Jornal GGN – Flávia Oliveira informa em O Globo desta sexta (10) que a Rede Feminista de Ginecologia e Obstetrícia, formada por 27 profissionais da área de todo o país, elabora em forma de artigo uma resposta à Damares Alves. A ministra propõe abstinência sexual como forma de conter gravidez precoce e doenças.
Na visão das médicas, abstinência sexual não é política pública. Gravidez precoce é um problema sério no Brasil, e precisa ser enfrentada com “programas contendo orientações sobre o desenvolvimento do corpo da adolescente, prevenção de abuso sexual e infecções sexualmente transmissíveis, planejamento familiar, vantagens de não se engravidar na adolescência conseguem, inclusive, aumentar a idade da primeira relação sexual”, recomenda o documento.
Segundo a médica Ana Teresa Derraik Barbosa, a intenção é fazer frente à proposta de Damares usando informação. “Há muitos estudos provando que abstinência não produz resultado em evitar gravidez e DST. O que funciona é educação e acesso a contraceptivos.”
De acordo com a jornalista, o estímulo à abstinência, feito pela pastora-ministra, é “opção como exercício de autonomia, mas não política pública. “Ter apenas a abstinência, em detrimento de educação em saúde sexual, planejamento familiar e prevenção de doenças, representa uma negligência grave”, afirmam as médicas da rede.
No Brasil, 1 em cada 5 (21,2%) dos bebês nascidos no país é filho de jovens com menos de 20 anos. Cerca de 18% das adolescentes de renda mais baixa se tornam mães, enquanto no estrato acima de cinco salários mínimos, a proporção não chega a 1%, aponta o estudo.
“A gravidez precoce tem consequências graves para o futuro tanto das jovens mães quanto dos bebês, porque se relaciona com evasão escolar, aumento de mortalidade materna, prematuridade, baixo peso ao nascer e óbito fetal. Também confina famílias a ciclos de pobreza e vulnerabilidade social, além de expor mulheres e crianças à violência doméstica. No país, dois em cada três jovens que não estudam nem trabalham, os chamados nem-nem, são mulheres. A maioria está fora da escola e do mercado laboral em razão de atribuições domésticas e de cuidados com pessoas”, sustentou Oliveira.
“O futuro do país estará comprometido, se a sociedade permitir que convicções morais e religiosas se sobreponham à ciência e às melhores práticas em políticas sociais”, concluiu a jornalista.
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É, fundamentalistas republicanos tinham essa mesma “ideia”.
Infelizmente não sou psicólogo pra saber se isso é má-fé ou repressão sexual escondida sobre o traço de caráter de moralidade. De qualquer modo, em ambos os casos, a perversão é clara. A carapuça que se veste…
Sugiro pesquisarem nas salas de bate-papo que ainda existem em sites pra saber de pastores evangélicos que não cumprem com seus préstimos religiosos. Um deles não é a abstinência.
Vocês poderão se divertir um bocado com essa hipocrisia.