Campanha de Bolsonaro recuperará facada de 2018 para apelo eleitoral

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A campanha do atual presidente quer recuperar a exploração da facada de 2018, também como frente à assassinato de Marcelo Arruda

Foto: Reprodução

O atentado a faca sofrido por Jair Bolsonaro, em 2018, durante a campanha eleitoral impulsionou os números do então candidato, que saiu vitorioso naquele pleito. Quatro anos depois, a campanha do atual presidente quer recuperar a exploração da facada.

A estratégia já havia sido cogitada pela equipe de campanha do mandatário, após a análise dos movimentos da campanha em 2018 e a conclusão de marqueteiros e analistas sobre o impacto do episódio para garantir a vitória de Bolsonaro nas eleições passadas.

Leia: Xadrez da facada de Adélio, o enigma político da década, que permanece sem solução, por Luís Nassif

Mas o assassinato de Marcelo Arruda por um bolsonarista reafirmou a busca da campanha pelo apelo eleitoral.

Facada no jingle de campanha

Nesta segunda-feira (12), um vídeo com o jingle da campanha de Bolsonaro foi apresentado internamente na equipe. Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, as imagens do atentado ocupam na produção de cerca de 2 minutos.

O vídeo será testado internamente, para medir a receptividade e a reação dos apoiadores, antes de torná-lo peça oficial de propaganda.

Viagem à Juiz de Fora

Ainda, dentro da agenda visando a reeleição do atual presidente, uma viagem à Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi programada propositalmente para relembrar a facada na cidade mineira junto aos eleitores.

Bolsonaro deve ir à Juiz de Fora nesta sexta-feira (15). A viagem havia sido cancelada ontem, mas o mandatário insistiu em tornar palco eleitoral o local onde ocorreu a facada.

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1 Comentário

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  1. Patrícia e Luis Nassif, vale assistir na integra a entrevista de Attuch com Marcos Nobre.
    Por outro lado, se me permitem, é preciso reconhecer que a estratégia do mal não passa por Maquiavel, Clausewitz, Montesquieu ou qualquer filosofo moderno, cartesiano, compreensível ainda que complexo. Dizer que é irracional só simplifica e continua sem decifrar o mistério.
    Eles são eficientes em promover o caos. O lado ocultista olavista, morreu né? Acho que precisa ouvir especialistas não?
    Suspeito que há motivações divinatorias por trás da lógica deles.

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