Na Holanda, premiê comemora vitória sobre ‘populismo errado’ nas eleições parlamentares

Mark Rutte

Primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, líder do partido liberal VVD

Do Opera Mundi

Rutte comemora vitória sobre ‘populismo errado’ de Wilders em eleições parlamentares na Holanda
 
Pesquisas indicam que partido VVD, do primeiro-ministro Mark Rutte, ficou com 31 assentos no Parlamento, dez a menos que nas eleições anteriores, mas superando o PVV, partido da extrema-direita apontado como principal opositor
 
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que lidera o partido liberal VVD, ganhador das eleições segundo as primeiras pesquisas, comemorou na noite desta quarta-feira (15/03) por ter derrotado o “populismo errado” do ultradireitista Geert Wilders.

“Que noite! Pedimos que parasse. Paramos o populismo errado”, afirmou em discurso em Haia o candidato do VVD, que deve conseguir 31 cadeiras, dez a menos que nas eleições anteriores, segundo as pesquisas de boca de urna. O primeiro-ministro expressou seu desejo de “voltar a unir a Holanda” e, em referência ao ultradireitista Geert Wilders, garantiu que o país “continua sendo pró-europeu”.

“É uma noite importante para toda a Europa. A Holanda, depois do Brexit e das eleições norte-americanas, disse não ao populismo. Que festa para a democracia ver tantos eleitores nas urnas, exprimindo o próprio voto como não acontecia há anos”, disse Rutte.

O partido da extrema-direita PVV, de Wilders, deve ficar com 19 cadeiras, quatro a mais que nas eleições anteriores, e empatado na segunda posição com o CDA (Apelo Democrata Cristão), partido de direita, e os Democratas 66, de centro-esquerda.

“Em uma campanha, é inevitável que sejam reveladas as diferenças, mas agora é importante unir de novo o país e formar um governo estável para os próximos quatro anos”, disse o primeiro-ministro, na primeira declaração após a divulgação das pesquisas a boca de urna.

O líder do VVD aposta em destinar nos próximos anos “mais dinheiro para Defesa, para o cuidado dos idosos e para as infraestruturas”. “Isso será, para os liberais, o mais importante nos próximos anos”, comentou.

Rutte também parabenizou os outros ganhadores das eleições, o GL (Esquerda Verde), Democratas 66 e CDA, e afirmou: “nossa mensagem chegou aos holandeses: que nossa terra deve ser segura e estável, e continuará sendo”.

Sobre os grandes derrotados da noite, os trabalhistas do PvdA, Rutte disse que já tinha falado com o líder desse partido, Lodewijk Asscher. “Estivemos durante quatro anos e meio em uma aventura juntos. eu desejava um resultado diferente a eles”, disse sobre os sociais-democratas, que segundo as pesquisas devem perder até 29 cadeiras.

O primeiro-ministro concluiu o discurso com agradecimentos aos eleitores e dizendo que a Holanda é “um país fresco”.

Da Alemanha, o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, confirmou em seu perfil da rede social Twitter que a chanceler alemã, Angela Merkel, parabenizou Rutte com uma ligação telefônica na qual expressou a intenção de manter a “boa cooperação como amigos e vizinhos europeus”.

Da França, o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, felicitou os holandeses por terem “detido” o avanço da extrema direita.

“Felicidades aos neerlandeses por terem detido o avanço da extrema direita. Temos vontade de trabalhar por uma Europa mais forte”, escreveu o político francês em seu perfil no Twitter.

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4 Comentários

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  1. na…..

    Holanda, aquele país atrasado, sem bem estar social, onde nada funciona. E se gastam fortunas em porcarias, supérfluos e mamatas.  Agora sabemos por que? Eleições numa cédula horrível de papel jornal, com tamanho semelhante, para que cidadãos opinem diretamente e livremente, desde o mandatário maior do país até nomes de ruas e tipo de alimentação nas escolas. Depois dobrar umas seis vezes para a tal cédula caber numa urna arcaica, antiquada feita também de papelão. Está explicado!!!. Não tem a modernidade brasileira, avançada, vanguardista e ultra moderna de urnas eletrônicas com foto e botão verde, onde qualquer analfabeto que nem sabe o que está fazendo, poder exercer sua suprema soberania. Logicamente desembolsando da sua extraordinária renda pessoal apenas uns 250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões) por pleito. Pobre e atrasada Holanda. Agora sabemos por que.    

  2. Bons resultados

    O massacre que sofreram os sociais democratas se justifica. Como conseguir votos fingindo ignorar as necessidades da população?

    Eles tentaram um discurso “embromation” com o eleitorado e se deram muito mal.

    Outra “embromation” é a promessa do primeiro-ministro de “mais dinheiro para Defesa”. A Holanda não vai entrar nessa histeria da OTAN não por falta de vontade, mas por falta de dinheiro.

    Os resultados foram melhores do que a gente imaginava!

    1. Erdogan

           Erdogan e seus ministros auxiliaram bem a Rutte, no sentido de amealhar votos de pessoas que tendiam a votar em Wilders, pois a reação de Rutte, para muitos holandeses, foi compreendida como anti-islamica, portanto concorrendo com uma das principais “bandeiras” da extrema direita.

           Quanto a verbas para defesa, fará como todos os europeus filiados a OSCE ( Organização de Segurança e Cooperação Européia ), manobrando as rubricas orçamentarias, colocando itens de segurança interna no budget da Defesa, visando cumprir e até mesmo ultrapassar os limites preconizados pela NATO para seus Estados-Membros ( a França e a Espanha já estão fazendo isto ).

            NATO X Trump :   A “idéia” da Adm. Trump ( que não é dele, é velha remontando a Bush 1 ), é que o minimo de 2,00% do PIB que cada país da NATO dedique a Defesa individualmente, seja modificado, para o percentual de 2,00% para Defesa seja calculado sobre a soma de todos os PIBs dos paises da UE que pertencem a NATO.

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