Aprovação de Lula para de cair entre evangélicos e sulistas, aponta Quaest

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Índices de aprovação e reprovação do trabalho do presidente empatam tecnicamente. Contudo, este é menor saldo de aprovação já registrado no terceiro mandato de Lula

Presidente Lula. | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Uma nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que 50% dos brasileiros aprovam o trabalho do presidente Lula (PT), enquanto 47% que desaprovam, o que configura um empate técnico entre os dois grupos. 

Os dados chamam atenção porque é a primeira vez, desde o início do terceiro mandato de Lula, que os índices se equiparam. Em relação a última pesquisa, feita em fevereiro, a oscilação é mínima. À época, 51% dos entrevistados disseram aprovar o trabalho de Lula, enquanto 46% desaprovavam. 

A comparação é interessante porque “embora a variação entre fevereiro e maio esteja dentro da margem de erro, este é o menor saldo de aprovação já registrado”, analisou o diretor da Quaest, Felipe Nunes, em publicação nas redes sociais.

Nunes também refletiu que a estabilidade geral dos números reflete uma interrupção na queda da aprovação, relacionada principalmente à melhora da imagem de Lula entre os eleitores da região Sul do país e também entre os evangélicos. 

No grupo de evangélicos, no qual Lula registrou anteriormente 62% de desaprovação, houve uma redução significativa de 4%. Sendo assim, a aprovação neste grupo aumentou de 35% em fevereiro para 39% em maio.

Já na região Sul, houve um aumento de sete pontos percentuais na avaliação positiva do presidente de março até o momento. Índice positivo que passou de 40% para 47%, enquanto a rejeição diminuiu de 57% para 52%.

Avaliação geral do governo

A pesquisa também abordou a avaliação geral do governo Lula. Para 33% dos entrevistados a opinião é positiva, a mesma proporção dos que a avaliam de forma negativa. Os que consideram o governo regular aumentaram de 28% para 31%. 

Quando questionados sobre para quem o governo Lula trabalha, 52% acreditam que suas políticas atende às necessidades de todos.

A economia e o rumo do país

O que pesa contra Lula ainda é a percepção negativa da população em relação à economia: 38% dos entrevistados acreditam que houve piora nos últimos 12 meses, enquanto 27% consideram que melhorou. 

Mas, por outro lado, é positiva a expectativa da parte dos brasileiros com o futuro econômico do país. Para os próximos 12 meses, 48% acreditam em uma melhora.

Já quanto ao rumo que o país está tomando, 49% acreditam que o caminho é errado, enquanto 41% consideram correto.

Promessas e intenção de Lula

Além disso, a grande maioria dos entrevistados, 63% afirmaram que o presidente não estaria cumprindo suas promessas de campanha. 

Mas, sobre as intenções de Lula 51% dos entrevistados acreditam que o presidente é bem-intencionado, enquanto 42% discordam dessa afirmação.  

Sobre o levantamento

A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, ouviu 2.045 pessoas, de 120 municípios brasileiros, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

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3 Comentários

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  1. Nada como uma tragédiazinha para ajudar…

    Os seres humanos sendo…humanos…

    Uai, os gaúchos pararam, de repente, se reivindicar a separação do resto do país?

    Seria uma boa hora para eles serem lembrados disso, não?

  2. Até as jornadas de junho, a oposição era tucana, com sua míRdia, geralmente desonesta mas “civilizada” (ou algo parecido). De lá para cá a ela juntaram-se a ultra-direita, o bizarrismo, a irrelevância hiperativa, as ameaças aos agora inimigos, a mentira e a desinformação.
    Desprezar a comunicação emocional (que chamo de “EMONEWS”, juntando isso tudo) deu no que deu: a eleição ao cargo máximo do país de um obscuro, inútil, corrupto e nefasto presepeiro que se tornou um ÍDOLO de 1/4 a 1/3 de um eleitorado tão ruim quanto o próprio.
    Tal fenômeno de fanatização ainda não foi compreendido pela comunicação do governo, quanto mais combatido.
    Enquanto isso, os aloprados agem como loucos recrescendo na opinião pública tão sensível a mensalões, lava-jatos, heróis justiceiros e honestíssimos ladrões de jóias.
    Tomara que Lula e seus bons resultados passem enquanto a “gadaiada” muge.
    Mas prestenção: os riscos não são pequenos!

  3. O Brasil enfrenta um prolongado período de crescimento insuficiente e isso leva todos a uma espécie de retrospectiva acerca das próprias aspirações. Com isso existe claramente pressa por resultados. Simpáticos e antipáticos tem na lembrança dos dois mandatos anteriores do presidente Lula a relativamente rápida mudança na trajetória do País, que viveu boas perspectivas. Ou seja, há grande expectativa de que o Brasil possa tornar a algo semelhante. A alteração internacional que a figura do presidente Lula dá ao País, com a agenda externa vista por todos, reforça no imaginário essas expectativas. Existe enorme anseio de recuperação do que foi perdido. O Brasil tem pressa. A recuperação do emprego não está trazendo junto aquela ascensão que mitigou a pobreza extrema e criou perspectivas concretas de expansão da classe média com um tipo de possível consolidação ao País. Antes desse desastre climático o Sul estava passando por uma situação com viés positivo e é refletido pela melhora na imagem do presidente e também do governo, uma vez que a região não votou no atual governo. É preciso mais intensidade nas ações que todos – inclusive o mercado – esperam.

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