Dória torce por governo do PT e garante não retomar a carreira política

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Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o ex-governador João Dória afirmou que está fora da política e não pensa em ser candidato, tanto que já se desfiliou do PSDB e concentra suas atividades profissionais em uma consultoria.

“Quando fui para a política, me desliguei completamente da vida privada. Agora, fiz o mesmo ao mudar para a esfera privada. Apertei o botão, deletei a vida política, e vou me dedicar inteiramente à vida privada. Esse é o lugar onde pretendo continuar permanentemente. Não tenho nenhum desejo de retornar à vida pública”, disse o empresário.

Na torcida

Apesar de ser considerado “o anti-Lula” pela imprensa e depois de dar diversas declarações contra o petista, Dória agora admite que está otimista em relação ao novo governo e que torce para que ele dê certo.

“Lula traz uma vantagem para o Brasil porque apresenta um novo cenário político, econômico, institucional e ambiental. Ter um governo que anunciou um compromisso de proteção ambiental, respeito aos programas de descarbonização e não invasão de terras indígenas já traz um ganho de imagem e impacto perante os investidores”, continuou.

Os dias de “BolsoDória” também ficaram para trás. O ex-governador descreve o governo de Jair Bolsonaro (PL) como “o pior que o Brasil já teve”, mas que agora é hora de olhar para frente e trabalhar pelo desenvolvimento do País.

Desejo de ser presidente

Dória decidiu deixar a vida pública depois de desistir da disputa presidencial no último pleito, em 2022. Mesmo depois do anúncio da sua candidatura, o ex-governador de São Paulo não conquistou o apoio do próprio partido na época, o PSDB, e já acumulava uma mágoa antiga por não ser o escolhido do partido nas eleições de 2018, cujo representante tucano foi Geraldo Alckmin (PSB).

Com Alckmin, aliás, o agora consultor garante ter uma boa e respeitosa relação, além torcer pelo sucesso do atual vice-presidente.

Além da consultoria, Dória também se dedica ao Grupo Lide, voltado para a promoção de eventos e networking para empresários. Um dos critérios para a participação no grupo é que a empresa tenha uma faturamento anual de, no mínimo, R$ 200 milhões – o que já exclui mais de 90% dos empresários no Brasil. O ex-governador também quer se dedicar mais à vida pessoal e aos dez cachorros de estimação.

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