General golpista preparou roteiro para deputados bolsonaristas

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Documento seria usado durante CPMI do 08 de janeiro; objetivo era culpar Lula pelas manifestações em Brasília

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O general Mário Fernandes, um dos presos por envolvimento em trama que planejava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, elaborou uma espécie de roteiro para os deputados bolsonaristas usarem na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.

O documento divulgado pelo jornalista Tacio Lorran, do site Metropoles, orientava a oposição em como atacar a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes e o STF, com foco na libertação dos “patriotas”, desgaste de imagem do STF e do governo, e um futuro impeachment do presidente da República.

Entre outros pontos, um dos objetivos era mostrar que o governo Lula era “responsável” pelos atos uma vez que “tinha conhecimento do que poderia acontecer e não atuou para evitar a depredação do patrimônio público”.

Sobre a Polícia Federal, os opositores deveriam apontar “abusos” da corporação por atender “ordens ilegais” e que a prisão de “1,5 mil patriotas” não seguiu “o devido processo legal”.

O relatório em questão também sugeria questionamentos e listava as autoridades a serem convocadas, como o então ministro da Justiça Flávio Dino e o ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias.

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4 Comentários

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  1. Bom, eles usaram e ainda estão usando todos esses argumentos. Se não foram úteis para o golpe num primeiro momento, estão sendo agora para mobilizar a patuléia. A oposição no congresso é burra, mas é esforçada (como todo burro, aliás)

  2. O mais engraçado é a ingenuidade desse bando de militares aloprados. Eles acreditaram que podiam usurpar o poder político sem consultar os donos do poder econômico. Pior, apoiando-se em empresários boquirrotos esses generais e coronéis subestimaram o efeito prático da Carta pela Democracia que foi assinada por quase 70% do PIB. Ao que parece não cabe quase nada nas cabeças vazias deles.

  3. Picanha, whisky, próteses e viagras, boas aposentadoria, pensão vitalícia até pra filhas…
    O que falta mesmo pra esse pessoal é uma Stalingrado, uma Normandia, um Vietnam.
    O melhor que fazem é controlar a miséria no Haiti.
    Ou encher o saco aqui … (rimou!).

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