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O ex-presidente Lula (PT) deu a largada oficial de sua campanha eleitoral pelo Planalto durante discurso em frente à fábrica da Volkswagen do Brasil, nesta terça-feira (16), em São Bernardo do Campo, São Paulo. O local é símbolo da luta sindicalista e marco da trajetória política do petista.
“Foi na porta da Volkswagen, na porta da Ford, na porta das Mercedes Bens, que a gente conseguiu fazer com que a classe trabalhadora brasileira se politizasse e fosse para a rua fazer a greve em 78, [79 e em 80, para que a gente pudesse derrubar o regime militar e conquistasse a democracia”, relembrou o ex-presidente.
Estavam ao lado de Lula, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges; o ex-prefeito e candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad; o ex-governador e candidato ao Senado, Márcio França (PSB); e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
“Nós não poderíamos estar em outro lugar iniciando essa campanha eleitoral, que é a mais importante do processo democrático que nós vivemos, que não aqui: na porta da fábrica em São Bernardo do Campo (…) Começar a campanha aqui é muito significativo e simbólico, é voltar às raízes, é dizer com quem a gente tem compromisso e por quem nós fazemos políticas”, disse Hoffmann.
“Foi daqui que a democracia renasceu. Se não fosse a mobilização do novo sindicalismo, se não fosse a defesa da liberdade sindical, se não fosse a defesa de melhores condições de trabalho, se não fosse a luta que nasceu aqui no ABC, talvez a gente ainda estivesse vivendo os tempos sombrios da ditadura militar, porque foi nos anos 70 que o novo sindicalismo nasceu pra mudar a história do Brasil”, destacou Haddad.
Em cerca de 20 minutos de discurso, Lula afirmou que hoje a economia brasileira “está muito pior” do que quando assumiu o Planalto em 2003, ao apresentar dados sobre o trabalho.
O ex-presidente também pontou sua indignação em ter o país de volta ao mapa fome, questão que havia sido superada nos seus governos. “O Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e por isso não pode ter 33 milhões de pessoas passando fome”, falou.
Lula também rebateu os recentes ataques do principal adversário político e atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), que tem usado informações falsas ou distorcidas para prejudicar o petista entre o público evangélico, sua principal base aliada.
“Ele [Bolsonaro] está tentando manipular a fé dos homens e das mulheres evangélicas, que vão à igreja tratar da sua espiritualidade. Ele fica tentando e contando mentiras, sobre o Lula, sobre a mulher do Lula, sobre vocês, sobre os índios, sobre os quilombolas”, desabafou.
Segundo o petista, no entanto, “não haverá mentira e nem fake news que mantenha Bolsonaro governando esse país”.
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