Rússia se une a França em ataques contra Estado Islâmico

Jornal GGN – Vladimir Putin, presidente da Rússia, ordenou ontem (17) que as Forças Armadas do país cooperem com operação militares francesas na Síria. Através de comunicado, Moscou disse que Putin conversou com François Hollande, presidente francês, e eles concordaram em coordenar as ações militares. Além disso, Hollande viajará para a Rússia no dia 26 para conversar sobre o combate ao terrorismo.

O anúncio de Putin veio após a confirmação de que o avião russo que caiu no Egito foi derrubado por uma bomba que explodiu a bordo. Ainda ontem, forças militares francesas e russas bombardearam, quase ao mesmo tempo, o reduto jihadista de Raqqa, na Síria. A Rússia começou seus ataques no final de setembro e já bombardeou cerca de 2,3 mil alvos na região.

Enviado por Vânia

Da Deutsche Welle

Rússia une forças com a França contra “Estado Islâmico”
 
Putin ordena que Forças Armadas russas cooperem com operações militares francesas na Síria. Após confirmação de que bomba derrubou avião russo, países concordam em coordenar ações contra grupo extremista.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta terça-feira (17/11) que o cruzador de mísseis guiados russo Moskva coopere com operações militares da França na Síria. O anúncio veio após a confirmação de que a queda do avião da companhia Kogalymavia sobre a península do Sinai, no Egito, foi causada por uma bomba que explodiu a bordo .

“Temos que elaborar com eles um plano de ações marítima e aérea”, disse Putin aos chefes militares. Atualmente o Moskva está no Mar Mediterrâneo, o presidente afirmou que um navio de guerra francês alcançará em breve o cruzador que “cooperará com eles como aliados”.

Em comunicado, o Kremlin disse que Putin conversou por telefone com o presidente francês, François Hollande, e ambos concordaram em coordenar suas ações militares na Síria.

“Foi acordado pela Rússia e França assegurar um contato mais próximo e a coordenação entre agentes militares e do serviço de segurança dos dois países em ações contra grupos terroristas na Síria”, disse Moscou. Além disso, Hollande irá a Moscou no dia 26 de novembro para conversar sobre o combate ao terrorismo.

Represália

O anúncio da aliança entre Moscou e Paris veio após a confirmação de que a queda do Airbus A321 russo no último dia 31 de outubro foi causada por uma bomba e a promessa de Putin de caçar os responsáveis pelo desastre que matou as 224 pessoas a bordo.

“Não temos como enxugar as lágrimas de nossa alma e coração. Isso vai ficar conosco para sempre, mas não vai nos impedir de encontrar e punir os criminosos”, afirmou Putin, em declarações divulgadas nesta terça. “Vamos procurá-los em todos os lugares em que eles podem estar escondidos. Vamos encontrá-los em qualquer lugar do planeta.”

Na ocasião do desastre, um grupo ligado ao “Estado Islâmico” (EI) já havia reivindicado a responsabilidade pelo ataque, mas a Rússia preferiu esperar pelos resultados oficiais das investigações para tomar qualquer providência.

O Ministério russo da Defesa anunciou ainda nesta terça-feira que Moscou bombardeou alvos do EI em Raqqa, um dos redutos dos jihadistas na Síria, além de ter lançado ataques aéreos nas províncias de Aleppo e Idlib.

A Rússia, aliada do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, iniciou sua campanha na Síria no final de setembro e já bombardeou cerca de 2,3 mil alvos na região.

 

Redação

9 Comentários

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  1. Já passou da hora do ocidente

    Já passou da hora do ocidente deixar de ver a Russia como inimiga, até por que comunistas mesmos, daqueles que comem criancinhas, só os há nos confins da América Latina. O real perigo ao nosso futuro são os fundamentalistas, principalmente com seus costumes totalmente incompatíveis com os ocidentais. Eu também descendo de sírios, e me sinto plenamente no direito de afirmar que eles nada tem a ver com os sírios e libaneses que conheci.  Podem até ser nativos da região, mas não passam de bárbaros mesmo. Meus pais e avós, quando aqui chegaram, assimilaram de pronto os valores, usos e costumes do país, sem abandonar os valores de origem; e apesar do indefectível apelido de turquinho, que tinha na infancia, sempre estive como estou em casa no Brasil.  As novas comunidades fecham-se em bolsões herméticos, e querem criar uma réplica de seus locais de origem em terras estrangeiras. Não pode dar, e nao daria certo mesmo….

  2. Agora complica para os

    Agora complica para os leitores desse blog do Nassif…. vão ficar do lado de quem, do Daesh que é contra a democracia na França, ou da ditadura do Putin que tem atrativos anti.imperialistas? 

  3. União

    Não seria o contrário: França se une à Rússia?  Até agora, só quem estava, de fato, combatendo o EI era a Síria (tropas do exército legal) e a Rússia. Aos Estados Unidos e seus aliados (França inclusive), que armaram e financiaram os jihadistas, só nteressava derrubar o governo Sírio. Como fizeram na Líbia e no Iraque (ali,sem a França).

  4. Como nasceu e quem alimenta o Estado Islâmico

    Atentado em Paris:
    as lágrimas de crocodilo dos dirigentes europeus e dos EUA

    Fonte: http://resistir.info/franca/atentado_paris_17nov15.html

    por Edmilson Costa

    Segue três parágrafos da matéria:

    Agora a França está sentindo na carne pela segunda vez a mesma dupla moral do imperialismo. O Estado Islâmico e outros grupos terroristas que atuam na Síria foram treinados e armados pelo Ocidente para derrubar o presidente Bashar Assad, porque a Síria representa no Oriente Médio um espinho na garganta do imperialismo, uma vez que não se dobra aos interesses do Ocidente na região. Os Estados Unidos e a Europa, especialmente a França, além da Arábia Saudita, Qatar e Turquia, organizaram milhares de mercenários, oriundos de dezenas de países, construíram rede logística, doaram equipamentos bélicos altamente sofisticados para invadir a Síria e depor seu presidente. Provocaram uma guerra civil e um banho de sangue no País, cujo resultado é a morte de 280 mil sírios, entre os quais milhares de crianças, o deslocamento de 11 milhões de habitantes e o êxodo de 800 mil refugiados que hoje perambulam famintos pela Europa.

    Poucos também ainda lembram de que há quatro anos, o Departamento Militar dos Estados Unidos na Europa, a OTAN, com o apoio decisivo da França e sem nenhum motivo plausível, a não ser o desejo de derrubar o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, colocou toda a sua máquina de guerra para bombardear a Líbia e organizou milhares de mercenários para invadir o País e matar o presidente, num espetáculo dantesco divulgado pelas TVs do mundo inteiro. Essa guerra particular do imperialismo contra uma nação soberana custou milhares de vidas, desarticulou o Estado líbio e espalhou a anarquia institucional, onde cada região do País é governada por gangues mercenárias que espalham diariamente o terror entre a população.

    É educativo recordar ainda que a guerra dos mercenários contra a Síria tem o apoio também decisivo da França, que forneceu armamento aos mercenários, chamados eufemisticamente de “grupos moderados”. Ao admitir que estava entregando armas para esses grupos, o presidente “socialista” francês, François Hollande, disse que os equipamentos bélicos estavam dentro do compromisso europeu com o esforço para derrubar Assad. Esse mesmo argumento foi também expresso pelo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, quando solicitou ao Congresso verbas para o financiamento dos “rebeldes sírios”. Qualquer observador sabe que esses mercenários são treinados em campos da Jordânia e da Turquia pela CIA e depois são enviados para a Síria. Ao chegar na Síria, as armas terminam caindo nas mãos do Estado Islâmico porque os mercenários não têm moral: lutam ao lado de quem paga mais. E o Estado Islâmico, que controla regiões petrolíferas do Iraque, tem dinheiro suficiente para absorver os novos combatentes. Tudo isso é feito com o conhecimento da CIA, resultando no fato de que o Estado Islâmico se tornou o grupo mais forte entre os mercenários no interior do País.

    Matéria completa: http://resistir.info/franca/atentado_paris_17nov15.html

    OBS: Obrigatória para quem quer saber das coisas.

    Responder

  5. Putin tá bobeando. A França quer segredos militares

    Seria mais prudente cada um fazer a sua campanha. Passar informaçao para os franceses é o mesmo que passar para os EUA.

    1. Será que é isso?
      Sei pouco,

      Será que é isso?

      Sei pouco, quase nada, mas desconfio que no pé em que as coisas estão, ninguém “avoa” no céu da Siria sem combinar com os russos. Literalmente.

    2. Nem tanto

        Até a crise ucraniana, França e Russia, estavam bastante parceirinhos, até mesmo trocando tecnologias sensiveis, como a atual relação “especial” entre Volodya e Bibi ( Russia e Israel ), referente a : armas, cooperação conjunta com a India, e os campos de gás – imensos – do Mediterraneo ( Tamar e Leviathan para a GazProm, como distribuidora ).

      1. Ok, MAS…

        1) houve a crise ucraniana;

        2) a Rússia é aliada do presidente sírio e a França um dos países que mais deseja o afastamento dele e que mais recusa a participaçao dele das conversas sobre a crise síria;

        3) como aliada, a Rússia tb deseja combater os outros grupos armados e financiados pelos EUA e aliados

        Os segredos em que penso nao sao de tecnologia militar, mas de informaçoes sobre a situaçao na Síria.

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