
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) assinou no começo deste mês um termo de cooperação com entidades e representações religiosas para desmistificar e incentivar a propagação de notícias concretas sobre as urnas eletrônicas e as eleições.
Contudo, o pacto encontra resistência entre os evangélicos, justamente o público eleitor mais próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que nenhuma das entidades ligadas a tal religião se compromete a defender os dispositivos.
Tal posicionamento vai de encontro com o que Bolsonaro falou no dia do encontro, quando disse que o ministro Edson Fachin, atual presidente do TSE, teria armado contra os evangélicos anteriormente.
“O Fachin fala de ‘paz e tolerância nas eleições’, só que, no ano passado, ele tentou criar jurisprudência no TSE criminalizando a participação de religiosos e evangélicos nas eleições”, afirmou o presidente em entrevista a um canal ligado ao agronegócio.
A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas) recebeu convite para assinar o acordo, mas disse não sentir-se confortável.
Em nota, o presidente da entidade, bispo Eduardo Bravo, afirmou que os pastores e igrejas representados pela entidade resolveram “ficar como observadores do evento, posto que há temas sensíveis em pauta, como o chamado combate à desinformação”.
O pastor Silas Malafaia, um dos mais próximos a Bolsonaro, também se disse contra o acordo, ao ponto de gravar um vídeo em suas redes sociais pedindo o boicote do acordo e chamando Fachin de “esquerdopata de carteirinha”.
Com informações do Correio Braziliense
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