Alessandro Vieira analisa pedidos de CPIs e cenário político

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em entrevista exclusiva, senador do PSDB comenta andamento de pedidos de comissões e questões partidárias em torno da disputa presidencial

O senador Alessandro Vieira
Alessandro Vieira. Foto: Pedro França/Agência Senado

O senador eleito por Sergipe Alessandro Vieira (PSDB) foi um dos nomes que apareceu com destaque ao longo da CPI da Covid-19 e, atualmente, encontra-se envolvido no processo de abertura de investigação do Ministério da Educação.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Luis Nassif na TV GGN 20 horas, Vieira diz que o requerimento da CPI do MEC já foi lido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), que também leu outros requerimentos que estavam guardados.

“Ele (Pacheco) anunciou que é ele quem decide quando e como instala”, diz Vieira, lembrando que ele e o senador Jorge Kajuru (Podemos) exigiram a abertura da CPI da Covid no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Ainda vamos ter que aguardar alguns dias para entender qual é essa movimentação e avaliar se vamos novamente ao Supremo ou não”, diz Vieira.

“A CPI é um direito da minoria, ela nunca pode se submeter à vontade da maioria da presidência. O Supremo já falou sobre isso pelo menos há 20 anos, e infelizmente o Rodrigo Pacheco insiste nesse erro”, ressalta o senador.

“Então, o ministro do supremo que se der o mínimo de respeito, permitir que a vontade da maioria, a vontade do governo, se sobreponha a um trecho da Constituição vai ser muita exposição”, diz Alessandro Vieira.

Para o senador, pode ser que nenhuma decisão seja tomada durante o recesso parlamentar, mas que o pleno do Supremo “tomaria a decisão pela instalação” da CPI do MEC na volta dos trabalhos, o que deve ocorrer na primeira semana de agosto.

Federação partidária e eleições

Eleito pelo Cidadania, Alessandro Vieira mudou para o PSDB por conta de uma mudança de estatuto que permitiu ao atual presidente do Cidadania, Roberto Freire, ficar mais quatro anos à frente do partido.

“Se eu não me engano completou 34 anos, vai completar 38 (anos como presidente do partido) e me parece demais até para partido comunista chinês, que dirá para um partido no Brasil”, diz Vieira, que se diz contrário à reeleição para qualquer cargo executivo.

Sobre os acordos partidários para as eleições, o senador diz que nenhum partido à exceção do PT irá trabalhar de forma uniforme no Brasil inteiro, mas reafirma que a federação entre Cidadania e PSDB está formada para os próximos anos e, ao lado do MDB, irá apoiar a candidatura à presidência da senadora Simone Tebet (MDB).

“Isso foi bem construído ao longo do tempo, não deve ter nenhuma alteração, e é um caminho para tentar oferecer uma alternativa com capacidade de debate, com capacidade de conteúdo, para enfrentar tantos problemas que nós temos”, diz Alessandro Vieira.

“No pós-eleição, provavelmente nós vamos ter um rearranjo, os partidos vão começar a se realinhar”.

Clique abaixo e confira a entrevista completa do senador Alessandro Vieira à TV GGN 20 horas.

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