Porque da necessidade do fim do Estado Nacional.

Porque da necessidade do fim do Estado Nacional.

Lentamente as pessoas se vão dando conta do que passa em todo o mundo e que está sendo reproduzida no Brasil, a tentativa do imperialismo em por diversos meios acabar com o Estado Nacional, a reação de um grupo de capitalistas que apoiaram Trump chamou a atenção, porém não é só a direita que esta vendo isto, eles enxergam mais rápido porque vários dos seus parceiros estão trabalhando nesta direção.

No Brasil, um país extremamente fechado, com tanto uma direita e uma esquerda indigentes intelectualmente esta discussão ainda não foi posta em questão devido a explicações simplistas ou até simplórias que analisam os problemas nacionais baseados nas idas e vindas dos grupos oportunistas e criminosos não enxergando as modificações da política e a economia que existiam há décadas atrás.

A proposta do Imperialismo mudou por completo e esta mudança ainda não chegou a ser vista pelas os mais diversas tendências políticas, nem desde a extrema esquerda a extrema direita.

Há cinquenta ou mais anos a proposta do Imperialismo era transferir as indústrias poluidoras e de alto consumo energético para países do terceiro mundo, ou seja, deixando para as matrizes o trabalho intelectual e para os demais a produção fabril, a poluição a miséria em geral.

Esta divisão de trabalho, que seria a evolução natural do capitalismo e imperialismo dos últimos séculos foi atropelada por outras realidades que se criaram. A exportação do parque fabril, as próprias características de necessidade de manutenção, atualização e controle deste parque fabril, associada ao desenvolvimento da facilidade de comunicação, transmitiu a estes países dependentes uma expertise e uma necessária inteligência local que começou a criar uma grande comunidade de trabalhadores altamente qualificados com todo um setor de serviços para atender a necessidade destes trabalhadores. Ou seja, mesmo com taxas baixas de desenvolvimento econômico e social uma necessidade de consumo começou a se intensificar nestes países periféricos.

Para exemplificar melhor o aumento de consumo que levou o desenvolvimento periférico nos países produtores de matéria prima, há dois anos escrevi um primeiro artigo de uma série que coloquei um nome instigante que leva a conclusão final do raciocínio que se chama “Eles escolheram a barbárie”. Neste artigo torna claro que com mesmo com taxas baixas de desenvolvimento em termos amplos os países produtores de petróleo, o exemplo que escolhi, começaram até a atingir níveis de consumo que seria reservado para as populações dos países desenvolvidos, no caso os membros da OECD. Após este artigo escrevi mais dois que tentam dar uma explicação das opções dos donos do poder que podem ser lidos em Eles escolheram a Barbárie II e Eles escolheram a Barbárie (DEFINITIVO).

Com a análise sobre a disponibilidade de recursos naturais supondo a continuidade de um sistema produtivo capitalista, coisa que começou seriamente a ser feita em  1972 através da divulgação do mentiroso e preconceituoso relatório intitulado “Os Limites do Crescimento”, que simplesmente projetam para o futuro a desordem capitalista, se chegou a conclusão que a disponibilidade dos recursos naturais se continuassem a ser utilizados dentro de critérios capitalistas e completamente não sustentáveis.

Estudos como o que resultou no trabalho “Os Limites do Crescimento”, são reproduzidos ad nauseam por ONGs sebastianistas que se negam em todos os trabalhos a contestar o principal, que há uma só escolha, ou Socialismo ou a Barbárie. Porém grandes financiadores destas comunidades estranhas que coordenam muitas destas ONGs do fim do mundo, já fizeram claramente a escolha, como não querem abrir mão da riqueza e do poder, logo a única saída é a Barbárie. Porém esta barbárie não pode ser anti-funcional para os donos do poder e para as populações que estão no seu entorno lhe dando tranquilidade e conforto, não podemos esquecer que o Imperialismo e o Capitalistas é compostos de pessoas que dormem, comem e se divertem das maneiras mais absurdas possíveis. Logo deverá existir uma zona de conforto próximo a suas residências que tornem as suas vidas agradáveis.

Logo para a implantação desta barbárie, os bárbaros deverão continuar a produzir produtos primários a custo praticamente zero, as populações do entorno dos donos do poder deverão ter ao mínimo ajuda de custo para sobreviver com um alguma dignidade e os Estados Nacionais dos países periféricos deverão ser reduzidos a uma união de chefes tribais.

Por que destruir o Estado Nacional, principalmente através da desmoralização de suas elites governantes. Simplesmente porque estes Estados Nacionais, por coisas que a história só explica depois que acontece, podem surgir governos fortes que tentem e consigam reverter este plano que se for chamado de diabólico não é exagero.

Pode até chamar de teoria da conspiração, pois todos os elementos destas teorias estão no raciocínio colocado, porém as pessoas só descobrem que as teorias das conspirações deixam de ser teorias para se tornarem conspirações no sentido literal da palavra, quando elas começam a se repetir no mundo real.

Na sexta-feira do dia 26/12/2014 quando coloquei o primeiro artigo sobre esta “teoria da conspiração”, a realidade nacional não estava nada próxima à suposta conspiração prevista. Porém quando se vê claramente que atores internacionais manobram na direção da destruição do Estado Brasileiro, sendo isto uma realidade para alguns que pensam no país, o primeiro passo da barbárie está sendo dados, quando se vê que as intervenções das forças do imperialismo agiram sobre países como a Iugoslávia, países do leste europeu com suas revoluções coloridas, Iraque, Líbia e agora Síria, vai ficando mais claro que a posição tradicional do imperialismo internacional de ocupar, colocar suas indústrias nos países ocupados e fazerem estas produzir para a matriz não está sendo mais realizada, o que está se fazendo é a mera destruição da sociedade, fragmentando as nações e eliminando a possibilidade destas se levantarem.

Um desavisado poderia até perguntar, por que o Brasil nesta linha como a nação a ser eliminada? Simplesmente porque uma presença forte do Brasil no grupo dos BRICS seria um forte impedimento a expansão dos planos do imperialismo. Veja, não é por acaso que colocam um esclerosado na função de ministro do Exterior, nada melhor para acabar com qualquer tratamento sério de um país quando para se negociar se encontra a frente de uma pessoa em que decrepitude física compromete até a capacidade de raciocínios simples.

O mundo termia aí? Logicamente que não, pois as contradições que geram todo o desenvolvimento deste plano, que diria com certeza, não vai dar certo, são imensas e um Trump, por exemplo, é um desarranjo de todo este sistema, que demorou anos para ser montado com apoio de uma mídia internacional, para fazer corações e mentes de “desiludidos on line” que pensam que suas preocupações microscópicas são a chave de tudo. Trump não será o primeiro nem o último, tanto pela direita como pela esquerda, que no fim de tudo, com pesadas baixas para todos os lados, cairá toda esta fantasia.

Redação

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