
O ex-vice-presidente da República e atual senador Hamilton Mourão escreveu no X, antigo Twitter, um apelo ao presidente da Argentina, Javier Milei, para acolher os brasileiros golpistas em seu país, concedendo asilo político contra as investigações e condenações que estão sofrendo no Supremo Tribunal Federal.
Mourão disse que a ida de condenados à Argentina apenas mostra “tão somente que essas pessoas não confiam na justiça brasileira, que lhes negou direitos básicos do devido processo legal, bem como impôs penas desproporcionais”, criticou o senador.
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) afirmou que mais de 65 golpistas teriam fugido para o país vizinho a fim de evitar punições no Brasil.
Segundo a corporação, 208 condenados ou investigados pelos atos “deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal”.
A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, disse neste sábado (8) que desconhece qualquer informação sobre os brasileiros foragidos pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
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Véi safado!
O senador pelo Rio Grande do Sul, Mourão, não auxiliou os gaúchos nas enchentes porque, segundo ele, seria desvio de função. Mas ele deve achar que é função dele se pronunciar e se comunicar e agir junto a governos estrangeiros para defender condenados, vândalos anti-democráticos e questionar o sistema judiciário brasileiro. Me lembro bem que Mourão, que se diz defensor de generais como o general Lorena, fotografado com a boca na botija, ficou em silêncio total quando o lava jatismo perseguiu, prendeu e condenou a penas altíssimas o Almirante Othon, para alegria dos americanos. Nesta época todos os que fugiram para a Argentina acreditavam na justiça e no sistema judiciário, diferentemente de agora. Mas o caso Mourão é suis generis, pois não fala para o país mas para os seguidores golpistas. Provavelmente vai mais uma vez usar o termo SELVA, evocar militares e patriotismo para excitar a mente dos patriotas que atacaram os tres poderes,tentaram um golpe e fugiram para a Argentina.
O comentário de um ex- general e ex-presidente da República, em defesa de terroristas, milicianos e simpatizantes que atentaram flagrantemente contra a democracia e o estado de direito causa nojo e revolta. Deveria receber um processo disciplinar e criminal, por apologia ao terrorismo, que atentou contra a nação através de um fracassado golpe de estado. Só os imbecis e os coniventes, com o crime e contra o país, são os que se propõem a defender essa corja de subversivos aloprados e traidores da pátria.
Eu entendo que as diversas declarações, posturas e comportamentos deste atual senador inconsequente e de outras autoridades dos três poderes são vistas, por criminosos e bandidos, como sinal de incentivo e apoio para intensificar em suas ações e para também multiplicarem o arrebatamento de mais adeptos para crescer o poder das milícias e da subversão.