Que saudades dos coxinhas, por Victor Saavedra

Que saudades quando a discussão era por um país diverso, e não esse lobby monocrático teológico ideológico que hoje nos governa.

Que saudades dos coxinhas, por Victor Saavedra

Onde estão os filhos pródigos do PSDB que abandonaram seu candidato na última eleição presidencial? Aqueles mesmos que combateram de forma ácida e inteligente o governo vermelho e se aventuraram nas ruas com a camiseta do então candidato tucano derrotado e a frase “A culpa não foi minha”.

Será que estão escondidos e humilhados pelo próprio peso de suas próprias escolhas, e agora seguem nas ruas vestindo suas camisetas da seleção brasileira, agora lutando por um governo que não os representa. Ou os coxinhas são defensores do porte de armas, do desmonte dos órgãos de fiscalização, ou do fim da multa para quem transportar crianças sem cadeirinha?

O tucanato já não conta com antagonistas, ponto de referência de seu discurso desde o Mensalão, e perdeu os inteligentíssimos comentários de Fernando Henrique, questionado até pelo detento mais famoso de Curitiba. Então onde despejar seu veneno contra a famélica esquerda que destruiu o país, derrocada em 2016?

Seu bastião jornalístico, aquela com as melhores capas e montagens, assim como os principais meios de comunicação, são catalogados por quem comanda dois dos três poderes da nação como fake news. Assim como os jornalistas da rede plim plim, e de outros grupos, que aprenderam a combater o extremismo durante o último ano, e se surpreenderam com informações sobre milícias, laranjais e lucros fantásticos.

Bom, onde estão os defensores da ética na política (sim, aqueles que votaram no neto de Tancredo)? Serão eles os que sairão às ruas para pedir o governo do ex-presidente do Clube Militar? Hoje o refúgio da reserva, comandado pelo general Eduardo José Barbosa, foi transformado em mais um bastião do Bolsonarismo.

http://clubemilitar.com.br/a-nacao-deu-um-aviso-gen-rocha-paiva/

Sabemos que os adeptos do bolsonarismo respondem aos conteúdos entregues através de canais unidirecionais, leia-se redes sociais, onde absorvem o discurso e seus argumentos, deixando os questionamentos para comentários nas postagens, invariavelmente ignorados. Mas estarão os coxinhas lustrando as panelas quando seu partido sair da irrelevância à que se submeteu depois dos parcos 4,76% dos votos?

Na verdade mais que um questionamento… é um desabafo. Que saudades quando a discussão era por um país diverso, e não esse lobby monocrático teológico ideológico que hoje nos governa.

Redação

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