globalização financeira. Outra frustração que tornou mais dependente o País, subordinado e passivo ao grande jogo global. Ademais, enquanto na primeira recessão a indústria respondia por 1/3 da economia nacional, na segunda era menos de ¼ do PIB.

          Nesta terceira recessão, a indústria representa menos de 1/10 do PIB e, além da preocupação do ajuste fiscal, pouco se sabe qual o objetivo de longo prazo da recessão atual. Além disso, a recessão verificada em 2015 deverá se manter no ano de 2016, o que pode significar a queda acumulada do PIB ao redor dos 8%, somente comparável à Depressão de 1929. Mas naquela época o Brasil tinha outra economia, bem menos complexa que atual e sem qualquer tipo de comparação possível com o sistema de proteção social.

          O que levou a desindustrialização da economia brasileira e como revertê-la?

          O emagrecimento da indústria no Brasil se deve a duas causas principais. A primeira associada à dominância financeira evidenciada nas altas taxas de juros que tornam imbatível qualquer ganho pelo setor produtivo, pelo menos o legal.

          A segunda causa deriva da política de valorização cambial, capaz de desestimular a atividade econômica interna frente às condições não isonômicas de produção com o exterior. Dessa forma, a burguesia industrial foi gradualmente se transformando em comercial, comprando barato lá fora para vender o mais caro possível internamente.

          Taxas de juros elevadas e moeda valorizada são heranças do Plano Real que se mantiveram ao longo do tempo devido à política de aliança conciliatória que buscou pelo crescimento econômico tornar todos ganhadores. Com a contração da economia, a aliança política se desmorona, tornando a governabilidade ainda mais frágil.

          URL:

          http://www.brasildefato.com.br/node/34018

    4. PEQUENA DIVERGÊNCIA

      Prezado Felipe, concordo com tudo o que você diz antes do PS, com uma pequena divergência, talvez um lapso de memória comum em nós todos: Você confundiu Dilma com FHC e Marcio Pochmann com Arminio Fraga. Com relação ao PS permita-me opinar que falar hoje em comunismo é assunto de conservador não de estimação, tal como Trump e Bolsonaro. Se você conseguir se desvencilhar do incrível processo de auto-alienação continuará um conservador, mas respeitável e estimado.

      1. Eduardo

        1) Se FHC fez, não significa que o PT está autorizado a fazer, ou que FHC estivesse correto no que fez antes dele. Esse é o argumento mais absurdo que se possa imaginar. Se alguém te assaltar um dia na rua, e no dia seguinte outra pessoa tentar te assaltar novamente e você reagir, imagine como seria o cúmulo do nonsense o assaltante te dizer: “o outro cara te assaltou ontem, tenho o direito de te assaltar também”. Os que defendem incompetências e maracutaias do atual governo acusando governos anteriores pensam que nós, da população, deveríamos entregar a carteira com base nesse argumento no mínimo risível. 2) Conservador? Eu? Sou a favor dos programas sociais do PT, da legalização das drogas, do aborto, da eutanásia, do casamento homossexual, da lei de homofobia, etc, etc, etc. Conservador é o PT, que nunca pretendeu fazer qualquer reforma no estado brasileiro, e muito pelo contrário, nadou de braçada na estrutura de poder podre dele. Faça-me o favor né. O problema da polarização do país começou 14 anos atrás com esse discurso: qualquer um que critique o governo é classificado de elitista-direitista-que-não-gosta-de-pobre. Não, meu caro, as críticas ao governo não tem origem apenas nesses nimigos imaginários e maquiavélicos. 

  56. A continuar neste ritmo, a
    A continuar neste ritmo, a lavajato serviu pra acabar politicamente com o pt, criando a culpa no julgamento coletivo ja que nesta reação muitos defendem a democracia e nao o governo, servir de lavagem de processos já q por “erros” na conduçao pode ser anulada, assim cono no banestado. E a ironia é q o pedido partirá daqueles q queriam.as apuraçoes.das cc5…kkk… no fim o mal ganha de qualquer jeito
    .. a grana continua com a banca…

  57. Musica de Chico Buarque: Vai trabalhar vagabundo

    Os partidários do golpe tem uma necessidade vital de perturbar o ambiente para abreviar o tempo e encaixar no colo um poder malabarístico, preparado para as turbulências do mercado financeiro.

    Na verdade, estão perdendo milhões de votos para conseguirem má perspectiva, pela vida instável dos eleitores.

    Não haverá tantos bobos o suficiente.

    Não pensem em construir um mandato ilegítimo, condenando atos dos outros; pensem em apresentar um trabalho digno lá na frente, ao Brasil, para serem eleitos em 2018. 

    Ainda dá tempo de tentarem fazer tal façanha.

  58. Tirinha da PF
    Almir Lopes de Faria 

    Sete delações contra ele, tudo falsa, que coisa não, acho que o juiz morro tem que demitir todos esses delatores, eu brinquei em uma postagem estes tempos atras, que quando chega-se a decima talvez chamaria ele para depor, bom já são sete, e nada, será que vai ter de chegar a decima mesmo.

    O menininho blindado só!!! óleo de peroba nele, para amaciar essa cara de pau.

    Aécio diz que não se intimida com citação de Delcídio e que escândalo ‘é do PT’O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, divulgou um vídeo para falar sobre a citação do senador Delcídio do Amaral no acordo de delação assinado com o MBRASILIADOC.PORTALVOX.CO

     

  59. Moro está cometendo o mesmo erro do PSDB

    Confiar demasiadamente no poder da maior parte da grande mídia, em tempos de internet isto já não é mais recomendável.

    O caso do vazamento do grampos da Presidenta Dilma, é apenas um dos exemplos, onde a lei é clara,

    “Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.

    Parágrafo único. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal.”

    Isto sem falar na invasão de competência do STF por um Juiz de primeira instância.

    Ao divulgar os áudio da escuta telefônica envolvendo a Presidência da República, autorizado por um Juiz de primeira instância, a maior parte da grande mídia apenas ajudou consumar o crime, demonstrando uma falha também do departamento jurídico, se é que foram consultados, como deveriam ser, pelos chefes de redação.

     

     

  60. De tudo isto ficam, como

    De tudo isto ficam, como marcas indeléveis:

     

    A ira eterna de trabalhadores e de todo o chamado campo progressista e popular do país à Fiesp. Sua condenação eterna por artistas e intelectuais.

     

    A condenação definitiva nas bases das comunidades dos políticos oportunistas e populistas mercenários, tipo bancada da bala, que se juntaram a Eduardo Cunha para a aventura do golpe. Em suas bases se defrontarão com o reconhecimento de todos os benefícios que Dilma e Lula de fato trouxeram, e serão enxotados como traidores. Isso resultará em maior politização das massas mais pobres.

     

    A defenestração definitiva de políticos tipo Moreira Franco, Temer e Cunha, cuja malandragem anacrônica foi desmascarada. Uma nova safra de políticos de direita, jovens e meio fascistas, brotará como cogumelos em todo o país.

     

    A conscientização definitiva e absoluta de todo o campo progressista de que para haver governo democrático e soberano é imprescindível que haja uma radical reformulação das leis que regem a atividade empresarial que explora a comunicação de massas, desfazendo o monopólio político/ideológico da formação de opinião ora existente.

     

    A  certeza de que o governo do país precisa ter poderosas instituições de inteligência e correlatas inteiramente nacionais, e precisa ser forte o suficiente para que não possa sofrer nenhum abalo a estrutura de seus interesses mais profundos, como agora aconteceu com agentes esdrúxulos, a pretexto de causas quiméricas, chegando a paralisar projetos vitais de defesa, como o dos submarinos nucleares, e ameaçando a segurança energética e a engenharia nacional.

     

    A certeza de que o poder popular veio para ficar. O Partido dos Trabalhadores encarna este poder. E o que os conservadores têm a fazer é constituir seu partido em bases honestas e de lealdade para com a democracia, visando a disputa pelo poder nas urnas. Toda esta conversa marginal, de partidos verdes e sustentáveis e de novas políticas, é só conversa para manter o boi acordado.

  61. Cardoso botou a pá de cal no golpe via impeachment.
    CHICO ALENCAR – PSOL :”Está explicado porque os defensores do impeachment queriam impedir que José Eduardo Cardozo, Advogado Geral da União, viesse contestar o pedido de destituição da presidente: ele deu uma aula magna de Constituição, de legislação sobre impeachment, de despesas financeiras versus despesas orçamentárias e de mudanças na jurisprudência. Calou um plenário habitualmente ruidoso.

    E indagou: “onde está o atentado à Constituição, onde está o ato doloso?” Foi demolidor. E lembrou seu vício de origem: ato de retaliação e chantagem de Cunha.”

    1. E onde está escrito que

      E onde está escrito que precisa ser doloso? Só na cabeça dele….qualquer cidadão brasileiro responde criminalmente por ato doloso ou não.

      1. Mas há uma diferença de grau.

        Mas há uma diferença de grau. Crime doloso é quando existe intenção; culposo pode ser cometido por negligência. Não existe atentado por negligência.    

  62. A oposição (contradição para

    A oposição fascista (contradição para o não governo) ainda vai ter direito ao estresse negativo e tenso na votação da câmara dos deputados, podendo bloquear a inteligência dos duvidosos e gerar sintomas, em que o mercado financeiro paga para matar as ações da Petrobras, Vale etc; e esfacelar a memória de todos os sonhos de grandeza do país.

    Os questionadores do mundo e de si mesmos se tornarão espectadores passivos neste processo dos insensíveis, cuja ansiedade pelo poder adquiriu os traços da psicopatia.

    Muitos que não se educaram no conhecimento intelectual, ainda como alunos, esperam uma resposta dos jornalistas durante mais esta exposição de mentes deturpadas que, com treino de psicólogos, vão quebrar a cara no golpe mediático.

    A mídia corrupta cumprirá seu papel de ter criado o ambiente de aventuras, sem desafios à superar, devido à transmissão da opinião fria, pronta e de sabor amargo para a nação. 

    Por isso, a imprensa precisa perder o poder de questionar comportamentos políticos e sociais que giram em torno de suas verdades. Ela fere os outros e não sente a sua dor. Os meios de comunicação, portanto, devem reconhecer dentro de si mesmos que é na duvida que se liberta um psicopata, pois, eles colocam a informação de estrago como arquivo do inconsciente, no lugar que a sociede seria motivada a pensar positivamente.

    A mídia da política econômica, exceto para elogiar, noticiaria – como folclore das verdades absolutas que perdeu seu valor de controlar – a ideia dos outros, para se reciclar e se esvaziar continuamente; só assim a educação se emancipa do vício da exposição dialogada de programas que alimentam técnicas robotizadas para esterilizar o status social.

     

     

  63. Obrigado Nassif.

    Obrigado, grande jornalista Luiz Nassif, por nos tirar desses jornalista parciais e sujos que tentam nos fazer uma lavagem cerebral, que o coso DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO E UOL…!

    Quero lhe parabenizar por me mostrar os porões dessa política excusa e sem patriotismo algum.

    Um abraço

  64. O Golpe faliu

    O golpe já faliu depois da defesa do Cardozo que me surpreendeu, faliu depois da acusação da louca possuída do impeachment, faliu depois de ter sido tirado o caso do Lula das mãos do Moro, vai falir mais ainda, porque o STF vai liberar o Lula para ministro se Deus quiser e Janot pode falir se continuar fazendo a mesma graça do Moro, pois tem senadores que estão com ele pela garganta, faliu a Globo e vai falir mais porque a mesma está mais suja que pau de galinheiro e não tem mais moral e isso vale para jornais e revistas e vai ficar pior se a Dilma decidir colocar em votação a democratização da mídia. Faliu porque hoje o quarteto do jornal das 10hs no G1 com Leilane, Merdal, Renata Lo Prada e Camarotti estão com comentários falidos… Leilane preocupada como será a convivência se não houver impeachment, o Merdal nervoso porque a Dilma está negociando co outros partidos e por causa do tal papel para o Lula e o Camarotti mostrando como foi o cafezinho e a única novidade que Ele trouxe foi que se o Lula entrar como ministro será após o impeachment junto com a reforma ministerial. Faliu porque está cheio de coxinha mesmo ainda metendo o pau nos Petralhas mortadelas curtem os mesmos blogues que Petralhas mortadelas frequentam e quando falam bobagens ninguém liga e eles voltam para aprender um pouco mais como se tivessem quase convencidos de que está havendo realmente um golpe mesmo não dando o braço a torcer. O que sobra é os Coxinalhas egoístas que pensam somente no seu próprio umbigo, que não fazem questão de não aprender nada e continuar sendo analfabeto político, que preferem agredir a trocar ideias etc. 

  65. Carl von Clausewitz e a moleza de governar o Brasil

    Para recolocar o Brasil no caminho certo basta a Dilma fortalecer o centro de gravidade do Estado brasileiro com uma reforma administrativa que, diga-se, nunca esteve tão fácil como agora. Na minha humilde opinião, seria uma reforma no organograma do governo que passaria a contar com 14 ministérios e 72 secretarias executivas, o país começa a andar de imediato e a confiança aumenta em proporção geométrica.

    Por outro lado, o ajuntado inimigo teve seu centro de gravidade abalado, como bem demonstrou o Nassif em seu primoroso e argumentativo post, a resistência será mínima.

    Dilma, acorda!

    http://www.airpower.maxwell.af.mil/apjinternational/apj-p/2004/1tri04%5Cechevarria.html

    https://books.google.com.br/books?id=wda0iPOCp4C&pg=PA23&lpg=PA23&dq=centro+de+gravidade+do+ex%C3%A9rcito+clausewitz&source=bl&ots=vuhmeKCXQV&sig=PLu1lcxgVEZYkBdcJbXK5jj15ug&hl=en&sa=X&redir_esc=y#v=onepage&q=centro%20de%20gravidade%20do%20ex%C3%A9rcito%20clausewitz&f=false

    1. A crise do Brasil é de confiança, meu argumento é matador

      Muitos não perceberam a força do argumento que apresentei nesta postagem, mas ele é matador, não deixa margem para outra conclusão.

      Segue uma argumentação sobre como funciona a progressão geométrica e a dificuldade dos humanos de perceber seus efeitos antecipadamente.

      É contra-intuitivo, logo não é para saber mesmo.

      How to Think Exponentially and Better Predict the Future

       

      BY ON APR 05, 2016FEATUREDFUTURESINGULARITY 5,619  6 “The future is widely misunderstood. Our forebears expected it to be pretty much like their present, which had been pretty much like their past.” –Ray Kurzweil, The Singularity Is Near

      We humans aren’t great predictors of the future. For most of history, our experience has been “local and linear.” Not much change occurred generation to generation: We used the same tools, ate the same meals, lived in the same general place.

      Even as progress gets faster and faster, our caveman brains tend to think linearly.

      Though the pace of technology is progressing exponentially, the default mode of our caveman brains is to think linearly.

      As a result, we’ve developed an intuitive outlook of the future akin to how we approach a staircase—having climbed a number of steps, our prediction of what’s to come is simply steps followed by more steps, with each day expected to be roughly like the last.

      But, as Ray Kurzweil describes in The Singularity Is Near, the rapid growth of technology is actually accelerating progress across a host of domains. This has led to unexpected degrees of technological and social change occurring not only between generations, but within them.

      Against our intuition, today the future is unfolding not linearly but exponentially, making it challenging to predict just what will happen next and when. This is why the pace of technological progress tends to surprise us, and we find ourselves in situations like this:

      linear-vs-exponential-41How do we prepare for a future tracking to exponential trends, if we aren’t accustomed to thinking this way? Let’s start with the basics of exponential growth.

      What is exponential growth?

      Unlike linear growth, which results from repeatedly adding a constant, exponential growth is the repeatedmultiplication of a constant. This is why linear growth produces a stable straight line over time, but exponential growth skyrockets.

      Here’s another way to think about it: imagine you are going to walk down a road taking steps a meter in length. You take 6 steps, and you’ve progressed six meters (1, 2, 3, 4, 5, 6). After 24 more steps, you’re 30 meters from where you began. It’s easy to predict where 30 more steps will get you—that’s the simplicity of linear growth.

      However, setting anatomy aside, imagine you could double the length of your stride. Now when you take six steps, you’ve actually progressed 32 meters (1, 2, 4, 8, 16, 32), which is significantly more than the 6 meters you’d move with equal steps. Amazingly, by step number 30, doubling your stride will put you a billion meters from where you started, a distance equal to twenty-six trips around the world.

      That’s the surprising, unintuitive power of exponential growth.

      Drawing

      Exponential growth is deceptive, then explosive

      What’s interesting about exponential growth is that when you double your stride, you progress the same distance with each step as all the previous steps combined. Before you hit a billion miles at step 30, you’re at 500 million miles at step 29. That means that any of your previous steps look minuscule compared with the last few steps of explosive growth, and most of the growth happens over a relatively short period of time.

      Another example: let’s say you want to get to a certain location and you’re going to double your stride again to get there. Progress toward your destination appears distant at one percent of the way there, but in fact, you’re only seven steps (or doublings) away—and much of all that progress happens in the last step.

      The point is we often miss exponential trends in their early stages because the initial pace of exponential growth is deceptive—it begins slow and steady and is hard to differentiate from linear growth. Hence, predictions based on the expectation of an exponential pace can seem improbable.

      Ray Kurzweil gives this example: “When the human genome scan got underway in 1990 critics pointed out that given the speed with which the genome could then be scanned, it would take thousands of years to finish the project. Yet the fifteen-year project was completed slightly ahead of schedule, with a first draft in 2003.”

      Here’s a great visual of exponential growth’s deceptive then explosive nature in computers. See how most of the progress happens right at the end after years of doubling?

      understanding-linear-versus-exponential-growth-1

      Image courtesy of Pawel Sisiak/AI Revolution.

      Will exponential growth eventually end?

      In practice, exponential trends do not last forever. However, some trends can continue for long periods, driven along by successive technological paradigms.

      A broad exponential trend, computing for example, is made up of a series of consecutive S-shaped technological life cycles, or S-curves.

      Each curve looks like the letter ‘S’ because of the three growth stages it represents—initial slow growth, explosive growth, and leveling off as the technology matures. These S-curves overlap, and when one technology slows, a new one takes over and speeds up. With each new S-curve, the amount of time it takes to reach higher levels of performance is less.

      Kurzweil lists five computing paradigms in the 20th century: electromechanical, relay, vacuum tubes, discrete transistors, and integrated circuits. When one technology exhausted its potential, the next took over making more progress than its predecessors.

      linear-vs-exponential-53

      Planning for an exponential future

      “[T]he future will be far more surprising than most people realize, because few observers have truly internalized the implications of the fact that the rate of change itself is accelerating.” Ray Kurzweil, The Singularity Is Near

      The rule of thumb here is: expect to be surprised, then plan accordingly.

      For example, what might the next five years look like? One way to forecast them would be to look at the last five and extend this pace forward. By now, the problem with this thinking should be clear: The pace itself is changing.

      A better forecast would be to look at the last five and then reduce the time it will take to make a similar amount of progress in the next five. It’s more likely that what you think will happen in the next five years will actually happen in the next three.

      The practice of exponential thinking isn’t really about the ins and outs of how you plan—you know how to do that—it’s about better timing your plan (whatever it may be).

      In fact, Kurzweil’s law of accelerating returns arose from very practical of origins.

      “As an inventor in the 1970s, I came to realize that my inventions needed to make sense in terms of the enabling technologies and market forces that would exist when the inventions were introduced, as that world would be a very different one from the one in which they were conceived,” Kurzweil wrote in theSingularity Is Near.

      With a little practice, we can all make better plans by becoming consciously aware of our intuitive, linear expectations and adjusting them for an exponential future.

      Why is learning to think exponentially valuable?

      This isn’t just an interesting concept—our linear brains can get us into real trouble.

      Thinking linearly causes businesses, governments, and individuals to get blindsided by factors that trend to exponential growth. Big firms get disrupted by new competition; governments struggle to keep policy current; all of us worry our future is out of control.

      Exponential thinking reduces some of this disruptive stress and reveals new opportunities. If we can better plan for the accelerating pace, we can ease the transition from one paradigm to the next, and greet the future in stride.

      To learn more about the exponential pace of technology and Ray Kurzweil’s predictions, read his 2001 essay “The Law of Accelerating Returns” and his book, The Singularity Is Near.

      Banner image credit: Shutterstock.com

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