Por que o Brasil não atrai turistas?
por Andre Motta Araujo
Pelo seu gigantismo territorial, variedade de climas e regiões, maior floresta tropical do planeta, é algo impressionante como o Brasil NÃO é um destino turístico em escala global. Patinando numa estatística medíocre de 6 milhões de visitantes por ano, a esmagadora maioria da própria América do Sul, basta comparar com o México, segundo maior País latino-americano, que atrai 40 milhões de turistas por ano. Só a dupla de cidades costeiras conhecida como Los Cabos, na Baixa California mexicana tem tantos turistas como o Brasil. O pequeno Portugal recebe 22 milhões de turistas por ano e o turismo já responde por 20% do PIB português. Na América do Sul, o Brasil ganhou US$ 5,9 bilhões com turismo estrangeiro (2017), quase igual à Colômbia que ganhou US$5,4 bilhões, mas muito menos que a República Dominicana, que teve receita de US$7,5 bilhões com turismo estrangeiro, um pequeno país-ilha.
O gigante Brasil, com 6,6 milhões de turistas (2018), recebeu menos visitantes que os pequenos Marrocos (11 milhões) e Tunísia (7 milhões) ou a Coreia do Sul (15 milhões). Pelo tamanho do Brasil esse fracasso é uma vergonha, o turismo é GRANDE EMPREGADOR DE MÃO DE OBRA e divulgador do País, ajuda a promover exportações, cria influência cultural e geopolítica, é uma indústria sem fumaça que traz muito mais benefícios do que a maioria das exportações.
Por que a atratividade do Brasil em matéria turística não cresce, é um desastre inteiramente desproporcional ao tamanho do País e sua riqueza cultural?
O Brasil é o maior País católico do mundo, é o maior País multiétnico e multirracial entre os grandes Países, tem enorme riqueza de ambientes, cultura popular, arquitetura, natureza, povo geralmente simpático e receptivo, por que o turismo não progride no Brasil? Vamos às causas.
- PÉSSIMA ADMINISTRAÇÃO DA ÁREA NOS GOVERNOS
O Ministério do Turismo, desde sua criação, e as Secretarias de Turismo nos Estados e nas Capitais foram ocupadas, com RARÍSSIMAS exceções, por pessoas sem a menor experiência e conhecimento da área, amadores improvisados, indicações políticas de péssima qualidade, RAROS OCUPANTES DESSAS PASTAS FALAM UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA, não sabem nada do tema e nem querem saber.
As estruturas burocráticas do Ministério e das Secretarias tem de tudo, menos profissionais do setor, não há metas, não há projetos, não há planos para incrementos quantitativos de atração de estrangeiros.
2.NÃO HÁ ESTRUTURA DE TURISMO RECEPTIVO
Faltam guias TREINADOS, fluentes em idiomas nos polos receptivos, existem balcões e quiosques improvisados, não existe bom material de roteiros, indicações, informações. O Ministério do Turismo deveria ter ESCOLAS DE GUIAS, esses deveriam estar disponíveis nos polos turísticos, uniformizados e bem treinados, desde a chegada do turista no País. Tudo o que existe hoje no País é PRIVADO, montado à custa de empresas e agências, a parte oficial é quase nula, falta marca, cara, emblema, entusiasmo por parte do Estado brasileiro nessa matéria que é econômica mas também é cultural e política.
3.FALTA PROPAGANDA DO BRASIL NO EXTERIOR
O México gasta fortunas em promoção de turismo no exterior, está presente em todos os eventos e feiras turísticas com grandes estandes, seu magnífico estande na Disneyworld da Florida é ótima propaganda. Por meu contato foi apresentada ao Ministério e à Embratur a agência americana que faz propaganda do México nos EUA, eles queriam apresentar de graça um projeto piloto para divulgação do Brasil, NENHUM INTERESSE do Ministério ou da Embratur, houve reunião, mas disseram que não havia verba para propaganda, isso faz uns 10 anos. Depois a mesma agência procurou a Confederação Nacional do Comércio e Turismo, não passaram da telefonista., interesse zero, é uma mentalidade generalizada de desinteresse na área.
4.EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS NÃO PREPARADOS
Nos parques, museus, botânicos, faltam BANHEIROS CIVILIZADOS, cafés minimamente atraentes, lojas de material-tema, filmes, livros, camisetas, sacolas, fotos, posters, como lembrança que o turista gosta de levar. Nos museus da Europa e EUA essas lojas são grandes fontes de renda, são lojas amplas e não quiosques, geralmente ao lado de grandes cafés-restaurantes, isso é raríssimo no Brasil. Também falta material interno em várias línguas nos museus, jardins botânicos, com algumas exceções como as Cataratas do Iguaçu, único local brasileiro razoavelmente preparado para grande turismo estrangeiro.
No Instituto Butantan, em São Paulo, maior centro mundial de pesquisa sobre cobras, que poderia ser uma excelente atração turística, há uma carrocinha super pé suja de café, banheiros ultra precários, lojinha micro, tudo muito relaxado, ambiente de pouco caso, PODIAM COBRAR ENTRADA CARA mas preferem ser de graça e descuidado, assim é a maioria dos parques e atrações, tudo com aspecto de abandono, com algumas exceções.
Também faltam equipamentos-padrão que existem em todos países com mar, por exemplo, barcos de turismo nas cidades litorâneas, com passeios, restaurantes. Rio, Salvador, Recife deveriam ter esse tipo de barcos que existem nas grandes cidades litorâneas dos EUA e Europa. Nossos grandes rios têm raros barcos de turismo, os que existem são precários, sem nível internacional. Ver o Rio de Janeiro a partir do mar é uma experiência que todo turista gostaria. O Rio já teve, depois de um acidente há 30 anos não teve mais. Não há um barco de turismo, por exemplo, do Rio a Búzios, ou do Rio a Angra, equipamentos óbvios em grandes países marítimos. Nossos imensos lagos-reservatórios não têm barcos de passeio, ao contrário dos lagos europeus, trens turísticos há pouquíssimos e todos têm enorme procura, deveria haver mais.
Também faltam certos cuidados básicos de manutenção e segurança em atrações como o Cristo Redentor no Rio, onde a escada rolante ficou meses quebrada, pessoas de idade não conseguem subir as escadas, o grosso dos turistas são pessoas de idade, é preciso pensar neles nos equipamentos.
A segurança no Brasil não é tão ruim, o México também é inseguro, assim como Roma, até certo ponto insegurança hoje há em muitos países que, nem por isso, deixam de receber muito turismo. Mas no Brasil sempre se pode melhorar nos polos turísticos, guardas atenciosos e que falem mais uma língua causam ótima impressão em turistas, vale a pena investir nessa área, traz retornos certos e no Brasil há moços de sobra para essa função.
No caso de hotéis, o Brasil está razoavelmente bem, há bons hotéis por todo o País. É uma lastima que o antigo e excepcional Hotel Tropical de Manaus tenha falido e esteja fechado, no coração da Amazônia, um hotel enorme, bem localizado e equipado. A EMBRATUR fez alguma coisa para salvar esse equipamento? É assunto de Governo, não tem lógica deixar um hotel nessa localização fechado e se deteriorando.
5.AMAZÔNIA E PANTANAL
Deveriam ser os dois grandes polos turísticos do País, a sua preservação e atratividade valem muito mais que madeira extraída e pastagem de boi, esse deveria ser o foco de concentração de um plano turístico, muito mais que resorts de praia, que existem por todo o mundo, a concorrência é grande, o Caribe tem muita praia, assim como a África do Norte, Grécia, Turquia e ilhas do Pacífico, mas ninguém tem Pantanal e Amazônia, recurso único.
O descaso do Brasil com o turismo receptivo estrangeiro, um setor que poderia gerar facilmente um milhão de empregos novos, vem de longe. O turismo nunca foi uma prioridade nos projetos de crescimento do País e continua sendo um setor negligenciado, enquanto isso os brasileiros de classe média e média alta continuam viajando para fora cada vez mais, os gastos registrados de brasileiros no exterior são QUATRO vezes maiores do que o gasto de turistas estrangeiros no Brasil e o gasto de brasileiros fora não param de crescer, enquanto o de estrangeiros no Brasil está estagnado e deve cair. O grosso dos estrangeiros que vem ao Brasil são de argentinos e chilenos, os dois Países estão com problemas econômicos e, neste verão, que é a temporada turística do Brasil, o ingresso deve cair e não estamos atraindo europeus e americanos. A agressão ao meio ambiente está queimando a imagem do Brasil no Primeiro Mundo, é a anti propaganda do Brasil, já que não fazemos a propaganda turística a favor do País.
O gasto com um Ministério do Turismo é inútil, não serve para quase nada e não produz resultados, é um Ministério que pode ser extinto, assim como as Secretarias de Turismo, meros cabides de emprego em Estados e cidades. Esse setor nunca foi levado a sério no Brasil, é uma questão de mentalidade.
Dos cinco grandes países do mundo, o Brasil é o que recebe menos turistas, apenas 6,6 milhões em 2018, contra 79 milhões nos EUA, 62 milhões na China, 24 milhões na Russia e 17 milhões na Índia. É algo impressionante e os números falam por si só.
AMA
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Vivemos, 500 anos depois, “pra voltar à metrópole”; garimpar dinheiro fácil e rápido e ir gastar no “Primeira Mundo”. Não para construir um país; ter prazer de mostrá-lo. E ganhar dinheiro com isso, claro. Para que, então, investir se eu vivo eternamente com a ideia fixa de ir embora? Isso inclui investir em turismo.
E ninguém vai vir pra cá, com um pais de duzentos e poucos milhões de habitantes, sozinho respondendo por taxas de homicídios de Europa, América do Norte e China e demais países do leste asiático juntos, e com um governador do maior cartão postal do país mandando “acertar na cabecinha”, e o próprio presidente da República pregando a violência diuturnamente… ninguém respeita a que não se dá ao respeito. Nem lhe fica por perto.
No ui,,,,,,,,,/
Além dos problemas relacionados, outro muitíssimo importante é que nossa iniciativa privada da área de turismo explora o turista, não o turismo. Essa é a reclamação generalizada de todos os meus amigos e conhecidos estrangeiros. Para quem duvida, basta comparar as tarifas de nossos hotéis e resorts em áreas turísticas com as praticadas em países estrangeiros.
Perfeito…uma vez num barco repleto de turistas, sendo eu e minha esposa os únicos brasileiros, as cantadas dos vendedores de bugingangas era vergonhosa… Quando descobriram que não eramos gringos, o tratamento mudou da água para o vinho na hora….Aqui se explora o turista na cara dura com um serviço porco pq as pessoas são mau remuneradas para isso…
Apesar do conteúdo pertinente, sugiro fazer uma revisão ortográfica no texto.
Meu caro, faço um artigo por dia, se for fazer revisão literaria teria que fazer um por semana, livros
publicados tem em geral revisões por 3 revisores diferentes, dura semanas ou meses. A linguagem
de blog é mais livre e admite certo descuido em nome da velocidade mas agradeço o comentario.
O principal motivo que afasta os turistas do Brasil é a pobreza. Turistas se sentem extremamente desconfortáveis e inseguros durante um passeio quando passam ao lado de pessoas em condições deploráveis, dormindo na rua e/ou implorando esmolas nos sinais, cena com que os brasileiros parecem ter se acostumado.
Pode-se argumentar que a violência e a atitude dos brasileiros, tentando arrancar dinheiro de qualquer maneira dos “gringos otários” (já foi no pelourinho?), contribuem muito contra o turismo, mas esses fatores também são derivados da pobreza. Se a população não fosse tão necessitada, ela teria uma atitude mais normal para com os turistas, que é exatamente o que eles querem, passear tranquilamente por um lugar diferente.
Pobreza em alta escala tem tambem no Egito e na India e ambos recebem mais turistas que o Brasil, mas concordo que a exibição de pobreza é chocante para turistas e mais ainda, é chocante para eles
a indiferença dos brasileiros casse media e alta diante da pobreza.
O egito e a índia têm dois grandes trunfos por serem berços de duas civilizações milenares, as pirâmides e o taj mahal são dois dos monumentos mais antigos e famosos no mundo, por isso eles recebem tantos turistas apesar da pobreza. O egito também tem a vantagem de estar quase ao lado da europa e a índia é a sede de uma religião milenar que atrai muitos gringos (lembra dos beatles). Claro que se não fosse a pobreza, esses países teriam ainda mais turistas. Outra coisa, eu nunca fui para esses países, mas a impressão que eu tenho é que, apesar do grande número de pessoas pobres, a pobreza lá não é tão “agressiva” como a brasileira.
Exato. Já estive oito vezes na Índia (uma filha mora lá há 25 anos). Os hotéis e resorts de lá, além de serem às vezes melhores do que os nossos, têm as mesmas bandeiras internacionais e TARIFAS SEMPRE BEM MENORES do que as nossas.
Não concordo, se for ver pelo lado da pobreza(como você diz), o que dizer da Índia?
Não vi isso no Pelourinho e sou do RS, branca. Todos muito respeitosos. As pessoas são humildes. Ninguém me pediu dinheiro. Muitos trabalham na rua e se apresentam para levar o que comer para casa. MUita música e alegria é o que vi lá. E depois do Olodum passa sempre o caminhão do lixo. Tudo muito limpo. Fui e voltei e voltarei de novo sempre que puder. Falta é dinheiro para aquelas pessoas aplicarem em seus negócios. Nao há preparação. Muitos não estudaram ou não concluíram o primeiro grau. Falar línguas é algo distante para eles. Lembre da origem do Pelourinho. Veja quem é o prefeito que está apagando a memória dos negros que lá chegaram para serem escravizados. Isso afasta o turista. Povo sem memória não tem história para contar.
Caro André,
Mais um ótimo e pertinente texto.
Se eu fosse um estrangeiro, não viria ao Brasil.
Há algumas cidades pontuais interessantes, algum valor arquitetônico aqui ou ali, mas, via de regra, as cidades brasileiras tornaram-se horripilantes de tão feias.
Uma das que poderia servir como atrativo é Brasília, que a patuléia tupiquiniquim aprende a odiar…
É um povo que trabalha contra si mesmo.
Tudo aquilo que poderia servir de atração turística já foi demolido, virou estacionamento, igreja evangélica, cortiço, etc
O turismo ambiental é um descaso e sequer tem infraestrutura básica.
Fica tudo nesse “jeitinho brasileiro” e as pessoas aqui achando que estão sendo espertas e que vão enganar os outros.
Não há nenhum nível de autocrítica e muito menos nível para que se ofereça ao turista internacional.
Lima, Perú, é infinitamente mais atrativa que São Paulo, por exemplo – que se pretende uma metrópole cosmopolita e que “acolhe” os seus visitantes levando-os ao shopping center (como se as pessoas do mundo todo tivessem a mentalidade rastaquera desta elite bronca e imbecilizada daqui).
Tenho a impressão de que nos acostumamos com o pior do pior e achamos que temos alguma relevância.
Talvez o Rio de janeiro não seja, em termos turísticos, muito mais que Lagos, Nairóbi, Luanda, etc
O Brasil é um país sorumbático.
O que ainda guarda de bom, é referente à inércia da geração pré-ditadura.
Meu caro, o Rio de Janeiro é uma das cidades mais bonitas do mundo, poucos estrangeiros discordam disso, o que falta absurdamente é um minimo de organização, a bagunça é tão grande que os
recursos turisticos se perdem no caos. Paises com muitos menos atrativos atraem muito mais turismo.
No tempo da copa do mundo e das olimpiadas aqui, foi o tempo que mais propaganda negativa o Brasil teve pela midia local. O motivo sabemos.
Sem falar das campanhas publicitárias que se metem a contratar a peso de ouro… São de fazer vergonha.
Faltou o 6 – ISOLAMENTO GEOGRÁFICO. Apesar da grande oferta de vôos, estamos no hemisfério sul. O custo de cruzar a linha do Equador desencoraja turistas do hemisfério Norte. E como foi abordado pelo brilhante André, para os americanos as praias do Caribe são logo ali. O mesmo com a Grécia para os europeus ocidentais, ilhas do Pacífico para os asiáticos… O isolamento geográfico da América do Sul é real. Alguém pode dizer: “Os safaris da África e a Austrália também são distantes”. Sim, mas a África não é capitalizada apenas pelo turismo, mas também por instituições de caridade e missões humanitárias. E a vantagem da Austrália é fazer parte do riquíssimo mundo anglófono, onde tem vitrine permanente.
De qualquer forma, o item 5 me parece ser o mais importante. Praia tem em quase todo lugar. Podemos e devemos investir em experiências distintas. Transformar Amazônia e Pantanal em pasto é de uma mentalidade provinciana.
Meu caro, hoje em dia a distancia tem peso relativo, a Tailandia recebeu em 2018 cerca de 38 milhões de turistas, 35% europeus, a Africa do Sul, tão longe como o Brasil recebeu 11 milhões e a
China super longe recebeu 62 milhões, a Amazonia é apenas 5 horas de Miami e Natal 6 horas da Europa.
O texto esquece dois pontos fundamentais para nosso desempenho baixo. Primeiro e decisivo, a localizacao. Tirando a Argentina, nao temos nenhum polo emissor proximo e de facil acesso, oposto aos paises como Portugal e Marrocos onde se chega de carro ou com voos baratissimos. Segundo a seguranca. Cada vez mais esse topico tem se tornado fator de decisao para quem vai viajar. Sem seguranca nao ha turismo, e ai nao se resume apenas aos assaltos e coisa do tipo, mas tambem medo de doencas, atendimento hospitalar, estradas sem sinalizacao, agentes publicos corruptos, etc.
Parabéns pela Matéria. Precisamos de mais e mais, revelando o que podemos produzir e evoluir. E menos, atestando os erros que já cometemos e não terão retorno, fora a consciência de não repetí-los. Que outro país do Mundo, você tem enormes chances de ser assaltado ou assassinado entre o Aeroporto e o Hotel? Antes das desculpas habituais, dê uma volta pela América do Sul. América Latina é a desculpa? Pobreza é a desculpa? Ou ser a ‘Pátria das Desculpas’ cultivando a barbárie? No Peru, meninos e meninas da Europa, Canadá, China, EUA, Russia, trilham os ‘Caminhos Incas’ com mochilas e barracas por dias ou semanas. Preocupação? Fazem toda América do Sul. Colômbia, há vários anos já entrou no roteiro. Brasil? Algumas raridades, se arriscam. Mas a coisa é ainda pior. 9 décadas de doutrinação depois de Golpe Civil Militar Ditador Caudilhista Absolutista Assassino Esquerdopata Fascista produziu uma Nação de Zumbis. Uma Nação em coma permanente. O Brasileiro não conhece o Brasil. Quantos conhecem a Amazônia? E o Pantanal? O esplendor de toda MATA ATLÂNTICA do Vale do Ribeira/SP. Praticamente dentro da Capital. Um Brasil inteiro passa semanalmente pela Av. Paulista. E meia dúzia de Paulistas e Paulistanos conhecem o MASP !!! Minha última visita, um casal finlandês, um grupo de Tóquio, haviam atravessado o planeta para conhecê-lo. Nos custa uma passagem de metrô e mais nada às terças feiras. Escolas Públicas não fazem excursões para um dos mais importantes Museus do Mundo. Nem para Cidades Históricas de MG ou Parati ou Iguape ou Cananéia. Na “porta” das casas de 70% da População e Estudantes Brasileiros. E o maior e mais rico país da América Latina, que não investe em infraestrutura e mobilidades em tamanha diversidade financeira, econômica, histórica, cultural a partir das suas fronteiras, entrando por Países Vizinhos e Amigos com tamanho interesse mundial? Incas, Maias, Astecas por toda América. Mares infindáveis de Atlântico, Pacífico, Caribe. O Caribe está longe? O Caribe está a 700 Km das Nossa fronteiras. Patagônia? Estações de Esqui em todos Andes? Equador, de raridades amazônicas de altitude? Rodovias, Aeroportos, Hotéis, Ciclovias, Ferrovias, Infraestrutura,…um mundo para Investimentos Brasileiros a partir de Nossos Vizinhos !!! Quando o Gigante Paquidérmico Adormecido usará um pouco mais da Massa Encefálica? Pobre país rico. A doutrinação produziu uma tragédia. Mas de muito fácil explicação.
Turismo para espertos: cassinos para branqueamento de dinheiro sujo…
Defendem a ideia com unhas e dentes como a salvação da lavoura!
Sempre ouvi que o Brasil e o brasileiro não prestam. Bom e bonito somente a natureza(?) mas, com certeza, tudo da gringolândia é maravilhoso.
Meu lazer é a Música do Brasil e pergunto: Quem conhece a canção “Bancarrota Blues”?
Não, não podemos receber mais de turistas com esse viralatismo, não, mesmo, pois quando saíamos do buraco histórico veio o golpe dessa elite ralé, dos Militares e dos remediados invejosos.
Brasil é para poucos, ou melhor, o Brasil é para loucos!
A cidade de Paris sozinha recebe quase 18 milhões de turistas estrangeiros por ano. Se somar o turismo interno o número explode.
A França é campeã mundial de turismo com 89,4 milhões em 2018.
Exato, André. Digitei por engano 84 no lugar de 89,4.
Trinta e cinco milhões em 2018. Quase seis vezes o Brasil. A França, campeã mundial, chegou a 84 milhões.
E no Brasil até o turismo interno tem números pífios. O brasileiro prefere passear nos malls de Miami a conhecer as cidades do norte e nordeste. Volta pro Brasil com a mala cheia de potes de shampu e creminhos pra pele, o equivalente das miçangas que os índios recebiam dos navegadores portugueses.
Eu não tenho essa preferência, mas quase sempre é mais barato viajar para o exterior do que internamente. As passagens aéreas para a região Norte são obscenas, mesmo que você saia de Recife. Até mesmo entre capitais do nordeste a coisa é feia. Eu não faço questão de voar, até prefiro carro, mas o tempo exigido é maior.
Qualquer turista no Brasil é achacado, mesmo os brasileiros.
É exatamente ai que deveria funcionar um Ministerio do Turismo. Organizar
campanhas de incentivo ao turismo interno em combos LINHAS AEREAS +
HOTEIS, pacotes organizados, é perfeitamente possivel, para baratear o turismo interno, promoção em turismo é fundamental, na Europa existem
tradionais sistemas de passagens de trens por preço unico fechado, é basicamente uma questão de organização, para isso existe um Ministerio.
Agora, estamos fazendo exatamente o contrario, aumentando a cota do FREE SHOP, de US$500 para US$1000, para estimular o brasileiro para viajar PARA FORA DO PAIS.
AntiCapitalismo de Estado. 9 décadas. E a Elite Parasitária se mantém…
Pois é, quando temos um certo ex-presidente da Embratur e “governador de negócios” chamado João Dória, que foi salvo de condenação por amizades no TCU e afins, podemos entender porque o Turismo (e outras áreas) não evolui no braZil.
Caro André, estudo o Turismo e seus fenômenos há muitos anos, portanto, vou adicionar um ou dois pontos aqui, apenas no sentido de ampliar a discussão.
Não discordo dos pontos apresentados por você e acho, inclusive, que a maioria das entidades do setor trabalham mais contra que a favor do crescimento das estatísticas da área; um desserviço, sobretudo se considerarmos o efeito multiplicador do Turismo, uma vez que afeta diretamente outros 52 setores da economia.
Há, entretanto, um aspecto relevante que contribui para os números baixos: a distância do Brasil em relação aos grandes centros emissores de turistas: América do Norte, Europa, Japão e agora a China.
Este último, em especial, representa um boom na economia e nas estatísticas do turismo mundial: Não por acaso, cidades e países no entorno do gigante asiático desbancaram campeões históricos – como Paris e Roma – nos últimos anos.
Há muitas pesquisas que apontam que o turista médio – o Turista de Massas Individual e Turista de Massas Organizado, na tipologia clássica – evita deslocamentos superiores a seis horas. Portanto, nunca poderemos nos comparar a países como Portugal, Grécia, Turquia ou mesmo Marrocos e Tunísia.
Ainda assim, se nos comparar à Africa do Sul, país em condições muito semelhante ao Brasil – mas que recebe praticamente o dobro de turistas que nós -, veremos como é necessário trabalharmos mais profissionalmente o setor.
Por fim, mas necessário salientar como o Brasil se constituiu nos últimos anos um grande emissor de turistas, com impacto direto nos países da América do Sul e mesmo em Portugal, representando hoje o segundo grupo mais importante para o país. E isso tem impacto direto na conta corrente nacional.
É isso aí. Abraço
É bom informar a população destes problemas, mas isto é bem limitado se não focar nas soluções. Já cansei de ver sites da esquerda apontando problemas e nenhum político agir (contra o Lula, perdi a conta das vezes que nenhum político eleito fez denuncia no CNMP ou CNJ). Por que nenhum congressista ou partido põe um assessor pra relatar denúncias dos sites pra eles e denunciar o que achar certo???
Pelo que vi no serviço público, a falta de sistema automático de monitoramento de demandas é um dos responsáveis pelas falhas relatadas. Creio que um decreto executivo que defina um único sistema eletrônico por esfera de poder (se tiver, pode aproveitar o dos memorandos e comunicação interna. E-mail não serve, pois são subjetivamente ignorados) seja a melhor solução para que os servidores possam enviar Sugestões ou Projetos com metodologia e previsão de custos extras. se o órgão não analisou em 30 dias, que seja automaticamente enviado pro gabinete do governador ou presidente cobrar o gestor do órgão pela análise; foi aprovada, que defina um prazo para implementação.
Desculpe mas nosso país tem uma fama de ser muito violento, a Amazônia é popular e admirada mas o Brasil é evitado por turista aleatórios por razões de segurança. Minha irmã vive em Portugal já fazem vinte anos e uma coisa curiosa para mim, e eu sempre questionei isso, é o fato de que o Brasil nem sequer é o top 10 das prioridades turísticas entres o Portugueses. Fora da Europa, eles preferem visitar a suas ex-colônias cheias de arquitetura colonial portuguesa: Indonesia, Macau, Ilha de Diu e Goa, na Ásia do que o Brasil, e as cidades históricas de MG, Salvador, Recife, com semelhante rica arquitetura colonial Portuguesa, passa distante deles. E a razão porque a maioria evita o Brasil é sempre por causa da segurança. Eles preferem Cidade do Cabo, na Africa do Sul, por causa da famosa viagem histórica de Bartolomeu Dias, do que visitar o nosso país.
Se o Brasil que ser uma potência turística então teremos que mudar primeiro toda a nossa estrutura social
Concordo com todos os itens apresentados. Entre eles o da falta da propaganda talvez seja a mais importante. Mas vou além, para se fazer propaganda é preciso definir de que ou do que fazer propaganda? Pelo tamanho do Brasil e suas características culturais e geográficas, temos uma diversidade impressionante:vamos das florestas as metrópoles com todas as suas variações possíveis. De tudo que somos e temos o que realmente focar para falar do Brasil? Qual a cara do Brasil turístico? Quando viajo para algum país, já na escolha, tenho em mente aqueles lugares e cultura amplamente conhecidos e que me encantaram conhecer. São lugares ícones. Por exemplo, Marrocos é chamativo por suas cores e cultura. Para nós é um país exótico que fica bem localizado para o mundo ocidental. Os preços são convidativos também. O Brasil é um país que patina no turismo por diversos motivos , um pela incompetência brasileira em trabalhar nesta área. É como se fossemos uma pessoa magra com problema de autoimagem. Não conseguimos valorizar o próprio país, então como fazer propaganda positiva dele?
No item 2 o autor afirma que “Tudo o que existe hoje no País é PRIVADO, (…) a parte oficial é quase nula, falta marca, cara, emblema, entusiasmo por parte do Estado brasileiro”.
À primeira vista dá a impressão que falta uma ação mais coordenada e eficiente do Estado para incentivar este importantíssimo setor econômico.
Contudo, no item 5, ele afirma: “O gasto com um Ministério do Turismo é inútil, não serve para quase nada e não produz resultados, é um Ministério que pode ser extinto, assim como as Secretarias de Turismo, meros cabides de emprego em Estados e cidades. Esse setor nunca foi levado a sério no Brasil, é uma questão de mentalidade.
Aqui parece o Paulo Guedes falando. Extinguir Ministério e Secretarias? Muito radical. Pessoalmente achei péssimas as palavras escolhidas aqui pelo autor.
Dá margem a dúvidas: aos olhos do autor, a solução é MAIS estado ou MENOS estado? Provavelmente ele queria dizer que é necessário reestruturar a esfera pública, buscando maior eficiência (pois, certamente, do jeito que está agora, a situação é calamitosa).
Meu caro, eu proponho um Ministerio do Turismo EFICIENTE, quando digo que é inutil me refeiro ao
ATUAL modelo que vem desde o começo desse Ministerio, de usa-lo exclusivamente como cabide de emprego para composições politicas, é possivel um Ministro de Turismo que não fale inglês?
Rarissimos Secretarios de Turismo são do setor, a esmagadora maioria são capiaus provincianos que
não tem a menor noção da area, não tem visão internacional ou a cultura minima para criar
algum projeto de nivel profissional, turismo para eles é fazer compras em Miami.
Tal como no futebol, onde temos duzentos milhões de técnicos, e dada a quantidade de opiniões aqui manifestadas, também gostaria de tecer outras considerações, mais diversas a respeito de turismo.
Esse quantitativo de seis milhões de turistas fazendo turismo anualmente no Brasil, embora possa ser correto, me parece não levar muito em conta o turismo interno, o turismo interestadual, o turismo regional e outros turismos especializados praticados pelo Brasil afora pelos seus residentes. Somando estes quantitativos é bem provável que todo o complexo turístico brasileiro movimente muito mais pessoas do que estes estimados seis milhões.
Penso que algo parecido deve ocorrer também em países mais populosos como a Índia – por lá deve haver milhões de indianos que se banham nas águas sujas, ops, sagradas do Ganges e que talvez não entram na estatística deles.
Como exemplos mais conhecidos regionalmente e/ou pelos clientes de uma organizadora turística como a CVC, cito alguns casos em Belo Horizonte, que conheço melhor.
Um deles é o turismo de vãs, ou turismo médico. Todo santo dia centenas de vãs trazem cada uma, dezenas de pessoas do interior de Minas para a capital para serem atendidas pelo SUS em tratamentos como hemodiálise, cirurgias oftalmológicas e outros procedimentos médicos mais complexos. Um passeio com o Google Maps pelas redondezas da praça Hugo Werneck mostra essa imensa quantidade de vãs estacionadas por lá. Todo dia.
Também há casos de pessoas que necessitam ficar mais tempo na cidade e com isso algumas residências acabaram virando “casas de acolhimento” próximas a este local. Que aliás é conhecido como “área hospitalar”; se diz que essa área possui a maior densidade de leitos hospitalares por quilômetro quadrado do mundo.
Para um prefeito de cidade pequena entre as mais de 850 cidades mineiras sai muito mais barato operar diariamente uma vã para Belo Horizonte e alugar uma casa de acolhimento do que montar uma estrutura hospitalar em sua cidade. Assim, sob certos aspectos, estas viagens poderiam ser encaixadas como turismo. Sem falar nos casos mais raros de atendimento médico para residentes no exterior, que procuram assistência médica por aqui.
Em BH também existe também um certo “turismo religioso”, com destaque às peregrinações ao bairro Padre Eustáquio, e à basílica da Serra da Piedade, entre outras, especialmente na semana santa. Claro, bem menos do que o turismo para Aparecida do Norte.
E o Carnaval de BH tem sido destaque com seus 4,3 milhões de foliões neste ano, durante o mês do carnaval. Por ser bastante organizado e por isso mais seguro, este evento anda atraindo turistas que freqüentavam anteriormente o carnaval de cidades sujeitas à menor segurança pelo Brasil. Carnaval de rua, diga-se.
Cabe também citar outros eventos anuais como o “comida de buteco” (um concurso de pratos típicos), a semana do café, que atrai cafetistas e cafeteiros do mundo todo, e o festival da jaboticaba de Sabará, entre vários outros.
Uma peculiaridade deste festival é a possibilidade de “locar por um dia” uma jaboticabeira e levar todos os seus frutos. Além das exposições para venda de alimentos contendo jaboticaba, como geléias, condimentos, sorvetes, sucos, etc.
Como muitas outras cidades mineiras são também voltadas à agropecuária, o programa semanal Globo Rural exibe cartazes de tudo quanto é festa nestas cidades, durante o ano todo.
E na capital mundial do zebu em Uberaba temos o que se poderia apelidar de “festival de racismo explícito”, que é a feira do zebu, Expozebu. Zebu é uma, digamos, confederação de raças de bovinos, que atrai criadores, consumidores, carniceiros de todo o mundo e que dura em torno de duas semanas.
Ao longo do ano há ainda as exposições específicas para cada uma das raças desta confederação.
Os expositores afirmam que a “população bovina” brasileira equivale numericamente à população humana daqui. Isto é, o seu boi está por aí, à sua espera.
O mesmo Google Maps mostra que Minas não tem mar, o que não é tãããão correto assim. Por exemplo, às margens da represa de Furnas no Rio Grande existem várias cidades balneárias freqüentadas pelos mineiros e por cidadãos dos estados vizinhos. Aliás, o apelido dessa represa é “Mar de Minas”.
Além disso, nos balneários litorâneos como Guarapari no Espírito Santo e Cabo Frio no estado do Rio, uma grande parte dos imóveis é propriedade de residentes de Minas Gerais, e, em cada feriado prolongado, estes balneários “incham” tal como as cidades litorâneas de São Paulo. Durante muitos anos, a comercialização de imóveis destas cidades era realizada principalmente em BH. Ou seja, praias de mineiros!
Há algum tempo um “espião” da operadora de turismo CVC descobriu que a voadora TAM estacionava algumas aeronaves por algumas horas à noite e madrugada adentro em Confins. A referida operadora turística montou então uma ponte aérea madrugadora entre Confins e Porto Seguro na Bahia, fretando estes aviões parados. Acabou que todos saíram ganhando: a TAM, com um tilintar extra em seu cofrinho, a CVC com seus hotéis conveniados ocupados e os mineiros, com preços mais em conta em hospedagem.
Ou seja, deve existir um imenso turismo no Brasil, ignorado ou desconhecido dos tecnocratas em Brasília.
Por falar neles, essa mania de construir ressorts imensos para receber turistas não é exclusividade brasiliense. Na Alemanha nazista foi levantado o chamado “colosso de Prora”, uma série de edificações geminadas na cidade de Rügen. Seus corredores mediam 4,3 quilômetros de extensão. Parte desta obra foi destruída por bombardeios e no regime comunista a parte deste colosso que sobrou foi utilizada como caserna militar.
Uma outra consideração a fazer é parte do fenômeno Airbnb, que prioriza a hospedagem fora dos hotéis, visando a diminuir custos. Com o tempo é bem provável que alguns grandes hotéis em cidades com viés turísticos venham a sucumbir.
De fato, a prefeitura de BH tentou viabilizar a construção de hotéis para a Copa do Mundo de 2014. Só que muitos ainda não estão prontos, mesmo depois da copa de 2018, e um grande hotel no centro, o Othon Palace fechou suas portas recentemente.
Há inúmera deficiências de infraestrutura e administração, como foi dito, mas creio que o principal fator é a distância: para os atrativos que tempos a oferecer (praias, sol, natureza etc.) há outros destinos mais próximos dos principais centros de origem dos turistas.
Um triste artigo sobre como a recusa do governo brasileiro em deter o terror policial contra estrangeiros leva Manaus ao colapso econômico – o turismo estrangeiro parou, os hotéis fecharam, as empresas estrangeiras estão fugindo da cidade. As estatísticas do turismo interno são suportadas apenas por visitantes de outras cidades que vêm visitar seus entes queridos nas prisões de Manaus.
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http://cstcommand.com/index.php/countries/yuzhnaya-amerika/braziliya/item/1088-nezhelanie-pravitelstva-yurazilii-ostanovit-politsejskij-terror-vedjot-manaus-k-ekonomicheskomu-krakhu