Um ataque aéreo do Exército de Israel destruiu um prédio residencial de cinco andares que abrigava famílias deslocadas na cidade de Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza. Ao menos 109 palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos.
Segundo o veículo árabe Al Jazeera, o edifício abrigava cerca de 200 pessoas, dessas dezenas estão desaparecidas e mais de 150 ficaram feridas, informou o diretor-geral do escritório de mídia do governo de Gaza, Ismail al-Thawabta.
A maior parte dos feridos foram levados para o Hospital Kamal Adwan, no interior do campo de refugiados de Jabalia, que é o mais próximo de Beit Lahiya.
O hospital, no entanto, enfrenta dificuldades para tratar os pacientes. Funcionários informaram que não há mais suprimentos médicos e a equipe conta apenas com apenas dois médicos pediatras, sem cirurgiões.
Dias atrás militares israelenses prenderam diversos funcionários no hospital. O médico Hossam Abu Safiya, diretor do Kamal Adwan, disse à Al Jazeera que a maioria desses presos eram cirurgiões.
Israel se cala e ONU se manifesta: “momento mais perigoso”
Israel ainda não comentou o ataque aéreo mortal. A ofensiva ocorreu um dia após o parlamento de Israel aprovar uma lei para proibir Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), de operar dentro do enclave.
O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no Oriente Médio alertou, nesta manhã, que a região vive seu “momento mais perigoso” em décadas, já que as guerras de Israel em Gaza e no Líbano correm o risco de “séria escalada“.
“Entramos agora no segundo ano deste conflito horrível, e a região está à beira de mais uma escalada séria”, disse Tor Wennesland ao Conselho de Segurança da ONU. “A violência no território palestino ocupado e na região mais ampla não mostra sinais de diminuição”, completou.
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