
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (29) que articula com os Estados do bloco a autorização de sanções contra ministros israelenses acusados de fomentar o “ódio contra os palestinos”. A declaração foi dada durante reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE, em Bruxelas, na Bélgica.
Borrell afirmou que iniciou consultas com os 27 estados-membros do bloco para verificar se eles consideram “apropriado incluir na nossa lista de sanções alguns ministros israelenses [que] têm lançado mensagens de ódio inaceitáveis contra os palestinos” e feito propostas que “vão claramente contra o direito internacional“.
Na ocasião, Borrell acrescentou também que a UE não deveria ter “tabus” para garantir que o direito humanitário fosse respeitado, mas ressaltou que nenhuma decisão seria tomada na reunião desta quinta.
O diplomata não citou os nomes dos ministros israelenses aos quais se referia, mas acredita-se que ele defenderá sanções contra os extremistas Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, considerados essenciais para o futuro político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Ben-Gvir, que é ministro da segurança nacional de Israel, pediu o corte de ajuda humanitária para Gaza. Já Smotrich, encarregado das finanças, disse que poderia ser “justificado e moral” deixar 2 milhões de pessoas em Gaza passarem fome para libertar os reféns israelenses.
Contudo, apesar dos apelos de Borrell, a proposta tem poucas possibilidades de seguir adiante por causa da própria divisão do bloco europeu sobre o tema.
Com informações do The Guardian e AFP.
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Finalmente a maré está começando a mudar. Israel não terá mais um cheque em branco para cometer impunemente crimes contra a humanidade.
Nossa, esse diplomata é quase um paranormal. Um sensitivo mesmo, que antes de qualquer um conseguiu “captar” que os ministros de Israel estão a fomentar o ódio contra os Palestinos.
Que duras sanções recomendará o diplomata? Que os ministros não saiam para passear nos domingos?