Bolsonaro mira em eleitor de Lula: católicos, mulheres e jovens

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Bolsonaro gravou a sua primeira propaganda partidária com público que detém menos apoio: católicos, mulheres e jovens

Carolina Antunes/PR

A campanha eleitoral de Jair Bolsonaro está atenta ao eleitorado e investe em fortes decisões estratégicas para angariar eleitores.

Nesta quinta (26), o mandatário gravou a sua primeira propaganda partidária, investindo no seu já fiel público religioso, mas em segmentos que detém menos apoio: católicos, mulheres e jovens.

Enquanto o presidente soma 46% de votos entre os evangélicos, segundo pesquisa PoderData divulgada nesta mesma semana, Lula é quem detém a maioria do eleitorado católico: 44%.

Foi o voto evangélico que garantiu parte significativa da vitória de Bolsonaro em 2018, e hoje ele permanece com a confiança desse público. Já os católicos foram, entre as religiões brasileiras, um dos que menos votaram no atual presidente.

O mesmo movimento ocorre com as mulheres, de forma ainda mais radical: 49% delas afirmaram votar em Lula, enquanto que somente 23% indicam reeleger Bolsonaro, segundo o Datafolha divulgado ontem.

Por fim, entre os jovens, a mesma pesquisa Datafolha mostrou que 58% dos eleitores de 16 a 24 anos dão a vitória a Lula, enquanto somente 21% deles votariam em Bolsonaro.

Buscando angariar apoio junto a este público menos favorável é que a campanha do mandatário decidiu gravar a primeira propaganda partidária na Capela São Pedro Nolasco, na Vila Telebrasília, em Brasília, com as mulheres e jovens da igreja católica.

Ainda, em movimento claro de se distoar do formato das propagandas de Lula, com cenários montados e texto lido, Jair Bolsonaro decidiu fazer um “papo aberto”, que será editado e transmitido a partir da próxima quinta-feira (02).

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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