Com maioria no Parlamento, separatistas catalães vão indicar presidente

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação

Por Marieta Cazarré – Correspondente da ABr

Da Agência Brasil

Os separatistas conseguiram conquistar 70 dos 135 assentos no Parlamento catalão. Os votos são dos três partidos independentistas: o Juntsxcat (Juntos pela Catalunha), a ERC (Esquerda Republicana) e o partido de extrema-esquerda CUP (Candidatura de Unidade Popular).

O partido mais votado foi o Ciudadanos, que é contra a independência e, sozinho, conquistou 37 assentos no Parlamento. No entanto, Inés Arrimada, a jovem líder do Ciudadanos, como não conquistou maioria, não poderá ser indicada à presidência da Catalunha.

Agora, com maioria separatista, a crise na Catalunha deve continuar, mas ainda não se sabe exatamente o que irá ocorrer.

O partido Juntos pela Catalunha, que foi o segundo mais votado e conquistou 34 assentos, deverá indicar o nome de Carles Puigdemont, que está exilado na Bélgica, para reassumir a presidência. No entanto, ele pode ser preso assim que pisar no país.

Após a divulgação do resultado das eleições, Puigdemont afirmou que a “República catalã derrotou a monarquia do Artigo 155”, fazendo referência à intervenção do Governo Central espanhol na região. Depois da tentativa de independência, Mariano Rajoy acionou o artigo, que suspendeu temporariamente a autonomia da região, destituiu Carles Puigdemont e cerca de 20 políticos envolvidos no processo de independência e convocou novas eleições.

Oriol Junqueras, líder do partido Esquerda Republicana, o segundo com maior peso entre os independentistas e que conquistou 32 assentos no Parlamento, também pode ser indicado ao cargo. No entanto, Junqueras está preso cautelarmente e, caso seja condenado, não poderá assumir.

A expectativa agora é pelo pronunciamento do primeiro-ministro, Mariano Rajoy, que está previsto para as 14h (horário local). O PP (Partido Popular) de Rajoy conquistou apenas três assentos no Parlamento catalão e ficou praticamente sem representatividade.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. com…

    Não estamos falando somente de eleições. Estamos falando de independência, de criar um novo País. Num dia de semana, no horário comercial de trabalho. De forma Livre, Facultativa, Soberana. Sem Horário Político Obrigatório,, Sem Fundo Partidário Bilionário, sem Urna Eletrônica, sem Biometria, sem cabresto de imposição obrigatória, num baldinho plástico com cédula de papel barato. Sem milhões gastos em TRE’s e TSE’s…Então você vai à Barcelona ou Madrid e percebe o atraso daquela gente e pensa: Pobres Espanhóis, não tem a oportunidade da vanguarda da nossa tecnologia imprescindível e multimilionária com tecla colorida, nem a convivência com o intelecto de Gilmar Mendes, Carmen Lúcia ou outros Iluminados…Pobres Espanhóis

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