Coligados do PL de Jair Bolsonaro não querem pagar o preço de empreitada golpista

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Fidelidade a Bolsonaro tem limite: Republicanos recorreu do bloqueio e afirmou que reconheceu vitória de Lula.

Foto: Divulgação

Partidos coligados ao PL de Jair de Bolsonaro não querem pagar a conta da aventura golpista do mandatário, e do presidente da sigla, que protocolaram o pedido de anulação do resultado de votos no segundo turno das eleições.

Na noite desta quarta (23), o ministro Alexandre de Moraes multou em R$ 22,9 milhões o partido de Bolsonaro por “má-fé” na ação protocolada pelo presidente da sigla Valdemar Costa Neto e bloqueiou o fundo partidário do Republicanos e do PP, que integram a coligação bolsonarista.

Nestas eleições, os dois partidos entraram como única frente para a disputa eleitoral, o que permitiu a divisão e compartilhamento de fundos partidários e recursos para a campanha que tentou reeleger Bolsonaro.

Mas, derrotado, os partidos indicam que a fidelidade ao mandatário tem limite, principalmente financeiro.

O presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), afirmou que não concorda com a decisão de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que irá recorrer contra a penalidade ter incluído os outros dois partidos além do PL.

Com o preço agora cobrado, o Republicanos disse que não concordou e não apoiou a ação de Valdemar Costa Neto no TSE. O bloqueio do fundo partidário imposto por Moraes se estende aos dois partidos da coligação.

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Em resposta à coluna de Tales Faria, do Uol, Pereira disse que irá recorrer, ou seja, deixar o PL e Jair Bolsonaro sozinhos na empreitada de anular as eleições.

No dia 30 de outubro, o presidente do Republicanos havia publicado em suas redes o reconhecimento da vitória de Lula. “Reconheço a vitória do ex-presidente Lula e parabenizo o grande resultado do presidente Jair Bolsonaro.”

Ainda, Pereira assistiu à contagem de votos ao lado de Tarcísio de Freitas, que foi eleito governador de São Paulo pelo partido no segundo turno.

2 Comentários

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  1. Se o pedido de recontagem foi feito pela coligação partidária, por evidente a condenação alcançará a todos os partidos coligados. Quem não quer participar não assina junto. Devem recorrer, é claro, eis que um direito constitucional à disposição dos inconformados.
    Podem até pedir uma redução das penalidades, ou pena alternativa, ou isenção de pena, ou ainda, se forem mais descarados, que a decisão do Xandão seja levada ao plenário para total desconsideração, e aí, vai ser a glória, porque com exceção de dois magistrados, a decisão do ministro será confirmada em todos os pontos.

  2. O antigo militarismo era ideológico. O neomilitarismo neoliberal é dinheirista.

    A moeda acima de todos, minha conta-corrente acima de tudo.

    O hino do Exército agora é “me dá me dá me dá, me dá um dinheiro aí”. Braço ágil, mão de gato. Os militares bolsonaristas são todos gatunos.

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