Peça 1 – elite, povo e lumpem
Uma das peças centrais do governo Bolsonaro é o desmonte de qualquer forma de proteção social e de regulação capitalista da economia. Embrulha tudo isso na embalagem do empreendedorismo e da liberdade de atuação das empresas.
Mas não se trata nem de um representante da elite, nem do proletariado, nem do empreendedorismo. A divisão é outra: é entre a economia formal e a economia da zona cinza, ou irregular ou criminosa.
Peça 2 – desregulação e economia do crime
Sua última decisão, de proibir que as Juntas Comerciais comuniquem suspeitas de crimes na constituição de empresas, somado ao apoio às restrições do COAF, visam justamente abrir espaço para a ocupação da economia pelas organizações clandestinas, algumas nitidamente criminosas.
Vão na mesma direção o desmonte da Funai, da ICMBio, a flexibilização dos agrotóxicos pela Agência Nacional de Saude, a abertura para importação de armas, e a liberação de armas para a população, até temas menores, como a proposta dos Bolsonaro de anular as multas das vans que trafegam em faixa de ônibus no Rio de Janeiro. Sua última decisão foi permitir a distribuição de gás em botijão semi-cheio e sem menção à distribuidora.
Não se pense em motivação ideológica ou qualquer forma de pensamento elaborado. A escola de Bolsonaro são as milícias. Vez por outra, ele vai buscar no neoliberalismo selvagem motes para o desmonte do Estado formal.
Peça 3 – desmonte de toda forma de organização
Assim como em outros movimentos fascistas, Bolsonaro não admite o contraditório ou qualquer forma de organização, seja social seja de corporações públicas.
É o que explica o fim dos conselhos, os ataques às organizações sociais, o fato de colocar Supremo, Procuradoria Geral da República e Lava Jato de joelhos. E também a iniciativa de acabar com as contribuições ao sistema S, ou o processo descontrolado de abertura da economia.
Incluem-se aí as disputas com as corporações públicas, com o Judiciário, especialmente com a elite do funcionalismo público, possível próxima etapa do desmonte bolsonarismo. O golpe final será sobre as Forças Armadas.
Peça 4 – a apropriação dos serviços públicos pelo lumpem empresariado
Uso o termo lumpem empresariado para diferenciar dos setores empresariais modernos e dos tradicionais. São os que exploram nichos como bingo, manicômios, clínicas psiquiátricas, escolas para deficientes e, no caso das milícias, transporte público, construções irregulares em áreas de preservação, venda de gatos e de gás, venda de proteção privada.
A última decisão do governo foi retirar médicos, psiquiatras especialistas e conselhos das decisões sobre saúde mental.
Peça 5 – o preconceito contra os miseráveis e contra a elite
Uma característica da classe média baixa, em seu processo de ascensão econômica, é a ampla ojeriza a qualquer forma de miséria que possa lembrar suas origens, e a revolta contra qualquer grau de hierarquia social, como expressão da revolta pelas humilhações sofridas.
A negação de qualquer forma de solidariedade aos mais pobres é um instrumento de afirmação da sua condição social, de quem saiu da pobreza, mas não chegou a elite.
O resultado é um tipo com profundo preconceito em relação aos mais pobres, é uma repulsa contra os salões da elite, aos quais nunca teve acesso.
A família Bolsonaro enquadra-se perfeitamente nesse perfil. O pai sempre demonstrou uma raiva descontrolada em relação à memória do ex-deputado Rubens Paiva, cujo pai era grande fazendeiro na cidade em que Bolsonaro foi criado.
Por isso, é tolice considera Bolsonaro como aliado das elites. Ele é um representante típico do lumpem. Fica à vontade com o lumpem, as formas de expressão são típicas do lumpem, assim como as demonstrações de machismo, o símbolo fálico das armas, as piadas escatológicas. E o ódio a qualquer forma de conhecimento especializado, visto por eles como um sinal de prepotência do intelectual em relação ao ignaro.
Peça 6 – o horror a qualquer tipo de divergência
O horror à divergência é consequência automática do complexo de inferioridade que os acompanha a vida toda, seja pelas vulnerabilidades de origem, seja pela fraqueza intelectual.
Só confiam nos seus. Dai a exigência de obediência absoluta, que faz os espíritos mais fracos se comportarem de forma vergonhosamente subserviente. Como bem anotou Jânio de Freitas, Bolsonaro tem a compulsão da morte.
Não há saída democrática nesse perfil. A cada dia que passa, mais aprofundará as posturas autoritárias, o atropelo das instituições e das normas, até o confronto final, a hora da verdade, quando se irá conferir se as forças que aglutinou em seu apoio serão superiores ou não ao grande pacto que começa a se formar de resistência às suas loucuras.
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A estratégia golpista de Bolsonaro começa ficar claramente verbalizada por Olavo de Carvalho.
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Num vídeo de Olavo de Carvalho fica exposta claramente a estratégia golpista de Bolsonaro para se transformar numa espécie de senhor da guerra no Brasil, e esta estratégia passa pela simples liquidação da hierarquia militar brasileira e colocar as forças armadas sobre o controle das polícias militares.
Para se entender melhor simplesmente temos que primeiro assistir com cuidado o vídeo o guru de Bolsonaro e seus filhos, Olavo de Carvalho, denominado:
“Caranguejos no balde 1”
(o Video tem que ser visto no canal de Olavo de Carvalho, pois ele não permite incorporação)
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O vídeo nos 1:20 começa com uma mentira escatológica, ou seja, que o BNDES usou um trilhão de reais, através do Foro de São Paulo para reforçar a caixa da esquerda latina americana, ou seja, como se fosse possível tirar da conta de um banco algo que ele nunca dispunha em caixa este valor para misteriosamente passar para a esquerda continental, mas como escatologia é a arma de extrema direita qualquer coisa vale.
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Mas o mais significativo vem logo a seguir, a partir deste momento, o grande propagador da conspiração internacional do Foro de São Paulo, começa a simplesmente chamar os generais do exército brasileiro de preguiçosos e que quando promovidos passam a somente jogar baralho.
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Os autoelogios de Olavo de Carvalho como o descobridor da trama internacional do Foro de São Paulo são produtos de uma mente que não é doentia, mas sim de alguém que deixa claro o porquê da sua estada nos Estados Unidos, pois ele deixa patente que o alto-comando das forças armadas são coniventes com uma operação internacional de fazer o comunismo triunfar na América Latina, sob o comando nem mais nem menos do PT e de Lula.
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Porém até aí fica fácil de concluir e achar que é uma alucinação de uma mente doentia, porém ele tem todo o cuidado de simplesmente beatificar a baixa oficialidade das forças armadas e principalmente a bravura das polícias militares.
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Poderíamos simplesmente achar isto tudo uma alucinação, pois partindo de hipóteses ridículas, como a transferência de um trilhão de reais para as forças de esquerda continentais, que se houvesse sido enviado via qualquer outro meio 5% deste valor não estariam na penúria que estão as forças de esquerda em toda a América Latina, porém a estratégia está traçada e é facilmente visualizada para quem tiver o mínimo de visão.
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Qual a estratégia de Bolsonaro? A primeira hipótese, mais conservadora e menos traumática seria a desmoralização total de todas as forças armadas, principalmente setores que não aderiram ao pacto bolsonarista e como quem comanda o exército é o presidente da República criando uma situação de conflito interno, com provocações reais do tipo a inauguração do aeroporto na Bahia, faz-se uma mudança radical do alto comando das três forças armadas e dá-se um golpe do tipo AI-5 (mais violento ainda) e coloca-se o país sobre uma ditadura hereditária do clã.
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Porém se fosse por aí ainda seria leve o autogolpe do capitão, porém o que é previsto é a criação de um conflito interno em que as polícias militares no comando, com patentes inferiores das forças armadas apoiando e seria deflagrada uma verdadeira guerra civil entre tropas leais ao presidente e tropas leais ao país. Para esta situação teria somente uma resistência que deveria ser vencida, a aeronáutica, pois se algum setor desta se levantasse contra o autogolpe, os que agiriam seriam forças aéreas norte-americanas, por isto a importância de um embaixador leal ao presidente naquele país para articular esta intervenção. Mesmo que haja resistência de parte do exército, a divisão do país em duas ou mais zonas sob o controle de grupos antagônicos criariam um cenário como o da Líbia, que para o governo Norte-americano representaria um ganho significativo pois anularia a capacidade de um país de grandes dimensões que num futuro poderia se unificar contra a interferência estrangeira.
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Alguém pode pensar que isto tudo não passa de uma imensa teoria da conspiração, porém se reparem que os três estados com maiores forças públicas, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais estão sobre o controle dos mais bolsonaristas dos governadores, não pensem que é por um acaso. Por outro lado, a existência de milícias com ampla vinculação ao tráfico de armas e ao clã, também não é outro acaso, e pelo que se saiba até hoje não foi feito nenhuma ação contra estas milícias. Também a ida constante do ministro Sérgio Moro aos Estados Unidos, a nomeação futura de um novo embaixador para aquele país e o próprio contingenciamento de receitas para as forças armadas são uma sucessão de eventos que somente são uma costura de tudo que venho escrevendo há mais de quatro anos neste espaço, onde comecei uma série de artigos que mostram a evolução das política em torno deste objetivo, que não é nada mais nada menos do que a extinção de um Estado Nação chamado Brasil, para a substituição por vários pequenos estados que no início serão governados pelos comandos das polícias militares em cada um.
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Quem viver verá.
E acrescento a esse cenário as manifestações na paulista pró Bolsonaro com as pessoas fazendo questão de que a Globonews mostrem suas armas no momento que legalmente será mais fácil comprar uma arma do que pedir uma pizza e vigorar o porte de armas nível faroeste. Ficará de forma subliminar a frase de mao tse tung “o poder nasce na ponta de um fuzil”
Caro Rogério eles realmente precisam de um inimigo interno para mobilizar suas tropas,dividir nosso país para poder conquistar,eu acho muita graça,o Lula saiu há séculos da presidência e o inimigo é…LULA,agora comprovadamente os EUA interferiram no país e o inimigo é…FORO DE SP/COMUNISTAS(Olavo e Cia devem morrer de rir dos brasileiros), acredito mesmo q BOM É OLAVO AMIGO DO BANNON DOS EUA!!!
…enquanto isso Trump é só sorriso de orelha a orelha..
” As refinarias americanas já respondem por quase 90% de todo o óleo diesel importado pelo país. E hoje cerca de 25% do óleo diesel consumido no país é importado.
Por realizar todo o seu transporte via estradas, e ser um dos maiores países do mundo em extensão, o Brasil é um dos maiores consumidores do mundo de diesel e gasolina. Quem controlar a distribuição desses combustíveis no país ganhará muito dinheiro.
Agora só falta os americanos adquirirem as refinarias da Petrobras, que não por acaso são as indústrias mais importantes do país, para que o país fique totalmente sob controle dos interesses econômicos e políticos dos Estados Unidos.
Na Época
Petrobras vende 35% da BR Distribuidora por R$ 9 bilhões
Negócio foi fechado hoje,
…via O Cafezinho….
Retrato perfeito.
É um erro dizer que Bolsonaro é da direita radical, porque nem isso ele consegue ser. Ele é exatamente como você o definiu: um lumpen, um sujeito avesso a qualquer forma de conhecimento, guiado por uma irresistível pulsão de morte, que ele acredita irá livrá-lo de todo e qualquer problema.
Em resumo ele é um perigo.
O perfil está corretíssimo.
O único problema é supor que para ser considerado ideologia é preciso ter algum fundamento mais elaborado, filosófico, etc. Não, qualquer sistema reativo minimamente sistemático já vale; qualquer racionalização que sirva para atacar os adversários, já vale; qualquer encadeamento de frases feitas, slogans vale. Não é a toa que de um dia pra outro o boçalnaro virou “liberal”: “é o que tinha” contra “a esquerda”. Por mais tosco que seja, por mais que os exemplos de vida, a base empírica tenha sido a lealdade aos porões e às milícias, não difere dos “liberais” escravocratas do século XIX, ou dos “liberais” que apoiaram a ditadura e implementaram o capitalismo de Estado em favor dos privilegiados de sempre. A história é sempre a mesma: “é o que tem” contra qualquer representação popular.
Ideologia é o que orienta a conduta, mesmo que careça de “logos” (no bestunto da criatura faz sentido). Não se deve tomar o conceito ao pé da letra ou somente a uma acepção do dicionario.
grande pacto? não vejo, nem de longe. existe uma pequena coalizão de esquerda. com o ciro atrapalhando ao invés de ajudar. o centro ainda está no canto da sereia. vide acm neto, feito bobo, indo beijar a mão.
Você identificou, finalmente, o tamanho da ameaça que Bolsonaro representa para a sociedade brasileira.
Agora e pergunto, quando vocês irão reagir? Quando irão dizer basta e irão liquidar Bolsonaro e a quadrilha que ele colocou no poder?
Porque Bolsonaro É um criminoso, e criminosos não saem do poder “por meios democráticos”.
Perfeita a análise. Parabéns.
O Nassif descreveu muito bem o perfil psicopata do Bozo.
Caso o Bozo algum dia resolva procurar um psiquiatra, sugiro ao profissional da saúde mental que leia este artigo do Nassif antes de começar o tratamento. É para poupar trabalho…
Em que buraco nos metemos!! PQP!!
Mourão, meu velho, quando é que você vai criar coragem para chutar a bunda desse capitãozinho subversivo e mandá-lo para o hospício militar?
Prefiro um general direitista são a um capitãozinho direitista, ignorante e débil mental.
Se o Mourão pedir oficialmente um atestado de sanidade mental do Bozo, assume a Presidência no dia seguinte ao resultado do exame.
Resta saber se ainda haverá pais quando chegar essa hora da verdade
Afirmo e reafirmo: Bolsonaro é encarnação perfeita da nossa classe média, com todos os seus defeitos e nenhuma qualidade. Pior ainda: pelo visto não vai ser fácil parar o trator. Tudo leva a crer que só quando a economia entrar em colapso total, o que pode demorar.
Falando nisso: reação? Onde, que não vejo nada. Por enquanto não vi um milimetro de reação.
Finalmente, penso que tem duas coisas que o golpe desnudou:
1. O grau do apodrecimento e penetração do pensamento anarco-capitalista em nossas instituições. Tá tudo podre. Tudo. Sinal claro que os governos anteriores, por burrice, ingenuidade ou ignorância, deixaram a coisa chegar nesse ponto. Deixaram o pensamento do capitalismo selvagem se alastrar na administração pública e não fizeram NADA para controlar isso. NADA;
2. Mostrou o quanto nosso povo é ignorante, covarde, canalha, ingrato e burro.
Como não tinha vivido a experiência histórica de 1964 eu não tinha dimensão dessas coisas que 2016 deixou absolutamente transparente. Ignorar isso no futuro é assinar o próprio atestado de burrice e deficiência mental. Qualquer projeto de reconstrução nacional tem que levar isso em conta. Tem que preparar o povo para resistir e tem que reformar todas as instituições.
Em suma: se o país quiser ressuscitar tem que ouvir mais o Rui Costa Pimenta…
Bolsonaro me lembra o personagem Dona Maria A Louca transformada em macaco em loja de louças emergiundo das trevas em Junho de 2013, quando esse país começou a descarrilhar face a várias ações de caráter conservador : atos de sabotagem contra pessoas e espaços físicos, pautas bombas para impedir a governabilidade da presidenta eleita, Lava Jato partidária, destruição da economia pelas forças golpistas, não reconhecimento do resultado das urnas :
…
…foram 6 anos de intensificação do golpe : 3 de preparaćao (2013-2016) e 3 de execução (2016-2019): no momento a destruição do país enquanto espaço soberano e independente se aprofunda em várias frentes, com Moro se firmando como Sérgio Fleury Moro, agora atacando jornalistas:
….e o filtro ideológico terraplanistas se intensifica através de fakes e da falsificação da história e, pasmem, com apoio da superestrutura formada pelos sistemas midiático, educacional, religioso e judicial…..
….reparem neste filme Fake patrocinado pela Ancine, que a questão dos 20 centavos será aproveitada para dizer que o governo que aí está recebeu apoio já em Junho de 2013, com os atos iniciais que, como sabemos, foram tomados pela malta fascista que aí está :
“(…) Criticada por Jair Bolsonaro (PSL) sob alegação de que deve ter um filtro ideológico (…), a Agência Nacional do Cinema (Ancine) autorizou o documentário “Nem Tudo se Desfaz”, do diretor Josias Teófilo, a captar R$ 530,1 mil. “Como vinte centavos iniciaram uma revolução conservadora”, diz o pôster do filme, em referência às manifestações de 2013.
Apoiada pela atual gestão do governo federal, a obra em questão, segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, já foi divulgada nas redes sociais do filho mais novo do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Outra proximidade do filme com a família Bolsonaro é que Teófilo é o mesmo diretor de um documentário sobre Olavo de Carvalho, ideólogo do clã. (…)”
Conversa Afiada
Então tá. A culpa é só do Bolsonaro. E quem o colocou e o mantém no poder não é tão destrutivo quanto ele? Porque quando quiseram derrubar a Dilma os lemanns e setubals, a mídia, as forças armadas e o judiciário deram o golpe. Agora o Toffoli impede uma investigação que podia bater no presidente e a Raquel Dodge complementa a sua decisão. Ora, ora, esses canalhas manipulam a Justiça a soldo de alguém. E não concordo que o que “segura” Bolsonaro é o ressentimento da baixa classe média. Quem elegeu Bolsonaro foi a elite brasileira. Foi a elite que irradiou o movimento que permitiu a sua eleição e o mantém no poder. A Globo é o stablishment no poder. Pra quem trabalha o Tutinha da Jovem Pan? Pra quem trabalha o Estadão? E os tribunais superiores? E o comando das Forças armadas? Bolsonaro no poder tem atendido as suas “milicias” . E isso lhe é permitido porque junto vai o resto do Brasil no que é de interesse da elite brasileira, que quanto aos interesses do pais e da nação também tem comportamento de milicia. As leis desrespeitadas pelos milicianos são as mesmas leis desrespeitadas pela elite brasileira.
Xadrez pesadíssimo… Mas isso manifesta a realidade do governo Bolsonaro, três considerações são pertinentes:
1. A classe média baixa “ressentida” são poucos e não manipulam nem os próprios cônjuges;
2. Os militares velhos não querem os socialistas nem fudendo;
3. As maiorias das prefeituras, inclusive as de IDH elevado já desembarcaram do governo Bolsonaro.
Quais?
Estão desregulamentando TUDO Q ESTÁ AÍ e vão estruturar uma forma de regionalismo governamental com cada município/político com a sua MILÍCIA particular e autonomia financeira/executiva pra roubar, o projeto de securitização ao qual irá arrecadar “por fora” movimentará grandes somas de dinheiro e as quadrilhas regionais de banqueiros/políticos terão grande fonte de recursos,resta saber se o país conseguirá manter a unidade territorial como na época da coroa/monarquia portuguesa(sistema tipo municipal)visto q este sistema regional funcionava muito bem naquele tempo(mas sem corrupção e securitização)Bozo & amigos talvez achem q os seus pequenos territórios/países já estão no papo e querem saber…os EUA estão babando pra ver se conseguem alguns “conflitozinhos separatistas”a mais pra lucrar nesta República (por enquanto)bananeira(eterna,a depender de nossas’Instituições)
Obs:Viva ao Brasil do Bozo/EUA(Tudo tá mudando mesmo!)
Perfeito Nassif
para reflexão:
a burguesia brasileira já nasce lumpen, é um mal de origem.
o capital industrial brasileiro não surge num momento de crise do complexo cafeeiro exportador. ao contrário, desponta num instante de auge, em que a taxa de rentabilidade alcançava níveis elevadíssimos.
os lucros gerados entre 1889 e 1894 não encontravam plena aplicação na economia cafeeira. a acumulação financeira excedia as possibilidades de acumulação produtiva. bastava, portanto, que os projetos industriais assegurassem uma rentabilidade positiva, garantindo a reprodução global dos lucros, para que se transformassem em decisões de investir.
o núcleo da nascente burguesia industrial brasileira encontra suas origens na emigração européia.
entretanto, ao contrário do mito do self-made man, de origem modesta e que constitui fortuna graças ao trabalho árduo e persistente, o imigrante que vem a se tornar proprietário de empresas no Brasil aqui já chega com alguma forma de capital, pertencia a famílias de classe média, possuía também instrução técnica, e, muitas vezes, havia sido contratado como administrador.
para a burguesia industrial nascente, a base de apoio para o início da acumulação não é a pequena empresa industrial, mas o grande comércio ligado às atividades de importação e exportação.
do mesmo modo que a exportação, a importação é dominada em grande parte por empresas estrangeiras. por sua vez, o comércio interno é controlado pelos importadores. graças a sua origem social, o burguês imigrante encontra facilmente um lugar no grande comércio.
desse modo, o latifúndio exportador, a importação, o grande comércio e a burguesia imigrante, que vem a ser o núcleo da burguesia industrial nascente, estão todos intimamente conectados.
não é ainda outro o motivo pelo qual junto com Bolsonaro e os Porões da Ditadura estão associados no atual governo o grande comércio importador e dublê de financeiras.
sustentado tanto pela taxa cambial, garantido a vantagem comparativa entre o preço de importação e o do varejo, quanto pela arbitragem entre o juros, aquele a que toma empréstimos e o de seu financiamento para o consumidor final.
do mesmo modo os exportadores de commodities, geralmente com balança comercial negativa, pesadas externalidades cujo ônus é coberto com recursos públicos e se valendo de todo tipo de isenção tributária e sonegação fiscal.
o café é tradicionalmente deficitário, a exportação de soja é isenta de impostos, os impactos ambientais da mineração são um buraco sem fundo, a destruição do cerrado e da Amazônia pela pecuária do “boi branco”.
banqueiros que não vivem de financiar a produção e do crédito para o consuma, e sim da SELIC e das taxa de serviço. para não citar a lavagem de dinheiro.
sempre estivemos sob as patas de uma lumpenburguesia especializada em todos os tons de cinza, submersa em todo tipo de negócios irregulares, ilegais, escusos.
com Bolsonaro também os porões da lumpenburguesia brasileira estão agora expostos à luz avassaladora do meio-dia.
as milícias são nada mais do que o braço armado e operacional para as favelas e periferias onde nunca existiu o Estado.
só que agora o Estado está no “desmanche”. haverá muito espaço para as milícias prosperarem.
até alcançar seu limite inevitável. as taxas e arregos extorquidos pela milícia não são capazes de retornar os serviços necessários para a mínima estabilidade do tecido urbano.
quem fornecerá infra-estrutura, água, esgoto, transporte, iluminação, ruas, estradas, educação, saúde?
trata-se de um modelo inviável. justo por ser baseado na pilhagem e na extorsão.
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Arques,
Você diz:
“… ao contrário do mito do self-made man, de origem modesta e que constitui fortuna graças ao trabalho árduo e persistente, o imigrante que vem a se tornar proprietário de empresas no Brasil aqui já chega com alguma forma de capital, pertencia a famílias de classe média, possuía também instrução técnica, e, muitas vezes, havia sido contratado como administrador.”
Discordo, a menos que você esteja se referindo aos imigrantes da atualidade.
Os imigrantes italianos, japoneses, árabes, alemães, judeus de todos os países europeus, os portugueses que fizeram a fortuna e o desenvolvimento de estados como São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Minas, entre outros, começaram do zero, muitos deles analfabetos e sós, e sem falar uma palavra do nosso idioma.
O que faz a riqueza de quem trabalha são as OPORTUNIDADES que foram sumindo a cada golpe de estado, a cada crise financeira, até tornar o país inviável para quem queira investir no trabalho e no desenvolvimento.
sem detrimento dos imigrantes pobres que às custas do suor de seus rostos se tornaram pequenos empresários, o mito do self-made man imigrante como núcleo inicial da burguesia industrial brasileiro foi demolido por Warren Dean, em “A industrialização de São Paulo”.
abraços
p.s.: outras fontes a respeito do esplêndido berço anti-nacional do empresariado brasileiro:
– Sérgio Silva, “Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil”.
– Theotônio dos Santos, “Dependência e mudança social”.
– Ignácio Rangel, “História da dualidade brasileira”.
– André Gunder Frank, “Acumulação dependente e subdesenvolvimento”.
– João Manuel Cardoso de Mello, “O capitalismo tardio”.
a natureza do grande empresariado brasileiro sempre foi anti-Nação e anti-Povo.
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artigo excelente assim como
os comentários, alto nível.
destaco essa parte que me impressionou pela definição
do que sofremos nesses tempos de
estado de exceção, sentimentos e copnflitos que talvez
tenham se iniciado nos longínquos e infames
períodos do mensalão suas mentiras judicializadas.
inventadas, 2013, golpes sucessivos, etc,etc.
se tivessemos essas definições desses tempos
não sofreriamos tanto,certamente…
o destaque dese texto que gostaria de mostar é esse:
“Uma característica da classe média baixa,
em seu processo de ascensão econômica,
é a ampla ojeriza a qualquer forma de miséria
que possa lembrar suas origens, e a revolta contra
qualquer grau de hierarquia social, como expressão da
revolta pelas humilhações sofridas. A negação de qualquer
forma de solidariedade aos mais pobres é um instrumento
de afirmação da sua condição social, de quem saiu da
pobreza, mas não chegou a elite. O resultado é um
tipo com profundo preconceito em relação aos mais pobres,
é uma repulsa contra os salões da elite,
aos quais nunca teve acesso.
me lembrei da “classe media no espelho do jessé
e não sei porque dos bandeirantes
(mistura do paradoxo cordial x odiento,talvez)
e torcer tb pelo desfecho do texto
“grande pacto que começa a se formar de
resistência às suas loucuras”
O capitão desmatamento faz pose de valentão, mas na ora de encarar Putin ele refugou. Tem coragem não. Ele está mais para pistoleiro do que para militar. Aliás, por causa de uma simples troca de Twitters ele ficou apavorado com a propaganda dos ecologistas radicais.
https://twitter.com/FabioORibeiro/status/1152236839459270658
Tito Lívio afirma em seu Ab Urbe Condita Libri que os soldados tem apenas dois sentimentos: ambição e medo. Uma combinação de ambos era utilizada pelos generais romanos para impulsioná-los. Quando a situação ficava muito ruim, o general deveria colocar o soldado entre dois medos. O medo de combater o inimigo deveria ser, portanto, sempre maior do que o de refugar o combate. Isso explica a preservação da disciplina mediante penas corporais extremamente violentas. Também explica o fato de, numa determinada situação, o general deixar soldados na retaguarda para, sem o conhecimento dos seus colegas, incendiar o acampamento enquanto eles estavam organizando a linha de batalha para poder convencê-los de que só existiam duas opções: vencer ou morrer.
Bolsonaro é movido pela ambição e pelo medo. Se for colocado entre dois medos ele entra em parafuso, pois não terá a quem obedecer.
A chegada ao poder de uma figura como Bolsonaro é a prova final que a elite brasileira está em estado de putrefação – assim como a elite alemã que apoiou Hitler ou a francesa que entregou de bandeja o seu país para esse mesmo Hitler. Chegamos num ponto em que o povo só vai se dar conta da desgraça quando o país estiver sendo destruído por todos os lados. Mas aí a chance enorme é de o Brasil se esfarelar. Temo wue não há força política ou racional que evite isso. Dependemos dum milagre.
Jessé Souza já descreveu esse tipo de branco pobre e sem muita instrução. É um termo cunhado por estudiosos americanos como ”lixo branco”. Bolsonaro se encaixa perfeitamente nessa categoria, que é uma classe média baixa racista, conservadora, pouco instruída e que detesta intelectuais, o Estado e suas leis e regras normativas.