Conversas com Lula: Haddad não tem que ser mais candidato a prefeito, por Luis Nassif

"Quem teve 45 milhões de votos não pode voltar a ser candidato a prefeito. Tem que cultivar o eleitorado", afirma o ex-presidente

A aparência de Lula é bem mais jovem e descansada do que no período pré-prisão. A voz está bastante rouca, mas o rosto está rosado e ele parece estar chegando de um spa e não de um longo período trancafiado em uma sala de 15 m², principalmente usando o indefectível chapéu Panamá. Mesmo rouco, é nítida a vontade de Lula em falar, explicar, relembrar.

Rebate quando alguém fala na inevitabilidade do fascismo da classe média. Diz que nem todos professam o discurso do ódio.

– Esse sentimento foi plantado pela Globo, não é natural do povo brasileiro.

Alguém sugere que seria relevante retomar o diálogo com a Globo. Lula refuga.

– Sempre conversei com a Globo e nunca adiantou.

Conta que em 2013 procurou João Roberto Marinho para falar sobre a campanha de descrédito da Copa, encetada pela própria Globo. Mostrou a ele que a Copa era da Globo, que não havia sentido em desmoralizar o eemtp antes mesmo que começasse. Não houve jeito. Conversou com o Itau, com patrocinadores, mas a Globo persistiu na campanha de descrédito, dando continuidade à convocação de manifestações de rua.

Tem mágoas, sim. Mágoas óbvias contra a Globo e contra a Lava Jato. Mas, no plano pessoal, a mágoa está focada em Fernando Henrique Cardoso. Relembra o início da redemocratização, quando foi até FHC garantir o apoio do PT às suas primeiras eleições.

Conta como impediu que o PT endossasse o  Dossiê Cayman, uma armação de Paulo Maluf preparada pelos irmãos Gilberto Miranda e Egberto Baptista, visando influenciar as eleições de 1998. Era uma suposta conta no paraíso fiscal de Grand Cayman, de suposta titularidade de Fernando Henrique, Sérgio Motta, José Serra e Mário Covas.

Lula foi procurado por Lafayette Coutinho, emissário de Maluf, tentando convencê-lo a encampar as denúncias. O país entrava em período eleitoral, com Mário Covas disputando a reeleição para governador de São Paulo com Maluf, e FHC disputando a reeleição contra o próprio Lula.

Não aceitou, porque o pacote atingia diretamente Mário Covas, a quem Lula devotava sentimentos de gratidão. Depois, pela falta de verossimilhança. Lula levou o pacote a Márcio Thomaz Bastos, que desaconselhou qualquer ato de endosso à armação.

Eram tempos em que PT e PSDB ensaiavam pactos políticos contra o que era a direita da época, representada por Maluf. Lula procurou Covas que, no segundo turno, foi apoiado pela candidata do PT Marta Suplicy contra o próprio Maluf.

– E sabe o que o Fernando Henrique fez? Disse que fazia questão que eu aparecesse no Palácio , se eu não aparecesse no Palácio, ele iria na sede do PT para me buscar. Fui lá e a única coisa que ele queria era saber o que mais havia no tal dossiê contra Covas e os demais.

A conversa evolui para o último livro das memórias de FHC, na qual ele, o ex-presidente não poupa ninguém, nem amigos, nem aliados.

O pacto nacional

Aí se entra no tema inevitável do grande pacto nacional. Lula deixa entrever que o grande acordo nacional está no seu horizonte. Mas não consegue entender as críticas quanto à polarização.

– Ninguém faz política sem polarização, explica ele. Não significa radicalização. Significa ter uma posição clara em oposição a alguém.

Não tem ilusões quanto à sua candidatura em 2018. Diz que a Igreja Católica é a organização mais antiga da história e tem a sabedoria de não aceitar nenhum candidato a Papa com mais de 77 anos. Mas não quer abrir mão de influir nas próximas eleições.

Aproveita e cutuca Fernando Haddad. Não o quer candidato a prefeito de São Paulo nas próximas eleições.

– Quem teve 45 milhões de votos não pode voltar a ser candidato a prefeito. Tem que cultivar o eleitorado.

Lembra-se de sua primeira eleição, na qual foi derrotado, mas conquistou 1,5 milhão de votos. Encontrou-se com Fidel Castro que o estimulou:

– Você não foi derrotado. Você recebeu a maior soma de votos que um operário já recebeu na história. Tem que continuar.

Repete o mesmo conselho para Haddad. E, agora, não se está falando de 1,5 milhão de votos, mas em 45 milhões.

– Você tem que correr o país, encontrar com as pessoas, consolidar sua liderança.

Foi o mesmo conselho que deu a Gleise Hoffman, quando foi reconduzida à presidência do PT. Seu estilo é soltar os aliados mais promissores, observar sua evolução e apostar naqueles que mostrarem maior potencial.

Sabe que o PT tem que sair da bolha. Não pode ficar falando só para os seus. E elogia a postura do governador maranhense Flávio Dino, seu trabalho, a objetividade do seu discurso, o fato de falar para fora da bolha.

Alguém volta às eleições para a prefeitura de São Paulo e indaga de Marta Suplicy. Diz ele que divergências são naturais, mas a história não pode ser apagada. E que Marta fez a mais bem avaliada administração petista da história da cidade de São Paulo. Há uma discussão sobre quem teria sido o pai dos Centros Culturais.

– Não importa, o que importa é que politicamente foi a administração de Marta quem alavancou politicamente o projeto.

Alguém se recorda do momento em que Marta e Dilma se tornaram definitivamente inimigas. Pouco antes da indicação de Dilma para sua sucessora, Lula foi procurado por Marta.

– Lula, conheço bem as mulheres. A candidatura de Dilma vai liquidar com você e o PT.

Mas Dilma era uma competentíssima Ministra-Chefe da Casa Civil. Tinha seus problemas, especialmente com os Ministros que tinham acesso direto a Lula. Mas Lula fazia a mediação, chamava os Ministros, ajudava a superar as mágoas com sua Ministra.

Hoje em dia, a grande dificuldade do pacto é a ausência de um interlocutor do outro lado. Aproveita para cutucar FHC pelo fato de que o máximo que conseguiu foi apostar em um apresentador de TV.

Lembra-se que, em outros tempos, o Senado tinha Paulo Brossard, Marcos Freire, Jarbas Passarinho e compara com o Senado de hoje. Recorda-se dos primeiros pactos que fez com a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), tendo na outra ponta Luiz Eulálio de Bueno Vidigal. E, agora, um deserto amplo de figuras públicas.

E entra no ponto central: a falta de figuras referenciais do lado da direita. Com quem negociar? Alguém menciona sugestão do próprio GGN, de que caberia a Lula empoderar o interlocutor. Mas quem seria ele?

Surge o nome de Tasso Jereissatti, Lula se recorda da boa convivência com ele em outros tempos, depois de um período em que Tasso assumiu um discurso bastante autoritário. Na conversa, surge muito o nome do senador Oto Alencar, da Bahia.

Apesar da flexibilidade para novos pactos, Lula ainda tem resistências contra hipocrisias da política. Como o movimento “direitos já”, um evento político ocorrido na PUC-SP, que visava juntar centro-esquerda e centro-direita e para o qual Gleise Hoffmann foi convidada.

– Falei para a Gleise levar a Dilma e dizer: vocês tiraram o mandato de uma presidente legitimamente eleita, através de um golpe. Antes de continuar, peçam desculpas a ela.

O impeachment

Grande parte da conversa é sobre o impeachment e sua decisão de não concorrer em 2014, quando ficou claro a corrosão na popularidade de Dilma Rousseff. Marta chegou a organizar uma reunião em sua casa com parte do empresariado paulista pedindo para que Lula se candidatasse. Mas Lula ficou firme na posição de que a decisão cabia a Dilma que tinha o direito de postular sua reeleição.

Atribui o isolamento de Dilma especialmente ao marqueteiro João Santana. Alguém se lembra de uma reunião no Palácio, quando as pesquisas apontavam um índice de ótimo-bom de apenas 8% para Dilma. Na reunião, o prognóstico terrível:

– Com 8%, corre até o risco de impeachment.

Ainda havia possibilidade de Lula assumir a candidatura, mas nenhum movimento aconteceu da parte de Dilma, dona incontestável do direito de se candidatar. Santana tratava de minimizar os riscos, de enxergar perspectivas que ninguém via, explorando um ponto muito vulnerável nos mandatários: a solidão do poder, que faz com que as pessoas criem resistências contra quem traz problemas, e se abram para quem só bajula.

Depois da eleição, a corrida para impedir a corrosão do governo.

Foi procurado por Dilma dois meses após as eleições, para se aconselhar sobre o novo mandato. Sua primeira sugestão foi para a Economia. Precisava alguém de peso e confiável. Sugeriu que procurasse Luiz Trabucco, presidente do Bradesco, e Henrique Meirelles, que ainda estava preservado pelo mercado. Trabuco consultou o presidente do Conselho de Administração do banco, Lázaro Brandão, que apresentou a sugestão fatal, Joaquim Levy.

A conversa fica muito nisso, de encontrar razões pontuais aqui e acolá para o impeachment. A descontração do papo impede avaliações mais aprofundadas sobre o conjunto de fatores que colocou em xeque a democracia brasileira.

Lula se recorda das fantasias do PT, achando que a candidatura de Arlindo Chinaglia derrotaria Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Bem que tentou emplacar Jacques Wagner na articulação política do governo. Dilma apresentou objeções.

– Será que ele tem experiência política suficiente?

E Lula rebateu que Wagner tinha mais experiência política que ele, Lula, e Dilma somados. Um político que derrota ACM na Bahia, se reeleger, faz seu sucessor, sempre no primeiro turno, teria que demonstrar mais o quê?

Mas a decisão foi colocar na articulação Ideli Salvatti, uma política de Santa Catarina de biografia respeitável, mas de escassa experiência em articulação política.

Depois, o rompimento final, quando o PT dispunha de três votos para impedir a abertura de um processo contra Eduardo Cunha na Comissão de Ética da Câmara. O aviso era explícito: se o PT não o apoiasse, ele abriria o processo de impeachment. O PT não apoiou, o processo contra Cunha foi aberto, para regozijo do presidente do PT, Rui Falcão, que chegou a publicar um Twitter comemorando. Dilma comemorou. No dia seguinte, Cunha autorizava o processo do impeachment.

É difícil saber o que seria o governo com as concessões a Cunha. Mas, por três votos, o PT entregou um projeto de país, que, em todo caso, já fazia água.

Lula vai se recordando da enorme dificuldade que encontrou quando tentou deter a avalanche do impeachment. Exemplo de lealdade, para ele, é o ex-presidente José Sarney, que, além de leal, é educado e sabe fazer política. Lembra-se de um político colocando as diferenças entre Sarney e FHC.

– Sarney ouvia a gente, me dizia esse político. Já Fernando Henrique bota o dedo no nosso nariz e querer dar ordens.

E aí se entra no tema das relações pessoais como peça central na montagem de acordos políticos. Quando teve início o processo de impeachment e Lula se pôs a campo para tentar detê-lo, o Congresso era um pote de mágoas, com políticos de todas as extrações que, em algum momento, se sentiram ofendidos pelo estilo duro de Dilma. Recorda-se dele  ligando para diversos políticos, cada qual com três ou quatro votos essenciais para parar o impeachment. E todos eles com posição fechada contra Dilma por conta de mágoas, devido a episódios menores, mas onde a desatenção e o estilo direto de Dilma criaram resistências profundas.

O assunto envereda para as relações com empresários. Lula diz que nenhum outro presidente ouviu tanto os empresários quanto ele. Levava empresários em cada viagem internacional, chamava ao Palácio para conversar, acatava conselhos. E, agora, se queixa da solidão.

– Abílio Diniz me ligava diariamente e me ajudou muitas vezes. Foi só sair do governo para não receber mais um telefonema dele.

Alguém menciona que Abílio é isso mesmo: sempre esteve a favor de todos os presidentes, mas enquanto presidentes.

A conversa termina um pouco nostálgica. Olhando para frente, Lula coloca na raiz de todos os problemas o profundo preconceito brasileiro, herança da escravidão.

– Quando comprei o apartamento em que moro até hoje, era líder sindical e o apartamento era cobertura. E os vizinhos ficavam incomodados por ter um sindicalista morando em cima deles.

O símbolo máximo desse preconceito foi a atitude da juíza Gabriela Hard, da Lava Jato.

– A pessoa faz um curso de direito que a família proporciona. Não precisa ser brilhante. Aí participa de um concurso. Quando vê na sua frente um trabalhador semi-analfabeto, que chega onde cheguei, o preconceito aparece na hora.

Luis Nassif

42 Comentários

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  1. Falou de políticos, de empresários, da mídia, e ainda não entendeu a questão de fundo ? PORQUE o PT se enfraqueceu e perdeu apoio nas urnas w ..eu tenho mais um palpite ..e quem vai levar pro líder ?
    Após 12 anos lutando e se CONFUNDINDO com pautas de minorias, muitas polêmicas, muitas identitárias (aborto, armas, liberação de drogas, educação sexual, união civil, cotas, ingerência do Estado no cotidiano das pessoas etc), a sociedade Brasileira chegou a exaustão com TANTA FRAGMENTAÇÃO
    ..some a isso a eterna MINORIA no Congresso, a INABILIDADE ABSURDA de Dilma em questões políticas e, principalmente, a insatisfação dos EUA com os rumos que tomou o BRASIL (inclusive desagradando parte das FFAA que nunca se reinventaram pro período pós ditadura) ..e “VOILA !!!”, chegamos a isso, com FASCISTAS e Evangélicos neo “pentelho-costais” nos conduzindo

  2. parabéns ao ariculista pelo texto, que indica um poder de memória extraordinário…
    (ou uma trrabalheira danada para copiaR Do gravador. ou o trabaLho de ter anotado. POrém, fica evidente que o teXto veio Da memória mesmo,o que me impressionou bastante).
    a memória do lula tb impressiona, a contextualização, acontecimentos que fizeram história e,com esse texto, tornam-se mais marcantes ainda.

  3. “… a falta de figuras referenciais do lado da direita. Com quem negociar? Alguém menciona sugestão do próprio GGN, de que caberia a Lula empoderar o interlocutor. Mas quem seria ele?”

    Gente, já não basta Lula e o PT terem a pretensão de eles, somente eles, representarem a esquerda? Agora querem tutelar a direita também?!?!?!

    Lula pode muito, mas não pode tudo. Dilma foi uma escolha sua e péssima presidente, admitamos… obviamente não defendo de maneira alguma o golpe dado, mas não haveria o caldo de cultura que deu no impeachment se o presidente fosse Lula, FHC, Ciro, Alckmin, Aecio (e aqui faço apenas fazendo juízo da habilidade política dos citados)

    Haddad também foi uma escolha sua para a prefeitura e, apesar dos inúmeros avanços, não conseguiu ganhar a batalha da comunicação contra a mídia. Apanhava dia sim outro também e conseguiu a proeza de perder a reeleição para um zé ninguém como o Doria. Como vocês acham que estaria o país hoje caso ele tivesse ganho de Bolsonaro? Provavelmente teríamos um país conflagrado e à beira de uma guerra civil.

    Agora, tal qual no passado, Lula quer enfiar goela abaixo da militância petista que vale a pena ter Marta de volta… compra quem quer…

    Lembro das caravanas do Lula recebendo atentados à bala na região sul durante o governo Temer (do Temer, hein!), imaginem agora com Bolsonaro no poder o que pode acontecer quando e se Lula cair na estrada novamente? Tem muito desequilibrado por aí se sentindo empoderado graças ao presidente miliciano.

    O campo progressista vai continuar amargando derrotas enquanto não houver uma ruptura desse modelo. Não sou anti-petista, mas temos que reconhecer que a esquerda não é somente o PT, muito menos Lula. Não sou cirista nem marinista, mas pelo menos esses dois tentam apresentar uma opção progressista ao petismo.

    1. Respeito a opinião do companheiro, mas que opção progressista Ciro e Marina oferecem?! Ao contrário, eles se juntaram a direita mais tosca e Ciro, particularmente , desde que seja contra o PT, flerta até com a extrema direita.

  4. As contradições de Lula:
    (1) Quando tinha 80% de aprovação, Lula nada fez para democratizar a mídia. A Globo foi tratada como “parceira patrocinada com bilhões”. Vários aliados alertaram Lula para o perigo que a Globo sempre representou. Mas Lula e Zé Dirceu consideravam-se íntimos do João (Roberto Marinho).
    (2) Pela entrevista parece que Lula sempre foi um nobre parceiro do ingrato FHC. Mas nada disse sobre os pedidos de impeachment que liderou contra FHC.
    (3) Orientou Gleisi a ir ao evento da PUC/SP e exigir que muitos dos participantes “pedissem desculpas a Dilma”. Os outros têm que fazer autocrítica, mas Lula e o PT não ?
    (4) O chororô sobre Abílio Diniz revela que Lula ainda não percebeu que a elite econômica o despreza.
    (5) Lula continua defendendo suas alianças com Eduardo Cunha e responsabiliza o PT pelo início do processo de impeachment. Se o pragmatismo político é o que importa, por que não foi candidato em 2014 ?
    (6) Se a política exige polarização, como explicar que ele não polarizou com Bolsonaro no primeiro turno e usou todo o seu cacife político para destruir Ciro (seu aliado há décadas) ?
    (7) Por que Marta não precisa pedir desculpas à Dilma ? Apenas porque pretende usá-la como “bucha de canhão” pra recuperar votos em SP ?
    (8) Haddad não deve ser candidato a prefeito por causa dos 45 milhões de votos ? Ou na verdade Lula vê Haddad como seu “poste” pra revanche de 2022, repetindo a estratégia derrotada em 2018 ?

    1. Podia ter metido em cana o homem do baú, que correu para lhe beijar os pés………..hoje desdenha de Lula……e a rede golpe, então, deveria ter deixado falir, ou ter forçado a venda…..

  5. A realidade como ela é

    1) “Rebate quando alguém fala na inevitabilidade do fascismo da classe média. Diz que nem todos professam o discurso do ódio.” – Não adianta chamar a campo o Marcos Coimbra e o Alberto Carlos almeida para “provarem”através de pesquisas fajutas e inacreditáveis que “antipetismo non ecziste”. Existe sim, a aversão ao PT, mais forte do que nunca, vai balizar as eleições dos próximos 30 anos;

    2) “Não tem ilusões quanto à sua candidatura em 2018. Diz que a Igreja Católica é a organização mais antiga da história e tem a sabedoria de não aceitar nenhum candidato a Papa com mais de 77 anos. Mas não quer abrir mão de influir nas próximas eleições.” Saia fora completamente, não permita que sequer o nome entre em pesquisas oficiais, não repita 2018, não vai haver “o grande espetáculo da transferência de votos que não houve”, a fila andou, 2002 pra 2022 são 20 anos, gente nasceu e morreu no país;

    3) “Repete o mesmo conselho para Haddad. E, agora, não se está falando de 1,5 milhão de votos, mas em 45 milhões.” – Mistificação pura, Haddad teve 31.342.005 (29,28%) no primeiro turno, a diferença não são votos do PT, são votos do DESESPERO por causa do adversário, caia na real, Lula;

    4) “Mas Dilma era uma competentíssima Ministra-Chefe da Casa Civil. Tinha seus problemas, especialmente com os Ministros que tinham acesso direto a Lula. Mas Lula fazia a mediação, chamava os Ministros, ajudava a superar as mágoas com sua Ministra.” – Considerando que só há uma única cadeira de presidente, e não duas, inaceitável, pelas abundantes informações disponíveis, a escolha de Dilma. Ou ainda, a maldita pauta identitária: “precisamos de um negro no STF”, deu no Joaquim Barbosa; “Uma mulher na presidência!”, deu na Dilma, e assim vai;

    5) “Como o movimento “direitos já”, um evento político ocorrido na PUC-SP, que visava juntar centro-esquerda e centro-direita” – O movimento direitos-Já deixou bem claro, na primeira reunião no apartamento do jurista Pedro Serrano, que não quer o PT no meio, vide o bate-boca entre o Andrezinho Franco Montoro e o Boulos; o encontro seguinte no TUCA confirmou. E o Lula queria que a Gleisi fosse e levando a Dilma pra jogar na cara deles? meudeus…Já existe uma Frente Ampla sendo formada, sem o PT;

    6) “Bem que tentou emplacar Jacques Wagner na articulação política do governo. Dilma apresentou objeções. – Será que ele tem experiência política suficiente?”. Moisés, quando desceu do morro com os 10 mandamentos, no verso da tábua estava escrito o terrível décimo primeiro mandamento: “medíocres se cercarão de medíocres”: Zé Cardozo, Mercadante, Edinho, Ideli, etc;

    7) “Depois, o rompimento final, quando o PT dispunha de três votos para impedir a abertura de um processo contra Eduardo Cunha na Comissão de Ética da Câmara. O aviso era explícito: se o PT não o apoiasse, ele abriria o processo de impeachment. …para regozijo do presidente do PT, Rui Falcão, que chegou a publicar um Twitter comemorando. Dilma comemorou. No dia seguinte, Cunha autorizava o processo do impeachment. === ” Estou concluindo a leitura do livro “Deus tenha misericórdia dessa nação. A biografia não autorizada de Eduardo Cunha”. Antes, li o livro do Rodrigo Janot, Nada menos que tudo. Não chegamos até aqui por acaso, ou por capricho dos deuses do infortúnio, foi um trabalho árduo de estender o tapete para a tragédia, obra portentosa de ingênuos e ignorantes;

    8) “…o Congresso era um pote de mágoas, com políticos de todas as extrações que, em algum momento, se sentiram ofendidos pelo estilo duro de Dilma.” === Pegue-se o vídeo do dia 17 de abril de 2016, veja a expressão de prazer orgásmico de cada voto, sobretudo um ato de vingança contra uma presidente que tratou o congresso a pontapés, e que tinha tanto a ver com política quanto um camelo no Polo Norte, ou um urso polar no meio do Saara;

    9) Por fim: O tempo passou, a fila andou, o eleitorado mudou, não adianta botar em campo a dupla Marcos Coimbra-Alberto Carlos de almeida para edulcorar a realidade, e bater no peito que o PT ainda é o maior partido das galáxias. O partido esteve no segundo turno desde a redemocratização, em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, e 2018 e mandou um recado claro, há um cansaço, uma fadiga de material exposto a repetição. Foi um aviso claro em 2014, com a vitória apertada [ o bairro do Capão Redondo, em São Paulo, elegeu o Aécio], a tijolada na testa em 2016, com os humilhantes 16% do Haddad e a derrota no primeiro turno, e o aviso final em 2018: contra o PT, topamos abraçar o capeta.

    1. Quem topa abraçar o ” CAPETA”, não mais se desvencilha dele. Os capetas que o apoiam não permitem. O jeito é morrer abraçado ao capeta…
      Boa sorte!??

  6. Só um detalhe, justiça seja feita: quem primeiro no PT apoiou efusivamente o Covas, no segundo turno contra Maluf pelo governo de SP, foi Celso Daniel. Depois Marta e o resto do PT vieram atrás. Covas foi até o Paço de Santo André se encontrar com o prefeito Celso e gravar o encontro para o horário eleitoral. Celso estava em franca ascensão no PT.

  7. Pois é caro jornalista, pena que todo esses fatos não conduzam o lulopetismo pelos caminhos da tão necessária e imprescindível unidade de ação política das forças de centro-esquerda, com o objetivo de afastar a ofensiva do autoritarismo, do militarismo e do ultraconservadorismo, ora tão atuantes no cenário brasileiro.

  8. Padilha é a cara de SP e Haddad poderia dar uma força sendo ao menos vice dele,já a Marta o povão povão mesmo não tem mágoas dela e muito me intriga os rumores de q a sumida Dilma seja ferozmente compra,desse jeito vou dar razão a “teorias conspiratórias”,Nassif, obrigado pelo artigo,valeu !!

  9. Que texto maravilhoso!
    Leve, informativo, aguça a curiosidade do leitor de ir até o final, e uma aula magistral de jornalismo!

    Café com bolinho de fubá acompanham a leitura! ?

  10. O Requião tá aí dando sopa …..

    vão de radádi de novo!?!?! Aquele que dá aula no instituto que chancela todas as patifarias contra os trabalhadores?!?!?!!

    Vão lá…… martraira e profexô…….a chapa “ideal”……

  11. este é o Lulinha em toda sua Paz e com todo seu Amor… nem mesmo a longa temporada no cárcere foi capaz de mudá-lo.

    o mesmo burocrata sindical desde 1972, quando ocupou seu primeiro cargo como Diretor no Sindicato em São Bernardo – mesmo entre 1978 e 1989 foi levado na crista da onda do movimento de massas que transformou o Brasil, sempre apesar dele mesmo.

    até seus mais fanáticos seguidores já estão perdendo as esperanças com Lula. até os mais empedernidos caem na real. todos já sabem que Lula está morto.

    o cadáver ambulante da Esquerda brasileira. um morto-vivo encarcerado em seu próprio mito. o grande bombeiro da luta de classes no Brasil. o pacificador da revolta popular. o fiador de que não haverá luta.

    deixem “o cara” dançar jongo com a namorada…

    saiam rápido do necrotério, os cadáveres já foram identificados. não ressuscitarão. junto com Lula jaz toda uma geração.

    vivemos o fim de uma época. não será com Paz e Amor e pactos com a classe dominante que atravessaremos este vale das sombras da morte.
    .

    1. Eu tinha outra imagem de você,inclusive de não ser um morde e assopra.Por ser apoiador de Ciro Gomes(seu comentário na deixa duvidas),o maior camaleão da politica brasileira,não lhe dá o direito de cometer cretinices,tal qual.Eu não me coloco como “seu fanático seguidor”,e entendo que Lula é a maior e mais respeitada liderança popular do País,quiçá do mundo,e merece respeito.Se quer respeito,dê-se.Que decepção,de politica partidária você não conhece porra nenhuma,de adubação,talvez ou quem sabe.

      1. as coisas tão mais do que paradas e vc tá procurando emoção? como seja…

        não é só Lula não! Lula é apenas o mais portentoso cadáver de uma Ex-querda já morta desde o prenúncio do golpe, tão cedo quanto em 2015.

        uma Esquerda que se tornou um lixo de alta toxicidade, altamente contaminante. como exemplos notáveis: Boulos e Freixo.

        vivemos o inadmissível, o imperdoável, o insuportável: uma Esquerda aliada ao Golpe de 2016.

        desde os governadores de “oposição” – agora também implementando a contra-reforma da previdência em seus Estados – até o PC do B entregando a Base de Alcântara – e segue a matança de lideranças indígenas na jurisdição de Fábio Dino.

        desde Glenn Greenwald – que sentou em cima da #VazaJato – até Roberto Requião – com seu enfadonho discurso sobre como perfumar o Capitalismo.

        e assim forma-se a interminável ciranda: Lulismo, PT, PSOL, PCO, o anódino Haddad, o BolsoNazi petista Rui Costa, etc, etc, etc, e, por que não, a quase totalidade da dita blogosfera independente e dos sites denominados de “progressistas”.

        ninguém larga o rabo de ninguém, porque todos tem um rabo imenso e o rabo de cada qual está amarradinho no rabo dos demais.

        a NSA vazou para a Lava Jato o que todos fizeram nas campanhas eleitorais passadas, assim como todas os detalhes das verbas recebidas de patrocínios, financiamentos e projetos durante os governos Lulistas.

        enquanto agora o movimento autônomo de massas ocupas as ruas no Equador, Chile, Bolívia e Colômbia, qual a relevância, em seus respectivos países, de Rafael Correa, Bachelet e Evo Morales?

        nenhuma! exatamente a mesma importância de Dilma no Brasil. zero absoluto!

        este mundo acabou. o céu caiu. encerrou-se uma época. e a ela não iremos retornar. a História nos convoca para um Novo Ano. cabe a nós aceitar ou não o convite, sabendo de antemão que o Ano Novo virá, pois prescinde nossa autorização.

        quanto a Ciro Gomes, note como eu não o citei, nem sequer nas entrelinhas. por não ser digno de.
        .

  12. O HADDAD É UM ÓTIMO VICE PRO PADILHA. Numa chapa puro sangue do PT com “DOIS GRANDES EX MINISTROS DAQUI QUE O BRASIL MAIS PRECISA e com URGÊNCIA: A SAUDE (área do Padilha) E EDUCAÇÃO (área do Haddad). Sem contar: A EXPERIENCIA DO HADDAD “que já foi PREFEITO e bem avaliado”, que “FOI DERROTADO NA ONDA DE ÓDIO GRATUITO AO PT” que “LEVOU A VITÓRIA AO DORIA, COM PROMESSAS E MENTIRAS”. – O povo de São Paulo já sabe quem entre o Dória e o Haddad, mentiu; assim como o povo do Brasil inteiro sabe quem entre: O PT E O PSDB MENTIU; e quem entre: O LULA E MORO MENTIU; e ainda quem: Entre a Dilma e o Aécio, mentiu. – Pra PREFEITO PADILHA, e vice Haddad.

  13. Lula é mesmo um grande homem e politico. Tem defeitos e erra como todo mundo, mas suas qualidades, ja provadas, e sua vida politica, mostram que nos temos um dos maiores lideres politicos da atualidade e que essa gente mediocre, tanto na Centro-Dereita quanto esses fascistas horriveis, tenta a qualquer preço aniquila-lo. Mas Lula é um forte! A questão que me coloco é qual futuro para o Brasil sem esses quadros, que o proprio Lula lembra que ja tivemos, e hoje quase que so vê/ouve nulidades no campo conservador.

  14. Legal “ouvir” o Lula e triste ler os comentários. Praqueles que se acham os reis da cocada preta, cheios de argumento proponho caiam na real e voltem ou vão pras ruas. Melhor conversar e ouvir o povo que a galera que sabe escrever.

  15. Dá um desconto nos votos do sr. Haddad , eu votei nele no segundo turno mas dado o concorrente teria votado no Chico Bento das histórias em quadrinhos se ele que tivesse passado …

  16. O marketing político é o instrumento pelo qual o Capital sequestra a Política. Custou caro ao PT contratar os serviços de Duda Mendonça e João Santana.
    Santana era funcionário da Odebrecht.
    Contratar essa turma custou o Mensalão.
    Ligaram pra Santana, Lázaro Brandão e Abílio Diniz.
    Ninguém ligou pro povo!
    O andar de baixo se vingou no melhor estilo tupiniquim.
    Ninguém lembrou que a vingança sempre foi o motivo da guerra tupinambá e tupiniquim?

  17. Lula coerente como sempre. Fez história e fez acontecer história permitindo a eleição da Dilma.
    O que incomoda um pouco é a impressão estranha de que ele se manteve distante da Dilma esperando o momento em que ela deveria cair, tipo, quase que torcendo.
    Tivesse interesse real mesmo, teria governado junto com ela, como aconteceu na Argentina, onde a presidenta conseguiu concluir seus dois mandatos, ainda que não tenha conseguido livrar seu povo de um sucessor deletério. Pelo menos ela conseguiu manter o seu patrimônio eleitoral voltando ao poder quase ilesa, enquanto que Lula pegou cadeia, Dilma foi para um ostracismo perigoso e o povo foi pro beleléu.

  18. Ué? Faltou ele comentar sobre porque, já sabendo das IMENSAS dificuldades de relacionamento da Dilma, mesmo com aliados (já verificadas desde que era ministra da casa civil) insistiu nela como candidata….

  19. Doi-me a região situada entre o fígado e alma quando se tras de volta o detalhamento dos fatos que levaram Dilma Rousseff ser indicada e depois eleita Presidenta da República por duas vezes.O amadorismo,a falta de traquejo,o desconhecimento das regras elementares do mundo político por parte dela,é estarrecedor.Pior,como um animal político como Lula,apesar da soberba,se enrosca numa patuscada desta envergadura.Apesar de Marta Suplicy tê-lo alertado da cagada que estava se metendo,insistiu no tsunami.Temos memória curta,e por aqui a turma das estrelinhas,hoje dos dedinhos pra cima e pra baixo,não fogem a regra.O correto comentarista arkx,hoje não sei por que diabos arkx brasil,está aí vivinho da Silva para que me ajudar.Fiz dezenas de comentários a época, alertando que Marta estava correta quando chamava a atenção sobre o desastre que avizinhava,especialmente no segundo mandato.Ela já não reunia as mínimas condições políticas para reeleição,mesmo tendo como oponente um escroque ligado a drogas que atende pelo nome de Aécio Neves.Ninguem,absolutamente ninguém neste Blog é mais Lulista que o acima assinado,mas nem por isto posso deixar de registrar que Lula foi o responsável maior de nos legar uma candidata que não tinha disputado nem a eleição de Síndica do prédio onde mora ou morava,pior,nem petista era.Por vezes,o velho,surrado e verdadeiro ditado popular resume a ópera:Sabedoria quando muita vira bicho e engole o dono.As vezes,enjaula.

    1. Está retirado sumariamente o elogio que fiz ao comentarista arkx,hoje arkx Brasil.Tão tendencioso quanto o candidato dele,Ciro Gomes,um traíra das causas populares.ARENA,PFL,PDS,PMDB,PSDB,PPS,PSB,PROS,PDT.Um boquirroto agressivo,traíra e fujão.Se brincar,pode se vice de Moro.

  20. Por mais errada que a Dilma tenha sido, ao menos é leal. E nos dias atuais isso é tudo. José de Alencar era um homem de direita civilizada, o que é muito mais respeitável do que gente vaidosa, incompetente e susceptível a traições como Ciro, Marina, Marta, FHC, Christóvan, Fachin, Barroso, Tóffolo e outros tão medíocres quanto. Temos que ignorar esses trastes e nos concentrarmos em quem realmente podemos contar para enfrentar essa extrema direita corrupta representada por Sérgio Moro e Bolsonaro.

  21. “O pior dos ódios é o da inveja”
    Entendo que a verdade nua e crua é que todo o mal que está destruindo o Brasil, que toda a má fé que está arrasando ainda mais com as classes sociais menos favorecidas e ainda que todos os violentos sequestros aos direitos sociais e humanos, que foram duramente conquistados por várias classes de trabalhadores estão diretamente relacionados com a atuação de uma estúpida e impatriota coligação do mal, que insiste em dar prosseguimento ao seu fracassado plano de destruir a reputação de Lula e eliminá-lo do cenário político brasileiro. Penso que essa corrompida coligação que envolve algumas autoridades dos três poderes e da grande mídia prefere destruir uma nação, do que aceitar o fracasso do seu plano; prefere se desfazer de nossas riquezas, do que aceitar as revelações públicas de algumas ilegalidades cometidas e prefere o caos e a perda da soberania do país, do que aceitar os fortes indícios de perseguição, preconceito e partidarismo presentes em todos os abusos citados. Ainda assim, eu creio que ela continuará a seguir irada e insana, sem saber o que fazer ou para onde ir, até cair no abismo de suas próprias armadilhas. Acredito que algumas das muitas formas delinquentes de corromper, de se corromper e de se dar bem como puder estava inserido no planejamento que selecionou a presidenta Dilma Rousseff como a vítima inicial de uma caça inicial que abriria os caminhos necessários para a perseguição infame e covarde da vítima principal, Luiz Inácio Lula da Silva. Então, assim imagino que direcionando suas armas contra o maior e mais temido alvo, a coligação avança contra o mais importante dos golpes, que inclui: a destruição da reputação de Lula – a desconstrução de seus grandes feitos – a desinibida tática para forjar a convicção da existência de supostas provas criminais contra ele e a execução de um processo criminal viciado, seletivo e parcial que a incitou a se vestir de arroubos calçados em cinematográficas e ilusórias provas, com intuito de forjar motivos para impor uma pesada condenação a Lula e fragilizar gravemente o futuro do PT. Mas qual seria essa tão bárbara e tão grave razão, que a controla e a induz a não ter limites nas ações e nas emoções para destruir a grandeza histórica de Lula? A resposta é o mais tenebroso e perigoso ódio que existe. É um ódio motivado exclusivamente por uma terrível inveja, que leva ao ciúme incontrolável e reflete o fantasma humilhante da incompetência, algo inaceitável pelos senhores da Casa Grande.

  22. Acho que o PT precisa se reinventar e Lula deve se casar e ser feliz.
    Se não se reinventa aparece outro.
    Parece que o STF tem razão quanto a candidaturas avulsas. O que foi Bolsonaro, se não, isso?
    As FFAA satisfeitas e as PMs satisfeitas garantem 30% para qualquer um.
    O Congresso nunca esteve tão infestado de militares e delegados e agora o pessoal tem medo da Polícia. Então porque votaram neles e os elegeram?
    Tudo muito contraditório.
    Precisa assentar a poeira.

  23. O maior erro do PT e dos movimentos sociais em geral foi entrar no governo e submeter toda a lógica do partido (e também dos movimentos sociais sobre os quais têm influência) à lógica do governo. As duas coisas são distintas. Um projeto político é uma coisa, governar é outra.

    Se há algo a aprender com Bolsonaro é que ele não caiu nessa armadilha. Tem projeto de curto, médio e longo prazo e cuida de sua base. Por meio de milícias digitais, mentindo e caluniando, mas atuante. O PT no governo não fez isso. Na verdade não faz nem hoje. Uma campanha maciça de propaganda poderia neutralizar a esquisita narrativa que o “PT quebrou o país” (só apontar o pré-sal e as reservas acumuladas), mas nada se faz.

    N verdade, a narrativa dos governos petistas ficou por conta da Rede Globo. Tudo bem que isso faça parte da arquitetura do poder: onde têm muitos pobres, tem maquinas bem estruturadas de manipulação. Mas foi muita ingenuidade achar que um Partido dos Trabalhadores poderia sentar à mesa dos poderosos e quebrar paradigmas históricos (inclusão social, por exemplo) sem encontrar resistência.

    Alerta para os novos partidos que vêm ocupando cada vez mais espaço político, PSOL, por exemplo. Não confundam projetos de governo com o projeto político de um partido.

    E o que fazer com o PT? Sinceramente não sei. No imaginário popular pode ainda representar muita coisa. Mas e máquina partidária, nos atende?

  24. Eu gostaria de falar para os mais afoitos fascistas que a presidência do Brasil vai voltar para o PT Brasil, sim.
    Porque? Primeiro porque a direita não sabe governar e o Brasil já está pobre e vai ficar miserável a direita vai
    devolver o poder para o PT Brasil do mesmo jeito que fizeram depois do FHC. Segundo porque a decadência do império americano começou desde 2011. Terceiro o povo brasileiro ama o LULA e já falou que se LULA roubou o povo perdoa. Quarto não existe direita no Brasil existem criminosos disfarçados de direita. A igreja evangélica está em decadência. Quinto a direita no Brasil está velha e está morrendo.

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