Jornal GGN – O brasileiro consumiu mais carne bovina durante o governo Lula. Em 2006 houve um recorde de 42,8 quilos por habitante. Agora, sob a crise econômica do governo Jair Bolsonaro, o consumo de carne regrediu ao menor patamar já registrado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) desde 1996, quando começou a série história.
Em 2020, ano da pandemia de Covid-19, o consumo de carne bovina foi de 29,3 quilos de carne por habitante. A queda em 2020 representa uma redução de 5% em comparação a 2019, quando o consumo foi de 30,7 quilos por habitante.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha de S. Paulo, em edição desta terça (19), a perspectiva para 2021 é sombria e o cenário não deve melhorar até meados de 2022.
Os preços da carne de boi estão em alta “como resultado da oferta restrita de gado no país e forte demanda da China”, diz o jornal. Além disso, o brasileiro tem renda menor no atual governo, que vive um desemprego recorde, e ainda colherá os frutos da segunda onda da pandemia e o fim do auxílio emergencial.
Sem recursos, o brasileiro baixa renda privilegiará a compra de proteínas alternativas, como ovo, frango e suíno, que também estão com preços em alta. “Esperamos uma nova queda do consumo per capita de carne bovina esse ano, voltando a patamares antigos, de 20, 30 anos atrás”, diz a consultoria Scot Consultoria.
A consultoria Agrifatto avalia que os preços das carnes devem permanecer pressionados até a metade de 2022, por conta do ciclo pecuário. Já o Sindifrigo-MT aponta que mesmo quando houver aumento da oferta de gado, os preços não voltarão aos níveis do passado porque a indústria pecuária fez mudanças que tornaram o processo de produção mais caro.
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Em compensação ninguém nos tira o título de consumo de ovos. O golpe também foi para isso; menos avião e mais ônibus e caminhada a pé para o trabalho, um pouco de nostalgia com o bom e velho fogão a lenha e o jantar e os estudos a luz do candieiro.