Jornal GGN – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a defender a regulação das atividades de mineração na Amazônia, mesmo contrariando as posições de entidades de defesa do meio ambiente.
“Nós não vamos discutir a mineração da Amazônia? Você tem reservas gigantescas de ouro, diamante, nióbio, manganês, cassiterita, e nós vamos continuar fingindo que não tem essa discussão?”, disse em entrevista ao jornal Correio Braziliense.
O ministro disse ainda que a discussão não envolve a possibilidade de a região amazônica se tornar uma Serra Pelada – onde a corrida pelo ouro trouxe uma série de problemas ambientais -, e que a regulamentação seria mais rigososa.
“Temos parâmetros muito mais rigorosos que devem ser seguidos. Veja o exemplo da floresta de Carajás, no Pará — onde a Vale tem sua reserva de minério e explora. A área de floresta é uma das mais bem preservadas da Amazônia, porque a Vale cuida. Por que é preciso ter exploração em outras áreas sensíveis do mundo e o Brasil não pode nem discutir isso na Amazônia?”, questionou Salles.
Salles também criticou os ambientalistas que vão a seminários no exterior expor os problemas enfrentados no Brasil e que, para ele, deveriam ser resolvidos aqui. “Precisaria parar de ter entidades e representantes da área ambiental indo falar mal do país no exterior. Isso é inconcebível, você ver um brasileiro indo participar de seminário para falar mal do próprio país”, disse o ministro.