ONU condena política do governo Jair Bolsonaro

Em golpe ao discurso da embaixadora do Brasil nas Nações Unidas, comitê conclui que presidente brasileiro viola tratado sobre tortura

Jornal GGN – A política de combate à tortura mantida pelo governo Jair Bolsonaro foi condenada por um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em sua coluna no UOL, o jornalista Jamil Chade explica que os peritos do Subcomitê das Nações Unidas para a Prevenção da Tortura emitiram uma avaliação a respeito de queixas recebidas contra Brasília, na primeira constatação da violação de tratados internacionais pelo Brasil por parte de um organismo da ONU.

Tal reconhecimento é um golpe direto no discurso da embaixadora do Brasil nos Estados Unidos, Maria Nazareth Farani Azevedo – que recentemente declarou que o país era um “exemplo” e “inspiração” em termos de direitos humanos, e marca o grande mal-estar das entidades internacionais com relação às políticas do governo Bolsonaro.

A queixa foi recebida em setembro e, após análise, a conclusão é de que as regras precisam ser revistas. O ponto central da análise era o decreto 9.831 de 10 de junho, que foi denunciado como um desmonte dos sistemas de controle de tortura e prevenção no Brasil. Na visão da entidade internacional, o Mecanismo Nacional de Prevenção da Tortura que foi comprometido pelo governo Bolsonaro não é uma opção, mas uma obrigação do estado brasileiro.

A recomendação da entidade é que o governo ofereça os recursos humanos e financeiros necessários para o mecanismo preventivo nacional funcionar de maneira efetiva, além de conceder autonomia institucional para o uso dos recursos.

Embora o posicionamento do organismo da ONU não gere sanções concretas, ele ajuda a aprofundar a crise de credibilidade brasileira em termos de cumprimento de acordos internacionais – o que também compromete a imagem internacional do governo Bolsonaro.

Redação

1 Comentário

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  1. Ninguém ficará surpreso ou triste quando o vagabundo Jair Bolsonaro e seus principais coiteiros (Sérgio Moro e o Procurador Geral da República) forem enjaulados a mando do Tribunal Penal Internacional. Pequena perda, direi.

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