Chefe da diplomacia da UE propõe sanções contra ministros de Israel acusados de fomentar o ódio

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

Segundo Josep Borrell, a UE não deveria ter “tabus” para garantir que o direito humanitário em Gaza fosse respeitado

Chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell. | Foto: Creative Commons/Flickr European Parliament

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (29) que articula com os Estados do bloco a autorização de sanções contra ministros israelenses acusados de fomentar o “ódio contra os palestinos”. A declaração foi dada durante reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas, na Bélgica.

Borrell afirmou que iniciou consultas com os 27 estados-membros do bloco para verificar se eles consideram “apropriado incluir na nossa lista de sanções alguns ministros israelenses [que] têm lançado mensagens de ódio inaceitáveis ​​contra os palestinos” e feito propostas que “vão claramente contra o direito internacional“.

Na ocasião, Borrell acrescentou também que a UE não deveria ter “tabus” para garantir que o direito humanitário fosse respeitado, mas ressaltou que nenhuma decisão seria tomada na reunião desta quinta.

O diplomata não citou os nomes dos ministros israelenses aos quais se referia, mas acredita-se que ele defenderá sanções contra os extremistas Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, considerados essenciais para o futuro político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Ben-Gvir, que é ministro da segurança nacional de Israel, pediu o corte de ajuda humanitária para Gaza. Já Smotrich, encarregado das finanças, disse que poderia ser “justificado e moral” deixar 2 milhões de pessoas em Gaza passarem fome para libertar os reféns israelenses.

Contudo, apesar dos apelos de Borrell, a proposta tem poucas possibilidades de seguir adiante por causa da própria divisão do bloco europeu sobre o tema.

Com informações do The Guardian e AFP. 

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2 Comentários

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  1. Finalmente a maré está começando a mudar. Israel não terá mais um cheque em branco para cometer impunemente crimes contra a humanidade.

  2. Nossa, esse diplomata é quase um paranormal. Um sensitivo mesmo, que antes de qualquer um conseguiu “captar” que os ministros de Israel estão a fomentar o ódio contra os Palestinos.
    Que duras sanções recomendará o diplomata? Que os ministros não saiam para passear nos domingos?

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