Nesta terça-feira, 12 de novembro, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca (RJ), foi lançada a edição em português do livro Superar a Pobreza, de Xi Jinping, presidente da República Popular da China e Secretário-Geral do Partido Comunista da China. O evento contou com lideranças do Partido Comunista Chinês e do governo brasileiro. A reportagem do GGN fez a cobertura no local.
Com o objetivo de estreitar ainda mais os laços da parceria Brasil-China e compartilhar a experiência chinesa na erradicação da extrema pobreza, a edição em português do livro foi lançada poucos dias antes da visita de Xi Jinping ao Brasil, para participar da Cúpula do G20. Superar a Pobreza é uma coletânea de textos de Xi, escritos entre 1988 e 1990, período em que ele liderava a sub-região de Ningde, na província de Fujian.
A cerimônia de lançamento contou com a moderação de Gao Anming, Editor-chefe do CICG, e a mesa foi composta por Márcio Pochmann, presidente do IBGE, Osmar Júnior, Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a Cônsul Geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, e Hu Heping, Secretário Executivo do Departamento de Comunicação do Comitê Central do Partido Comunista da China.
O que Brasil e China podem aprender um com o outro?
Em seu discurso, Osmar Júnior destacou a importância histórica de dois líderes que se comprometem com a erradicação da pobreza e da fome no mundo. O Presidente Lula e Xi Jinping, ambos com vivências pessoais, sentiram na pele a realidade da pobreza e, alçados a posições de poder, voltaram suas forças para encontrar saídas para solucionar esses problemas, cada um em sua realidade. Lula, com os programas sociais dos anos em que o PT esteve à frente da presidência, como o Fome Zero e o Bolsa Família. E Xi, com sua estratégia de desenvolvimento econômico, retirou mais de 800 milhões de chineses da pobreza extrema em três décadas.
O secretário também destacou a importância da cúpula do G20 e do lançamento da edição em português do livro de Xi Jinping no atual momento de conflitos pelo mundo, como a guerra entre Rússia e Ucrânia e o conflito entre Israel e Hamas, que causam ainda mais fome e pobreza nessas regiões. Osmar destacou que o caminho que Lula e Xi buscam é de um mundo de paz: “A paz não se faz com armas, mas se faz com comida”, acrescentou.
Para ele, para alcançar esse objetivo, é preciso uma união entre os povos: “O mundo precisa de líderes que coloquem na ordem do dia o desafio de dar uma nova direção à ação dos governos, que sejam capazes de estabelecer uma nova concertação entre os povos e um novo momento de um mundo de paz e progresso.”
Cada realidade, uma solução
Para a reportagem, Osmar falou sobre o que Brasil e China podem ensinar para o mundo e o que podem aprender com as experiências próprias de cada país.
“O Brasil tem como base a política de transferência de renda; o Bolsa Família é hoje uma referência mundial como instrumento de enfrentamento da fome e também da erradicação da pobreza. A China trilhou outro caminho: o caminho da inclusão econômica de milhões de pessoas, que permitiu com que essas pessoas superassem a condição de extrema pobreza.” O secretário entende que ambas as experiências são exitosas, cada uma cumprindo seu papel, e que vão se tornar referência para o mundo.
O Norte Global e o Sul Global
Presidente do IBGE, Márcio Pochmann, em seu discurso, destacou a importância de uma nova referência bibliográfica no combate à pobreza, com uma realidade apresentada de fora da Europa e dos Estados Unidos. Até o início do século XXI, as únicas referências de modelos a serem adotados eram associadas a esses lugares, e os estudos de caso remetiam ao Norte Global, especialmente à Europa e aos Estados Unidos.
A realidade desses países estava voltada para as experiências pós-guerra, e a geografia local também era diferente da dos países do Sul Global, como a China e o Brasil. O livro de Xi Jinping, para Pochmann, é uma nova referência para uma experiência e modelo a ser estudado, e mais próxima da realidade brasileira. Uma experiência específica, mas que é possível observar a proximidade de ambos os países, que passaram por uma transição do campo para a cidade, e onde a agricultura é a atividade predominante em determinadas regiões. O lançamento dessa edição em português é um novo ponto de vista de estudo, voltado ao Sul Global.
Modernização e realidade
O livro é uma ponte de comunicação entre os dois povos, como destaca o Secretário Executivo do Departamento de Comunicação do Comitê Central do Partido Comunista da China, Hu Heping. A experiência chinesa traz uma lógica de industrialização e desenvolvimento econômico centrado no povo e na comunidade. “Esse é o objetivo final da modernização”, completou Heping.
Cada realidade é pensada separadamente: a experiência das grandes cidades com o desenvolvimento de tecnologia, como os carros elétricos, smartphones, eletrodomésticos ultra avançados e cidades futurísticas, são modernizações da realidade das grandes cidades chinesas. E, para as áreas rurais, a modernização é voltada para a melhoria da produção agrícola, como maquinários para a melhoria da produção e o desenvolvimento turístico.
Para exemplificar a modernização, a Cônsul Geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, citou o projeto piloto no Rio Grande do Norte, realizado pela parceria Brasil-China para a mecanização da agricultura familiar no Nordeste brasileiro. Inicialmente, máquinas chinesas estão sendo testadas por agricultores familiares da região.
Essas duas palavras, “modernização” e “realidade”, foram as mais importantes do evento, e são uma simplificação do pensamento do modelo chinês: o uso da tecnologia para a melhoria da vida humana pensada especificamente para a realidade de cada região.
Organização do evento e publicação do livro
O evento foi organizado pelo Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China, pelo Grupo de Comunicações Internacionais da China (CICG), pela Embaixada da China no Brasil e pelo Consulado-Geral da China no Rio de Janeiro, com a realização conjunta das Edições em Línguas Estrangeiras, do Centro das Américas do CICG, da Editora do Povo de Fujian, da Contraponto Editora e do Instituto Lula.
A edição em português do livro Superar a Pobreza foi traduzida e publicada em conjunto pela Editora em Línguas Estrangeiras, a Editora do Povo de Fujian e a Contraponto Editora. O livro já foi lançado em edições em inglês, francês, espanhol, cirílico-mongol, haúça, suaíli, uzbeque e laosiano, sendo amplamente elogiado e bem recebido pelos leitores em todo o mundo e pela comunidade internacional.
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O Dudu Little Banana está traduzindo um livro semelhante, do Trump:
“Como Erradicar a Democracia”…
Um livro é pouco para contar o quanto o Xi tem feito pela China. Tomara a versão em português seja bem feita. É um exemplo de governo que deveria ser adotado no mundo inteiro. Menos aqui, é claro! Onde já se viu seguir o exemplo de um país comunista.
Acho que acabar com a pobreza não será possível porque muitos pobres ,ou quase todos, se acostumaram com a pobreza e ou não sabem e ou não querem sair da pobreza.
A trasnferência de renda proposta pelo governo Lula é mais uma medida que leva as pessoas a ainda mais permanecerem na pobreza. Se o governo Lula realmente quizesse combater a pobreza poderia começar acabando com a violência social da qual o povo brasileiro é assolado há décadas.
Poderia criar uma faixa de isenção de impostos, pessoas que recebem até 3 salários mínimmos pagam apenas a contribuição da previdência.Zero imposto.
Já se passaram 2 anos desde que ele foi eleito para seu 3o mandato como presidente. Se a eleição para presidente do brasil fosse “hoje” ele perderia. Seu governo até agora não fez nada. Ficar falando que a enconomia melhorou, não adianta. Ficar falando que dará aumento no salário mínimo, não adianta, porque no fim quem paga esse aumento do salário mínimo são as micro e pequenas empresas. Todas as empresas pagam, mas, as micro e pequenas empresas sentem mais o immpacto desse aumento. E o que elas fazem para não falir? Elas repassam esse aumento para o consumidor.O aumento do salário mínimo deveria vir acompanhado de uma desoneração dos impostos sobre as emmpresas.
Ou faz alguma coisa de realmente útil para o povo brasileiro, ou vai ter que ver a direita e o centão ganhar a presidência em 2026.
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