
O auditor da Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, que delatou que as joias sauditas milionárias deveriam ser declaradas propriedade da União e não itens pessoais de Jair Bolsonaro, foi exonerado nesta segunda-feira (10).
No caso das joias sauditas, Gomes foi ouvido pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética Pública da Presidência e narrou que só foi informado pelo governo de Jair Bolsonaro das joias retidas em dezembro do ano passado, mesmo quando já comandava como chefe do Fisco há um ano.
Aos investigadores, ele entregou, em parte, a responsabilidade de Bolsonaro ao afirmar que “jamais cogitou a possibilidade de incorporar tais itens ao patrimônio pessoal de autoridades” e que havia documentos que indicavam que os itens luxuosos eram, “expressamente”, propriedade da União.
Ele disse ter seguido o protocolo do cargo para o caso, assim que foi informado dos itens milionários, e que a equipe técnica da Receita concluiu que não seria possível entregar os bens a Bolsonaro, uma vez que eram da União.
Como chefe da Receita, contudo, ele é investigado no caso e foi apontado pelas autoridades de ter atuado a favor de Bolsonaro para liberar as joias apreendidas. Antes do fim do governo, em dezembro, Julio Cesar Vieira Gomes foi homenageado pelo Ministério das Comunicações do governo Bolsonaro por sua atuação na Receita Federal.
A exoneração de Gomes foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda (acesse aqui). Na portaria, consta que o próprio auditor pediu demissão.
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A RECEITA FEDERAL, EVIDENTEMENTE, NÃO PODERIA CONTINUAR CONVIVENDO COM UM AUDITOR FISCAL QUE TRABALHA CONTRA A PRÓPRIA ENTIDADE E CONTRA AS LEIS FISCAIS. OBS.: E O MESMO TEM QUE ACONTECER COM ANDERSON TORRES EM RELAÇÃO AO CARGO DE DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL.
Sou uma pessoa simples, batendo cabeça há anos para ser servidor federal em um dos cargos que menos paga (Técnico Administrativo em Educação). Acho “curioso” motivo pelo qual um cidadão que ganha R$40 mil líquido por mês (só conferir no Portal Transparência) decide simplesmente se exonerar assim do cargo… Com certeza nada a ver com toda essa lambança aí, não é mesmo?
Aí fico aqui divagando também qual é a verdadeira “teta” que esse cidadão está “mamando” (sei que o termo tem mais a ver com o bolsolhanada, mas R$40mil por mês para ficar de falcatruagem é um teta mesmo, não acham?) para abrir mão de forma tão simples de um salário desses…