Fernando Horta
Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.
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E se não der?, por Fernando Horta

E se não der?

por Fernando Horta

A história do presidente Lula poderia ser narrada em forma de epopeia. O juiz Moro tem ajudado muito no final do enredo. Pensava ele que passaria para a História como a luta do “bem contra o mal”, sendo ele – obviamente – o “bem”. Acontece que a História é uma senhora velha, culta e que não se deixa enganar. Lula já estava nela como um dos três maiores presidentes do Brasil, e pode vir a ser o maior. De fato, Lula é o único com reais possibilidades de se tornar três vezes presidente pelo voto popular. Só não ocorrerá em caso de um segundo golpe sobre a democracia brasileira. Este segundo golpe é aposta de uma parte da elite que nunca estudou à fundo a história do mundo ou do próprio país. Lula, hoje, representa a única forma de reunificação do país. É o único candidato que teria condições de fazer voltar o jogo da democracia, também por isto sua rejeição despenca e é a menor entre todos os candidatos.

Mas e se não der? E se, em algum destes degraus que se tornam cada dia mais perigosos, o presidente ficar retido, certamente contra a sua vontade?

 

Esta é uma pergunta recorrente que a direita se faz e a esquerda também. E a resposta a ela coloca no mesmo lado posturas políticas antípodas, mostrando como e porque Lula é hoje o único caminho viável para a reconstrução institucional do país.

Existe uma direita doidivana e fascista, que foi apelidada por um jornalista ex-doidivano e fascista de “direita xucra”. Aquela que acha que vai matar, vai bater e vai arrasar com todos aqueles que não pensam como eles. Esta direita nunca leu um livro de História na vida e morre de medo de um dia ter que fazer. Se tivesse lido, veria que nunca a humanidade compartilhou deste pensamento. Mesmo impérios na antiguidade eram forjados em consensos e acordos e todos aqueles que quiseram se impor pela força das armas acabaram mortos. Como recurso didático sugiro procurar na internet a foto do corpo de Mussolini quando de sua morte. Para esta direita Lula não será presidente pela força das armas e da violência. Uma violência mantenedora do status quo, racista, preconceituosa, machista e ignorante. Que parte da ideia de que o mundo é plano, passa pela noção de que armas aumentam a segurança urbana e termina, com chave de ouro, dizendo que o fascismo era de esquerda e que não é bom jogar xadrez com pombos. Eu fico de má-vontade, confesso, em conversar com alguém que já jogou xadrez com pombos e usa esta experiência como argumento. Acho, também, que deveríamos ver com muito cuidado se alfafa não tem algum poder alucinógeno.

O que impressiona é que um ponto de vista semelhante é defendido pela esquerda radical. Aquela para quem o aumento da violência contra a população (seja ela econômica, política ou mesmo jurídica) nos trará a redenção revolucionária. Estes, cometem o mesmo erro de Trotsky em Brest-Litovsky (1917). Em nome de uma teorização para lá de especulativa, acreditam que “quanto pior melhor”. Da violência econômica e política máxima (a fome e a guerra) nasce a consciência de classe revolucionária. Lula seria um “agente da burguesia” por impedir este processo redentor. Trotsky foi indicado para negociar a paz com os alemães em 1917, e tudo o que conseguiu, depois de mais de 30 dias de conferência, foi sacrificar todos os sovietes e trabalhadores ucranianos, quando os generais alemães se cansaram da brilhante retórica trotskysta e mandaram suas tropas avançarem. Lênin e Stalin, que haviam advertido Trotsky do erro desta estratégia, pouco puderam fazer para salvar os ucranianos e quase não salvaram a própria revolução. Acreditar no mito a “fênix” da esquerda, que renasce das próprias cinzas, é muito bonito dentro de um escritório de universidade ou como epílogo de algum livro apologético revolucionário. Mas não passa disto.

Lula é o único candidato capaz de fazer extensas alianças. Alianças, esta palavra que deixa a esquerda ruborizada e a direita moralista desesperada é o que permite que não nos matemos nas ruas. O capital internacional sabe muito bem disto, desde a segunda guerra mundial, quando fez com que comunistas e capitalistas fizessem aliança entre si e com colonialistas para vencer o nazi-fascismo. Se não for Lula o capital no Brasil também sofrerá. Não falo aqui das figuras emblemáticas do grande capital que já estão lucrando com o golpe e provavelmente continuarão a lucrar. Falo da massa de pequenos e médios empresários que serão varridos para a pobreza assim como altos funcionários que terão sua qualidade de vida despencando por conta de uma crise política. A opção inteligente, mesmo para a direita liberal brasileira é Lula. Com pactos exigindo que o presidente ceda em alguns pontos … enfim, alianças. Sem elas podemos nos preparar para um 2018 que não vai acabar.

“Mas alianças a que preço, Fernando?”. Ora, se você já está pensando em “preço” então é porque já temos um início de negociação. Eu acho que nem eu, nem você podemos ter a petulância de querer colocar um preço moral em alianças. Pergunte àquela mãe que perdeu vários bebês para a fome, nos anos 90, qual o preço de alianças. Pergunte olhando nos olhos dela, e não pensando em algum moralismo difuso que se baseia nos escritos do século XIX de algum europeu branco e gordo. O mundo é aqui e a vida é agora. E são muitos “preços” que devem ser colocados na mesma mesa de negociação. Por que o seu vale mais? Enquanto tiver um brasileiro passando fome ou fora da escola, qualquer coisa que impeça uma aliança é um preço alto demais a se pagar.

Se não der Lula teremos o caos. E é isto o que a esquerda tem hoje de melhor a fazer na “luta contra o golpe”. Evitar o caos.

Se formos olhar com cuidado, os quatro grupos mais atacados pelas medidas golpistas não se levantaram em momento algum. Os sem-terra e os sem-teto, em que pese liderados por pessoas articuladas e cheias de frases de efeito, nada fizeram. As mulheres e os professores, atacados diuturnamente pelo (des)governo Temer, também nada fizeram. Estes quatro grupos mostram que a sociedade brasileira não vai se levantar, não importa o tamanho da sela que lhe coloquem no lombo. Toda a “resistência” ao golpe, descontadas as dancinhas, cânticos e um carnaval fora de hora, se baseia no aumento do custo das medidas indignas ou injustas. E só isto. Tudo o que a esquerda está fazendo é aumentar o custo político para cada ação que Temer toma. Esperando a chegada de um Napoleão, um Fidel, um Lênin ou um Toussaint Louverture …

Só há dois caminhos para o Brasil, ou a restauração institucional e democrática com um candidato que seja capaz de fazer alianças e que tenha um projeto de Brasil, ou a violência aberta e direta que se apresentará, caso a extrema direita ou a extrema esquerda queiram colocar em prática os seus – identicamente a-históricos – planos e pensamentos. Como o povo brasileiro historicamente não se levanta por coisa alguma (e a farsa de 2013 cada vez mais se mostra como tal), creio que a única solução é um reformismo lento, mas que temos que lutar que seja contínuo. Com as instituições mediando os conflitos políticos e acolhendo a violência para dentro de si evitando que ela se espraie socialmente.

Lula não é “de centro” como uma parte da esquerda está tentando colocar. Também não é “extrema esquerda” como a direita insiste em acusar. Lula, hoje, é o consenso que o Brasil pode ter. Não é Lula que precisa ser presidente. É o Brasil que precisa dele presidente. O centro político brasileiro precisa entender que hoje o consenso institucional possível, capaz de manter o jogo democrático e alguma ordem social com crescimento econômico está um pouco mais à esquerda do que eles gostariam. E a esquerda entender que as teses trostskystas de que a pressão social funda uma consciência revolucionária nunca saíram do papel. Ou peguem em armas, como fizeram Lênin, Trotsky, Stalin, Fidel e tantos outros – arcando com o custo social, psicológico e histórico disto – ou parem de bravatas infantis e passemos a consolidar uma candidatura que possa sim fazer alianças. Que possa chegar a uma agenda mínima aceitável para o país. De forma material e clara, e não idealista, ideológica ou moralista.

Cada vez que vejo alguém criticando “alianças” sem ter um fuzil na mão, penso como não aprendemos nada com a história do século XX. Respeito qualquer um dos caminhos, o do fuzil ou das alianças, mas não um “caminho do meio”. A violência é a base social humana, resta saber se você quer apostar nela aberta e crua ou institucional e cínica. E se você está disposto a pagar pelo preço de uma ou de outra escolha.

Fernando Horta

Somos pela educação. Somos pela democracia e mais importante Somos e sempre seremos Lula.

46 Comentários

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  1. Discordância

    Sim, o melhor caminha realmente parece ser o da negociação e o da aliança. E o Lula já demonstrou com toda clareza que é um mestre na negocição e nas alianças. 

    Mas não acho que seja a única opção: ou Lula ou o caos. Existem outras possibilidades, muitas não visíveis no momento. Outras que talvez sejam viáveis possam passar por Ciro Gomes, pelo Requião…. Vamos ver.

    Mesmo que Lula seja impedido de concorrer, ele não estará fora do páreo: certamente ele terá um papel decisivo sobre as eleições do ano que bem – isto se as houver ou se não matarem Lula antes.

  2. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come!!!

    Entendo que agora o Brasil  chegou numa encrusilhada: sem Lula, de fato, a coisa vai para aonde ninguém sabe. Com Lula, a direita vai ficar mais maluca ainda!!!!!. Mas é de se perguntar: elles deram o golpe para, apenas dois anos depois, e após tanta “reforma” para o bem do país” entregar os pasteis novamente? Será que os russos vão concordar com alguma “conciliação”?

  3. Urge a chapa Ciro/Lula

    Nestas alturas apenas uma massa de manobra perfeita, alienados inatingiveis não se deram conta de que vivemos um estado de excessão e que governa o país uma junta golpista que tem o dominio completo dos meios de poder e controle da sociedade. Hoje a suposta candidatura Lula seria vitoriosa numa eleição e esta  gigantesca falácia é usada como sentimento de manobra para despertar uma falsa esperança numa população que assiste desmobilizada e atônita a perda de seus direitos.

    É necessário muita ingenuidade para acreditar que a candidatura Lula será permitida para eleição de 2018 . E se for permitida será unicamente numa condição em que Lula esteja totalmente de joelhos. É clarissímo que a população não vai se mobilizar para defender uma candidatura de Lula que será usada pelos atuais detentores do poder até  o limite para dividir votos e será impugnada no momento que trouxer maior beneficio possível ao candidato do sistema.

    O único capital que Lula possui de fato é sua capacidade de angariar e transferir votos. Chega de ingenuidade e ilusões. Um Lula protagonista e altivo jamais será permitido pelos reais donos do poder. É o momento dos que gostam do Brasil e ainda pensam partirem para o pragmatismo. A chapa Ciro presidente , Lula vice  talvez seja a unica possibilidade para um Brasil minimamente soberano. Mesmo que venha a ser impugnado , Lula terá cumprido seu papel e abrirá caminho para uma chapa Ciro/Haddad . Apesar dos faniquitos que a ideia pode causar em muitos esquerdistas é preciso entender que a situação não admite mais amadorismo e que a direita e os detentores do poder agem com profissionalismo e eficiencia que a esquerda é absolutamente incapaz. A chapa Ciro presidente , Lula vice é hoje a única saída lógica e responsável para com os destinos do Brasil. 

  4. O jogo do trilhão

    Acho massa a gente sustentar esse discurso. Na rua, na escola, na lanchonete, na praça… Eu mesmo faço isso dia sim outro também. Mas cá entre nós, já sabemos que depois de trilhão na mesa, dobrarão a aposta para não aceitarem rodar a roleta.

    É necessário articular o caos, porque o artigo que ainda falta ser escrito é:

    “E QUANDO NÃO DER?”

  5. Ou o Brasil elege (INSERIR

    Ou o Brasil elege (INSERIR SALVADOR DA PÁTRIA) ou será o caos. Esse tipo de frase resume bem nossa miséria enquanto nação.

  6. É muito bonita a posicao

    É muito bonita a posicao ghandiana de Fernando Horta, alias usada por Lula nos seus dois mandatos.”Lulinha paz e a amor”.Deu no que deu.A direita reacionaria e o imperialismo norteamericano nao aceitam Lula, de jeito nenhum, nem light, nem conciliador e muito menos revolucionario, o que nao é.Nao vaoi ceder um milimitro no que ja conquistaram com o golpe de 2016.Se houver eleicao para presidente em 2018, vai ser sem Lula.

  7. “Lula, hoje, representa a
    “Lula, hoje, representa a única forma de reunificação do país.”
    Pois vejo exatamente o oposto. Então, todo esse ódio expresso contra Lula e o PT vão passar? Quando ocorreu algo semelhante na história?
    Uma grande conciliação como a de 2002-2010, quando ovos não foram quebrados? Tem certeza? Não me refiro a nenhum furor revolucionário, mas o Lula tem como liderar, pacificamente a Reforma Tributária? Aquela que ele não conseguiu fazer nem quando tinha 80% de aprovação?
    Lamento…

  8. Troca de Elite

    “… E se, em algum destes degraus que se tornam cada dia mais perigosos, o presidente ficar retido, certamente contra a sua vontade?”

    A elite endinheirada irá para a rua festejar e pedir intervenção já. Pela terceira noite de festejos nazi-fascistas, Bum! Um artefato explosivo pertencente à companhia de energia elétrica (transformador).  Plantão do Jornal Nacional. Ambulâncias, bombeiros, esquadrão anti-bombas e um mundo interagências humanitárias militares. Finalmente, um peritólogo: n4rc0 t3rr0rism0 da esquerda bolivariana infiltrado pelo abestado isl4m1c0. Coletiva do ministro da defesa em Washington… O diretor desse filme, para mim, é o mesmo do Troca de Elite.

  9. O caos é o que as
    O caos é o que as multinacionais & banqueiros do Eixo (City-Wall Street) querem porque somente o caos pode impedir que novas multinacionais brasileiras apareçam no cenário internacional e domine mercados que nossos rivais ambicionam ocupar. Para o Eixo, a alternativa ao caos seria um país tendendo ao primitivismo tecnológico das comunidades tradicionais – um país desindustrializado, de urbanização precária e sem propensão a inovação – mas, ao contrário do que ocorre nas comunidades tradicionais, com uma população propensa à auto-sabotagem e dotada de baixos níveis de capacidade para a cooperação (baixos níveis de empatia).  O que essa esquerda radical que o autor menciona pensa sobre urbanização, industrialização e inovação tecnológica? O que essa esquerda radical pensa sobre empatia?   Comunidades tradicionais não são capazes de se defender – sabemos bem disto porque, infelizmente, elas são frequentemente deixadas à própria sorte no embate (ao estilo velho-oeste & barbárie dos rincões do país) contra CEOs de multinacionais como a Petrobras e a Vale. Obviamente o Eixo adoraria que o Brasil inteiro fosse o mais similar possível a essas comunidades tradicionais (que são incapazes de se defender).  E essa esquerda radical? Ela também quer que o Brasil seja o mais similar possível a essas comunidades tradicionais?   

  10. O analista faz um didático

    O analista faz um didático ensaio político, mas esquece de um pequeno detalhe: A REALIDADE;  os fatos crus que se sobrepõem às veleidades. 

    A situação civil de Lula hoje é de um condenado em primeira instância com possibilidade de pelo menos mais uma sentença desfavorável dentre os demais processos que responde. A probabilidade de que essas sentenças não sejam confirmadas em segunda instância é próxima de zero. Talvez para fingirem lisura e isenção refutem uma delas. Às claras, há todo um planejamento por parte do TRF-3ª Região visando a apreciação dos processos antes das convenções que definirão os candidatos ao pleito de 2018. 

    Por que, então, a fuga dessa fatalidade? Lula não será candidato. A discussão a prevalecer desde já é acerca das consequências nos planos político e psicossocial da condenação e possível encarceramento de um líder popular(talvez o maior da nossa história) com amplas possibilidades de reeleição.

    A aposta dos que acham possível esse desenlace num contexto de normalidade é por demais alta. Irresponsável, até. Sopesam apenas os aspectos jurídicos olvidando os políticos que por sua vez, a depender do desenrolar do impasse, poderá desaguar na maior das tragédias que seria a suspensão do Estado Democrático de Direito. 

    Talvez o mínimo do mínimo aceitável para as massas seria a condenação em segunda instância e a consequente impossibilidade de concorrer. Agora, submetê-lo às humilhações de um encarceramento vexatório à moda da elite dirigente do Rio de Janeiro e outros réus da Lava a Jato, aí seria demais. Estariam cutucando a onça(povo) com vara curta. 

     

    1. cabou???

      “Por que, então, a fuga dessa fatalidade? Lula não será candidato.”

      O Brasil será o que Moro e outros coxinhas resolvam?

      Vamos então esperar que escolham um candidato, tipo Hulck e baixar a cabeça?

      Seguiremos aceitando este jogo de cartas marcadas?

      Cada povo tem o governo que merece. Façamos por merecer Lula! Se nós quisermos e formos maioria, nós fazemos a Lei.

      1. O J.B. Costa não disse que

        O J.B. Costa não disse que iremos aceitar. Ele disse o que os golpistas estão fazendo e ainda farão. Infelizmente, Lula está fora do páreo. A não ser que nós, o povo, viremos a mesa. Mas para isso é preciso que algumas lideranças articulem conjuntamente a resistência e ponham em prática um plano factível urgente que permita a candidatura Lula contra todas as forças reacionárias no poder: judiciário, mp/pgr, aparato policial, mídia hegemônica, mercado financeiro, estados unidos e a maioria da alienada clásse média. E se não bastasse tudo isso, ainda não sabemos como aquele que talvez seja o player mais poderoso de todos vai se posicionar em breve: as forças armadas. A julgar pelas medalhas que andaram distribuindo, pelo vergonhoso silêncio ante a entrega das nossas riquezas naturais e pelas ações conjuntas na amazônia, já podemos imaginar de que lado elas estão.

      2. Ora, Alexis, tu és uma pessoa

        Ora, Alexis, tu és uma pessoa lúcida e atualizada. O destino de Lula não está mais nas mãos do Juiz Moro, mas do TRF-3 ª Região. Os sinais de fumaça que saem dessa Corte é que irão, sim, confirmar as sentenças da primeira entrância. Impossível fugir dessa realidade.

        Sobre as consequências, aí tudo é imprevisibilidade. O povo irá para as ruas ou aceitará passivamente Lula fora da disputa? O que projeto com uma certeza angustiante é que SE  o encarcerarem aí, não,  a coisa muda de figura. O país correrá o risco de uma convulsão social. 

        Lula fora da disputa, seria aceitar o inaceitável, suportar o insuportável.  Entretanto, Lula escorraçado e humilhado, JAMAIS! 

         

         

  11. Brilhante comentário. O Lula é a salvação nossa e deles.

    Depois do golpe, o caos, que está causando esta desgraça e também a desmoralização das instituições, que tende a piorar.

    Não são inteligentes mas não deviam ser tão burros e idiotas que não veem que tirando o Lula eles tiram também o piso precário no qual desgraçadamente se apoiam. Será o caos do caos.

    Já deu para avaliar o que o golpe lhes custou, embora tenha, por causa deles, desgraçadamente custado muito mais ao país.

    Acorda stf!

  12. Mais uma vez muito bom, nos

    Mais uma vez muito bom, nos ajuda a argumentar com a esquerda ”radical”  que na hora H vai para fora do país e a gente fica aqui se lascando. Mas reitero a pergunta de dani-el : e se não der?

  13. Viva Trotsky!

    Caro Fernando,

    Sua análise sobre o momento político atual no Brasil está correta. Ponto.

    Entretanto, alguém precisa te dizer que suas referências a Trotsky são risíveis, marcadas por um desconhecimento de fatos históricos básicos e por um sectarismo típico de gente formada no movimento estudantil em tendências políticas originadas no stalinismo. Aliás, em matéria de discurso rançoso e fechado em si mesmo, você nada tem a ensinar em termos de atitude melhor aos setores da esquerda que tanto critica.

    Em Brest-Litovsky, ou melhor, durante as negociações do governo bolchevique com o Império Alemão em 1917/1918, diversamente do que você relata, Trotsky foi chamada às pressas para Moscou porque o Comitê Central do Partido estava dividido exatamente ao meio na questão, e ele era o voto de desempate. Uma posição era por assinar a paz – admitindo que seria um acordo horrível dadas as condições naquele momento – sob a liderança de Lenin. Outra era pela “guerra revolucionária” contra o imperialismo alemã, defendida essencialmente por conta do risco de desmoralização da Revolução perante os trabalhadores de todo o mundo em caso de acordo com Berlim nas condições horrorosas que estavam postas na mesa. E não era algo restrito aos bolcheviques, pois os socialistas revolucionários russos já tinham matado o embaixador alemão em Moscou num atentado, exatamente para força a continuação da guerra. Trotsky apresentou uma terceira posição ao Partido Comunista Russo: “nem paz, nem guerra”.

    Vamos entende que Trotsky tinha claro que a posição de defesa da “guerra revolucionária” facilmente poderia ensejar o desencadeamento de uma guerra civil nas regiões do país sob controle dos bolcheviques. No fim, considerando o fato básico que a desintegração completa do exército russo tornava quimérica qualquer ideia de prosseguimento de guerra contra as forças alemãs, Trotsky desempatou a questão para a posição de Lenin, fundamentalmente porque um “partido da paz” era o adequado a promover a coesão dos revolucionários em tão difícil momento.

    Abraços,

    Elcio Siqueira

  14. A candidatura do Lula será uma aventura!

    Quando a decisão sobre a condenação do Lula pela Lava Jato chegar ao STF os ministros vão manter a decisão com base no voto da ministra Rosa Weber “não tenho provas contra o Lula, mas vou condená-lo pois a literatura jurídica me permite”. O voto da ministra será seguido pelos ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luís Fux, Celso de Melo, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Edson Fachin e , para finalizar, o iluminista Luís Roberto Barroso. Talvez os ministros Marco Aurélio Melo e Ricardo Lewandovisky votem contra.

     A questão da composição do STF já é leite derramado. Os governos petistas tiveram a oportunidade de indicar 8 dos 11 ministros da Corte, portanto já não há mais o que fazer. Não deveriam ter sido tão displicentes com essas nomeações. Agora o que temos é a principal instância do Poder Judiciário conspirando contra a Democracia e a Constituição. 

    Infelizmente o golpe de estado ocorreu e segue o seu curso. O Lula, o PT e a esquerda não têm condições de se contraporem aos golpistas. Da mesma forma como teve golpe e não teve luta (ao contrário da palavra de ordem da esquerda: “não vai ter golpe vai ter luta”), o Lula não será presidente em 2018. A correlação de força está amplamente desfavorável e o Lula não tem o perfil para o enfrentamento, é um conciliador dócil.

    Quando o Lula sinaliza perdão aos políticos golpistas, cria constrangimento que desmobiliza a militância do partido e afasta o PT de sua base social. Principalmente os jovens, que têm muita dificuldade de digerir essas alianças insidiosas. A aposta do ex-presidente no moribundo modelo de presidencialismo de coalizão só prova que nada irá mudar. É provável que o Lula convide o Henrique Meireles para o Banco Central novamente.

    O que o PT deveria fazer nesse exato momento é concentrar suas energias nas eleições para governadores, senadores e deputados federais, ao invés de ficar construindo alianças espúrias com golpistas, que desmobiliza sua base social. Essas alianças são tapas nas caras dos militantes e simpatizantes do PT que ainda resistem. A esquerda e o PT ficarão mais desmoralizados se o Lula for candidato com o apoio de golpistas traidores, como Renan Calheiros, Kassab, Sarney, Eunício de Oliveira, Romero Jucá e Maluf. É um preço muito alto a ser pago, sem a certeza de resultado efetivo. Essa história de optar pelas oligarquias ao invés do povo, da conciliação ao invés do embate tem tudo para terminar num retumbante fracasso.E abre uma verdadeira avenida para que surjam “outsiders”.

    Ter o apoio da esquerda organizada não será suficiente. O que é fundamental é atrair a imprevisível classe média, que atualmente é contra os políticos convencinais. O que essa importante parcela da sociedade busca é alternativas. E definitivamente o Lula não representa essa alternativa. A grande maioria das pessoas com quem convivo não aguentam mais ouvir falar do Lula. A rejeição ao Lula é uma variável complexa que dependerá de outras circunstâncias como o surgimento de alternativas viáveis. 

    O Lula podia apoiar a candidatura do Ciro Gomes ao Planalto. Em troca, exigir o apoio às candidaturas aos governos estaduais em São Paulo do Haddad, no Rio de Janeiro do Celso Amorim, em Minas Gerais do Pimentel, no Rio Grande do Sul do Olívio Dutra ou Tarso Genro e nos governos estaduais no Nordeste. Se o Haddad conseguir ser eleito governador em São Paulo, seria um passo para futuramente ser um forte candidato à sucessão do Ciro ao Planalto.

    O PT precisa de uma freada de arrumação, ou seja, de uma transição à dependência do Lula. E a forma de projetar lideranças políticas nacionais é consolidar lideranças regionais na forma de governos estaduais. Se o PT conquistar os governos dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, será uma vitória significativa, pois terá conquistado os maiores colégios eleitorais do país.

    Outra questão, a candidatura do Lula beneficiaria muito mais os políticos golpistas que o apoiassem. Lavaria a cara deles. O partido político que mais cresceu durante os governos petistas foi justamente o PMDB. Se o Lula não precisar apoiar políticos do PDMB para viabilizar a governabilidade, poderá usar seu capital político para fortalecer o PT. O ex-presidente tem atualmente 35% de apoio do eleitorado. O PT tem hoje 57 deputados federais e 9 senadores. Se as pessoas que apoiam o Lula passassem a votar no PT, o partido teria 180 deputados (35% de 513) e 28 senadores (35% de 81). Seria um avanço, pois o PT conseguiria garantir as presidências da Câmara e do Senado.

    Uma coisa que o Lula precisa se preocupar é a dependência que o PT tem de sua imagem. Quando o Brizola morreu, o PDT se desvirtuou completamente chegando ao ponto de propor fusão com o DEM. Algo semelhante ocorreu com o PSB de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Com a morte dos dois líderes socialistas o partido se desvirtuou completamente, sendo um dos partidos decisivo no golpe de estado de 2016 e linha auxiliar do PSDB em São Paulo e atualmente faz parte do governo golpista.

    Sem o Lula o PT perderia sua unidade e se fragmentaria, pois o único fator de unidade do partido é o próprio Lula. Caso o ex-presidente se lance candidato em 2018, vai impedir qualquer possibilidade de surgimento de lideranças nacionais no partido e aumentaria ainda mais a dependência do partido à sua figura. Colocará todos petistas numa zona de conforto. A dependência do PT com relação ao Lula é uma verdadeira muleta. Quem mais se beneficiará com a candidatura do ex-presidente são os bajuladores dirigentes burocratas da direção do partido, que não enxergam nada além de aparelhamento, como esse tal de Luiz Marinho (presidente do PT em São Paulo).

    1. …com quem convivo não aguentam mais ouvir falar do Lula

      Mais de três anos, manhã, tarde, noite e madrugada; na TV, no rádio, na net, na banca e no poste:

      “Lula é ladrão; o PT quebrou o Brasil; Lula é analfabeto; Lula é populista; Dilma é uma anta; Lula é chefe da maior organização criminosa da história do País; o filho do Lula…; os petralhas; o enem é um fracasso, a blequifraidei é uma desgraça; o Lulismo é um atraso; Dilma é culpada pela zika e chicungunha; a copa do mundo é para roubo dos petistas; a bolsa-esmola do PT………….

      Saiu o PT e Dilma expulsa: “o enem está uma maravilha; a blequifraidei é um sucesso; não se ouve mais zika e chicungunha; a economia está melhorando……

      Os convivas têm alguma razão…

  15. Quem não quer aliança com Lula?

    O articulista escreve para a esquerda, mas o problema não é a esquerda, minoritária, que não aceita alianças. O problema é a direita poderosa, que controla a grande mídia, o aparelho judiciário do Estado (MPF, STF, PF), o Congresso, o mercado financeiro, grande partes das igrejas evangélicas, o chamado agronegócio, e os grandes empresários. São os principais representantes e lideranças desses setores que não querem aliança com Lula.

    O GRANDE problema não está na esquerda, embora ela muitas vezes consegue transformar um problema pequeno num grande.

  16. Tem gente correndo por fora e esperando substituir Lula.

    Não é informação previlegiada é simples intuição.

    Uma figura com experiência na política que vem se aproximando a passos largos do PT. Tem um discurso agradável ao eleitorado de centro esquerda mas com tradição política de centro.

  17. Só uma pequena observação,

    Só uma pequena observação, Fernando Horta.

    A direita sabe muito bem o que fazer, e está fazendo e vai fazer: mudar as regras do jogo. Não por acaso Alexandre de Moraes, colocado no STF para operar a segunda fase do golpe, vai colocar em votação se o Congresso pode ignorar os plebiscitos de 1963 e 1993 e empurrar o parlamentarismo (não se enganem, o uso do termo “semipresidencialismo” é para dourar a pílula)… e acho que já meio que sabemos o que vai acontecer.

  18. Não aceito essa lógica

    Não aceito esse conformismo ou submisão à  “justiça”. Lula é inocente. O fato de o Juiz Moro ter feito a condenação não muda em nada o sentimento meu e de muita gente. A Lei não pode estar acima dos desejos de um povo, pois justamente a lei é feita pelo povo e para o povo, ao serviço das suas crenças, práticas e costumes. Mude-se essa lei e essa justiça.O juiz Moro não é a Lei (muito menos agindo sem provas), apenas deve interpretar o conjunto de regras e normas que o povo brasileiro estabelece para regular a sua vida comunitária como nação. Se o povo quiser Lula será presidente sim, e basta para isso pedir aos seus eleitores que façam um abaixo assinado para isso, mudando a interpretação casuística desse Juiz e pedindo ainda a sua demissão e enquadramento. Chega de aceitar passivamente os desejos de um grupo de alienados que estão entregando o Brasil. Se o povo quer o povo deverá ter. Não aceito conversa submissa. Um sujeito teimoso não pode ter a força de milhões.

  19. bom texto  ..concordo, pra

    bom texto  ..concordo, pra mim LULA é a UNICA possibilidade (mas não uma certeza, infelizmente)

    o povo é manso mesmo  ..os ditos líderes comunitários só arrotam bazofias e os professores só saem a rua pro bolso deles ..os patos paneleiros, inocentes, ainda estão atordoados com o toco que levaram..

    ..mas, pra mim a direita ainda espera por uma oportunidade, por um messias, um Moro, Barroso, Frota ou Meireles, ale tudo, ..os EUA não darão tregua ..a entrega do trono não vai ser fácil, vale até mudar o regime, afinal, foi arriscado darem um golpe em Dilma

    ..ou isso, ou um golpe do judiciário (bem provável)  ..ou que Deus faça o serviço  ..ou que algum maluco puxe pra si a missão redentora dos radicais bolssomaníacos

     

  20. E se não der?

    Obrigado Fernando.

    A esquerda que nunca sentiu a fome apunhalar o estômago e incendiar a alma não ouve quando gente comum fala isso.

    Quem sabe contigo, que também podes dizer que vens de longe, com a vantagem de ter ido às profundezas das bibliotecas, a coisa seja diferente.

  21. A questão não é “E se não der?” mas “E porque não daria?”

    A questão não é ‘E se não der?’ mas ‘E porque não daria?’

    Ora, se não há provas dos crimes pelos quais o Lula foi condenado, a sentença do $érgio Moro tem tanta validade como as fezes de um dragão de Komodo, por mais que venha a ser confirmada por todos os Tribunais aos quais sejam interpostos recursos.

    Um acórdão não transmuta bosta em sentença. Se tal transmutação é tentada, o próprio acórdão também se transmuta em bosta.

    Lula lá!

    1. Heim!? E isso alguma

      Heim!? E isso alguma diferença faz para os golpistas? (judiciário, mp, pf, congresso ,mídia hegemônica e mercado financeiro daqui e de lá). Eles não estão nem aí pra leis, bom senso, povo, fezes de dragão de comodo etc. Vão impor, ainda mais agora que shell e exon injetaram carretas de dinheiro em seus rabos e ainda disponibilizarão toda tecnologia diabólica a serviço da manutenção da concentração de renda e do terrorismo de direita.

  22. Na veia. A questão é que

    Na veia. A questão é que precisa cair a ficha dos liberais civilizados. Dos empresários que não são o Lehman nem o Setubal. Mas se eles estão até pensando que o Bolsonaro não é tão Bolsonaro assim…

    Outra coisa é a quantidade de ódio ao Lula que a mídia encurtiu numa parcela da população. Essa parcela vem se reduzindo, é fato, mas é um grupo violento que não está só nas redes socias, e no MBL. Está dentro de instituições como o MP, PF e judiciário.

    Para haver essa conciliação que o Fernando propõe tem que se cuidar dessa milícia, representada pela lava a jato, que se apoderou do aparelho judicial e repressor do Estado.

    Eles tem autorização para o uso da força. São um cancer facista que tem que ser extirpado para o Brasil reconquistar o estado democrático de direito.

    “Extirpado” dentro da lei, que fique bem claro. Serem julgados pelo crime que cometeram obedecendo o devido processo legal

  23. Ou Lula ou o caos – mas, e se o caos é o projeto??

    Fernando, parabéns pelo texto.

    Acontece que o caos É o projeto do grande capital internacional e dos seus meios de ação (leia-se os Estados Unidos da América). Ecomomicamente falando, a Ásia e a África convergem cada vez mais para a órbita da Rússia e da China e cada vez menos para a órbita do Ocidente. Resta o quê? O quintal. A ser apropriado por meio de uma “receita Líbia” para a América Latina.

    O colapso institucional a que estamos testemunhando é premeditado e orquestrado – claro que em muito facilitado pela irracionalidade e cegueira das nossas supostas “elites”, boa parte das quais soçobrará e será sumariamente descartada ao longo do processo.

    As instituições brasileiras, moldadas desde 1500 por essas mesmas “elites” para servir a seus interesses, são inservíveis, imprestáveis e irrecuperáveis. É preciso suplantá-las.

    Concordo contigo que isso não ocorrerá pela via da revolução (que não haverá), mas tampouco pelo reformismo “lento, gradual e seguro” (apud Golbery) à moda lulista.

    Estamos então condenados, ou ao caos (pela falência das instituições) ou à miséria institucional (pela sua restauração, com Lula), coisa que poderia ser considerada um “mal menor” (frente ao caos).

    Não sei, mas me parece que, em nível planetário, já cruzamos o “ponto de não-retorno”, não haverá re-normalização institucional possível. Não voltaremos à estabilidade da segunda metade do século XX. Algum caos sobrevirá, melhor prepararmo-nos para operar nele.

    Abraços

     

  24. O nome é Ciro – Lula não vai pacificar

    Infelizmente. Se ele vencer as eleições (improvável que concorra) vai haver mihões de pessoas se contorcendo nas ruas, rangendo dentes e urrando. É inviável, o ódio a ele é extenso e explicito.

    Quem pode ocupar exatamente esse lugar, e vem trabalhando pra isso, é o Ciro. Ele não será opção insuportável para ninguém, que é o mais importante agora. 

    1. LULA E CIRO

      PARECE TER VISTO CIRO EM ALGUMA BOLA DE CRISTAL?!

      DEPOIS DESSE TEXTO DO F.H. NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE CERTA ESQUERDA VEM

      TRABALHANDO PARA TIRAR LULA DA JOGADA. E COMO É ISTO QUE A LAVA-JATO TAMBÉM QUER E TODA A TURMA DE

      BRASÍLIA, E MAIS OS MILITARES (AFINAL, LULA É “COMUNISTA”, DIZEM!), CONCLUI-SE QUE A ESTREMA DIREITA E A

      EXTREMA ESQUERDA POSSUEM A MESMA INTELIGENCIA POLÍTICA SEM QUALQUER ESTRATÉGIA POLÍTICA. AMBAS

      FALAM A MESMA LINGUAGEM E TÊM OS MESMOS MÉTODOS.

      A EXTREMA ESQUERDA  QUER UM CANDIDATO VIRGEM, QUE NUNCA TENHA SUJADO AS MÃOS NA LUTA E QUE

      PORTANTO NÃO PESE SOBRE ELE NENHUMA ACUSAÇÃO. É NÃO SÓ TRAIDORA COMO BURRA. ELA QUER REINAR

      SOZINHA PROVOCANDO CISÕES, FRAGMENTAÇÕES E DIVISÕES NA ESQUERDA., NUMA HORA EM QUE DEVERIA ESTAR UNIDA.

      NEM QUE ESTIVESSE ARMADA, ELA SERIA UM ALVO FÁCIL PARA OS ARMADOS DA EXTREMA DIREITA E PARA A BANCADA

      DA BÍBLIA COM SEU SÉQUITO DE CEGOS E FANÁTICOS QUE SUPERLOTA OS TEMPLOS.

      LULA SÓ ESTÁ ONDE ESTÁ E COMO ESTÁ POR NÃO SER VIRGEM, MAS EXPERIENTE, MADURO NA LUTA POLÍTICA.

      LULA TEM UMA HISTÓRIA POLÍTICA E DE VIDA. É O ÚNICO CAPAZ DE FORMAR UM CONSENSO NACIONAL E

      INTERNACIONAL.CIRO TEM UMA HISTÓRIA BUROCRÁTICA REGIONAL E INSTITUCIONAL E NÃO MERECEU SEQUER

      A “IMPORTANCIA” DE SER REVISTADO PELA LAVA-JATO. LULA CONHECEMOS. CIRO, NÃO!

  25. Necessária

    Caro Fernando Horta e leitores,

    Já houve a revolução inglesa 1642

    Já houve a revolução francesa 1789

    Já houve a revolução mexicana 1911

    Já houve a revolução russa 1917

    Já houve a revolução chinesa 1949

    Já houve a revolução cubana 1959

    Já houve a revolução dos Cravos em Portugal, com apoio dos militares 1974

    Mas nunca houve a revolução brasileira, a necessária revolução brasileira.

    No dia em que conseguirmos construir um projeto para o Brasil com base no conhecimento de sua história e baseada na união entre povo, militares, intelectuais e classe média, então teremos condições de fazer a revolução brasileira, único caminho para reverter esse quadro, descrito por Darcy Ribeiro como mais um processo de “incorporação histórica” neocolonial protagonizado pelas  grandes corporações e estados  capitalistas estrangeiros, em associação com o patronato e patriciado brasileiros, como já ocorreu diversas vezes em nossa história.

  26. alianças…

    A questão não é fazer alianças ou não fazer alianças, mas sim, quais alianças fazer.

    Vamos fazer alianças para viabilizar um programa…

    … ou vamos fazer um programa para viabilizar certas alianças?

    Alianças também tem o seu preço. O preço de certas alianças pode ser:

    – não fazer reforma agrária

    – manter os juros altos

    – privatizar as empresas estatais, inclusive a Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil

    – encolher os programas sociais

    – desmantelar o BNDES

    – sucatear as universidades públicas

    – não democratizar as telecomunicações

    e por aí vai.

    E aí a gente vê que a questão não é só o preço de não fazer alianças, mas também o preço de fazê-las.

    Porque, que ninguém se iluda, as alianças poder fazer parte do “preço”. Aliás, já fizeram, ou será que o golpe de 2016 não foi pensado e executado exatamente por aliados?

    Fora isso, resta a demagogia, do tipo “Pergunte àquela mãe que perdeu vários bebês para a fome, nos anos 90, qual o preço de alianças.”

    Em vez disso, perguntemos às mães que vão perder bebês para a fome no ano que vem, o que elas acham da maravilhosa aliança que levou o vampiro Temer – esse que vai matar os filhos delas – à presidência da República.

  27. discordo em parte


    existem algumas questões que deveriam ser melhor avaliadas.

    concordo que lula está entre os 3 melhores presidentes, ainda que, provavelmente, a nossa lista difira.

    ainda assim, o governo lula foi regular, quase ruim.

    sua granda vantagem foi substituir o maior incompetente da história da república. por isso seu governo pareceu melhor do que foi realmente.

    o buraco de brest-litovsky era mais embaixo e a revolução precisava de fôlego para enfrentar a reação imperialista quando 14 países, inclusive a alemanha derrotada na guerra, invadiram a urss. e perderam (o primeiro “fundo de biblioteca” que frequentei foi a do meu pai).

    o povo estava armado.

    já notou que depois que maduro armou o povo com fuzis não se fala mais nada da venezuela?

    aliás, vc falou em fuzis: não entendo por que a esquerda não defende o armamento da população?

    observe que coisa interessante: a bancada golpista no congresso, a extrema direita tacanha e obtusa, na retórica, defende o porte de arma para os cidadãos “de bem” etc.

    promovem mudanças antipopulares até na constituição, mas não mudam o estatuto do desarmamento, uma lei ordinária.

    por que será?

    será que tem algo a haver com a música do wilson das neves?

    lula, infelizmente, teve condições de promover mudanças estruturais necessárias, mas não o fez, ou por não concordar com elas, ou por medo.

    saravá!

  28. O Sol se levantará quando Lula já não estiver mais aqui ?

    A julgar pela essencialidade de Lula para a consolidação de um Brasil mais justo e democrático temos que dar um jeito para que ele sobreviva pelo menos mais uns 28 anos e chegue lúcido aos 100 anos.

    Do contrário será o caos, porque outro como Lula será raridade.

    Ah sim, e esse negócio de aliança deixa com ele , porque é ele e só ele quem sabe desta matéria.

    Líder é líder. E liderado é liderado.

    Votem e deixem tudo com o sacrossanto iluminado.

    É a nossa única chance de superar nosso atraso.

    É Lula über alles !

    Do contrário será o caos.

  29. acordos? Sempre

    Lula estará disposto a fazer os acordos. Na ultima enrevista,para fernando Moraes, chegou a dar uma “cantada” no Alkimin, dizendo que a natureza dele é pacifista (…). Sabe o que a bruguesia quer do Lula? Quer isso mesmo. quer ver ele lamber o chão, daqui a pouco, elogia globo de novo. E sabe o que o judiciário,  que está cumprindo ordens do exército vai fazer? Você sabe. sabe o que o povo irá fazer? nada.PSDB ganha a eleiçãocom 50 % de votos nulos. 

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