Os gastos com a Previdência Social são despesas obrigatórias, e o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deixou claro que pode deixar o governo caso a proposta de corte de gastos em andamento corte despesas da pasta.
“Como vai pegar a Previdência? A média salarial das pessoas é R$ 1.860. Vou fazer o que com isso? Tirar direito adquirido? Não conte comigo. Vou baixar o salário? Não conte comigo. Vou deixar de ter ganho real (no salário mínimo)? Não conte comigo. Se isso acontecer, não tenho como ficar no governo. Acho que o governo não fará isso. Temos que cobrar os grandes devedores, a sonegação e as isenções indevidas”, afirmou Lupi em entrevista a Lauriberto Pompeu, do jornal O Globo.
Na ocasião, o ministro destacou a importância de se obter o equilíbrio fiscal, e como isso pode ser feito – e lembrou a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de taxar as grandes fortunas, ressaltando que “quem tem de doar algo nesse processo é quem tem muito, não quem não tem nada”.
Lupi também afirmou às jornalistas Victoria Azevedo e Ana Pompeu, do jornal Folha de São Paulo, que o pagamento dos aposentados, pensões, pensionistas e BPC (Benefício de Prestação Continuada) já estão previstos no Orçamento Federal.
Na visão do ministro, o principal ponto a ser trabalhado é a eficiência na administração pública e dos recursos disponíveis, uma vez que não se sabe ao certo quantos serão os aposentados e pensionistas nos próximos anos.
O tema tem mexido com os humores dentro do governo Lula. Recentemente, a notícia de que o Ministério da Fazenda estuda a possibilidade de se alterar o seguro-desemprego e o FGTS levou o Ministério do Trabalho, sob o ministro Luiz Marinho, a soltar um comunicado oficial negando essas discussões dentro da pasta, destacando que ambos os direitos são constitucionais garantidos pelos trabalhadores.
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