Do possibilismo raso à ausência de debate, por Luis Felipe Miguel

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Do possibilismo raso à ausência de debate

por Luis Felipe Miguel

As reações à fala de Lula à rádio paraibana mostram um pouco da miséria da esquerda brasileira.

Há quem opta pela negação, sugerindo que tudo não passa de uma mentira do Valor (mas está no Youtube, basta procurar “Lula dá entrevista à rádio Arapuan, da Paraíba” e assistir a partir de 25:25).

Há quem acuse os críticos de “dividir a esquerda”. Como se a união exigisse a ausência de debate. Como se o “deslize” de Lula fosse necessariamente só um deslize, não um recuo na pauta central que pode e deve promover a união das esquerdas no Brasil, que é o desfazimento do golpe. Mas isso é típico deste discurso, que mobiliza a acusação de “dividir a esquerda” contra quem ousa criticar o líder e, enquanto isso, bate à vontade em companheiros com outras posições. Como se a união da esquerda significasse, na prática, a adesão cega e automática às posições de Lula.

O eixo principal, porém, é o possibilismo raso. A velha máxima conservadora “a política é a arte do possível” é assumida acriticamente, sem se questionar como se produz, em cada situação histórica, este “possível” e sem lembrar que a tarefa da esquerda sempre foi estender os seus limites.

Como diz Gramsci, o político “é um criador, um suscitador; mas não cria do nada, nem se move no vazio túrbido dos seus desejos e sonhos. Baseia-se na realidade fatual”. Ou seja, é necessário evitar o voluntarismo, que nega a realidade, mas também o possibilismo estreito, que aceita como imutáveis os limites postos à ação política. O realismo político é dinâmico e capaz de abarcar as energias transformadoras, latentes no mundo social, e a vontade atuante de mobilizá-las.

O possibilismo que aprisiona boa parte da esquerda brasileira leva a uma redução brutal do horizonte de expectativas. Uma vez que há uma correlação de forças favorável aos grupos conservadores, a opção é entre o pouco e o nada. Ou melhor, depois do golpe, nem mais isso. As condições pioraram e sobrou apenas o pouquíssimo, como alternativa ao menos que nada.

O argumento é: se Lula for eleito, vai ter que negociar com um Congresso muito conservador; logo, não terá margem para adotar políticas redistributivas e democratizantes. A correlação de forças é percebida sobretudo como aquela presente nas instituições políticas formais.

Em suma, o que se projeta é uma reedição, em condições aviltadas, do lulismo original. O golpe teria mostrado os limites ainda mais estreitos que as classes dominantes impõem ao jogo político e cabe a nós nos submetermos a eles.

O golpe no entanto, muda o horizonte do próprio arranjo lulista. Ele foi, originalmente, um projeto de acomodação de interesses que visava promover melhorias na condição de vida dos mais vulneráveis e, a partir daí, permitia sonhar com avanços maiores. Hoje, seu teto está abaixo do que era o piso de antes. O que ele projeta é uma acomodação de longo prazo com uma ordem ainda mais iníqua, abrindo mão da esperança de enfrentá-la.

É claro que a correlação de forças é desfavorável. Mas esse cenário trabalha com a redução do jogo político aos espaços institucionais. Há a presidência, há o Congresso reacionário, há o Judiciário inconfiável. Estamos entre a triste realidade da maioria conservadora e as fantasias vãs da eleição de uma grande bancada de esquerda. Contra isso, é necessário entender que, qualquer que seja o governo eleito, mas sobretudo se ele tiver algum compromisso com o campo popular, será preciso manter a pressão sobre ele. A desmobilização, que o lulismo entregou como parte de seu acordo com as classes dominantes, só nos fragiliza.

Semana passada, conversando com Andrea Caldas, observávamos que, ao adotar em grande medida a postura de poupar os governos “amigos “do PT, o campo popular permitiu que a pressão sobre eles viesse quase que somente da direita. Creio que o mesmo vale em relação ao candidato Lula. Ele é o favorito às eleições e sofre enormes pressões para oferecer acenos às elites, como fez na entrevista à Arapuan. Cabe a nós demonstrar que não aceitamos isso e que queremos tê-lo, sim, do nosso lado, mas como uma liderança importante no combate sem tréguas aos retrocessos. Lutar é a única “promessa” que Lula precisava ter feito.

via Facebook

Luis Felipe Miguel

19 Comentários

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  1. Não se sabe nem se Lula poderá ser candidato…

    E, mesmo sendo candidato, se será eleito – c/uma rejeição acima de 50%, em que o seu piso de votos – hoje – é quase o teto. Mas… mesmo com todas essas incertezas, já começa o “fogo amigo”. O q é a esquerda brasileira hoje sem o Lula? Em se livrando da perseguição de Moro, Lula estará muito bem obrigado. Quem precisa dele disputando a presidência é a esquerda. E não o contrário!

    Mais sobre isso neste artigo:

    GLOBO E MORO VÃO ELEGER RODRIGO MAIA PRESIDENTE? E TEMER? RUIM SEMPRE PODE PIORAR! (PARTE 1)

    Por Romulus

    Parte (1)

    – Brasil: sucessão de golpes e contragolpes. “Do mal”, mas também “do bem” (!)

    – Segundo turno (literalmente? rs) dos infernos: “Fora, Temer” vs. “Fica, Temer”

    – Notem: a alternativa (?!) é… Rodrigo Maia!

    – Binarismo “do bem”: Globo a favor? Sou contra!

    – Churchill e Simone Veil: aliança ~tática~ até com o diabo, se Hitler invadisse o inferno

    – Parênteses – Siome Veil faz o feminismo avançar até na morte!

     

    Parte (2)

    Item (A): a “rodada” do “jogo” tomada no “atacado”

    – Marco Aurélio Mello e Delfim Netto

    – Núcleo duro debate: a marcha da História política no Brasil: golpes e contra-golpes

    Item (B): a “rodada” tomada no “varejo”

    – Os Juristocratas se autodefinem: Carlos Fernando, Dallagnol e Moro. Sem pudores

    – O vai ou racha do acordão: o HC de Palocci no STF

    – Armas de dissuasão para alvos distintos: “o fantasma de Lula Presidente” vs. “Parlamentarismo já” vs. “intervenção militar”

    – Nas mãos hábeis de peemedebismo, a combinação desse arsenal nuclear incentiva o acordão.

    – O drama dos blogueiros de esquerda: antes “perdidinhos” (?), agora alguns começam a “se encontrar”

    – Mas os políticos ~profissionais~ da esquerda continuam com o… ~amadorismo~.

    – Natural ou (bem) cultivado?

    – Cassandras continuarão gritando e arrancando seus cabelos, mas…

    – O contra-ataque juristocrático e o “lock-in” jurídico: deixar um fait accompli para os seus sucessores

    – A temeridade política de agir como se “toda a direita e todos os neoliberais fossem iguais”

    – Globo e Dallagnol confirmam, revoltados: Lula ~está~ contemplado no acordão!

    – ~Está~: fotografia do momento…

    – E no filme? Lula ainda restará, no final?

    Item (C): golpes do futuro

    – O “lock-in” via Tratado internacional

    – A farsa ~e~ a tragédia da operação “Macron/ En Marche!” brasileiros

    – A blindagem do STF contra um novo Presidente de esquerda

     

    Valha-nos…

    (ao gosto do freguês)

    – … Deus/ Espíritos de Luz/ “Design inteligente”/ “Energias ‘do bem’ ~não~ antropomórficas”/ “Universo”/ caos aleatório randômico…

    – Tá valendo qualquer apelo!

     

    LEIA MAIS »

  2. PT=PSDB?

    Segundo o autor, parte da esquerda “poupou em grande medida” o governo do PT. Mas como foi isso, berrando aos 4 ventos que PT=PSDB?? Ora, essa era a crítica básica ao PT no governo (hoje, no Brasil pós-golpe, o erro de avaliação é evidente). E isso sem contar os surtos moralistas que visavam cooptar a classe média paneleira e ignoravam os abusos do judiciário… Realmente não consigo me recordar de momentos em que a esquerda (“pura”, radical” ou sei lá qual alcunha) poupou o PT. ALiás, arrisco dizer que, em alguns momentos, se não se fez de morta diante dos abusos, usou das mesmas táticas da direita e da mídia monopolizada… Luciana Genro que o diga…

  3. O “possibilismo” também se constrói

    Muita gente de povão é ainda anti-Lula e anti-PT. Esta parcela irá diminuindo (e aumentando o apoio em Lula), em parte, na medida em que o combate à corrupção aprofunde no PMDB e nos tucanos. Mas, além do problema da lava-jato, ainda existe uma grande parcela da população de baixa renda que está sendo induzida pela igreja evangélica, tanto pela proliferação de pequenos partidos de pastores que hoje apoiam o centrão do Temer, como por aqueles evangélicos “conservadores” no seu cotidiano, que sentem alguma rejeição pela mensagem modernosa demais de alguns setores da esquerda brasileira.

    Por isso Lula precisa que a sua candidatura esgrima bandeiras gerais e proativas, com base na defesa da nação brasileira e da justiça social. A saída do Brasil é nacionalista e social e não apenas de “esquerda por ser de esquerda”.

    Ainda, como o congresso nacional é eleito com outros interesses e é movido por bancadas específicas sem visão nacional, sugiro reduzir a quantidade de partidos e estudar com carinho o voto na legenda e nas listas fechadas, direcionando o voto para executivo e legislativo ao partido ou programa de governo oferecido por cada candidatura. Gradativamente, mediante democracia interna dos partidos (e eventualmente eleições primárias, como acaba de acontecer no Chile), esta fórmula será a mais correta e conseguirá juntar o Executivo e o legislativo numa causa comum, a cada 4 anos. 

  4. É verdade, caro Luis Felipe,

    É verdade, caro Luis Felipe, a rigor nem o PT nem Lula são de “esquerda”. Onde já se viu governo de “esquerda” que desvia dinheiro público para pagar juros extorsivos a bancos privados (SELIC e dívida interna)? Onde já se viu governo de “esquerda” manter regras que permitem a empresas como a “Globo” tomarem dinheiro do BNDES? Fazer corpo mole em reforma agrária? Lula é sindicalista – e como tal quer que o patrão se fortaleça para que o trabalhador tenha como reivindicar uma fatia maior e até que vire, ele próprio, patrão também -, não socialista. E o PT é centro social-democrata, jamais “esquerda”. Onde já se viu “esquerda” capitalista? Pode-se dizer que países que tiveram sucesso com welfare state tiveram ou têm governos de “esquerda”? Se parece que o PT, Lula ou Dilma são de “esquerda” é porque se os comparamos com a turma radicalmente neoliberal que tem estado no poder desde sempre e até Lula. A turma que voltou com esse golpe de agora.

    O que acredito que Lula e o PT fazem é aperfeiçoar o capitalismo, o que deve fazer, a longo prazo, com que esse evolua para um socialismo. Não creio em pulos revolucionários para nossa sociedade nacional, creio que providências e medidas de cunho socialista vão paulatinamente transformando nosso estado em cada vez mais socialista. Mas para isso é preciso que se faça antes um capitalismo menos colonialista, coronelista, menos neoliberal. Um capitalismo de livre concorrência, não de carteis tácitos, de oligopólios e de famílias que mantém-se no poder por hereditariedade. E esse, a meu ver, é o projeto tanto de Lula quanto de grande parte do povo brasileiro: um capitalismo, pelo menos, não hereditariedades monopolizantes e eternas.

    Será?

  5. A meu ver

    A alternativa Lula (estreita alternativa exclusivamente eleitoral, e mais nada) está podre desde a raiz.

    Lula já demonstrou que está cagando e andando para qualquer veleidade transformadora no que diga respeito a justiça social e enfrentamento da lógica do privilégio. Lula tornou-se o pelego-mor do Brasil.

    Apostar em Lula é apostar num estreitamento tão aviltante da política como possibilidade que, ao invés do possibilismo, teremos caído no “impossibilismo”.

    A alternativa Lula é não mais que a alternativa agonística de sobrevivência política da nomenklatura burocrática do PT (leia-se: a velha Articulação). É a estratégia de empurrar com a barriga para ver se mais do mesmo acaba colando de novo. É uma espécie de masturbação ideológica, que só se arrima na fé cega e na obtusidade messiânica de uma figura personalista.

    O melhor que pode acontecer para a esquerda no próximo evento eleitoral é que Lula tome um belo de um tombo. Não vai ser tão difícil assim. Basta uma campanha digital minimamente bem articulada fazer colar nele os rótulos de “cagão” e “bunda mole”. Aí, junta-se a realidade com a vontade de comer, o reizinho peão estará nu, e vai voltar à sua condição de sapo, sem princesa nem beijo de namorada.

    A alternativa Lula significa apenas insistir na capitulação à lógica das castas senhoriais.

    Meu slogan para 2018 é bem simples: LULA É LIXO.

     

    1. Seu slogan é um espelho do
      Seu slogan é um espelho do que você é, lave a boca antes de falar do melhor presidente da história do Brasil, perto dele você é bosta nenhuma, volte para seu buraco!

    2. SEU SLOGAN É O MESMO DA

      SEU SLOGAN É O MESMO DA ESQUERDA QUE APOIA A LAVA JATO,QUE DEFENDE O SIONISMO ,NÉ LULU?

      CHAMO DE LULU MAS A VONTADE É DE CHAMAR PELO QUE DE FATO É.

  6. do….

    Parabéns pelo artigo. Ele é muito explicativo e revelador. Mostra exatamente o porque da latrina tupiniquim. Para nossa Elite Esquerdopata, a única democracia possível é a da esquerda. Se não for de esquerda não é democracia. Agora que o chicote mudou de mãos até parece que as chibatadas doem menos. E eu que pensava que o problema era o chicote e não a mão que o controlava?! Agora sei. 

  7. Do possibilismo raso …

     

      Parabéns ao Luis Felipe e ao ggn por mais um artigo instigante. Creio que o possibilismo raso e oportunista é um grande obstáculo ao avanço do campo progressista, como o é também a repetição acusatória de agendas impraticáveis em certas conjunturas. As duas posições são, no meu entendimento, paralisantes e destruidoras da atividade política profícua. Adiciono  apenas um breve comentário. Conforme sugerido pelo autor fui ouvir a entrvista do Lula no ponto recomendado e não encontrei a aceitação, por parte do Lula, dos descalabros do governo golpista, como pode talvez ser depreendido dos dois primeiros parágrafos.

  8. Lula
    As pessoas esquecem, na eleição 2014 com mensalão, com lavajato, manifestações 2013, no lombo do PT conseguimos eleger a Dilma, contra PIG, mercado e etc, só não fizemos um congresso mais de esquerda, porque compraram as bancadas, para o golpe, financiada pelos golpistas elegendo Cunha e etc.
    Depois de tudo o PT aparece com perspectivas reais de retornar ao poder.Se tiver eleições o povo vota majoritariamente no PT, e para fazer uma bancada mais representativa da eleição majoritária é só a conjuntura mudar, e voces não acham que a conjuntura vai mudarno fim do governo golpista, seja ele qual for.
    Portanto, para alavancar a esquerda tem que ser o PT, tem que ser o Lula, pois é a única liderança.Quem quizer governo revolucionário, espere sentado, existe a transição e temos que entender isso.

    1. Todos aa Revolução

      Trump que se cuide, as armas estão nas mãos: o bodoque, a atiradeira, o molotov, o estilingue; e que venham os ianques.

  9. OPTEI POR NÃSO COMENTAR NO

    OPTEI POR NÃO COMENTAR NO FACE DO MENINO MAS LI OS COMENTÁRIOS E ME OMITI. O MENINO É CONFUSO,NADA VI DE ACEITAÇÃO COM OS DESMANDOS DO GOLPE POR PARTE DE LULA E LEMBRO AO MOÇO QUE ELE PRECISA VOLTAR UM POUCO AO TEMPO E VER AS FALAS DA ESQUERDA PURINHA EM RELAÇÃO A LULA  E O PT PARA PARAR DE DIZER QUE FORAM POUPADOS,LEVO ESSA FALHA A POUCA MEMÓRIA EMBORA SINTA O CHEIRO DE MALVADEZA PIÇOLISTA.MAS É PRAZEROSO VER O MENINO SER CONTESTADO POR SEUS SEGUIDORES;O POVO NÃO É BOBO ALÉM DA REDE GLOBO.

    1. Viva o PSOL, viva Luciana

      ironia visse, ainda não sei desenhar aqui.

      Traduzindo: nós estamos é fu…. com essa esquerda como a desse artigo.

      Fu….

      bye bye brazil

      Curto e grosso, novamente:

      FU…………

  10. De vez em quando eu tenho

    De vez em quando eu tenho vontade de que a esquerda padrão Vila Madalena vença a eleição para uma grande capital, pelo menos, pra ver como esta turma vai conseguir colocar em prática suas propostas e quanto tempo vai conseguir se manter no poder antes que um outro “impeachment” Mandrake aconteça.

  11. Dizer o quê e para quem?

    Sou mais um da ninguezada do Darcy.

    Como todo, TODO filho de trabalhador, fui sabotado por essa elite larápia de direitos, dinheiro e dignidade. Ela que, com o golpe, voltou a comandar 100% do Brasil. 

    Não vou me deter nas dificulades, pois sse quiser cada um perceberá que sim, foi obstruído de uma ou outra forma. 

    Concordo que chegou a hora de escancarar as questões de interesse da classe trabalhadora , a Ninguenzada.

    Devemos mostrar o quão desgraçada tem sido a ricaiada e seus amestrados intelectuais da universidaes públicas e da privada com esse Brasilzão e seu povo. 

    Já vivi 75% do previsto de faixa minha social. Me restam poucos anos… Então, chega de ser frouxo,! Vamô prô pau PÔ!

     

     

  12. Entro o que desejo para um
    Entro o que desejo para um governo de esquerda e o fato existe um grande hiato. Sonho com um movimento social articulado, uma sociedade capaz de se indignar com injustiça, com quebra de ordem democrática etc. No entanto me pergunto o que tornou nossa esquerda tão apática? Foi realmente devido ao afastamento de Lula das pautas mais a esquerda? Tenho idade bastante para ter vivido dezenas de rachas na esquerda. Será que um governo dentro deste sistema político conseguiria uma união que nunca ocorreu? Se o movimento estudantil tem 27 correntes, se dentro do PT tem 10 tendências, será que não seria o caso de colocar a esquerda no divã? Os movimentos sociais na Venezuela apoiavam Chaves, mas isso é suficiente numa sociedade globalizada e m que a mídia é um bloco ideológico coeso? Gostaria de ter o mínimo de otimismo para um próximo governo do PT ou da esquerda, mas acho difícil.

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