64% do eleitorado propenso ao voto útil quer a derrota de Bolsonaro, mostra pesquisa

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Quando o instituto pergunta especificamente se o eleitor mudaria de voto para ajudar a derrotar Lula, 57% dizem que não mudariam de voto

Lula com a mão no bigode e olhar de atenção, na foto ao lado Jair Bolsonaro de frente para a câmera falando ao microfone
Lula e Jair Bolsonaro disputam segundo turno nas eleições presidenciais

Divulgado nesta segunda (21/3/22), um estudo encomendado pelo banco BTG Pactual e realizado pelo Instituto FSB Pesquisas sondou junto ao eleitorado que admite o chamado “voto útil” qual é o candidato a presidente da República mais indesejado. A resposta é que, para 64% dos eleitores propensos ao “voto estratégico”, Jair Bolsonaro (PL) é o candidato que eles menos gostariam de ver eleito de novo em outubro de 2022. Outros 24% afirmam que não querem ver Lula (PT) eleito de jeito nenhum.

Quando o instituto pergunta especificamente se o eleitor mudaria de voto para ajudar a derrotar Lula, 57% dizem que não mudariam de voto, e 38% dizem que sim. Já quando a pergunta é direcionada para derrotar Bolsonaro, 61% dizem que sim, mudariam de voto para evitar a reeleição do extremista de direita, enquanto 36% dizem que não.

Apesar disso, no plano geral, 60% dos eleitores afirmam que não abandonariam seu candidato preferido de última hora para evitar a vitória de um candidato indesejado. Mas entre os que mudariam de voto, 24% mudariam para derrotar Bolsonaro, e apenas 9% para derrotar Lula.

No estrato do eleitorado que admite que mudaria de voto, Eduardo Leite (PSDB) seria o candidato mais prejudicado, pois 67% de seus eleitores disseram que mudariam de voto para derrotar um candidato indesejado com mais chances de vencer a eleição do que o tucano. Depois vem Felipe D’Ávila (Partido Novo), com 64%; Simone Tebet (MDB), 54%; Sergio Moro (Podemos), 53%; Ciro Gomes (PDT), 49%; André Janones (Avante), 48%; João Doria (PSDB), 41% e Lula, 40%. Bolsonaro é o candidato com menos eleitores propensos a abandoná-lo, com 24% de seus eleitores dizendo que mudaria de voto para derrotar outro candidato.

PRIMEIRO E SEGUNDO TURNO

Na pesquisa estimulada, Lula tem 43% de intenções de voto, ante 29% de Bolsonaro, 9% de Ciro e 8% de Moro. João Doria tem apenas 2%, assim como André Janones e Eduardo Leite. Tebet marca 1%.

No segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com 54% de votos, contra 35% de Bolsonaro. Apenas 11% afirmam que votariam branco, nulo ou ainda estão indecisos.

As simulações de segundo turno mostram que Lula derrotaria qualquer adversário. Já Bolsonaro perderia para qualquer oponente.

A pesquisa foi realizada entre 18 a 20 de março, por telefone, com 2 mil pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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