
Em apoio à questão palestina, em franca oposição à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, rebeldes Houthis, que governam grande parte do Iêmen, disseram que continuarão os ataques a navios no Mar Vermelho, rota comercial que liga a Europa e a Ásia, até que cessem os bombardeios e a ocupação israelense no território palestino.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (19) por Mohammed al Bukaiti, membro do movimento rebelde, após os Estados Unidos anunciarem num comunicado nesta segunda-feira (18) uma coligação de dez países para enfrentar os ataques Houthi denominada “Guardião da Prosperidade” (leia mais abaixo).
“A coligação formada pelos Estados Unidos visa proteger Israel e militarizar o mar sem qualquer justificação, e não impedirá o Iêmen de continuar as suas operações legítimas de apoio a Gaza”, disse o porta-voz rebelde Mohamed Abdulsalam.
O porta-voz dos Houthis destacou que, se Washington apoia Israel, os países da região têm “plena legitimidade” para apoiar o povo palestino, caso do Iêmen.
Abdulsalam indicou que as operações navais” visam enfrentar o genocídio israelense na Faixa de Gaza, garantindo ao mesmo tempo que não constituem uma demonstração de força”.
Bukaiti afirmou que mesmo que os Estados Unidos consigam mobilizar o mundo inteiro, “as nossas operações militares não irão parar”. Ele sublinhou que os Houthis só irão cessar as hostilidades se os crimes israelenses em Gaza terminarem com a entrada de alimentos, medicamentos e combustível.
Guardião da prosperidade
Local dos ataques Houthise liga a Ásia e a Europa, facilitando aproximadamente 12% do comércio global, incluindo 30% das remessas globais de contêineres.
O Pentágono anunciou num comunicado a coligação de dez países para enfrentar os ataques Houthi no Mar Vermelho. O grupo é composto pelo Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Canadá, Noruega, Bahrein e Seicheles.
Segundo veículos de imprensa dos EUA, a operação internacional, denominada “Guardião da Prosperidade”, atuará subordinada às Forças Marítimas Combinadas (CFM), chefiadas pelo vice-almirante da Marinha dos EUA, Brad Cooper.
No sábado (16), três grandes companhias marítimas globais suspenderam a passagem dos seus navios pelo Mar Vermelho. Entre os transportadores que tomaram esta medida estão a maior linha de contêineres do mundo, a Mediterranean Shipping Co. (MSC), com sede na Suíça, a dinamarquesa Maersk, a francesa CMA/CGM e a alemã Hapag-Lloyd.
Com informações da TeleSur e Agência RT
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