Acordem, isso tudo não é uma série de terror nem somos figurantes, por Rogério Maestri

Dentro de toda essa analogia com uma sociedade diatópica esquecemos o básico, não somos figurantes, como numa paródia da série Jornada nas Estrelas

Acordem, isso tudo não é uma série de terror nem somos figurantes

por Rogério Maestri

Estava assistindo mais uma das séries que sobrou para nossa diversão nesses tempos de pandemia, mas como a série que seguia no momento não estava completa ao fim do capítulo inconcluso, tive uma sensação semelhante ao que assistimos todos os dias em que atores sociais que fazem algo, tanto de positivo como de negativo, me deu uma sensação devido o sono que estava, que a semelhança da nossa vida com uma série que se prolonga por várias temporadas é angustiante e ao mesmo tempo anestesiante.

Vemos um canastrão completamente sem graça nenhuma desempenhando o papel de vilão, em torno dele há uma série de personagens malévolos que como todo auxiliar de um vilão alternam maldades com estupidez da mesma forma dos auxiliares do Coringa nas pequenas séries do Batman do século passado.

Com as últimas versões dos filmes de heróis se descobre que os vilões são seres não maus, mas sim doentios que por seus recalques e problemas pessoais durante sua vida perderam totalmente a empatia com o resto da humanidade, também apreendemos que os super-heróis são fracos, também produto de uma sociedade doente e alternam erros nas suas atuações como acertos.

Dentro de toda essa analogia com uma sociedade diatópica esquecemos o básico, não somos figurantes, como numa paródia da série Jornada nas Estrelas, um dos aparentes figurantes pede para ser chamado por seu nome e sobrenome, pois ele sabia que todos aqueles que apareciam e não tinham sobrenome ou mesmo nome geralmente morriam logo no capítulo que estava sendo apresentado, ou seja, temos nome e sobrenome, temos família e amigos então não somos figurantes, somos atores se não principais, coadjuvantes, com direito a influenciar a história e não nos invisibilizarmos.

Acordemos da nossa letargia, vamos até o banheiro e tomemos um bom banho gelado, coloquemos uma roupa e pensemos em fazer algo, pois o mundo pode ter vilões, mas a força desses vilões é garantida por assistentes burros e patéticos, que quando os autores coadjuvantes atuam em grupo e com determinação os assistentes dos vilões são completamente vencidos e com isso seus mestres vão para o esgoto e lá se as tampas forem reforçadas não sairão mais.

Redação

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