Lula analisa conjuntura política e aponta saída para crise do governo e PT

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Para ex-presidente, o “trunfo” contra a oposição será arrumar a economia e mudar a pauta. Quanto as investidas do MPF contra sua família, Lula disse: “Não precisa ter pena, eu vou sobreviver”

Jornal GGN – O PT precisa rever suas prioridades e se esforçar mais para conter os ânimos dos aliados no Congresso e aprovar, rapidamente, as medidas do ajuste fiscal enviadas pela presidente Dilma Rousseff. Tão logo isso acontecer, a recuperação da economia ficará menos distante e, consequentemente, o partido terá condições de recuperar parte da credibilidade que perdeu junto à base social que deu a vitória à Dilma em 2014. Essa é a visão do ex-presidente Lula, exposta durante o encontro do Diretório Nacional do PT, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (29).

Na reunião aberta à imprensa, Lula indicou que não adianta centrar fogo na política econômica e tampouco no ministro da Fazenda, Joaquim Levy, uma vez que o governo terá de fazer o necessário para evitar o aumento de desemprego – mesmo que isso signifique abraçar, circunstancialmente, um programa ideológico incompatível com as promessas do PT na última campanha eleitoral.

“A prioridade zero do PT no Congresso hoje, se a gente quiser começar a governar o País, é criar condições para aprovar as medidas que Dilma mandou, para que ela encerre essa ideia de ajuste e a gente possa ver a economia crescer, fazer a geração de empregos e renda. Sem a conclusão desse ajuste, ficamos numa confusão política e de credibilidade muito grande”, disse Lula.

Contrariando o discurso de dirigentes petistas, Lula disse que a bancada deve abraçar o ajuste fiscal como “prioridade zero”, dialogando com quem for necessário, e deixar questões menos objetivas – mas que dominam o debate público hoje – para segundo plano. Caso das ameaças de impeachment e da eventual cassação de Eduardo Cunha (PMDB).

Para Lula, o PT está sendo pautado pela grande imprensa – que tem dado destaque ao impeachment, à crise econômica e às operações Lava Jato e Zelotes – e pela oposição – que tenta, incansavelmente, reverter a derrota de Aécio Neves (PSDB) nas urnas. “Se a gente aprovar as medidas que estão no Congresso – e aí o papel dos líderes é muito importante, porque vão ter que conversar com quem gostam e quem não gostam – a gente pode ficar livre para discutir outros assuntos”, apontou Lula.

Com doses de bom humor e ironia, Lula ainda comentou as investidas do Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal contra seu filho, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, no âmbito da Operação Zelotes, além de outros tentativas de envolver o próprio ex-presidente em escândalos do BNDES e da Petrobras.

“Quero dizer que ninguém precisa ficar com pena, porque se tem uma coisa que aprendi foi enfrentar a adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria, e podem ficar certos: eu vou sobreviver. Eu não sei se eles sobreviverão com a mesma credibilidade que eles acham que eles têm. Mas eu vou sobreviver.”

O GGN acompanhou virtualmente a fala de Lula durante o encontro e reproduz, abaixo, os principais trechos.

O PT é maior

“A primeira coisa que acho que temos que fazer no nosso partido é aferição correta sobre conjuntura política. Certamente, nós não vivemos nosso melhor momento. Nós vivemos momento de acirrado bombardeio contra PT e petistas. Nunca houve na história dessa País o bombardeio que a gente recebe 24 horas por dias, até nas coisas mais simples que acontecem. (…) É preciso que a gente não fique nervoso com isso, porque a tendência natural é ficar nervoso quando a gente vê isso acontecer.”

“(Os ataques) têm uma explicação. Eles sabem que nós somos infinitamente maiores do que meia dúzia de companheiros que podem estar, justamente ou injustamente, pagando o preço de erros cometidos. Eles sabem que esse partido, sempre que colocado em xeque, esse partido reage como se fosse fênix. Reage das cinzas, mais forte do que estava antes do que qualquer crise.”

“(…) Na lógica deles, o PT sairá do mapa eleitoral da como nós tiramos o Brasil do mapa da fome. Essa crítica acirrada ao partido tem o objetivo de apagar da memória do povo um legado de 12 anos que é o profícuo legado deixado por um governo na história desse País.”

Problemas com coalização

“Depois de ganharmos a eleição mais difícil da qual participamos, tivemos um grande problema político, sobretudo com nossa base, quando tomamos a atitude de fazer o ajuste que era necessário fazer. Estávamos discutindo com os trabalhadores quando, de repente, em 29 de dezembro, anunciaram mudanças em algumas áreas sociais que deixaram a nossa gente muito irritada. Nós ganhamos as eleições com um discurso e depois das eleições tivemos que mudar e fazer aquilo que dizíamos que não iríamos fazer. Isso é um fato conhecido. Mas essa crise política se arrastou por mais tempo não só por causa disso, mas por causa da construção da coalizão política.”

Lula afirmou brincar com o PT dizendo que o “ideal” seria que eleger o máximo de petistas possíveis para o Congresso, ou formar coligações apenas com legendas de esquerda, “com os companheiros que pensam igual a gente”. “Mas isso não é possível”, admitiu, pois é necessária uma coalização de amplo espectro em cima do programa proposto pelo PT. “É com essa gente que a gente tem que governar.”

“O problema é que, apesar de termos feito tudo isso, os partidos estão enfraquecidos. As direções dos partidos já não têm o poder que tinham tempos atrás. Os líderes dos partidos não conseguem mais liderar suas bancadas. Hoje os partidos funcionam por grupo de interesses, por suas regiões.”

Além dos líderes estarem enfraquecidos, tem outro “agravante”, segundo Lula: “Tem um componente novo, que é a força de Eduardo Cunha junto a um grupo muito grande de deputados. Ele diz para muita gente que ele não lidera aquela quantidade de deputado. O que ele diz é que aqueles deputados estão insatisfeitos com a gente e o que Cunha faz é aceitar aquilos que eles querem colocar em votação. O certo é que estamos vivendo uma situação de certa estranheza no Congresso. Cada um tem seu grupo e seu jogo de interesses. E obviamente o PT virou uma espécie de sapinho feio, rejeitado. Ou seja, na medida em que o partido é atacado, muita gente se afasta do PT.”

Esboçando uma reação

“Do ponto de vista político, a nossa situação é a mais difícil. De uns tempos para cá, Dilma começou a agir pessoalmente e discutir diretamente com os partidos e a gente sente que nos últimos dois meses houve uma melhora na relação política. E a tendência é que a gente possa consolidar essa relação política no Congresso.” 

“Por que precisamos restabelecer isso? Porque é preciso governar o País. E não é possível imaginar que alguém possa governar o País na situação política que estamos vivendo hoje. Estamos fazendo exatamente aquilo que a oposição quer que a gente faça, que é não governar. (…) Não podemos permitir que eles façam a nossa pauta. A nossa pauta somos nós que fazemos a partir do compromisso que assumimos no dia 26 de outubro. Temos uma pauta e por conta dela é que temos que fazer os nossos acordos políticos para que a gente possa governar.”

Prioridades para o PT

“A prioridade zero do PT no Congresso hoje, se a gente quiser começar a governar o País, é criar condições para aprovar as medidas que Dilma mandou, para que ela encerre essa ideia de ajuste e a gente possa ver a economia crescer, fazer a geração de empregos e renda. Sem a conclusão desse ajuste, ficamos numa confusão política e de credibilidade muito grande.”

“Se a gente aprovar as medidas que estão no Congresso – e aí o papel dos líderes é muito importante, porque vão ter que conversar com quem gostam e quem não gostam –  a gente pode ficar livre para discutir outros assuntos. Depois, temos outra coisa para discutir, que é prioridade também, que é o impeachment. Não podemos permitir que se discuta o impeachment sem base legal e razão, porque se a moda pega, qualquer um perca a eleição entra com o pedido de impeachment.”

“Temos que ter em contra isso. Depois entra a questão Eduardo Cunha.”

“Vocês não acompanham pesquisas?”

“Eu acho importante vocês [dirigentes petistas] conversarem com a base política de Dilma no governo, porque não podemos passar mais seis meses discutindo ajuste e CPMF. Temos que começar a votar amanhã, se for o caso. (…) A não ser que tenha alguém aqui que ache que isso não é importante. Que primeiro tem que derrubar Eduardo Cunha, depois o impeachment, e só depois, se tudo der certo, a gente vota nas coisas que a Dilma quer. Acho importante a gente medir, porque o tempo do governo é um tempo que urge. Em nossa situação, precisamos urgentemente recuperar a credibilidade que a presidente já teve. Ou vocês não acompanham pesquisa de opinião pública? Por elas sabemos que vivemos momentos difíceis. Mas como a gente recupera? Não tenho medo de pesquisa que diz que você é rejeitado hoje. Tenho medo de a gente não trabalhar para recuperar. A sociedade está esperando um sinal de que a gente tem condições de governar o País.”

https://www.youtube.com/watch?v=tT-C9B0LirQ width:700 height:394]

Questão econômica

“Da mesma forma que já ouvi companheiros falar ‘Fora Levy’, já ouvi falar ‘Fora Palocci’, ‘Fora Meirelles’. (…) Eu garanto a vocês que não tem ninguém aqui que queira arrumar a economia mais rápido que Dilma. (…) Eu vejo os companheiros gritarem ‘Fora Levy’ como se fosse ‘Fora FMI’, e não é a mesma coisa. É importante lembrar que o programa econômico estava pronto antes de Levy. O país tem que voltar a crescer. Temos que voltar a despertar sonho e esperança no povo brasileiro.”

Segundo Lula, a situação é de União, Estados e municípios arrecadando cada vez menos e, consequentemente, investindo menos. E o empresariado repete o comportamento.

“Temos que ter em conta que a recuperação da economia é o maior trunfo que nós temos para recuperar a nossa credibilidade e a do governo diante da sociedade, dos trabalhadores, diante daqueles que votaram na gente. É através da economia que a gente vai conseguir mostrar que as coisas vão melhorar.”

“Nós temos duas formas [de melhorar a economia. Uma é aumentar imposto, mas é mais difícil de acontecer quando a gente está fragilizado na política. Mesmo assim, acho um esforço extraordinário do governo, de construir as condições para aprovar essas medidas. E aí os nosso lideres têm que negociar com os presidentes das Câmaras e do Senado.”

“Mas se a gente não aprovar impostos, temos outra coisa para fazer: fortalecer uma grande política de crédito. E já está acontecendo. O Banco do Brasil já está começando a financiar as cadeiras produtivas”, apontou Lula, para quem é necessário, ainda, investir em um estudo sobre o potencial do consumo interno e do comércio exterior com a América do Sul.

Denúncias de corrupção

“Ainda tenho três filhos que não foram denunciados e mais sete netos. Não vai terminar nunca isso. E ainda tenho uma nora que está grávida. Me criaram um problema desgraçado. Tenho quatro noras, me disseram que uma recebeu 2 milhões. Começaram a perguntar lá quem é que está rica aqui na família. Daqui a pouco uma começa a abrir processo contra a outra, para repatriar o dinheiro que pegou”, disse Lula, arrancando risadas dos militantes.

“Quero dizer que ninguém precisa ficar com pena, porque se tem uma coisa que aprendi foi enfrentar a adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria, e podem ficar certos: eu vou sobreviver. Eu não sei se eles sobreviverão com a mesma credibilidade que eles acham que eles têm. Mas eu vou sobreviver.”

Eleições

“A gente não pode aceitar o discurso que a eleição no Brasil é a eleição com o clima de Minas, do Rio ou São Paulo. Cada eleição acontece em uma cidade, reflete uma cultura. Em geral, a população vota de acordo com o que vê na sua cidade. Temos que estar preparados.”

“Pode ficar certo que nós temos chances de ganhar a Capital de São Paulo. Se a gente ficar analisando as pesquisas feitas na Avenida Paulista, não. O que temos que olhar é que toda a cidade, apesar da zona rica, em periferia e zona pobre. É nessa zona que está a nossa força. No que eles chamam dos grotões das pessoas mais pobres, nós ganhamos. Nós temos que ter a certeza de construir um bom programa para cada cidade e depois ir para a rua.”

Que partido fez mais?

“Eu acho que não há porque um petista ficar de cabeça baixa ouvindo um ladrão chamar o PT de corrupto. Temos que levantar a cabeça. Certamente temos defeitos e erros. Mas qual o partido que conquistou o direito de andar de cabeça erguida como esse partido? Quem fez mais pelo povo? É o seguinte, não tem outro jeito: em época de dificuldade econômica, a gente tem que ir para a rua. A única coisa que não vale é se esconder.”

“Quem quiser sair do PT, que saia. Esse partido tem porta aberta para entrar e para sair. O que não dá é para a gente disputar com companheiros que na primeira dificuldade, ele quer puxar o carro.”

“O PT tem história, tradição, legado. Nós servimos de modelo até ontem. Temos que fazer as pessoas lembrarem do que conquistaram. Se não as pessoas esquecem, a imprensa não fala e nós também não falamos.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

28 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mas tá é difícil… haja trincheiras!

    “Quero dizer que ninguém precisa ficar com pena, porque se tem uma coisa que aprendi foi enfrentar a adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria, e podem ficar certos: eu vou sobreviver. Eu não sei se eles sobreviverão com a mesma credibilidade que eles acham que eles têm. Mas eu vou sobreviver.”

    “O PT tem história, tradição, legado. Nós servimos de modelo até ontem. Temos que fazer as pessoas lembrarem do que conquistaram. Se não as pessoas esquecem, a imprensa não fala e nós também não falamos.”

     

     

     

  2. Só agora? É tarde

    O PT foi destruído pelo PIG e a culpa é do Lula e do PT que subestimaram o PIG e salvou a rede de esgoto de televisão com dinheiro do BNDES. Não dá mais tempo reagir e isso foi falado e escrito por muitos e o PT junto com o Lula achavam que era exagero. A Dilma já não governa mais e o que falta é a direta raivosa prender o Lula. Isso mais vai uma vitória da direita. Parabéns Lulinha paz e amor, afinal você é o cara.

     

  3. Nunca deixo de me supreender

    Nunca deixo de me supreender com o tirocínio político do Lula. Suas análises além de retratar com fidelidade a realidade política, ou seja, não se deter em devaneios teóricos-intelectuais, de certa maneira injetam otimismo e esperança num quadro de quase total desespero econômico e político. 

    Não inventou e nem é seu maior baluarte, mas poderia perfeitamente ter sido uma coisa ou outra. Refiro-me à realpolitik.O exercício da política no grau de mestre. 

  4. Vai passar

    “Eu acho que não há porque um petista ficar de cabeça baixa ouvindo um ladrão chamar o PT de corrupto.”

    Eh isso que tem que ser feito. Nenhuma pessoa, publica ou não, que for achacada em lugar publico, tem que parar, procurar calma e responder às agressões. Jamais abaixar a cabeça e fingir que não esta sendo chamado de ladrão. Uma aberração o Ministro da Justiça ficar calado enquando o chamam de bandido. Não se comportar como os fascistas é uma coisa, aceitar toda e qualquer ofensa sem arguementar ja beira a covardia. Vamos em frente.

    1. …”aceitar toda e qualquer

      …”aceitar toda e qualquer ofensa sem argumentar ja beira a covardia.”

      “Argumentar”?! Lula está de sacanagem, só pode.

      Como argumentar com soco – caso da estúpida vulgaridade de Celene Carvalho, na Livraria Cultura -, xingamentos, insultos – caso de Padilha, Mantega e outros em restaurante, hospital e até velório?

      Não vejo como argumentar. O que deve ser feito, tendo autoridade institucional – que Cardozo, Haddad, Suplicy têm mas muitos outros não têm – é dar ordem de prisão ali, na hora, sem estardalhaço nem descontrole, sério e implacável. Reafirmar as instituições.

  5. LULA SEMPRE!

    Mais uma vez digo, Lula é de uma grandeza ímpar. O rapaz é fantástico,  as palavras dele valem mais que uma imprensal dessas  vomitando besteiras. Quer dizer,  a imprensa  nao vai conseguir  fazer co que ele fique calado.

    Lula é muita fé, O Brasil  desacredita na mentira institucionalizada.

    Viva o Brasil, viva Lula!

    José Emílio Guedes Lages- Belo Horizonte

     

     

  6. Pequeno detalhe

    mas que faz toda diferença:

    A oposição não “tenta, incansavelmente, reverter a derrota de Aécio Neves “, a oposição e a grande imprensa tentam reverter é a vitória de Dilma, do PT, de Lula, como fariam contra qualquer outro partido que, em estando no poder, conquistasse para todos nós, avanços na consolidação do estado democrático de direito e distribuísse prosperidade e poder democraticamente.

    Não ceder à tentação de reagir da mesma forma como se é atacado.

    Combater negativismo com otimismo, nisso Lula é mestre.

  7. Na parte que se refere aos

    Na parte que se refere aos seus filhos Lula fez uso da fina ironia porque sabe que só assim mexerá com os nervos da corja dos que buscam atingí-lo via família, um objeto sagrado para todo ser humano. 

    Faria o gozo desses imbecis se, ao contrário, ficasse a se lamuriar. 

  8. Depois destas investidas da

    Depois destas investidas da PF, MP e alguns juizes em campanha eleitoral para a oposição, uma coisa mudou dentro de minha casa; antes o Lula tinha os quatro votos, agora ele continua tendo os quatro votos e ganhou quatro cabos eleitorais.

    Orgulho de ser petista.

  9. E ……………………………..

    “Que saia do partido quem quiser sair” (Lula)

    Não precisa dizer mais nada, pois quando na maré alta, muito dos que hj estão debandando, estavam aplaudindo.

    Então perguntamos : a defesa do programa do partido, não conta ? a luta contra estes entreguistas, traidores, não conta ?

    Outra indagação de Lula : Que outro partido fêz mais ?

    Estas são respostas que estão na cara de quem quiser ver, e basta uma pequena análise para vermos o quanto o Brasil mudou nos governos do PT.

    A corja que agora quer se apossar do governo no tapete, com a ajuda da midia prostituta, não passam de mal perdedores, e fazem tudo, afundam e destroem a nação para obterem seus objetivos sujos.

    O Brasil é maior que eles, e cabe a nós, os verdadeiros patriotas, combatê-los diuturnamente, pois o dinheiro que roubaram , inclusive com a entrega de nosso patrimônio, está acabando, os  cofres deles estão vazios, e querem por que querem voltarem ao poder, para  saquearem  esta grande Nação!!!

     Vide a proposta, diga-se indecente de Cerra, este entreguista safado, para entregar às multinacionais o Pré-Sal!

    Precisa dizer mais !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  10. Eu acho que o Lula tem que

    Eu acho que o Lula tem que aceitar de boa a prisão de quem for necessario incluindo ai seus filhos ou dele mesmo se provada irregulridades

    Já para o fã clube pode continuar gostando pq lider messianico tem dessas coisas né não?

    a fé fala mais alto sobre a razão …

  11. Lula se acovarda contra Cunha

    A prioridade do PT tem que ser DERRUBAR E. CUNHA, porque é ELE, e não a oposição que não deixa Dilma governar. É ELE  que trava a pauta e nada é votado. É ELE  que chantageia o governo. Ele é a maior causa da crise. Sem ele, as votações recomeçam e acaba a chantagem do impeachment.  Lula está cansado de saber disso, MAS NÃO OUSA ENFRENTAR O GANGSTER. Decepcionante.

    1. Problema policial e jurídico não é político.

      O Cunha é um problema policial e legal de competencia do MP, judiciário e polícia. Se essas instituições estão infestadas de agentes corruptos e nã cumprem as suas obrigações institucionais, isso é problema nosso, da sociedade. O problema do PT é organizar as bases para retomar as condições de governabilidade, com Cunha ou sem Cunha. Eu penso que vc viaja quando fala que Lula tem medo de Cunha. Lula tem visão de estadista e não vai e nem pode se rebaixar ao nível de enfrentamento com bandido. Bandido é problema de polícia. Preste atenção.

      1. Talvez seja vc que esteja
        Talvez seja vc que esteja viajando. É evidente que Cunha é assunto do Judiciário, maso assunto  Cunha é ESSENCIALMENTE POLÍTICO. E é justamente por causa de Cunha, que tirou a governabiludade de Dilma, é que Lula tomou todas as rédeas polìticas e forçou Dilma a formar novo ministério e está em Brasilia permanentemente coordenando, se reunindo com a bancada do pt e com todos. É claro que Lula não dá  ponto sem nó. Por um lado ele diz que Cunha é assunto do Judiciário, para em seguida dizer que ele tem o direito de defesa. Isso também é assunto do yjudiciário. Se ele não quer entrar no asdunto Cunha porque não lhe compete, porque dizer que o importante NÃO É  derrubar Cunha ? E como Cunha é de uma esperteza maquiavèlica ele agradeceu o presentaço de Lula  e disse:
        que “todos têm direito de defesa” e que nem ele, nem Lula ou Dilma devem ser “prejulgados”.E agora ? 

        https://jornalggn.com.br/noticia/cunha-defende-lula-e-dilma-e-se-diz-em-igual-situacao
         

  12. Defendeu o Levy
    Tive impetos de parar de ler quando Lula defendeu o Levy. Dizer que Dilma mentiu na campanha, traiu tudo o que prometeu e ainda pedir para defender as mentiras de Dilma. Não sei se me dá vontade de chorar ou de morrer.

  13. O que aconteceu de fato
    Em 2013, o PT seguia o rumo certo para o desenvolvimento. Aí o mercado se ressentiu com os juros baixos, e orquestrou uma manifestação que supostamente seria “contra a iinflação”. Digo supostamente, pois o verdadeiro motivo era conseguir a alta dos juros da Selic, que pagam centenas de bilhões do tesouro nacional “gratuitamente” a estes especuladores. O povo engoliu o engodo e compareceu a manifestação em peso. Dilma cedeu e subiu os juros.

    Posteriormente, verificou-se que o motivo da manifestação não era a inflação “alta”, pois hoje é muito mais alta do que naquela época e ninguém manifesta mais.

    Nem tampouco o objetivo da manifestação era tirar o PT do poder, como achavam os iludidos coxinhas. Pois o PT está até hoje no poder.

    Dilma cedeu, e depois acostumou-se a ceder sempre, por isto ficou do agrado do mercado. E não parou por aí. Depois Dilma fez uma campanha na qual mentiu sistematicamente, dizendo que manteria os juros baixos, etc, bla bla bla. Ao assumir porém, ela se transformou completamente, assumindo em público seu novo status neoliberal. Aqui, o mercado ,havia comprado os dois candidatos, tanto Dilma quanto Aécio, se ganhassem, seriam de mesma serventia aos epeculadores. Ambos estavam de acordo para servirem de capacho ao grande capital especulativo.

    O erro de Dilma foi não ter pulado fora antes das eleições. Se não tinha força para peitar o mercado, devia ter sido sincera, mentira não se justifica jamais. O PSDB teria ganho talvez, e quebrado o país do mesmo modo que Dilma está quebrando hoje, mas o trabalhismo estaria limpo de mentiras.

    Agora Lula defende Dilma. Mas sabe-se que o PT, quando teve suas construtoras quebradas pela Lava Jato, ficou com os principais motores do desenvolvimento destruidos. Sem as construtoras, não tem como o PT retomar o crescimento e o emprego. Sem crescimento, e sem emprego, não adianta Lula defender Dilma, que ninguém apóia. Aliás, Lula não está conseguindo defender nem a própria família, o que dirá de defender o Brasil dos ataques da oposição.

    Aqui fica a dúvida, Lula foi comprado também como Dilma, ou ele seria ingenuo a tal extremo, quem souber que responda.

  14. “Encerrar o ajuste”
    O ajuste n de Levy não será encerrado, pois, assim que Dilma conseguir zerar o ajuste, o Copom sobe os juros de novo, para criar um novo ajuste, um novo gasto. Alguém reparou que eles pararam de subir a Selic, só no momento que Dilma anunciou orçamento deficitário?

    O objetivo da alta da Selic não é combater a inflação, mas sim, deixar Dilma e o trabalhismo em apuros.

  15. Economia e Política

    Seria preferível se pudessemos nos livrar do culto à personalidade e termos a Política como a prioridade 1 de todo cidadão. Talvez assim pudessemos chegar à sociedade capaz de submeter a Economia à Política … como aliás, os estadistas são capazes de fazer e, pelo exemplo, elevar a consciência da nação.

  16. lulices

    “Nunca houve na história desse país o bombardeio que a gente recebe 24 horas por dia”

    Houve sim.

    Está precisando ler um pouquinho de História do Brasil.

    O problema é que Lula, depois de se aliar com todo tipo de cambada, pensou: “Tamo junto e agarradinho.”

    Tava não.

    Tomou-lhe uma rasteira e inda tá tentando se levantar.

    “Eles sabem que nós somos infinitamente maiores do que meia dúzia de companheiros que podem estar, justamente ou injustamente, pagando o preço de erros cometidos.”

    O Cara jogou na conta de “meia dúzia de companheiros”?

    Pelo menos, nesse “justamente ou injustamente”, percebe-se que ele já concede o benefício da dúvida.

    Tempos atrás, o Cara entregava rapidinho as cabeças…

    “Ajudei a criar esse partido [Partido dos Trabalhadores] e, vocês sabem, perdi três eleições presidenciais e ganhei a quarta, mantendo-me sempre fiel a esses ideais, tão fiel quanto sou hoje. Quero dizer a vocês, com toda a franqueza, eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento. Estou indignado pelas revelações que aparecem a cada dia, e que chocam o país. O PT foi criado justamente para fortalecer a ética na política e lutar ao lado do povo pobre e das camadas médias do nosso país. Eu não mudei e, tenho certeza, a mesma indignação que sinto é compartilhada pela grande maioria de todos aqueles que nos acompanharam nessa trajetória.”

    “Eles sabem que esse partido, sempre que colocado em xeque, esse partido reage como se fosse fênix.”

    Nunca se soube que o PT tenha antes entrado em combustão e virado cinzas. Logo, a manjadíssima metáfora não se aplicaria.

    Talvez a mais apropriada seja a Hidra de Lerna: corta-se uma cabeça e logo aparece outra.

    Um exemplo é a tesouraria do PT: cai Delúbio, brota Vaccari.

    “Estávamos discutindo com os trabalhadores quando, de repente, em 29 de dezembro, anunciaram mudanças em algumas áreas sociais que deixaram a nossa gente muito irritada.”

    Dilma deu azar. O tsunami absolutamente imprevisível chegou sem aviso poucas semanas depois da eleição.

    Nos dizeres da Cartinha de Salvador:

    “11. A queda abrupta do excedente comercial, provocada pela derrubada dos preços internacionais de commodities e do volume de transações, e ainda, a expressiva diminuição na arrecadação causada pela queda importante da atividade da indústria, afetaram drasticamente a principal fonte de financiamento das políticas social-desenvolvimentistas.”

    Danadinha essas tais de commodities…Nunca antes na história do capitalismo elas caíram. Esperaram pra fazer isso exatamente com a Dilma.

    Quanto a Lula, cabe aqui uma atenuante: num trecho da falação ele diz que gosta de economia mas não entende.

    No que se refere a Dilma, ela tem até diploma na área.

    Mais uma da Cartinha:

     “60. Outro grave problema foi a deficiência em determinar a correta relação de coalizão interclassista e pluripartidária com disputa de hegemonia. O primado aliancista, da forma como muitas vezes foi conduzido, reforçou a tendência de converter o PT em braço parlamentar do governo, preliminarmente bloqueando a luta por projetos e ideias na sociedade e no Estado.”

    Aviso aos militontos: “Não vai ser agora que o braço vai ser cortado. E podem ir preparando os dedos pra mais alianças.”

     

  17. Medo dos especuladores
    Interessante notar a mudança de postura de Lula. O Lula presidente, sempre defendia uma baixa da Selic, ou seja, enfrentava os especuladores, em favor do país.

    Este Lula novo, em nenhum momento, cogitou, ou sugeriu de abaixar a Selic. Antes defendeu o ajuste Levy no lombo do povo, do que desagradar o mercado. Melhor para o novo Lula cortar bolsa familia, aumentar desemprego, para coratar umas dezenas de bilhões do que cortar centenas de bilhões da Selic.

    O que teria ocasionado esta mudança em Lula? Porque os especuladores o amedrontam tanto agora? Ou será que ele está apenas respeitando a covardia de Dilma em enfrentar o mercado e o Tombini?

    1. Bem observado

       

      O Lula “tucanou” 

      Levy e Tombini mandam na economia

      A Dilma e o PT não servem para nada neste governo. Alías, no Governo Lula, quem mandava e desmandava no Banco Central era um tucano, o Henrique Meirelles

       

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador