PCdoB move ação contra governo Bolsonaro por desvio de R$ 7,5 milhões

Deputada Jandira Feghali anunciou representação junto ao MP de Contas e pedido de informações ao governo. Programa de Michelle Bolsonaro ficou com dinheiro de testes da Covid

Jornal GGN – A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) anunciou nesta quinta (1º) que seu partido vai representar o governo Bolsonaro no Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União por ter desviado a finalidade de uma doação de R$ 7,5 milhões feita por uma empresa privada para o enfrentamento à pandemia de Covid-19.

A Marfrig doou em março o dinheiro especificamente para a compra de 100 mil testes diagnósticos de coronavírus. Era o começo do auge da pandemia no Brasil, mas depois que o dinheiro foi depositado, a Casa Civil comunicou a empresa que ele seria destinado ao programa liderado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, o Pátria Voluntária.

Na quarta (30), a Folha de S. Paulo revelou que o Pátria Voluntária repassou dinheiro para instituições evangélicas ligadas a Damares Alves. Pelos relatos da reportagem, igrejas ligadas a essas instituições missionárias receberam cestas de alimentos e pastores escolheram pessoalmente quem seriam os beneficiários.

Procurada, a Casa Civil não quis comentar. A Marfrig apenas informou que foi comunicada do desvio da finalidade e consentiu, por entender que a entrega de cestas básicas era uma forma de mitigar os efeitos da pandemia em cima das populações mais vulneráveis.

7,5 milhões doados para testes de Covid foram desviados para programa de Michelle Bolsonaro

Redação

3 Comentários

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  1. Não tem mais política , tudo é judicializado depois reclamam que o STF , MP , AGU ,CBF , MLB … tem poder demais.
    Quem chamou os caras pro chopp !?

  2. Noves fora e essa Marfrig deu um jeito de dar dinheiro à turma de Bolsonaro. Ou melhor, financiou campanha eleitoral dos golpistas junto às chamadas “igrejas”…

    Agora que o caminho das pedras foi encontrado, qualquer um pode financiar campanha eleitoral de quem estiver no governo. Basta dizer que o dinheiro é para “isso” e depois consentir em que os candidatos usem para “aquilo”. Pode até complementar a operação fazendo um biquinho de contrariado…

    “Bom, não era para ‘aquilo’ mas… cês são fogo, hein? Então tá, podem usar como quiserem, poxa…”

    Como se o dinheiro, depois de doado, fosse de alguma forma de propriedade do doador.

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