PF descobre que Bolsonaro recebeu pessoalmente segundo pacote de joias; ex-presidente nega crime

Aliados de Bolsonaro dizem que o segundo pacote foi catalogado e despachado na mudança do ex-presidente

A Polícia Federal descobriu que um documento que mostra que o segundo pacote de joias de luxo, entregue às autoridades brasileiras pelo governo da Arábia Saudita, foi listado e entregue como item pessoal ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O pacote contém um relógio, abotoaduras, caneta, anel e um tipo de rosário, todos da marca de luxo Chopard. A polícia ainda investiga o paradeiro do estojo. De acordo com o G1, aliados de Bolsonaro dizem que o segundo pacote foi catalogado e despachado na mudança do ex-presidente.

Também segundo informações do G1, a PF vai ouvir os servidores que listaram e repassaram as joias ao acervo privado de Bolsonaro. A lei determina que presentes do gênero devem ser direcionados ao acervo presidencial. A investigação será sobre o crime de descaminho de bens materiais não declarados.

Em nota obtida pela GloboNews, Jair Bolsonaro afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade e que obedeceu aos critérios para ficar com presentes legalmente taxados por sua “natureza personalíssima”.

As autoridades ainda investigam a entrada irregular no País de outro estojo de joias, composto por colar, par de brincos, relógio e anel de diamantes, também da marca Chopard. O ex-ministro Bento Albuquerque, receptor do pacote na Arábia Saudita, alegou que as joias seriam um presente para Michelle Bolsonaro.

Qual o valor estimado do estojo?

Levantamento feito pelo GGN mostra que um relógio da marca Chopard similar ao que Bolsonaro recebeu pessoalmente pode custar, em média, 40 mil euros, ou mais de 220 mil reais.

As abotoaduras custam, segundo o site da Chopard, entre 600 euros a 1 mil euros (quase 5,5 mil reais na cotação atual).

Uma caneta similar a que foi encontrada no estojo embolsado por Bolsonaro custa entre 540 euros até 670 euros (mais de 3,6 mil reais).

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Redação

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  1. Uma mulher negra sai de uma loja e um segurança exige que ela abra a sua bolsa para comprovar que ela não havia subtraído nada. Um homem branco sai de fininho da Presidência de um país e leva consigo patrimônio avaliado, por alto, no valor de 230 mil reais; o caso vem à tona e o ladrão diz candidamente que não cometeu nenhuma irregularidade. Os donos de joalherias precisam ficar atentos caso este senhor e sua digníssima esposa resolvam visitar alguma das suas lojas. Os seguranças estão mal instruídos sobre quem precisam manter os olhos bem vigilantes.

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