Bom-mocismo é a marca de uma esquerda que tem medo do embate político, por Luis Felipe Miguel

Bom-mocismo é a marca de uma esquerda que tem medo do embate político

por Luis Felipe Miguel

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Eu não queria mais falar do affair Míriam Leitão, mas há algo que está incomodando demais. É a epifania que o episódio gerou em alguns, a visão de que há uma “selvageria” que a esquerda precisa a todo custo extirpar. Com argumentos delirantes e um bom-mocismo de gelar os ossos.

Primeiro, muita gente ignora um fato central: a tal agressão provavelmente nunca existiu. Há as incongruências do relato dela, há o timing estranhíssimo, há os depoimentos, vários, que a contradizem. Daí eu leio gente dizendo que não se pode duvidar da vítima. Isso, me perdoem, é uma demência. Há uma falha lógica. Se não houve agressão, não há vítima, então não há porque deixar de duvidar…

A regra de aceitar a denúncia da vítima como ponto de partida nasceu no contexto do descaso generalizado das polícias diante de casos de violência sexual. É uma regra muitíssimo razoável. Mas não implica negar a possibilidade de denúncia falsa, muito menos estabelecer um dogma de que qualquer pessoa que acuse outras de uma violência sempre merecerá crédito irrestrito e a despeito de quaisquer evidências contrárias.

Parece que o que sobra são algumas cantorias esparsas contra a Rede Globo em momentos isolados do voo, algo pouco educado, talvez, mas que nem de longe justifica tamanho auê. Muito menos que se compare com linchamento, amarrar em poste etc. É o tipo de discurso que evoca um clássico da minha infância, sempre útil para encerrar a discussão: apelou, perdeu.

Caso a agressão tivesse se desenrolado de fato da maneira como Leitão a narra, caberia discutir a gravidade dela. Eu, pessoalmente, acho que o escracho é algo sério, que deveria ser reservado para circunstâncias igualmente sérias. Acho, sobretudo, que é necessário pesar seu resultado líquido: escrachar um torturador tem certamente um resultado diferente de escrachar uma jornalista reacionária. O torturador é desnudado; a jornalista pode posar de mártir da liberdade de expressão. Portanto, o escracho no avião teria sido provavelmente uma besteira, um exercício mal direcionado de agressividade, uma catarse politicamente mal calculada. Mas está longe de ser um crime de lesa-humanidade.

Li também gente dizendo que não se podia escrachar Leitão porque ela é reacionária mas “sempre defendeu os direitos humanos”. Com que conceito de “direitos humanos” se está trabalhando, em que a proteção ao trabalhador e a garantia da velhice digna, por exemplo, não entram?

O meu incômodo, afinal, está nisso. Tanta indignação porque, aparentemente, está faltando finesse do nosso lado. Enquanto isso, a opressão cotidiana das maiorias continua normalizada. Antes que saquem a carta de gênero, não custa lembrar que, com o retrocesso nos direitos, as mulheres trabalhadoras são as primeiras vítimas do golpe que Leitão contribuiu, no limite das suas forças, para produzir. Então vamos pensar no tamanho da violência sofrida, entre a jornalista da Globo no avião e a operária, a balconista ou a camponesa, e calibrar nossa indignação de acordo.

Esse bom-mocismo é a marca de uma esquerda que tem medo do embate político, que vê o conflito social como diletantismo, que está focada na admiração de suas próprias qualidades.

Minha linha divisória não está nas boas maneiras; é quem quer a democracia e a garantia dos direitos contra quem não quer. Do lado de cá, tem gente rude, tem gente que perde a cabeça, tem gente que xinga, tem gente com uma visão política que acho limitada. Discordo, muitas vezes, às vezes posso até me exasperar, mas discordo estando do mesmo lado.

O caso de Míriam Leitão, mesmo que fosse verdade, estaria longe de justificar tamanha revolta moral. Afinal, estamos falando de política, do futuro de milhões de pessoas de carne e osso e do envolvimento muitas vezes apaixonado com causas e ideais. E no Brasil. Não estamos falando de um baile a fantasia em alguma Noruega mítica.

Luis Felipe Miguel

24 Comentários

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  1. Não vi mas acho que aconteceu isso e aquilo

    Comecei a ler. Quando cheguei na “tal agressão que provavelmente nunca existiu”, parei. Quando é que um cidadão razoavelmente alfabetizado (pelo que se depreende do texto redigidoi) pode tomar partido sem saber que comentava um fato ou uma ficção? Lamentável. Dou a mínima para o autor. Posso mudar de ideia apos confirmação da AVIANCA. 

    1. revoada de troll

      Magnânimo na concessão: “parece pessoa razoavelmente alfabetizado etc” e, no entanto preconceituoso no estilo “preto de primeira linha” daquele ministreco metido.

      Esperar da companhia de aviação um comunicado que possa desagradar a globo?

      A companhia como pessoa física estava sentada em algum lugar no voo?

      Acreditar na globo e Leitão da economia a estourar de tão pujante, mentirosas contumazes, ou de alguns congressistas que mesmo tendo vontade de fazer o que a ofendida achava na intenção deles, a escolha é simples, a tua verdade duvidosa e a verdade dos outros razoavelmente comprovada.

    2. “Quando é que um cidadão

      “Quando é que um cidadão razoavelmente alfabetizado (pelo que se depreende do texto redigidoi) pode tomar partido sem saber que comentava um fato ou uma ficção?”:

      Analfabetogamadelto, nao foi isso que ele disse.  Ele comentou isso abaixo DEPOIS DE TER CERTEZA que o “incidente” nao aconteceu:

      “Primeiro, muita gente ignora um fato central: a tal agressão provavelmente nunca existiu. Há as incongruências do relato dela, há o timing estranhíssimo, há os depoimentos, vários, que a contradizem”

      E o “provavelmente” eh uma das elegancias que eu raramente tenho:  Miriam mentiu, ponto final.

      Da mesma maneira, tive a rarissima elegancia de dizer que Aecio nao disse o que disse a respeito de matar o primo, mas disse o que EU disse que ele disse.  Ja tenho certeza absoluta tamberm.

  2. Porque?

    Tenho medo do PT outra vez no poder!! PT é medroso e frouxo. Se o Brasil entrar em uma guerra, em um governo petista, ao invés dos soldados brasileiros levarem armas para combater nossos inimigos, o governo petista mandará flores e morreremos todos. Que medo é esse que o PT tem da Globo? Será rabo preso? Não, não é! se tivesse a Globo já teria destruído com o PT. Ou é viralatismo mesmo? Me decepciono  a cada dia, não tenho mais esperança que o PT vai mudar as coisas, sempre a mesma coisa! Apanha 365 dias ao ano da globo, apanha e vai pedir desculpas. Quantas vezes alguém da Globo pediu desculpas a alguém do PT? Nem um faxineiro, ninguém!

  3. Este figura  tripudiou dia e

    Este figura  tripudiou dia e noite sobre o governo Dilma e quando a presidente foi afastada deve ter aberto sua champagne em comemoração, foi covarde, foi violenta verbalamente em muitas ocasiões, usou seus programecos sabe tudo para tripudiar, atacar, sempre com sua verborragia do polivalentismo intelectual, comenta sobre tudo, sobre todos, quer ser a dona da verdade, tem seus santos prediletos, os FHCs da vida, os liberais do mercado, dos bancos de investimento, os engravatados do tucanato, seu abutrismo nos anos em que esquerda esteve no poder foi asqueroso, faz parte da massa cheirosa do PSDB, escreveu livros para atacar o governo Dilma…. vai te catar com seu vitimismo de ocasião.

  4. concordo com questão do bom

    concordo com questão do bom mocismo… Mas precisamos ter foco…. não permitir que este episódio nos mobilize pra além da conta…. deixando de lado as agressões e ataques que temos recebido dia a dia nas manifestações, nas lutas e enfrentamentos, ja estamos contando mortos… feridos…. além dos direitos e garantias que estão indo pro ralo… 

     

  5. Qual é o nível de violência que a Globo e seus lacaios ………

    Qual é o nível de violência que a Globo e seus lacaios empregam contra o povo?

    Este é o ponto, bom-mocismo é não aceitar que a mesma violência que está diariamente levada contra o povo seja retribuída de volta.

    Se não agrediram, perderam uma boa oportunidade, pois estes lacaios da Globo retirando direitos da população mais pobre, lutando para que os mais pequena classe média voltem a serem pobres, os pobres voltarem a serem miseráveis e enfim, os miseráveis voltarem a morrer de fome ou abatidos pelas balas da polícia não há solidariedade a quem luta contra direitos básicos.

    Se não critaram nos ouvidos desta senhora o que ela deveria ter ouvido e sentido o mal que ela faz a população, perderam tempo, deveriam ter feito, o direito a indignação e a luta em favor da sobrevivência deve ser o principal direito de todos.

    Acho que há uma palavra que deveria ser modificado na seguinte frase:

    “Esse bom-mocismo é a marca de uma esquerda que tem medo do embate político,….”

    deveria ser:

    “Esse bom-mocismo é a marca de uma esquerda que tem medo do embate físico,….”pois não há embate político possível contra quem não ouve nem enxerga as manifestações na rua, talvez o físico eles comecem a sentir.

    1. Mazáááá galo veio!!!

      Então tche ! Perfeito! Temos que levar em consideração a violência estrutural a que é submetida a população mais pobre.

      A direita é muito abusada e de acordo com o que vi de meu pai e meus irmãos mais velhos, a única coisa que faz cessar o provalecimento é o medo.

      Meu irmão  recém chegado em Porto Alegre, 1978, resolveu o bullyng que o recepcionou em um novo colégio ( particular), com um tijolo na cabeça do grandão provalecido. Nunca mais, em todo o tempo que estudou lá o incomodaram.

      Quando eu tinha 9 anos, um grandão de 17 me bateu para roubar minha bola de futebol. Meu pai  com 1,65mt, homem extremamente quieto e pacífico, do interior do RS,  foi lá e acabou quebrando um braço do cara. nunca mais ele apareceu para tirar os menores da cancha de futebol.

      Estes coxinhas, “guris de apartamento”, tem que começar a entender o que é a periferia!

      A esquerda brasileira é FROUXA, isto sim.

       

  6. Cordialidades

    Bom mocismo, temor ao embate… me veio à mente uma cena: um brasileiro moço, criado em ambiente – lar, família, escola, vizinhança – da tradicional classe média, recém formado graças ao Prouni, depois de apanhar as malas na esteira rolante do aeroporto Kennedy, encontra um outro moço, um pouco mais velho talvez, um americano que lhe estava esperando. O brasileiro sente-se todo pimpão: não apenas tinha conseguido participar da extensão universitária nos EUA, o país do “norte-maravilha” (como ouviu a vida toda), o primeiro da família a conseguir tal honraria, como numa alegre surpresa descobriu que seu colega entendia tudo o que ele falava em inglês. E mais ainda: ele próprio entendia o que o outro dizia! Mas como se isso não fosse suficientemente extasiante, ainda por cima o “americano” era cordial, gentil e atencioso! Um “americano” tratava bem ele, justo ele, um brasileiro cuja família fizera uma vaquinha para enviá-lo aos “states”! Parecia um sonho, um filme, que ele mal conseguia disfarçar tentando bancar um ar blazé…

    Já não tinha mais importância alguma que o país do anfitrião sabotasse as possibilidades de independência e soberania do seu país, que impedisse e frustrasse iniciativas brasileiras de prosperidade nacional. Se os EUA financiavam grupos antipetistas, se impunham terror às crianças sírias, se ameaçava famílias na Coreia do Norte, se tantava matar Cuba por inanição ou se torturava em Abu Gharib, nada disso era mais importante do que ele, o brasileiro, estar ali e, o mais surpreendente, sendo bem tratado por um legítimo “americano”, e mais, professor de faculdade!

    Mas como se lhe subisse à cabeça o inesperado bom tratamento, permitiu-se um tantinho de insubordinação. E mesmo correndo o risco de passar por descortês (ou justamente para correr esse risco), o brasileiro, vendo passar um miltar, arrisca:

    – “Você serviu o exército?”

    – “Não, servi na Marinha. Estive no Afeganistão por um ano, conhece?”

    Nesse momento deu um treco na cabeça do brasileiro. Era ruim imaginar um cientista tão importante, tão educado e gentil disparando rajadas de metralhadora contra miseráveis maltrapilhos, inocentes de turbante. E como se quisesse jogar fora esses pensamentos, sacudiu a cabeça prá lá e prá cá, com força. O “americano”, tomando o gesto como desaprovação, tentou contemporizar:

    – “Não importa. Também não acho legal mas é isso o que eles fazem.”

    – “Eles, quem? Os afegãos?”

    – “Eles, os do governo dos EUA.”

    Assim, tendo afastado a responsabilidade do soldado – soldado mandado tem responsabilidade? – afastada até a nacionalidade de ambos, do “americano” e do brasileiro, bom moço que era, sorriu imaginando o tanto de dinheiro e prestígio que ganharia por causa do curso, quanto superior seria na volta ao Brasil. E o “americano”, bom moço também, sorriu em retorno.

     

  7. Como, em sã consciência a ml

    Como, em sã consciência a ml perderia uma oportunidade dessas. Se fosse verídica sua “estória”, com certeza, assim que chegassem ao destino, teria feito um BO, contra os militantes, inclusive contra a empresa aérea. Não fez. Esperou dez dias, 10, para então falar sobre o ocorrido. Não dá prá engolir, se fosse uma pessoa menos esclarecida, talvez, mas com certeza não é o caso. Teria feito no mesmo dia, senão no outro dia logo cedo essa “denúncia”. Fez? Não, não fez. E para completar, imputa ao presidente Lula a culpa pela “agressão” que diz ter sofrido. Ahhhhhh fosse qualquer petista a agir assim. Tava perdido.  Ela esperou para ver se haveria alguma repercussão e, como não teve, veio com a versão dela. Outra coisa, isso seria caso para ficar dias e dias na mídia, incutindo ódio, contra os progressistas, só que não foi o caso, não é estranho?.

  8. Para encerrar discussão :

    Para encerrar discussão : “Apelou, perdeu”. Não, é “Mijou, tá bom”. Nossa infância não foi contemporânea, daí a diferença dos clássicos. Afora essa discordância, pois considero o meu clássico melhor que o seu, (não acha ? quer resolver lá fora no braço ? nào quer ? Mijou, tá bom ! ” ) texto irretocável, parabéns !  Pena que parte da esquerda, que parece ter sido “lucasguthierizada”, prefere ler Miriam Leitão do que Luis Felipe Miguel. Ao menos lessem os dois !

  9. Na canelada a direita é imbatível

    Enquanto estivermos participando do jogo, com as regras que ele possui, é melhor prezarmos o “bom mocismo” de ambos os lados.

    Ainda que o árbitro jogue como décimo segundo jogador ao lado da direita, aceitar revidar as caneladas com outras tantas, vamos ficar com as pernas doendo. Talvez quebradas. Além da expulsão do campo de nosso jogadores.

     A única alternativa coerente seria retirar o time do campo e não participar do campeonato.

    São duas estratégias distintas com seus prós e contras.

    1. E deveríamos mudar o técnico

      Além do mais, Lula, historicamente, sempre seguiu as regras do jogo, ainda que impostas pelos adversários e ainda que levando todas as caneladas.

      Se for para mudar a estratégia, seria preciso outro técnico, que não o Lula .

       

  10. Nao da pra MIM lidar com

    Nao da pra MIM lidar com complexo de inferioridade alheio, francamente.  Quando alguem acusa falsamente alguma ficticia “militancia petista” que esta infestando um aviao por duas horas e o proprio Partido dos Trabalhadores SE desculpa e SE defende, a gente desiste.  Eu lido com assuntos politicos sim.  Nao lido com complexados de esquerda -deles, a direita brasileira ja esta entupida.

  11. Faltou um testemunho

    Nessa história mal contada de violência verbal (gritos) e ameaças durante duas horas de voo, faltou um testemunho importante que a imprensa (e a vitima da agressão descrita) nem se deu ao trabalho de buscar: o da tripulação, da companhia aérea. Acredito que, no fechado espaço de uma viagem aérea, esse tumulto deveria gerar providências da empresa, da tripulação e protestos de outros passageiros. Corporativismo da mídia?

  12. O PT e o republicanismo…

    Lula fez uma obrada irremediável quando caiu na mentira de Gilmar e Demóstenes Torres.

    Deveria ter investigado implacavelmente e ter convocado os dois, ao Planalto para explicar

    a mentira contra o Diretor da PF, Paulo Lacerda, na frente da imprensa. 

    Não deveria ter afastado o Diretor. 

    Isso foi um sinal de fraqueza que açulou a campanha de desestabilzar os governos petistas

    e a destruição da reputação de seus próceres: Dirceu, Pallocci, Vaccari. Dilma deixou Erenice Guerra

    ser moída. 

     

    Esse sinal de fraqueza foi como sangue na água para os tubarões…

  13. O PT e o republicanismo…

    Lula fez uma obrada irremediável quando caiu na mentira de Gilmar e Demóstenes Torres.

    Deveria ter investigado implacavelmente e ter convocado os dois, ao Planalto para explicar

    a mentira contra o Diretor da PF, Paulo Lacerda, na frente da imprensa. 

    Não deveria ter afastado o Diretor. 

    Isso foi um sinal de fraqueza que açulou a campanha de desestabilzar os governos petistas

    e a destruição da reputação de seus próceres: Dirceu, Pallocci, Vaccari. Dilma deixou Erenice Guerra

    ser moída. 

     

    Esse sinal de fraqueza foi como sangue na água para os tubarões…

  14. Vai falar em bom-mocismo para a Pinky Wainer

    Um dos personagens mais fascinantes do jornalismo brasileiro de todos os tempos foi, sem nenhum exagero, Samuel Wainer. Ao falar do pai, a filha Pinky Wainer diz que “…Samuca vivveu a grande aventura que um ser humano pode viver. (…) o judeuzinho que entrou pro clube da grande imprensa e foi triturado por isso”. Pinky sabe muito bem, por testemunho ou por relatos da mãe Danuza, que quem destruiu o pai foi Carlos Lacerda. E por isso, não há qualquer possibilidade de bom-mocismo. No minuto 7:05, do bloco 2, Abujamra (Provocações, 26/09/2004) dispara: 

    – Pinky, tem alguém andando na rua, vc olha e atravessa para não encontrar?

    – Qualquer descendente de Carlos Lacerda, com certeza. 

    – Já aconteceu? 

    – Já, de encontrar em ambientes e eu me desviar, ou eventualmente sair do ambiente. 

    E tem mais, procurei no google, mas não achei. Lembro-me de uma outra entrevista, muito anterior a essa de 2004, em que Pinky Wainer foi mais objetiva, mais contundente, onde ela assim se referiu a Carlos Lacerda: “…maldito seja ele até sua quinta geração”. 

    O PT e sua trupe praticam o bom-mocismo até o limite da ingenuidade. Pinky Wainer é uma pessoa que cultiva o ódio, ao ponto de transferir para as gerações seguintes? Não, apenas tem a exata e perfeita noção das coisas. O que o Lacerda fez à sua família foi terrível, massacrou e destruiu, Samuca perdeu o jornal, tiveram que se exilar na França após 64. Ela simplesmente não quer papo com a família Lacerda. Fim. 

    O PT foi igualmente destruído pela mídia, no entanto sofre de um mal, a Síndrome de Dilma Roussef (não conto quem é o autor dessa construção), cuja patologia consiste em pedir desculpas antes de apurar os fatos. 

    Não se trata de cultivar rancor ou mágoa, mas de identificar os inimigos e assim tratá-los. (Bloco 2, minuto 7:05)

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=694lrE2qphY&t=612s%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=yJmkjWKdxy0%5D

     

     

  15. Nas cordas

    A mídia botou a(s) esquerda(s) nas cordas, se acovardou e acostumou ao córner.

    O Lula faz o que tem que ser feito, é por aí mesmo, mas a petralhada não, tem que sair das cordas, mostrar a cara e sair pra luta.

  16. É a esquerda de boutique. O
    É a esquerda de boutique. O importante é o ego, a autoestima é o ficar bem com todos, ser o bom moço, o cara legal.
    É a síndrome de Chico Alencar.
    A direita agradece!

  17. Fecho 100% com o Luis Felipe

    Fecho 100% com o Luis Felipe Miguel. Excelente texto. E por coincidência acabo de ver um  vídeo em que o blogueiro de esquerda Rodrigo Pilha “escracha” o global Alexandre Garcia.

    Haverá com certeza quem do lado da esquerda recrimine o Pilha. Mas eu não. Ele não encostou a mão no Garcia, não xingou e não ofendeu. Pois golpista é o que ele é, pois defendeu golpe, o militar e o civil.

    E o argumento de que ninguém nos momentos privados deve ser perturbado em sua paz, vá dizer isso aos que foram arrancados de suas casas para os porões da ditadura militar a quem o Garcia serviu. Vá dizer isso para quem tem suas casas destruídas por ordem judicial para favorecer especulação imobiliária.

    No episódio Pilha vê se claramente que o global não reagiu, em termos, pois foi direto ao comandante, “portando sua autoridade global” provavelmente para tentar expulsar o Pilha do avião. Sua mulher ameaçou dizendo ao rapaz para ter cuidado para não perder o vôo.

    Esse é o tipo de “paz” que eles querem. A “paz” que faz uso da força para “remover” os que incomodam. Só que os que apoiaram golpes e continuam apoiando não vão ter paz jamais. Aqui se faz aqui se paga, na voz sábia do povo.

  18. Pig

    Lacrou! Não tenho reparos em seu texto. Foi direto ao ponto, também me dá calafrios com esse bom-mocismo que muitos da esquerda, que todo dia é massacrado por essa mídia porca, e quando tem a oportunidade de se expressar fica no mimimi. É a volta do cipó de aroreira de quem mandou dá!

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