Ministério Público de Santa Catarina conclui que bolsonaristas não fizeram gesto nazista

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Grupo de bolsonaristas golpistas fizeram saudação de caráter aparentemente nazista, em São Miguel do Oeste, Santa Catarina

Foto: Reprodução Redes

Após o grupo de bolsonaristas golpistas fazer saudação de caráter aparentemente nazista, em São Miguel do Oeste, Santa Catarina, o Ministério Público estadual afirmou que não identificou a apologia ao nazismo.

Em nota divulgada nesta quinta (03), o MPSC disse que fez uma apuração preliminar com o vídeo divulgado nas redes sociais e disse que “não identificou intenção de apologia ao nazismo pelos manifestantes no extremo oeste catarinense”.

Fazer apologia ao nazismo é crime, de acordo com a Lei nº 9.459/97, que prevê uma pena de 2 a 5 anos de prisão e multa. Segundo o órgão, promotores conversaram com alguns dos manifestantes identificados e concluiram que não houve “intenção”.

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O Grupo Regional São Miguel do Oeste do Ministério Público estadual atuou “de forma célere e prioritária” diante “da extrema gravidade do fato noticiado” e “avaliou que não houve intenção, aparentemente, de fazer apologia ao nazismo, não havendo evidências de prática de crime”.

As imagens que circularam nas redes sociais são claras: dezenas de manifestantes bolsonaristas, em ato golpista, na cidade catarinense, repetiram os sinais nazistas, elevando o braço direito ao cantar o hino nacional.

Segundo o órgão catarinense, uma das justificativas para concluir que não houve “verossimilhança à narrativa” de “gesto nazista” porque os manifestantes realizaram atos religiosos e o locutor do ato, um empresário, havia solicitado aos presentes que estendessem as mãos para “emanar energias positivas”.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  1. O Ministério Público de Santa Catarina é um dos Gaúchos que dormia no Hotel

    Gaúchos no Hotel

    Dois gaúchos num hotel dormindo no mesmo quarto. De madrugada, um deles arriscou:
    — Preciso dar uma transadinha, senão não durmo.
    — É mesmo… eu também!
    Então eles fizeram um acordo:
    — Eu te faço uma pergunta. Se tu errares, te como. Se acertares, me comes.
    — Pode mandar, tchê…
    — O que é peludo, anda no telhado e faz miau?
    — Jacaré!
    — Acertou, acertou, acertou!

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