A Petrobrás sempre foi motivo de orgulho, por Emanuel Cancella

A Petrobrás sempre foi motivo de orgulho

Por Emanuel Cancella

O último saquinho de maldades da grande mídia contra a Petrobrás tenta assustar os acionistas. È um massacre diário com notícias do tipo: “.ações da Petrobras caem 4% ” ; “Processos judiciais contra a Petrobras nos EUA incluem acionistas brasileiros.”. E por aí vai.

No entanto, com menos destaque, os especialistas sugerem que os investidores mantenham os papéis da estatal. Quanto às ações na Justiça, não é novidade na relação entre as empresas e seus acionistas, ou seja, não existe nada de bombástico nisso, a não ser o tom escandaloso da mídia.

Estaria a Petrobrás mal financeiramente? A OPEP aumentou a oferta de petróleo e com isso o preço do barril no mercado internacional caiu para U$ 66. Mas, aos inimigos de plantão, é preciso informar que o petróleo continua a ser o  “ouro negro”. O site TN Petróleo, especializado no tema, publicava em 13 de agosto de 2014:

“…O campo de Lula, por exemplo, teve custo de extração de US$ 9 por barril de óleo equivalente (boe), menor do que a média do custo de extração da Petrobras como um todo, de US$ 14,76/ boe em 2013…” – Nenhum negócio dá essa margem de lucro: o custo de produção por barril por U$ 14,76 – ou menos – enquanto o preço de venda no mercado internacional foi de US$ 66. Mas essa informação substancial a mídia não divulga.

Sempre é bom reprisar um pouco de história. O povo brasileiro foi às ruas, nas décadas de 1940-50, na campanha “O Petroleo é Nosso!” movimento cívico que uniu militares, civis, comunistas e conservadores, resultando na criação da Petrobrás. Os petroleiros ergueram uma empresa que, nos seus 61 anos, além de cumprir o preceito constitucional de garantir o abastecimento de derivados de petróleo em todo o nosso país, sempre pagou seus impostos em dia. Ao contrário de uma certa de rede de comunicação,  a Petrobrás nunca esteve em listas dos sonegadores fiscais.

A companhia já ganhou vários prêmios internacionais, dentre os quais citamos: em 1992, da Offshore Tecnology Conference – OTC, por “excelência na prospecção de petróleo no mar”; e o mais recente, em 2014, Prêmio Global Pacific ET Parttner, na categoria Offshore/Deepwater.

A Petrobrás e os petroleiros desenvolveram tecnologia inédita no mundo que permitiu a descoberta do pré-sal, elevando nossas reservas para 60 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para abastecer o país nos próximos 50 anos. A Petrobrás também financia, por meio dos impostos que paga, 75% do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Sem falar nos programas sociais e culturais.

A grande mídia tenta, a todo custo, incutir na sociedade a imagem de uma empresa que é só corrupção e que estaria mal financeiramente. O Procurador Geral da República sugeriu a mudança de toda a direção da Petrobrás.

Para os petroleiros,  a atual direção da Petrobrás mais atrapalha do que ajuda. Figuras como os diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e o gerente Pedro Barusco envergonham os trabalhadores. Mas a Petrobrás é maior do que eles. Somos nós, que sempre sentimos orgulho de servir ao povo brasileiro, por meio da nossa dedicação à Petrobrás.

O fato é que, enquanto a companhia está entre as maiores petroleiras no mundo, pois os números não mentem, parte da mídia golpista segue ladeira abaixo.  A Veja cogita virar somente revista eletrônica. A Folha de São Paulo demitiu recentemente 25 profissionais, dentre os quais a jornalista Eliane Castanhêde.  Já presidenta Dilma se reuniu com os Marinho, herdeiros da Globo.  Estariam os magnatas da comunicação em busca de ajuda financeira? A audiência da emissora continua caindo…

O fato é nenhuma outra empresa consegue fazer o que a Petrobrás e os petroleiros fazem pelo Brasil. Então, por que será que a mídia e, principalmente a Globo, tem esse ódio visceral da  companhia?

Emanuel Cancella é diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

Redação

11 Comentários

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  1. Se fosse o governo,

    Se fosse o governo, aproveitaria o preço baixo das ações e faria uma oferta pública para adquirir todas as ações da petrobrás em poder do público e a tornaria 100% estatal.

    Assim, os rentistas parariam de encher o saco.

    Vamos gastar um pouco das reservas cambiais.

  2. Calma lá, calma lá. Não é

    Calma lá, calma lá. Não é assim não!

    O custo de extração perto do custo do risco do negócio é quase irrelevante, como vc mesmo, sem querer, demonstrou.

    A Petrobrás investiu US$300 milhões na Africa em um poço. Um único poço, unzinho só. O resultado foi ZERO. Este dinheiro investido para retorno de Zero dólares.

    Investimentos deste tipo estão contabilizados no “custo de produção” quando não produzem? Eu acho que não!

    O custo é muito mais alto se vc considerar o RISCO do negócio e NÃO o custo de extração puro do que vc já sabe estar lá.

    Foi fazendo esse tipo de conta que o Eike quebrou…

     

     

    1. Mineração e óleo, os maiores riscos do mundo econômico.

      Athos em mineração ou petróleo, os riscos são muito grandes. Em cada 20 furos de sondagem, 19 dão água, o último, às vezes, algum gás. Significa que a maioria dos furos de sondagem não dão retorno financeiro. Mas basta um único furo encontras petróleo ou gás para pagar todos os custos anteriores. O risco da lavra de petróleo está na geografia (guerras, revoluções, revoltas, golpes, etc.), na Geologia (camadas sedimentares que prometem, mas na hora do vamos ver, sonegam óleo e só oferecem água.) e claro, na Economia. O Pré-Sal, ao custo atual, seria inviável nos anos 70, com petróleo a três dólares o barril. Basta um pequeno crescimento dos Estados Unidos para o petróleo voltar aos US$ 100 o barril, é esse o preço que está na memória da indústria. Marquemos no calendário o preço hoje e veremos em 2015, dezembro, a quantas andará o preço do barril.

  3. ótimo texto.
    é preciso ficar

    ótimo texto.

    é preciso ficar claro que ninguém é a favor da corrupção.

    o sentimento maior deve ser o de orgulho da petrobrás

    como maior empresa brasileira e o ginifciado dela para o país.

    o resto é a tentativa de golpe, o jogo sujo da privatização.

  4. Saíram da toca

    Salve Emanuel,

    Até que enfim sairam da toca, né ?

    Não vou entrar no mérito de nenhum parágrafo do texto, mas agora, seja o Sindipetro, a AEPET ou o mais sensato, a própria empresa encaixa matéria como esta no jornal e em horário nobre de televisão.

    Quanto ao CTP de um boe, está longe de ser o indicado notexto, mas deixa prá lá, o importante é que, como se diz no popular, vocês da indústria do petróleo “deram as caras”.  

     

     

      1. Esquecido de araque

        implacavel,

        O grosseiro deve ser de lá, e de lá, só se faz barulho prá pedir aumento de $$$ e mais nada.

        Antigamente, um grupelho (evidentemente, não eram todos os que se sujeitavam àquela palhaçada)  chegava ao ponto de parar o trânsito e gritat pelo “O petróleo é nosso”, baquilo sim, era um cortejo de babacas.

        Na época da Petrobrax, o medão tomou conta, ficaram todos calados enquanto a Booz & Allen vasculhava aquilo tudo por lá. Tal postura de olhar apenas o próprio umbigo e o governo que se vire sempre foi a utilizada por parcela dos funcionários.

        Nunca se soube de pronunciamento do Sindicato ou da AEPET a respeito das indicações políticas equivocadas, e não estou falando de agora, pois isto é expediente utilizado há décadas.

        Não adianta ficar querendo bater tambor, porque existe uma história  de indiferença por parte das lideranças de funcionários, os tradicionais pelegos, que por muitas vezes não representa o pensamento geral do grupo.

        Sobre os que os funcionários estão passando, já escrevi sobre isto antes, o mequetrefe aí deve ter lido mas já esqueceu. 

         

  5. Estão sangrando a Petrobras

    Estão sangrando a Petrobras para desvalorizá-la.  Assim mesmo não privatizando vão comprando as ações a preço de banana.  E é tambem uma forma de depreciar o governo frente a população.

  6. e, por se falar em motivo de orgulho: por Venina, cancela tudo!

    do Valor Econômico para… o petróleo é nosso…

    “Em 7 de outubro de 2011, Venina escreveu para Graça Foster, na época, diretora de Gás e Energia: “Do imenso orgulho que eu tinha pela minha empresa passei a sentir vergonha”. “Diretores passam a se intitular e a agir como deuses e a tratar pessoas como animais. O que aconteceu dentro da Abast (Diretoria de Abastecimento) na área de comunicação e obras foi um verdadeiro absurdo. Técnicos brigavam por formas novas de contratação, processos novos de monitoramento das obras, melhorias nos contratos e o que acontecia era o esquartejamento do projeto e licitações sem aparente eficiência”.”

    “Qualquer destino, por longo e complicado que seja, consta na realidade de um único momento: o momento em que o homem sabe para sempre quem é.” de jorge luis borges para o retrato nas paredes…

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